Nem Polícia Nem Bandido



Nem Polícia Nem Bandido

O episódio com o gringuinho na praia me fez perceber que seria capaz de ir longe na vida para foder cu, mas, por enquanto, era apenas um office-boy fudido, como tantos outros no mundo. Também fiquei frustrado com o sumiço do carinha, sem se despedir de mim, ao ponto de perder, momentaneamente, interesse por cu de homem. Dei chance às meninas, que são umas gostosas e precisava perder também o cabaço de buceta, era virjão de buceta e tinha que resolver isso, por isso peguei de jeito uma colega que se oferecia para mim na faculdade e mandei ver numa festinha da turma. Foi bom, mas não tanto como um cu.

As minas têm peles macias, cabelos da hora, cheirosas, peitos e bundas carnudas, bucetas molhadinhas que agasalham o pau confortavelmente, também dão chave de buceta, mas acho que meu pau veio ao mundo com um sistema diferente, nem melhor nem pior, doido por cu. Sabe-se lá o que cada pau foi noutras vidas, órgão tão complexo talvez até tenha experiências de outras encarnações. Precisava conhecer minas que dessem o cu, depois do gringuinho, já não sabia mais se era só um comedor de cu ou se era mesmo bi, mas as minas não dão logo nem a pau. Em puteiro não ia por falta de grana, e cu é mais caro.
   
Nisso, minha irmã passou a dizer que calcinhas dela tinham sumido do varal, que o vento levou, muito estranho porque não ventava tanto ali, tinha casas dos dois lados, num lado um paredão, no outro, um muro alto que separava nossa casa da dos vizinhos, que tinham acabado de se mudar, um cara de uns trinta anos que trampava como segurança à noite e a mãe dele, diarista. Fiquei com aquilo na cabeça e no sábado fui bater na casa dos vizinhos e perguntar se as peças tinham voado por cima do muro, minha irmã tinha vergonha de ir, eu também tive, mas ia pedir com jeito para a senhora ver no quintal, mas saiu o cara.

O mano veio até o portão todo marrento, descalço, sem camisa, de shortinho, cara de sono, perguntei pela mãe dele, falou que estava trampando e quis saber o que queria com ela. Não teve jeito, tive que explicar e a reação dele foi esquisita, ficou sério, mandou eu entrar e procurar no quintal. Tive medo do mano, todo mundo sabia que andava armado por causa do trampo de segurança, vai que encana comigo, vai que pensa que eu pensei que ele mesmo pegou as calcinhas do varal para cheirar e bater uma bronha, tanta tara no mundo, fiquei com o cu na mão, mas entrei, não podia voltar atrás.

Enquanto eu procurava no meio do mato do quintal, o mano começou a me ajudar, meio sem jeito, de repente, deu uma abaixada e vi a alça de uma calcinha rosa da minha irmã aparecer acima do cós do shortinho dele, ele viu que eu vi, botou a alça para dentro e entrou pisando duro em casa, depois mandou: "Chega aqui, mano!". Eu me vi morto, ia levar uns tiros nos olhos por ter visto mais do que devia. "Se tu contar essa parada pra alguém eu te apago, playboy!", e tirou o shorts, depois a calcinha, e jogou na minha cara. Senti cheiro de cu. Notei que ele tinha uma tatoo esverdeada de um caralhinho na nádega e balbuciei, trêmulo: "Pode ficar com ela, mano. Fica tranquilo, que isso morreu aqui".

Nessa hora, apesar do medo, meu pau já latejava no calção, e ele notou, chegou perto e apalpou meio rindo: "Tu curte macho de calcinha!". Balancei a cabeça em afirmativa e isso bastou para ele botar de novo a calcinha enquanto dizia: "Isso vai ser segredo meu e teu!". Daí em diante, virei macho do mano, ia na casa dele todo sábado e eu mesmo escolhia a calcinha que ia levar, as mais safadas, de rendinha, e o mano curtia quicar feito doido no meu pau, comigo deitadão, a calcinha puxada de lado, feito uma putinha. Nunca mais sumiu calcinha de casa, ele devolvia lavadinha depois que usava, nunca mais tive receio de voltar da faculdade à noite e ser assaltado, não era polícia nem bandido, mas o mano sabia das paradas. Fodi muito o cara, no sigilo, até que ele e a mãe se mudaram - eles não paravam muito tempo no mesmo lugar - mas esse se despediu, e muito, até esfolar o cacete que tanto amava.


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Comentários


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chaozinho Comentou em 30/06/2022

É pivete, tua sina é fuder cusinho de homem mesmo.

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rockarolla Comentou em 29/06/2022

Muito legal você ter notado isso, baianover! A ideia é essa mesma, misto de erótico em linguagem zine e memorabilia. Valeu, vem mais aí!

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baianover Comentou em 28/06/2022

Achei bem bacana teu jeito de escrever. Lembra crônicas de zine e textos similares. Curto e direto ao ponto, mas com bom ritmo e conteúdo, diferente da maioria por aqui




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Ficha do conto

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rockarolla

Nome do conto:
Nem Polícia Nem Bandido

Codigo do conto:
203575

Categoria:
Gays

Data da Publicação:
27/06/2022

Quant.de Votos:
8

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