Me escondo rapidamente por trás de uma cortina. Não quero que ela me veja, mas a observo. Sua pele clara está completamente exposta, e suas mãos acariciam seus fartos seios. Os grandes ceios balançam no mesmo ritmo que alguém lhe penetra pela vagina. Eu já me imagino sendo seu algoz naquela lida, mas de fato é meu pai que está sentado no trono e a tem no colo. É ele quem lhe atribui o prazeroso martírio, como se a horas naquele afazer. Ele prende a respiração por um instante, contendo a si mesmo e em seguida aumenta a velocidade. Continua mesmo ofegante. A esposa de meu pai ergue seus longos cabelos negros e os contém com as mãos, no auto da cabeça, enquanto rebola sobre o membro. O suor lhe escorre entre os seios, parando em seu umbigo, pouco antes de lhe alcançar a planície pubiana. Por um instante, penso que ela já notou minha presença e que cada um de seus gestos, risos e sorrisos, são apenas para me provocar. Independente da certeza, meu corpo responde de imediato a provocação e o espaço em minhas calças parece não conseguir me conter.
Meu pai, agora, a segura firme pela cintura e parte para a nova investida. Com a mesma virilidade que em nossa linhagem pulsa, ele penetra mais forte e rápido. Ela se contorce, já não podendo conter aquele membro dentro de si, e treme de prazer. Treme seguidas vezes, perdendo o controle de seu corpo que contrai. A cena parece próxima do seu final. Meu pai agora a segura firme pelos cabelos e urra cravando ainda mais fundo seu membro e parece gozar dentro daquela vagina. Respiro e me seguro para não fazer o mesmo.
Ela ainda está em seu colo, como se desejasse guardar dentro de si cada gota do líquido de meu pai. O rei apenas beija o pescoço de sua esposa, enquanto recupera aos poucos sua respiração, já não aparentando a mesma fera que se via há pouco. Parece ter vertido dentro daquela mulher, entre a matéria prima de seus descentes, também o demônio que lhe ardia as partes.
Passados alguns minutos, a esposa de meu pai finalmente se ergue de seu colo. Ela se abaixa para alcançar as vestes lançadas ao chão, empinando suas nádegas em minha direção - apenas uma última provocação – e então se retira do recinto, como se vitoriosa na disputa. Meu pai continua sentado ao trono, ainda cansado. Cobre suas partes com seu manto e apenas degusta o resto de sua bebida. É chegada a hora de eu me retirar também e o tento fazer o mais sorrateiramente possível, até que escuto o chamado.
- Arthur! – fala o rei, convocando minha presença.