Acasos do Universo (parte 2)



Indo em direção ao ônibus, meus pensamentos eram guiados de dúvidas e um certo nervosismo que não estava entendendo, afinal era só mais um carinha bonito que cruzava meus caminhos e praticamente nunca mais veria na vida, mas lá estava ele pegando o mesmo ônibus que eu, e eu sem saber onde meter tamanha vergonha, por ter o encarado de uma maneira tão descarada. É claro que isso foi o suficiente para desperta uma série de paranóias na minha cabeça, pensando coisas, por exemplo, se ele tinha pegado o mesmo ônibus que eu justamente por que tinha o encarado, e outros pensamentos do tipo. Logo que eu passei a roleta percebi que não tinha nem um lugar disponível para sentar e escolhi um lugar qualquer para ficar, ele logo em seguida passou por mim, se direcionando pra a parte de trás do ônibus, não demorou muito ele conseguiu sentar, e era um lugar tão estratégico ao meu olhar que praticamente era impossível não o fazer, e a viagem seguiu parecendo algum tipo de brincadeira muito de bom ou mal gosto com a minha pessoa, pois não conseguia parar de olhar cada detalhe, cada momento daquela viagem, de como o vento brincava com seus cabelos lisos ou o sol batia em sua cara, eu pensava que logo ele desceria do ônibus e não queria perder nem um segundo daquela visão que brincava com meus olhos. Mas eu estava enganado, minha casa ficava cerca de mais ou menos quarenta minutos a uma hora do cursinho dependendo do trânsito, e nesse longo período ele desce praticamente a duas paradas antes da minha, e eu não tinha a mínima concepção de como nunca tinha visto ou o conhecido, pelo fato de morar a bastante tempo naquele bairro,mas logo eu também desci, e o dia seguiu basicamente com o pensamento recorrente do que tinha acontecido naquele dia. E do lindo rapaz que praticamente era o meu vizinho e nunca tinha o visto, como também, nunca mais poderia voltar a vê-lo. Mas eu estava bem enganado.

Logo no dia seguinte repetia toda a minha rotina de acorda as 5:30 da manhã para está as 7:15h no cursinho, pegando ônibus lotado, e chegando na sala de aula sem mal me lembrar do meu próprio nome, pois se tem uma coisa que eu nunca irei me adaptar é acorda muito cedo, e reparar se o o Daniel estava sentado perto de mim, sim esse era o nome do moço que sentava perto de mim, e me causava umas boas distrações entre uma matéria ou outra, acabei descobrindo o seu nome por causa de Luana que também já estava de olho, e já havia puxado assunto com a mesma velocidade que fez comigo.
- queria ter eu essa cara de pau da luana! - exclamou Letícia aos meus ouvidos. E era justamente o que estava pensando.
Se não fosse essa mosca morta de atitudes sabe Deus como minha vida poderia ser diferente em vários aspectos. Mas nesse momento Cláudia nos corta.
- gente não olhem agora mais o pai dos meus filhos acabou de entrar na sala - disse me cutucando e olhando para Letícia.
Nesse momento a única coisa que eu pude pensar foi em como eu tava me sentindo em um episódio de malhação ou qualquer comédia romântica da sessão da tarde, pois era basicamente impossível e previsível de mais. Mas estava acontecendo, o cara que avia encontrado na parada e pego o mesmo ônibus que eu estava lá entrando na minha sala de aula.
Eu nem sabia o que pensar se é que eu pensei algo muito além de ficar incrédulo com toda situação.
Mas logo em seguida não pude evitar de comentar a Cláudia que esse era o mesmo cara que já avia falado de todo ocorrido do dia anterior, para elas
- Mas... hora! Letícia nos interrompeu. Esse menino está na nossa sala desde o começo dessa semana. Finalizou.
Mas isso era praticamente impossível pois mesmo sendo uma sala bem grande, não teria como passar tão despercebido assim, ou teria?
Bom o que importava mesmo era que aquilo tava acontecendo por mais que eu não estivesse acreditando. contudo as aulas foram se passando bem tranquilas. Luana já tinha combinado com a gente para almoçarmos numa restaurante localizado próximo ao cursinho, Onde também avia convidado Daniel. Chegando no Caçarola, buscamos uma mesa pra sentar e guarda primeiro nossos lugares pois era um lugar que devido ao horário lotava.
Assim que cada um se serviu começamos a almoçar e falar sobre as aulas e assuntos aleatórios.
- meu Deus Luana, como tu consegue ser essa draga e ser tão magra assim. Gritou Letícia comentando o tamanho do prato que Luana avia feito que era basicamente a sono de todos os pratos da gente. E fazendo todos rirem.
- tu que é cega Letícia, Cláudia se metia tu não tá vendo que o estômago dela é na bunda.
Luana era uma daquelas mulheres de fazer qualquer um parar o trânsito para admira-la branca com aquela pele sempre bronzeada do sol, cabelos bem castanhos na altura dos ombros, combinando com os castanhos bem claros quase amarelos de seus olhos, magra de ruim, mas com um perfeito corpo de violão, devido aos seus seios e bunda bem extravagantes.
Nesses momentos Daniel só ria sem comentar nada.
- olha! Exclamou Luana, eu mal chamo o menino pra almoçar com a gente, e vocês já vem com uma dessas, o que ele vai pensar de mim.
- que você é apenas uma pessoa que gosta de comer, uai , nada de mais. Daniel falava rindo, com todo a quele jeito faceiro que possuía. E com aquele sotaque que o entregava não ser do mesmo estado que a gente.
- queria eu ter o meu estômago, também lá - comentava tentando interagir.
-Mas acho que tenho é dois na barriga, mesmo, praticamente respiro e engordo três quilos. Completava.
- Gente mais quanto drama. Menino! Cláudia falava.
- e num é! háa mas deixa disso você é gordo a onde tá doido. Daniel falava me olhando com todo aquele sotaque que fazia eu ficar ainda mais desconcertado, na presença dele.
Basicamente a conversa seguiu com assuntos aleatórios e de como ninguém tava com disposição pra voltar a estudar.
A próxima aula era de língua estrangeira, tanto Luana quanto Letícia e Cláudia faziam espanhol. E acabei ficando todo empolgado do Daniel ir pra sala de inglês comigo. Depois de enrolarmos bastante, voltamos para o cursinho.
Já dentro d sala, para a minha alegria Daniel se mostrava ser uma pessoa bem comunicativa, reclamava o quanto queria dormi depois do almoço. E de como não estava se acostumando com o clima da cidade. Extremamente quente e úmido, nas nossas conversas acabou me explicando que ele era de minas gerais, e que tinha se mudado pela transferência do pai que era da marinha.
Apesar de Daniel me deixar bastantes confuso com meus sentimentos desde o dia que o vi, não pude deixar de procurar se o cara do ônibus estaria na mesma sala, e não demorei para perceber, que ele estava nos fundos da sala conversando com outro, rapaz do qual encheu meus pensamentos de ciúmes. Que até me fez rir dada bobagem dada a situação.
Mas logo em seguida me vi preso naquela situação que era totalmente nova para mim. Estando envolvido por dois caras da mesma sala, e ainda mais perdido por não saber como agir perante os dois. Apesar de sempre saber de minha atração por homens, era muito novo, todos aqueles sentimentos e desejos, até então meios desconhecidos.
Eu mal podia saber que aquele seria um ano totalmente novo em vários aspectos que mudaria a minha vida.

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É isso aí pessoal, como disse quero ser o mais fiel e detalhista. Me digam o que estão achando, será importante para eu saber como prosseguir. O mais breve possível estarei continuando , obg a quem chegou até aqui! 
Abraços


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Comentários


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theweekend Comentou em 20/09/2017

Muito bom o conto!!!

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chaozinho Comentou em 06/09/2017

Cá estou lendo o restante da historia e socando uma em sua homenagem.




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105650 - Acasos do Universo (introdução - parte 1) - Categoria: Gays - Votos: 4

Ficha do conto

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Nome do conto:
Acasos do Universo (parte 2)

Codigo do conto:
105739

Categoria:
Gays

Data da Publicação:
05/09/2017

Quant.de Votos:
4

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