Garoto Eu Odeio Odeio Odeio Amar Você 51

        De onde eu estava com o Guto não era muito longe, fui até a mesa onde meus dois ex’s estavam Lukas me olhou de longe e percebi que ele ficou um pouco assustado, assim como o Carlos, minha intenção não era usar o Guto ou provocar ciúmes, só quis mesmo ser educado e cumprimentá-los , a medida que eu ia me aproximando o Lukas abaixou a cabeça, até que cheguei na mesa:

- Oi boa noite. – Falei estendendo minha mão para o Carlos.
- Boa noite Lucas, como vai? – Disse o Carlos apertando a minha mão.
- Vou bem, esse aqui é o Guto estuda comigo.
- Oi. – Disse o Guto dando um tchauzinho com a mão.
- Tudo bem com você Lukas? – Perguntei.
- Tudo ótimo. – Disse o Luke em um tom seco.
- Vamos da uma olhada na banda que esta tocando, depois a gente se fala.

        Então sai e fui em direção a parte onde ficava a banda, eu não esperava que fosse ficar esse clima tão pesado, acho que no fundo no fundo o Luke sentia vergonha do que ele havia feito, também não era pra tanto. Passei o resto da noite com o Guto, ele se divertiu bastante, e não esbarramos mais com o novo casal, por um momento fiquei me perguntando o que tinha levado os dois a ficarem juntos, porém isso não era mais da minha conta, e foi assim que continuei a pensar. Chegamos em casa era quase cinco da manhã, estávamos exaustos nem tomamos banho, apenas se jogamos no cama e dormimos, quando acordei fiquei olhando para o Guto, que estava em um sono bem profundo, e fiquei pensando como minha vida havia mudado, e apenas três anos, ficar pensando e comparado as coisas que já aconteceram era comum em meus pensamentos, me fazia ver o como eu tinha amadurecido, como tinha errado e principalmente como eu havia crescido como ser humano.

03 MESES DEPOIS...

        Já se aproximava do final de 2013, meu namoro com o Guto nos últimos três meses cresceu de uma forma que não sei explicar, parecia que havia se passado três anos com q quantidade de coisas que a gente fazia, praticamente todo final de semana a gente viajava para alguma praia ou outra cidade, nossas transas nunca eram a mesma, sempre mudávamos e inovávamos de todas as formas, o Guto tinha um apetite sexual incrível, de todos os caras         que eu já havia transado, sem dúvidas com o Guto havia sido o melhor, melhor até mesmo do que com o Luke. O Guto era um namorado completo, me dava bastante carinho, brigava comigo quando era necessário, sempre me dava presentes, fazia mil juras de amor, aquele velho ditado de que a gente só esquece um amor com outro, era mais que certo, durante esses três meses que passaram o Luke para mim havia morrido, eu não tinha tido noticias dele, muito menos esbarrado, naquela época ele era algo que não representava absolutamente nada na minha vida, eu o havia matado e enterrado ele para sempre, e esse era o lema de vida que eu carregava para mim, e era nesse sentimento que eu me apegava, eu só tinha olhos para o Guto, era com ele que eu queria ficar.
        Esse seria o nosso primeiro natal e ano novo juntos, iramos passar o natal com nossas famílias e no ano novo iríamos ficar juntos. Minha mãe acabou aceitando o convite da Iza para passarmos o natal lá, a principio achei ruim, pois não queria passar o natal com o Luke, porém ao mesmo tempo relevei, eu estava bem com o Guto e isso não seria problema, mas antes de aceitar o convite da minha mãe falei com o Guto e perguntei a ele o que ele achava, ele disse que não haveria problema algum.
        Então chegou o dia do Natal, era o dia 24 de dezembro de 2013, para minha surpresa recebi uma mensagem do meu pai:

“Filho quero desejar a você um feliz natal, sei que estive ausente durante todo esse tempo, foi muito difícil para mim ter que digerir tudo o que aconteceu, sei que eu errei em virar as costas para você, mas não quero entrar o ano de 2014 brigado com você, eu te amo muito, e sinto sua falta, se puder venha me visitar aqui em São Paulo, te amo filhão”

        Aquela mensagem havia sido meu melhor presente de natal, finalmente meu pai havia me perdoado, eu fiquei muito feliz pela atitude dele, e empolgado para fazer uma visita a ele, já fazia mais de um ano que a gente não se falava mais, e isso me deixou um pouco aliviado. Terminei de me arrumar e então segui para a casa da Iza, se fosse em outros tempos eu estaria tenso por saber que iria encontrar com o Lukas, mas eu estava tão seguro, e tão apaixonado pelo Guto que não tinha esse tipo de pensamento, na minha cabeça eu iria encontrar, desejar um feliz natal e pronto. Quando chegamos a casa não estava tão lotada como eu achei que estaria, já que a Iza e o Sr, Fernando conhecem milhares de pessoas, foi um natal bem tranqüilo com poucos amigos e familiares próximos, assim que chegamos fomos recebidos pela Iza, que como sempre estava super elegante, logo depois o Fernando veio desejar feliz natal e me deu um abraço, entremos na casa e me sentei no sofá, então o Juninho chegou até onde eu estava e veio me cumprimentar:

- Feliz natal Lucas – Disse me dando um abraço.
- Feliz natal Juninho.
- Ganhei um jogo massa de ps3, vamos jogar?
- Qual?
- Assassin's Creed IV: Black Flag
- Eita, estava louco para jogar, é o do pirata né?
- Isso mesmo, é massa, vamos?
- Demorou.

        Então fui para a sala de vídeo com o Juninho, ficamos jogando por um pedaço até que sou surpreendido com o Lukas:

- Junior o que você ta fazendo - Lukas interrompe o que estava falando ao me ver junto. – Oi não sabia que você estava ai.
- Feliz natal. – Me levantei e fui dar um abraço no Luke.
- Juninho o Guilher e o Edu estão te procurando.
- Ah fala pra aqueles piralhos que estou jogando não posso ir.
- Deixe de vicio, e va da atenção a seus primos.
- Ta, aff você é um chato.

        Foi então que o Juninho saiu de cara feia, e eu fiquei sem saber o que fazer, acho que ficou um clima e situação chata, não da minha parte e sim da parte do Luke, pois notei que ele ficou um pouco desconfortável com a situação.

- E então muitos presentes? – Falei tentando quebrar o gelo.
- Normal, nada de mais, e você?
- Quase nenhum. Só da minha mãe e do Guto até agora.
- Minha mãe comprou algo para você.
- Serio? Não esperava isso dela.
- Ué porque não? Ela gosta bastante de você.
- E eu dela, senta ai, não precisa ficar em pé ta afim de jogar?
- Não gosto desse jogo.
- Não sabe o que perde. – Então fiquei calado por um tempo e concentrado no jogo, até que o Luke me interrompe.
- Lucas queria te pedir desculpas.
- Pelo oque?
- Por tudo, eu agir errado com você.
- Luke se quer saber a verdade eu até já esqueci de tudo, sinceramente hoje não tenho raiva de você, na verdade não sinto nada, é algo indiferente para mim, desculpas a sinceridade.
- Não tudo bem, eu entendo você. Eu só não queria ter um clima chato entre a gente já que nossas mães sempre estão juntas.
- Não existe clima chato, pelo menos não da minha parte já disse, hoje sou feliz ao lado do Guto, ele foi uma das melhores coisas que me aconteceu nesse ano. – Senti o Lukas engolindo seco quando eu disse isso, mas preferi não olhar em seus olhos, eu estava me sentindo maduro, e forte.
- E eu fui a maior decepção desse ano?
- Talvez. – Olhei em seus olhos. – Mas não posso esquecer os bons momentos que passei junto com você, estaria sendo injusto com tudo o que vivemos.
- Obrigado. – Ele sorriu e abaixou a cabeça.
- E como ta com o Carlos? Ainda com ele?
- Sim, a gente ta ficando mas não estamos namorando.
- De todos os meninos que a gente conhece, esperava você ficar com qualquer um menos o Carlos, mas enfim, vai entender sua cabeça não é mesmo?
- Ah, como você disse que o tal do Guto apareceu no momento certo, o Carlos também me apareceu, e eu sou feliz com ele sim, não como eu deveria ser, mas eu pelo menos tento.
- Que bom então.

        Ficamos em silencio, tudo que a gente tinha para falar um ao outro foi dito, pelo menos era o que eu achava, fiquei centrado no jogo e logo o Juninho voltou com seus primos, e o Luke não nos falamos mais. Após a ceia recebi alguns presentes, a Iza havia me dado um lindo relógio, e o Juninho uma caixa de chocolate, ficamos conversando e bebendo até quase 4 horas, até que minha mãe decidiu que não queria ir para casa, pois tanto eu como ela havíamos bebidos, então a Iza ofereceu para que a gente dormisse lá.