O estagiário - I



Olá, vou contar algo que aconteceu no início de fevereiro. Sou Marcelo (fictício), tenho 27 anos, 1,95 m de altura, 90 kg, 18 cm de pau não muito grosso, barbudo, peludo (estilo ursão). Sou servidor público federal. Sou assumido, inclusive, havia terminado um relacionamento de 8 anos quando os fatos aqui narrados aconteceram. Embora eu seja assumido, não tenho trejeitos, muitos até estranham quando falo; isso é bom pois me ajuda nas épocas de seca a encontrar uma buceta para meter; já decepcionei várias mulheres que queriam algo sério rsrsrs.

O estagiário, vou chamá-lo de Eduardo (fictício), 21 anos, 1,75 m de altura, uns 70 kgs, branco, cabelo preto e cacheado, barbudo, também peludo, mas longe do estilo urso, ele é apenas osso rsrsrs.

Como eu já adiantei, havia saído recentemente de um relacionamento, para ser mais exato, rompemos em outubro, após 4 anos de namoro e quase 4 morando juntos, a nossa relação havia caído na rotina, eu já tinha mais tesão, mas ainda guardo um carinho muito grande por ele. Nenhum rompimento é fácil, sempre haverá alguma dor para ser superada com o tempo. Depois de quase 8 anos convivendo com a mesma pessoa é estranho de repente não ter mais a pessoa, embora continuamos amigos e nos vendo quase todas as semanas, ainda assim é estranho. Esse término mexeu comigo, por isso em janeiro decidi tirar férias e ir viajar para pensar em como recomeçar a vida, ao voltar das férias acabou acontecendo o que será relatado.

Ao retornar das férias dirigi-me à minha mesa, logo ao sentar, um companheiro de trabalho veio me apresentar o Eduardo, novo estagiário, que havia sido aprovado recentemente no processo seletivo de contratação de estagiários; nos apresentamos formalmente, passei algumas informações importantes para o Eduardo, pois sou o chefe do setor e ele se reportaria diretamente a mim, e na minha ausência deveria se reportar a quem me substituísse. Passadas as informações seguimos normalmente os dias. Apenas para constar, ao conhecer o Eduardo o meu radar apitou, mas não vi nada que poderia me atrair nele, o via apenas como um companheiro de trabalho.

Em uma tarde qualquer, uma companheira de trabalho me questionou sobre o ex, e eu respondi a todas as suas indagações. Enquanto conversávamos não pude notar o olhar de espanto no semblante do Eduardo, é provável que ele não tenha se dado conta ou estive incerto.

Alguns dias se passaram, e eu sempre percebia um certo desconforto do Eduardo ao ficar perto de mim, principalmente quando ficávamos sozinhos (o que era comum, pois os servidores trabalham na rua cumprindo as diligências, e eu por ser o chefe dos oficiais acabo ficando mais tempo no fórum pois preciso organizar a distribuição dos mandados a serem cumpridos e demais rotinas inerentes à atividade). Embora fosse visível o desconforto do Eduardo ao me ver (um companheiro de trabalho chegou a comentar comigo que percebia um certo desconforto no Eduardo e se não seria melhor mudá-lo de setor), nunca demonstrei qualquer reação, até porque eu tenho que manter a hierarquia e ordem do ambiente.

Algumas tardes depois, enquanto eu o estava ajudando a separar as diligências e colocá-las nas pastas de cada oficial, percebi que ele estava nervoso, então o questionei o motivo de seu nervoso. Sua voz ficou tremula, então eu coloquei a mão em seus ombros e disse que estava tudo bem, não havia motivos para ficar daquele jeito. Então ele contou que tem crises de ansiedade com frequência e que logo iria passar. Pedi para que ele fosse tomar água para melhorar. Vou resumir o nosso diálogo.

Eu: - Eduardo, você está bem?
Eduardo: - Estou sim, logo vai passar.
Eu: - Tem certeza?
Eduardo: - É só mais uma crise de ansiedade, logo vai passar.
Eu: - Não é melhor você ir tomar água e talvez caminhar um pouco pelo prédio e depois voltar?
Eduardo: - Não, vou melhorar.

Então respeitei a sua decisão e continuei a distribuir o trabalho nas pastas de cada oficial. Logo após terminar, voltei ao meu computador para registrar as distribuições, quando então o Eduardo rompe o silêncio.

Eduardo: - Marcelo, posso te perguntar algo?
Eu: - Claro, qual a sua dúvida?
Eduardo: - Não é bem uma dúvida.
Eu: - Então diga
Eduardo: - Não vai ficar bravo e nem me despedir?
Eu: - Não ficar bravo eu não posso garantir, só vou saber depois da sua pergunta. Quanto a uma eventual demissão, não precisa se preocupar, há outros setores em que você pode desempenhar suas funções.
Então, nervoso, ele responde: - Esses dias ouvi você conversando com a (nome da companheira de trabalho).
Eu: - Normal, a sala é pequena, qualquer um escuta as conversas dos outros.
Eduardo: - Você se separou recentemente?
Eu: - Sim, a nossa relação já não estava nos fazendo feliz, decidimos então cada um seguir a sua vida.
Eduardo: - Então você é gay?
Eu: - Sim, por quê?
Eduardo: - Nada não, apenas queria saber.
Eu: - Tudo bem!

Achei estranho ele me questionar, mas continuei o meu trabalho. A noite, ao chegar em casa, recebo uma mensagem de um número desconhecido, depois ele se apresentou e disse que era o Eduardo. Então o questionei como conseguira o meu número, tendo ele respondido que encontro no grupo do WhatsApp dos oficiais. Conversamos bastante, coisas comuns.

Na sexta-feira estávamos todos na sala, quando então um companheiro pergunta o que cada um vai fazer no final de semana. Eu disse que iria ficar em casa, mas talvez sairia com alguns amigos, embora estivesse mesmo com vontade de ficar em casa. Assim, cada um respondeu o que iria fazer. Foi sugerido sairmos todos depois do expediente para um happy hour, concordei.

Fomos até uma cachaçaria, bebemos um pouco e cada um seguiu seu rumo. Na calçada, o Eduardo falava com alguém ao celular, passei por ele e acenei, continuei meu trajeto até o meu carro. Logo em seguida ele desligou o celular e veio caminhando em minha direção. Questionei se precisava de uma carona, tendo ele recusado, falando que morava longe e não queria dar trabalho. Perguntei como ele voltaria para casa, tendo ele respondido que iria a pé. Neste momento eu fiquei com dó, o céu estava vermelho, parecia que iria chover a qualquer momento, então eu disse que não teria problema, eu o levaria pois ele poderia se molhar no caminho.

Ele entrou em meu carro, então começamos a conversar, acabei descobrindo algumas coisas de sua vida.

Gente, está ficando longo, vou terminar por aqui e volto com a continuação!


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Comentários


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altaobi Comentou em 07/04/2018

Olá pessoal. Obrigado a todos pelos comentários. Relendo percebi que comi algumas letras, peço desculpas, não li antes de postar. Tentarei voltar amanhã para continuar. Obrigado, de coração!

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theweekend Comentou em 14/03/2018

Você escreve muito bem. Amando o conto <3

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chaozinho Comentou em 13/03/2018

Longo não achei, achei sim excitante e quando parto para a segunda parte.... oh decepção, não está postada que decepção cara.

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ronald43 Comentou em 13/03/2018

Ansioso aqui... Continue...

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cknogueira Comentou em 11/03/2018

Primeiramente: Vc escreve muito bem! Cara, continua logo! Haha

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esec Comentou em 11/03/2018

Conto promissor. Ansioso pela segunda parte.




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Ficha do conto

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Nome do conto:
O estagiário - I

Codigo do conto:
114270

Categoria:
Gays

Data da Publicação:
10/03/2018

Quant.de Votos:
5

Quant.de Fotos:
0