Jardineiro do Parque (Parte II)

Acabei tirando um cochilo. De repente eu sinto alguma coisa mexendo no meu bolso e quando abro os olhos vejo alguem levando meu celular. Nao estava conseguindo entender muito bem a situacao naquele momento mas me levantei e sai correndo atras do cara.
- Ei, alguem pega esse cara ai!! Ele roubou meu celular!! - mas nao tinha muita gente ao redor e o cara ja estava bem mais na minha frente.
Mas do nada, um cara sai do meio do mato e se joga em cima do ladrao e comeca a dar um jeito de mante-lo imovel. Quando me aproximei, percebi que era o jardineiro, que vou chamar de Felipe. Nao sabia como agradece-lo, mas logo ele me devolveu o celular e pediu pra eu ligar pra policia.
Tive que ir na delegacia e tudo mais e o Felipe teve que me acompanhar. Naquele momento eu estava mais calmo e entao consegui agradece-lo.
- Voce foi meio louco de fazer isso. Mas muito obrigado!!!
- Nao tem de que, sorte sua que eu ainda estava dando uma olhada no parque. Cuidado pra nao dormir assim em lugar publico.
Fiquei com um pouco de vergonha e acabamos nao conversando mais depois disso.
Na hora de ir embora da delegacia, ele vira e me fala:
- Voce mora perto do parque, podemos rachar um Uber?
- Mas eh claro que sim.
Chamei um Uber e fomos de volta pra casa. Quando o motorista parou em frente a casa dele, ele me faz um convite:
- Nao quer entrar? To um pouco abalado ainda da situacao e nao to querendo muito ficar sozinho.
Como eu ainda estava um pouco assustado, acabei aceitando e tambem eu nao morava muito longe dali, poderia voltar a pe depois.
Eu entrei, ele ofereceu um copo de agua e disse pra que eu ficasse a vontade enquanto ele ia tomar um banho.
A casa ainda estava bem vazia. Tinha uma TV em cima de uma mesa. A cozinha tinha uma mesinha com duas cadeiras e sem muitos outros moveis. Acho que ele ainda estava se adaptando a uma vida sozinho.
Acabei ficando um pouco envergonhado de estar ali, mas o esperei voltar. Apos uns 15 minutos ele retorna pra sala, sem camisa e vestindo apenas um shortinho.
- Hoje esta fazendo muito calor. Espero que nao se importe de eu ficar sem camisa.
- Tudo bem!
Naquele momento eu apenas babava no corpo daquele cara. Bracos enormes e um tanquinho maravilhoso. Ele tinha um tom de pele bronzeado bonito de gente que fica no sol o dia todo (e com uma leve marca do macacao que ele usa pra trabalhar ahahah). Eu so queria lamber aquele corpo todinho.
Quando ele ficou de costas pra mim, percebi alguns arranhoes nas costas dele. Na hora me levantei e ja me direcionei a ele:
- Nossa, olha so, acho que voce se arranhou na hora que foi pegar o ladrao. - Nesse momento eu peguei no braco dele e senti que eram bem firmes
Ele pegou um espelho e apontou para as costas:
- Bem que eu senti uma ardencia na hora de tomar banho. Acho melhor passar um antisseptico.
Nisso ele me trouxe um liquido do banheiro e disse:
- Voce se importa de passar pra mim?
Relutei um pouco, mas peguei um pano e comecei a passar.
- EI! VAI COM CALMA. Isso arde um pouco!!!! - ele gritou
Fiquei tao envergonhado, que acabei o abracando e me desculpando:
- Mil desculpas, gatao! Nao queria ter feito isso arder tanto.
Fiquei agarrado a ele por um bom tempo. Ele nao me afastou. Acabei soltando depois de perceber o que eu havia feito. Coloquei os produtos em cima da mesinha e fui em direcao a janela que tinha na sala, ficando de costas para ele.
- Do que voce me chamou? - ele disse da cozinha.
- Eu? Nada! Desculpa pelo abraco, me senti mal de ter te dado essa dor.
Entao eu sinto um braco me envolver, que me apertou bem forte. Estava bem quentinho e gostoso ali. Ele entao aoiou a cabeca no meu ombro e disse:
- Eu gostei do abraco e queria te abracar tambem pra ver se era gostoso do mesmo jeito.
Meu coracao naquele momento nao parava de disparar. Ele era tao gostoso e estava ali comigo, agarradinho.
Ele entao me vira e vai aproximando os labios dele ao encontro dos meus. Demos um beijo bem suave a principio. Senti aqueles labios grandes me beijando foi maravilhoso. Eu so conseguia pensar em quao sortudo eu estava sendo de beijar aquele homem.

(continua)