Vidas Cruzadas - Parte 1

Naquela noite eu sentia o vento frio pela janela, um vento que parecia trazer coisas ruins, eu estava sentado ao lado da cama de meu velho Pai, que ao longo de sua vida conquistou muito vendendo o café plantado em nossas Terras. Olhei a data em um velho calendário que ficava em sua escrivaninha, 12 de fevereiro de 1902. No dia seguinte eu completava meus 18 anos e então deixaria de ser um simples menino aos olhos de minha família. Infelizmente, todos aguardavam que meu pai falecesse essa noite levado pela pneumonia, o que para os meus Tios não seria nada propicio já que eu mesmo poderia cuidar dos bens da fazenda.
        - João Henrique, ouço minha mãe chamando. Chamado que vem seguido de um pedido, ir até a casa do Capataz para que ele ordene logo cedo aos serviçais a prepararem a casa para as visitas que viriam.
        Aquele pedido logo estremeceu meu corpo, e não era pelo fato de que minha Mãe já preparava o velório do meu ainda vivo Pai, mas sim pelo veto que iria ver Miguel, o capataz. Passei rapidamente pelo meu quarto, olhava no espelho a minha figura pálida, cabelos pretos e alguns músculos que começavam a se exibir, pensei se deveria trocar de roupa e decidi que sim, iria colocar minhas ceroulas e ir até lá apenas com elas, esperava encontra-lo assim ou ainda com menos roupas. Eu não me sentia culpado por fantasiar algo assim com meu Pai a beira da morte, nunca nos demos bem e não era agora que iriamos nos entender.
        Apenas um grito e o ouço levantar as pressas, já esperando alguma má noticia ele abriu a porte, foi quando meu queijo caiu. Eu o esperava com poucas vestes mas não com nenhuma, quando ele abriu a porta segurando uma lamparina eu consegui ver seu corpo por completo, alto, moreno castigado pelo sol, pelos que começavam no peitoral e desciam pela sua barriga, até chegar em uma marca branca onde era possível ver entre o emaranhado de pelos um enorme e vertiginoso instrumento, que ainda mole pendia por suas pernas. Ele, ao me ver observado o seu corpo espetacular chamou minha atenção:
        - Sr. João , o que deseja a essa hora da noite ?
        Ainda sem palavras balbuciei as ordens da minha Mãe e sai sem ouvir respostas , mas não antes de olha novamente para seu pênis , que ao meu ver, estava um pouco mais e menos flácido. Ainda no êxtase daquela imagem, corri rapidamente para o meu quarto. O vento frio havia desaparecido e um calor escaldante percorria o meu corpo, eu me despi, rapidamente me livrando de qualquer roupa que aprisionava e me dirigi ao meu lavabo, uma sensação estranha percorria meu corpo , levanto todo o calor a uma direção, apalpei minhas nádegas as quais eu julgava bastante avantajadas e aquela sensação voltou, uma coisa passou pela minha mente . Algo no qual eu jamais havia imaginado, logo imaginei Miguel entre elas, esfregando seu corpo delicioso sobre o meu, me acariciando com aquele enorme mastro. Eu não podia me conter, com um pouco de dificuldade introduzi um dedo no meu rabo, e minha cabeça viajou diretamente a Miguel, imaginado ele me possuindo com seu vigor, com sua virilidade. Outro dedo me ajudou a imaginar coisa ainda mais picantes, e iniciando um movimento frenético de vai e vem senti minha ereção crescer triunfante , com um pouco mais de ousadia tentei penetrar outro dedo, mas a dor deu lugar ao medo e me satisfiz com apenas dois, em um movimento rápido senti logo que iria gozar, quando de repente um solto um grito tão forte que parece algo selvagem, animal. Mas um grito não tão alto para abafar o de uma mulher ao fundo. Assustado coloquei minas vestes rapidamente e fui até a sala, onde vi rapidamente minha Mãe correndo pela cozinha, fui a porta do meu Pai já imaginando o acontecido. Sorrateiramente para não ser percebido, ouço meu Tio Joaquim sussurrar para a esposa, que velava já o corpo sem vida de meu pai.
        - O pai já foi, agora temos que trabalhar na partida do filho.
                                                                                                    CONTINUA !!!