CAMILA - 22



*************************************************************************************************************CAPÍTULO 22
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   Susana passou poucos dias, só veio deixar Camila para as férias na fazenda com os tios.

   – Cuidado minha filha! – chamou Camila pra um canto no aeroporto enquanto esperavam a chamada – Seja atenciosa e obediente, não vá desobedecer a titia e o titio, viu?

   – Preocupa não mãezinha, não vou fazer feio – se abraçaram e voltaram pra junto de Marisa e Laura.

   Demorou pouco antes que a chamada do vôo fosse anunciado nos autofalantes.

   – Cadê teu marido? – olhou pros lados tentando localizar Lúcio que tinha saído para comprar cigarro – Onde ele se meteu?

   – Deve ter ouvido a chamada... – se aproximou da irmã – Te preocupa não que dou uma chupada por ti! – riu e se abraçaram.

   – Queria poder ficar com vocês... – falou baixinho e ficou arrepiada quando Marisa meteu a língua no ouvido – Faz isso não, minha calcinha vai ficar toda melada...

   Camila viu o que a fizera e ficou envergonhada, Laura também, mas já sabia das brincadeiras ousadas da mãe e puxou a prima para o saguão do aeroporto. Susana entrou na fila e desapareceu pela porta de embarque.

   À noite, em casa, Camila perguntou pra tia por que ela fizera aquilo.

   – Tava brincando com tua mãe... – farfalhou o cabelo da sobrinha e entrou no quarto.

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   Chegaram na fazenda na boquinha da noite, os grilos cantavam e os pássaros noturnos começavam a se alvoroçar, a avó – dona Cândida – esperava impaciente desde depois do almoço.

   Cansados da viajem não quiseram nem ao menos jantar – tinham lanchado no posto onde abasteceram o carro. Depois de acomodados saíram para a varanda e se deitaram nas redes de algodão cheirando alfazema. Conversaram um pouco antes de se renderem ao cansaço e buscarem cama.

   Manhãzinha cedo já estavam perneando entre as galinhas no terreiro, e no café regado a leite puro e sucos de carambola e cajá foi uma farra só. Dona Cândida parecia não ter mãos suficiente para mimar a filha e as netas, Lúcio um pouco arredio, desde que o sogro descobrira o caso com a filha, ficou pelas beiradas observando as coisas.

   – Me leva pro riacho, papai! – Laura correu para o pai depois de desvencilhar-se dos carinhos efusivos da avó.

   – Tá muito cedo amorzinho... – sentaram na rede – Deixa o sol esquentar.

   Marisa colou na mãe matando a saudade de quase cinco anos sem vê-la e Camila encontrara um amigo para companhia – o gato Sião com pintas rajadas em amarelo firme.

   Laura ficou quietinha abraçada ao pai que acarinhava os cabelos loiros.

   – Tu vai ficar assim? – perguntou sentindo os pelinhos da nuca eriçarem.

   – Assim com amor?

   – Assim, de roupa?

   – Vai ser assim aqui na fazenda... – beijou a cabeça da filha – Você também não pode ficar como lá em casa, viu?
Continuaram deitados conversando sobre os planos que traçaram antes da viajem até que Marisa chegou e deitou na rede com eles.

   – E aí? Vão fazer o que?

   – Papai vai me levar no riacho, tu vens também? – perguntou.

   – Hoje não... Vou ficar com a mamãe e matar as saudades. Amanhã talvez!

   Sentou na beirada da rede e fez carinho na coxa da filha que arrepiou-se toda.

   – Já conversaram sobre roupas? – falou baixinho.

   – Não sei porque tem essa frescura aqui! – Laura abriu as pernas e Marisa viu que a calcinha estava úmida.

   – Tu não és mais criança, Laura – ficou olhando a calcinha marcada pelos pentelhos e a risca úmida – Você sabe que tua avó nunca vai entender essas coisas.

   – Mas a senhora e a tia Susana viviam de calcinha, não era mesmo? – notou o olhar da mãe e fechou as pernas – Tia Susana sempre fala disso.

   – Mesmo assim filha – acariciou os cabelos lisos da filha – A mamãe não gostava que a gente ficasse assim quando tinha homem perto...

   – Mas é só o papai?

   – Tua mãe tem razão Laura... Vamos fazer um esforço para que nossas férias transcorram em paz e harmonia...
Marisa agradeceu intimamente pela intervenção de Lúcio, não tinha como explicar a exigência mesmo tendo quase certeza que a mãe não falaria nada contra o nudismo.

   – Tá bom mãe! Se papai quer que seja assim, então vai ser – puxou o braço de Marisa que caiu deitada sobre os dois.

   Riram divertidos até que Camila saiu na varanda para ver o que estavam aprontando, mas Marisa continuava com a pulga atrás da orelha desde que notara a excitação da filha. Sabia que não havia sido apenas o carinho na coxa e de que Laura não tirava da cabeça o desejo, cada vez mais intenso, pelo pai. Bem que tentara tirar aquela fixação explicando dos complexos estudados por Freud, que a idade e o carinho presente do pai não deveria ser confundido com outra qualquer impressão.

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   – Mãe! – Laura entrou na biblioteca e fechou a porta – Queria conversar contigo.

   Marisa levantou a cabeça e sorriu para a filha.

   – Que foi amorzinho? – recostou-se na cadeira e afastou o bloco de anotações – Aconteceu alguma coisa?

   Laura puxou uma banqueta e sentou do lado da mãe.

   – É um troço que tá martelando em minha cabeça... – pegou a caneta bic e começou a rabiscar uma folha em branco – No começo fiquei meio assustada e com vergonha...
Parou de falar e ficou desenhando pequenas árvores desfolhadas, Marisa observava atento o comportamento da filha.

   – Vergonha de que, filhinha?

   Laura olhou para a mãe tentando criar coragem.

   – A senhora é psicóloga... Sabe das coisas que a gente sente... – piscou nervosa.

   Marisa sentiu que havia algo bastante sério atormentando a filha.

   – Que foi Laura? – levou a mão até a mão da filha – Fala pra mim...

   – Sabe mãe... – titubeou e pigarreou antes de continuar – É normal uma moça sentir vontade de ser tocada por um homem?

   – É!... – respondeu depois de meditar por alguns instantes – Quando duas pessoas se desejam... Ou uma deseje a outra. Porque?

   – E se uma dessas pessoas for parente da outra?

   – Carinho sempre é bem vindo, filha! Não importa se são duas pessoas de uma mesma família – respondeu sem saber bem aonde a filha queria chegar.

   – Mas... Mas não é pecado?

   – Depende das convicções religiosas dessa pessoa, mas mesmo assim não vejo onde se encaixa pecado nisso?

   – Mas se essa pessoa é... É... – baixou a cabeça já meio arrependida de haver iniciado aquela conversa – E se essa pessoa é um parente bem próximo?...

   Marisa levantou, foi até a estante e pescou um livro de capa verde.

   – Sinto que essa pessoa é você, não é mesmo? – falou enquanto folheou o livro.

   – Não! – quase gritou.

   – Olha aqui! – colocou o livro aberto diante da filha – A psicologia estuda a relação e, dentre muitas teorias uma pode se encaixar nesse caso – olhou para a filha – Mas para isso preciso saber direitinho o que está se passando nessa cabecinha... Você pode falar sem medo!

   – Mamãe... É mesmo comigo isso – decidiu-se – É que todas vezes que estou com papai eu sinto um treco esquisito aqui na... – baixou a vista envergonhada – Me dá vontade de...

   Marisa respirou fundo, já havia percebido que Laura tinha uma maneira diferente de se relacionar com Lúcio, ele mesmo havia conversado com ela sobre isso.

   – Filhinha... Você tem quase treze anos e já começou a descobrir sua sexualidade – folheou o livro até encontrar o que procurava – Os filhos possuem uma maneira universal de relacionar-se com os pais. Os meninos passam por um breve período em que projetam na mãe a mulher ideal e, nesse período, chegam a desejar algo mais e as meninas vêem o mesmo com o pai. Isso é normal e passa, só é preciso dar tempo ao tempo e deixar que seu amadurecimento dê cabo dessa situação...

   Laura levantou a cabeça, Marisa notou lágrimas escorrendo.

   – Mas é tão bom... Sinto um formigamento no corpo e minha xoxota fica como se estivesse tremendo – enxugou as lágrimas – Tem dia que penso em fazer besteira...

   Não era seu primeiro caso de complexo infanto-juvenil, na escola várias mocinhas e rapazes viviam esse mesmo drama.

   – Que besteira? – queria que ela se abrisse, que despejasse todas as dúvidas que o drama lhe infligia.

   – Pensei em pedir para ele me foder...

   – Você já conversou com ele sobre isso? – fez de contas que não escutara o desabafo.

   – Ele não me escuta... Sempre dá uma desculpa e diz que é coisa de criança... – levantou – Mas não sou mais tão criança assim, mãe... Já me sinto mulher, tenho peito bonito, coxas bem feitas e minha xoxota não é mais peladinha – olhou para a mãe que sorria complacente, sorriu também – Que foi? Também acha que é besteira minha?

   – Teu pai está assustado... E é normal estar, afinal de contas a princesinha deixou de ser a pequerrucha e se transformou em uma mocinha muito da gostosa – abriu os braços convidando a filha pra seu colo – Ele sabe que você não é mais uma criancinha, basta olhar pra você para ver...

   – Ele conversou com a senhora sobre...

   – De certa maneira sim! Só que não se preparou para o seu crescimento e nem para ser pai de uma moça tão bonita e gostosa como você!

   Laura sentou no colo da mãe e se aconchegou aos seios ainda duros e bem feitos.

   – A senhora não fica com ciúmes?

   – Não! Teu pai é tanto meu quanto teu, só que você precisa ter cuidado para não faze-lo sofrer esse medo – abraçou a filha e acariciou os peitinhos empinados e viu os pelinhos da nuca de Laura se eriçarem – Sabe filha, existem regras e limites que devemos observar para que não cometamos erros que podem nos fazer sofrer arrependimentos futuros... Você precisa entender bem as coisas que são inerentes à sua idade, à sua vida. Precisamos poder separar o joio do trigo e estar sempre alertas para que essas regras e limites norteiem nossas vidas e nos faça crescer como seres interdependentes numa sociedade onde cada gesto pode representar o sim ou o não – afastou o corpo da filha e olhou bem no fundo de seus olhos – Agora que você já sabe o que está acontecendo com você, e das conseqüências que poderão advir, terá que decidir se vai continuar sendo uma criança sem conhecimento ou uma mocinha madura que tem e pode seguir avante...
Laura ficou de frente para a mãe.

   – E se eu decidir que quero o papai?

   Marisa ficou assustada com o que viu nos olhos da filha, com a determinação e a convicção de mulher impregnada nas pupilas esverdeadas.

   – Já falei que só você tem o direito de decidir... Mas... – piscou e respirou fundo – Mas deve saber também que essa decisão não pode ser tomada à revelia da vida e dos caminhos que isso poderá criar. Você é um ser único e deve, desde sempre, saber o melhor para sua própria vida.

   – E se mesmo assim, um dia, acontecer?... – encarou a mãe com decisão – A senhora vai entender?

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   – Vou ajudar mamãe na cozinha... – levantou sabendo que o marida na certa arrumaria uma maneira de se sair dessa – Olha lá Laura! Não vai fazer o que não pode...

   Lúcio captou a mensagem, também estava incomodado com aquele roçar não tão inocente da garota.

   – Porque você não vai com tua mãe?

   Laura olhou para ele e percebeu o dilema. Não era hora nem momento de por para fora os sentimentos, sabia disso.

   – Espera mãe... – levantou e seguiu Marisa, as duas entraram abraçadas.

   Camila tinha ficado espremida na porta escutando a conversa e correu pro sofá antes que as duas entrassem na sala.

   – A gente não vai? – perguntou.

   Laura olhou para a mãe.

   – Acho que não... Vou dar uma mãozinha pra vó...

   Ficou meio entristecida pelo passeio desmarcado, tinha até mesmo sonhado a noite toda com o banho na cacimba de águas frias, mas não falou nada, não era momento depois da conversa que escutara e do semblante da tia quando notou a excitação do marido. Deixou-se ficar deitada no sofá de couro macio olhando pro teto centenário.

   Lúcio arrumou o cacete dentro da bermuda e esperou um instante para que o volume diminuísse antes de levantar e sair pelo terreiro, de terra batida salpicado de galinhas e patos ciscando minhocas. Passeou por entre os canteiros de rosas amarelas, espiou no chiqueiro de porcos ruidosos até se decidir pela sombra fria do pé de azeitona preta. Camila também esperou alguns minutos antes de se levantar e buscar o tio, ficou na varanda espiando os movimentos incertos e sorriu quando ele jogou pedras no cachorro que tentava foder a pequena cadela negra da Maria Joana.
saiu na varanda para ver o que estavam aprontando, mas Marisa continuava com a pulga atrás da orelha desde que notara a excitação da filha. Sabia que não havia sido apenas o carinho na coxa e de que Laura não tirava da cabeça o desejo, cada vez mais intenso, pelo pai. Bem que tentara tirar…Ð:OßPOSThttp:/rads.mcafee.com/rads/scripts/RADS.dll?QueryPr

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1433 - ANABELA - Episódio um - Categoria: Incesto - Votos: 3

Ficha do conto

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Nome do conto:
CAMILA - 22

Codigo do conto:
1436

Categoria:
Incesto

Data da Publicação:
24/06/2003

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