Segredos - Cap. 1

   Era o último dia de aula estavamos concluindo o ensino médio, todos estavam eufóricos planejando detalhes da formatura, férias, faculdade... o sinal para o intervalo entre as aulas toca e todos descem, e Téo sem querer esbarra em Vinícius.

- Não olha por onde anda viadinho? - Vinícius diz com arrogância.

Vinícius tinha 18 anos não era o menino mais lindo do colégio, mas era bem atraente, tinha os olhos pretos e o cabelo da mesma cor liso não muito curto, pele branquinha... sinceramente ele era um rapaz comum porém muito charmoso.
Téo apenas olha nos olhos de Vinícius e fica em silêncio. Ah sim desculpa a grosseria, meu nome é Téo e essa é a minha história.
Vinícius e eu até um mês atrás eramos melhores amigos, eu o conhecida a pouco mais de dois anos, estávamos sempre juntos, mas hoje é como se mal nos conhecêssemos e tudo isso mudou da noite pro dia. Faltando cerca de um mês para o fim das aulas as professoras estavam fechando as médias e por isso estávamos sobrecarregados de tarefas e trabalhos escolares, um desses trabalhos, o de biologia, a professora pediu que fosse feito em dupla, tinhamos que apresentar um relatório sobre toda a matéria ensinada naquele ano, então logo pensei em chamar Vinícius para fazermos juntos como de costume.

- Vinícius já que é em dupla você passa em casa hoje às 19h tá bom e leva roupa pra você dormir em casa…
Sempre que fazíamos trabalhos de escola dormiam-os um na casa do outro, era algo normal, mas fazíamos bagunça e e conversava do que os deveres.
- Oxxiii mas você nem sabe se eu vou fazer com você Téo.
- E por um acaso tem outra pessoa pra você fazer? - Perguntei.
- Não. (Disse ele rindo) - OK às 21h então.
- Besta.

A caminho de casa após a aula liguei para minha mãe avisando que hoje meu amigo dormiria em casa, passei em um supermercado e comprei algumas bobagens, salgadinhos, refrigerante, sorvete, etc... para comer a noite.
Cheguei em casa quase morrendo com todo aquele peso, minha casa fica bem perto da escola então eu sempre vou apé mas não estou acostumado a carregar nada além da minha mochila enquanto vou para casa. Toco o interfone de casa para pedir ajuda com as compras.

- Dora vem aqui abrir o portão para mim...
- Ah Theodor é você, esqueceu as chaves menino?
- Não Dora preciso de ajuda com as compras.
- Ah sim...

Dora é empregada doméstica da minha casa, não somos ricos mas temos uma boa condição de vida, em casa mora apenas eu e minha mãe que é médica cardiologista e por ela sempre estar fazendo plantão e sempre ser chamada sem aviso foi preciso contratar alguém para ajudar nos serviços da casa, Dora trabalhava em casa tinha uns cinco anos e era muito simpática e humorada.

- Theodor sua mãe ligou avisando que hoje ela tem uma cirurgia marcada e não precisa esperarar ela para o jantar. - Disse ela enquanto abria o portão.
- Como sempre... e porquê ela não ligou e falou isso para mim, eu também acabei de falar com ela?
- Você sabe que sua mãe trabalha muito... sabe disso...

Minha mãe sabia que eu ficava chateado por ela não ser muito presente por conta de sua rotina agitada e por isso achava melhor que Dora me desse recados desse tipo, já que eu e ela acabariamos discutindo por telefone.
Levamos as compras pra cozinha e enquanto Dora guardava tudo fui tomar um banho, pois naquele dia estava muito calor e essa pequena caminha sob o sol havia me feito suar, e eu odeio quando isso acontece, pra falar a verdade eu odeio dias ensolarados. Tomei meu banho ouvindo música como de costume, gosto muito de cantar no chuveiro e modesta parte canto bem, pelo menos é o que dizem... Respondi a algumas mensagens no meu facebook, me deitei na cama e acabei dormindo.
Toc Toc batia na porta.
Era Dora...

- Theodor posso entrar?
- Pode Dora - respondi ainda sonolento.
- O que vai querer que eu prepare para o jantar, já que sua mãe não vem?
- Não precida não, aquelas coisas que eu comprei são para hoje a noite. E jantar? Que horas são?
   O olhei no celular e já eram 18h e me lembrei que logo Vinícius estaria chegando.
- Já que não precisa já vou embora, está no meu horário, tchau se cuida menino.
- Tchau Dora. já estou bem grandinho. (Disse com um leve sorriso)

Tomei outro banho, agora para poder despertar melhor, vesti um short e uma camisa regata para poder ficar mais a vontade. E não demorou muito a companhia tocou.

- Nossa Vinícius você está meia hora adiantado.
- Você estava contando as hora é? - disse ele rindo como um convencido, o que ele realmente é.
- Hahaha Não mesmo... - respondi sem graça.

Ele entrou fomos para a sala, eu subi enquanto ele me esperava pegar meu material, conversamos bastante, rimos, ele ficava amassando as folhas de papel jogando em mim, meu eu pedindo para ele parar ele continuava, estava fazendo pirraça, ele é meio bobo nunca ficava sério. Fizemos uma pausa para o lanche e pois estávamos com muita como depois de horas com as caras nos livros.

- Só tem bobagens aqui, você tem alma de gordo Téo, hahaha, desse jeito vou ter que fazer regime...
- Que nada você tem um corpo legal.
- Então quer dizer que você acha que eu tenho um corpo legal?
- Sim... - disse eu tímido e envergonhado.
Ele ficou me olhando e eu fiquei mais envergonhado ainda.
- Vamos terminar isso logo bobão - continuei tentando mudar de assunto.

Ele apenas continuou me olhando, mas logo voltamos a nos concentrar, papo vai papo vem, e às horas passavam, quando finalmente terminamos já era quase 01h da manhã.

- Nossa olha que horas são ainda bem que nós terminamos!
- Nem ví a hora passar e por falar nisso minha mãe ainda não chegou, vou ligar para ela... Alô Mãe, nossa obrigado por me avisado que você não viria hoje dona Leila (disse em tom de sarcasmo).
- Desculpa Téo é que não deu tempo. Mas já estou saindo do hospital agora, daqui uma hora mamãe já chega filho, está tudo bem ai? O Vinícius está com você?
- Está sim mãe, terminamos agora o trabalho, ele esta bem aqui do meu lado.
- Diz que mandei um Oi pra ela.
- Mãe o Vinícius está dizendo Oi.
- Outro pra ele, agora tenho que ir filho, não precisa me esperar acordado já é muito tarde, tchau.
- Ta mãe tchau.
- Ela disse que já está vindo para casa.
- Nossa deve ser tenso quase não ver sua mãe.
- Um pouco Vinícius... vamos tomar um banho pra dormir, realmente já é tarde. Você trouxe roupas?
- Sim claro né...

Fomos para o meu quarto e enquanto ele tomava banho eu arrumava a cama para dormir, meu quarto até que é grande e confortável. É uma suíte com uma cama box, uma poltrona, uma mesa de estudos com meu notebook, uma TV na parece um guarda roupa.
Assim que ele saiu já entrei no banheiro e tomei um banho rápido, pois estava com muito sono já e Vinícius demorou no banho. Me troquei de roupa e coloquei apenas outra short já que tenho o costume de dormir sem camisa, principalmente em dias quentes.
Então logo fomos nos deitar, na mesma cama obviamente, que era grande o suficiente para dormir os dois sem problema algum. Conversamos mais um pouco ele me contou que estava ansioso pelas férias e pra terminar os estudos porque iria visitar seu pai que mora nos Estados Unidos, e nesse meio tempo minha mãe chegou mas já foi direito para seu quarto descansar, então por fim dormimos.

Quando no meio da madrugada sinto alguém tocando suavemente minha mão e me encoxando. Me assutei com tudo aquilo e por pouco minha mãe não acorda, eu sempre durmo sozinho e acordar com mais alguem ao meu lado ainda mais desta forma tão inesperada foi realmente assustadora, principalmente pelo fato de que eu jamais esperava isso de Vinícius que sempre foi meu melhor amigo, e eu nunca havia nem se quer sentido atração por ele durante todo esse tempo.
Foi quando ainda assustado eu perguntei virando de frente para ele.

- VINÍCIUS O QUE VOCÊ ESTÁ FAZENDO???
- Sshhhhhh não fala...

E ele então me deu um beijo, que era ainda mais inesperado, no começo ainda assustado não o correspondi mas logo fui cedendo aos seus labios macios que me bejavam cheios de desejo, aquele não era mais o Vinícius e eu também estava me deixando me levar por aquele momento que mais parecia um sonho.

Continua...

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