Minha "Ela".

Sou um cara normal, cresci na fazenda e sempre tive a imaginação muito fértil unida a uma libido muito elevada que se aflorou precocemente. Fico com tesão em olhar meus pés ou minhas pernas em um ângulo que fique legal e pareçam femininos. Desde pequeno, nas primeiras punhetas eu sempre ia além, fantasiando mil coisas que criava a partir do que descobria no meu limitado mundo, a partir de uma conversa que ouvia, ou de coisas que sonhava, talvez vindas de outro plano ou talvez de lembranças de outra vida. E esse mundo ficou cada vez maior quando aprendi a ler, fantasiava até com Romão e Bertoleza de "O Cortiço", rs... Era final dos anos 80 e início dos anos 90, não havia internet e mesmo revistas pornô eram item de difícil acesso pra gente, então o jeito era fantasiar com qualquer saia mais curta que visse, um simples tornozelo bonito era motivo pra uma punhetinha. Logo vieram os troca-troca com os primos, onde eu sempre "por algum motivo" preferia ser passivo, apesar de nunca ter achado homem bonito eu gostava da ideia de me sentir "menina" lá no meu íntimo mais profundo. Sempre apreciei a beleza feminina, as curvas, o cheiro, o toque macio da pele, as feições do rosto, etc. O meu "Sagrado Masculino" sempre esteve presente e desejava o Feminino, fosse pra satisfazê-lo, protegê-lo ou para sê-lo. Lá no fundo sentia a pequena fagulha de uma entidade feminina à qual fui alimentando lentamente e via ganhando força, não obstante as minhas formas masculinas, os pelos e a minha voz que assumiu tons cada vez mais graves com o passar do tempo.
Fui amadurecendo e novas formas de conhecer meu corpo foram sendo exploradas por mim e pela entidade feminina, que agora já era uma pequena chama avermelhada e firme, que clareava ao seu redor e me mostrava mesmo que numa penumbra torpe uma vastidão de formas de ser devassa sem se dar à luz por completo. Meu cuzinho conheceu primeiro meus dedos, depois objetos dos mais variados calibres e formas como pepinos, cabo de vassoura, cenoura, etc. Depilava frequentemente meu cuzinho, bunda, púbis e saco, deixava lisinho, como faço ainda hoje e é uma delícia sentir as popas roçando uma na outra. Pra resumir, a vida está passando, eu me casei e hoje com 40 anos tenho um casal de filhos, tenho um relacionamento estável, mas há duas chamas em mim, tenho tanto meu lado masculino quanto o feminino bem aflorados eles convivem muito bem dentro de minha mente, que hoje se assume sem culpa e sem pudores para um ou para outro lado, já que da forma que vejo, só o prazer honesto e puro importa, não o lado em que deseja que os outros imaginem que você está.Continuarei contando da evolução de como me descobri e descobri que era possível ter paz sendo assim, voltando e avançando do tempo. Espero que curtam, já que é uma história real. Foi um longo caminho até aqui, de dúvidas, de medo e muitos outros sentimentos cuja certeza se são bons ou ruins me foi tirada pelo próprio tempo.
Imagens da internet.