O caseiro da chácara (parte 4)



Os dias foram passando e a minha rotina era cuidar da casa, das refeições, roupas e tudo o que envolve as atividades domésticas. Tínhamos dispensado a diarista, e mesmo por que não fazia mais sentido ter alguém, nem que seja esporadicamente, que ele tinha tido um caso. Rubião trabalhava o dia inteiro pra manter a chácara, que seria o nosso sustento. Ele nunca quis que tivéssemos eletrodomésticos para as tarefas diárias. Não tínhamos microondas nem máquina de lavar roupas. Tudo era feito manualmente por mim. Nas tarefas domésticas ele não me ajudava em nada. Tínhamos fogão, geladeira e televisão, que ele fazia questão para ver futebol e também filmes pornôs. Tentei introduzir hábitos de higiene pessoal, sem sucesso. Ele me via como uma mulher e a essa altura eu não tinha mais ereção. Meu pênis não servia mais para nada. Agora eu só sentia prazer pelo cu. Inclusive, Rubião perdeu a chave da gaiola de castidade e para abrir seria constrangedor chamar um chaveiro. Seria algo impossível. Rubião me procura todos os dias, mais de uma vez por dia. Não importa se eu não esteja me sentindo bem, com dor de cabeça, ou indisposto. Ele sempre diz que é frescura de mulher, tpm, etc. Aos poucos eu fui deixando de ser eu mesmo para ser a mulher dele, servir a ele, não ter vontades próprias. As coisas não são sempre as mil maravilhas. Ele é violento e quando esta muito irritado bate em mim. Basta encontrar um pouco de poeira nos móveis, a comida não estar pronta e ele briga comigo. Muitas vezes eu me sinto muito cansado de não ter lazer, amigos e viver somente para o lar, mas para ele aquilo é normal. E quando ele se sente ameaçado, ele ameaça me prende na cama com as algemas. Ás vezes ameaça me deixa o dia inteiro sem beber e sem comer. Diz que eu preciso aprender e que eu continuo sendo muito mimado. Que eu não tenho mais ninguém no mundo, somente ele e que se eu o deixar, ninguém vai me querer, nem homem nem mulher, principalmente com uma gaiola no pênis. Ele agora está com a ideia fixa deu procurar um médico para tomar hormônios ou colocar silicone e deixar os meus peitos crescer. Ele sabe que há essa possibilidade e já está programando irmos a capital. Rubião é tarado por mamilos e essa ideia fixa está me preocupando bastante. Temos praticado o fisting, desde o dia que vimos um filme pornô. Começamos aos poucos e ele já consegue colocar até o cotovelo. A ideia é chegar até a altura do ombro. Ele é tão bicho do mato que me falou várias vezes que quer me engravidar e mesmo eu explicando que homem não tem útero, ele insiste dizendo que para Deus tudo é possível.
Hoje fazemos três anos juntos desde o dia em que fomos ao estábulo presenciar o nascimento de um poltro. Após a cerimonia religiosa, oficializamos também no civil. Rubião agora também é dono da chácara. Não temos vida social nem amigos e não seria de outro jeito, pois ele não tem traquejo social, é muito calado e não sustenta uma conversa com ninguém. É duro nas palavras e isso o afasta da maioria das pessoas. Ele também não tem mais família, somente primos distantes. Temos uma vida simples e nada nos falta. Rubião vende frutas, verduras e animais da chácara e abastece a casa com a feira. O meu apto na capital está alugado, possibilitando uma renda extra pra nós dois. Durante esses três anos, Rubião foi mudando meu guarda roupa com peças femininas, compradas na feira de rua da cidade quando ele vai vender o que produz na chácara. Tenho pouquíssimas peças minhas, para uma ocasião especial, ir ao médico ou dentista e também a missa, que ele faz questão de irmos todos os sábados a tarde. Faz justamente três anos que ele não me deixa cortar o cabelo, que já está abaixo do ombro. É por eles que ele me controla fisicamente, principalmente quando está me comendo de quatro, me segurando pelos cabelos com uma mão e a outra sempre tapando a minha boca para eu não gritar. O meu corpo continua com hematomas, algo que não me incomoda mais. Muitas vezes eu me assusto com a quantidade de pelos que ele tem nas axilas e ao redor do pênis. Tentei conversar sobre a questão de não ser higiênico, mas ele sempre diz que é macho e ninguém vai mexer nos pelos dele. Em relação aos meus, ele está sempre observando o meu corpo querendo encontrar algum pelo e tirar na hora. Em uma dessas idas a feira de rua, ele descobriu que tem um chá de ervas bem forte que não deixa pelos crescerem no corpo. Estou tomando há uns dois meses, o sabor é muito forte e amargo, mas o meu corpo está todo liso, e mesmo assim ele fica observando obcecado em encontrar algum pelo e tirar imediatamente.
Essa é a minha história, uma simples. Eu deixei me dominar por um homem bruto, mudei radicalmente o meu destino e vivo cada dia com bastante intensidade. Aprendi a amá-lo incondicionalmente e ele me ensinou a ser uma mulher em toda a sua essência. Hoje eu posso dizer que eu tenho um macho na minha cama. Se sou feliz? Acredito que ninguém seja totalmente feliz, principalmente quando não podemos ter vida própria, fazer escolhas, impor opinião. Viver com um homem sem estudos, que não sabe ler nem escrever direito, que sempre viveu no mundo dele, com ideias ultrapassadas, que sempre tratou as mulheres como escravas em todos os sentidos, um homem que tem um coração puro, mas que também me maltrata. Quem ama não bate, essa é a minha opinião, mas ele diz que é o contrário, quem ama doma, manda, quer o melhor do jeito que ele acha ser o melhor. Rubião e´ extremamente ciumento e possessivo, mas também é um homem bom, que vive para mim, para a chácara e para nós dois. Eu tento conciliar tudo da melhor maneira possível. Eu tinha outros planos para a minha vida, casar, ter filhos, advogar, mas o destino deu uma reviravolta e como diz Rubião, foi Deus que quis assim!
É evidente que ele já me transformou física e mentalmente, mas ele quer sempre mais. A ideia fixa deu ter seios femininos é o próximo passo, mas e o que virá depois? O que mais ele pode querer que eu faça para satisfazê-lo?
Quem sabe eu volte aqui um dia pra contar mais sobre os próximos anos. Rubião está me chamando e pelo tom da voz não está num bom dia.
Rubião queria saber se eu já tinha marcado a consulta com o cirurgião que colocaria o silicone e me deixaria com mamas mais volumosas. Sentamos e conversamos muito das consequências que isso trará para a minha vida, a mudança no meu corpo e o meu medo de enfrentar uma cirurgia. Combinamos que seria um tamanho muito pequeno, proporcional a minha altura de 1.70m e o meu peso de 65kg. Pela primeira vez Rubião concordou comigo, o que achei muito estranho. Pedi pra eu ir sozinho conversar com o médico, pela situação constrangedora, mas Rubião negou o meu pedido e disse que iria comigo, que como meu marido era obrigação dele estar comigo nesse momento tão importante. E assim fomos no dia e hora marcadas, na capital, onde fazia muito tempo que não íamos. Como o meu apt estava alugado, ficamos num pequeno hotel no centro da cidade. Pedi novamente para entrar sozinho no consultório e conversar com o médico, mas Rubião não concordou. Eu não sei como eu consegui encarar o médico, que muito tranquilo percebeu a minha vergonha, somente vivida no dia do casamento, só que eu estava fantasiado de noiva e com o rosto coberto por um véu, e disse que era muito comum ele atender casais com aquela finalidade. Perguntou se Rubião era o meu pai e ele acenou dizendo que sim, sem dizer nenhuma palavra. Combinamos tamanho da prótese, data da cirurgia etc. o médico orientou que o pós operatório seria um pouco dolorido, pois a prótese iria esticar muito a minha pele e os músculos. Eu pensei em argumentar, uma vez que seria uma prótese muito pequena, que eu ia conseguir disfarçar usando camisa social, mas a situação já era tão embaraçosa que deixei pra lá. O que eu mais queria era sair dalí e me enfiar num buraco. O médico recomendou não ter relações sexuais por uns vinte dias, por causa dos pontos.
Seguimos para o hotel sem dizer nenhuma palavra. Eu estava com muito medo dessa transformação, mas eu não conseguia expor meus sentimentos com o Rubião, uma vez que ele é muito limitado cognitivamente. Tínhamos um problema a ser resolvido, que era a gaiola de castidade. Não tinha como eu ir para uma sala de cirurgia com metal no corpo.
Chegando de volta a chácara, Rubião pegou um martelo e uns objetos para tentar tirar a castidade de mim, pois um chaveiro seria extremamente constrangedor e eu não aceitei. Tenho cedido em praticamente tudo, mas um chaveiro seria demais pra mim. Rubião me fez beber novamente a mesma bebida que uma vez tinha me dopado no meu quarto. Apaguei e quando acordei eu já não estava mais com a gaiola. O meu pênis tinha diminuído de tamanho e eu não mais o sentia. Era apenas um pedaço de carne pendurada no meu corpo, que estava com hematomas da tentativa de retirada daquele ferro que há anos estava lá.

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Ficha do conto

Foto Perfil Conto Erotico rubiao

Nome do conto:
O caseiro da chácara (parte 4)

Codigo do conto:
213804

Categoria:
Gays

Data da Publicação:
18/05/2024

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