Redescobrindo o orgasmo



Já tive vários parceiros ao longo desses meus 30 anos - 13 deles vivendo sexualmente ativa. Alguns namoros longos, uns rolos perdidos... mas sempre tentando aprender algo novo com cada um deles.
Me considero uma mulher decidida e nunca tive noias com minha busca em sentir e dar prazer. Entre quatro paredes, faço o que o tesão mandar.
Aos 15, comecei a vivenciar minhas primeiras brincadeiras com um namorado tão afoito quanto eu e, embora virgens, sabíamos nos divertir: mão ali, mão aqui, boca acolá... Eu já me masturbava antes de nos conhecermos, e isso com certeza abriu as portas para outras descobertas.
Ele era ligeiramente mais experiente que eu, apesar de ter a mesma idade. Lembro que eu chegava facilmente em um orgasmo em uns 3 minutos com a boca dele na minha boceta... era um misto de desespero com tesão, desses que só os adolescentes tem. Nossa, era quase mágico! Quase instantâneo! Uma safadeza genuína.
Passaram-se alguns anos e finalmente tive minhas primeiras relações sexuais com outros parceiros. Fui percebendo com essas experiências que o sexo oral já não era recebido com a mesma intensidade por mim, nem com a mesma frequência... a prioridade era pau na boceta. Fui deixando de fazer questão. Passei inclusive a gostar mais de chupar que ser chupada. Aprendi a ser muito boa nisso. Mesmo assim, volta e meia eu me perguntava: será que eu havia me acostumado tanto em transar com um pau lá dentro enquanto me tocava que esqueci como era gozar apenas com uma boca me chupando?
Esse questionamento me rondou por longas datas. Pude contar nos dedos quantas vezes cheguei ao ápice dessa maneira. À essa altura, eu já havia aceito que minha "forma" de gozar era eu mesma fazer siririca enquanto era penetrada. Nada de anormal quanto a isso.

Eis que recentemente marquei um date com um amigo que vinha falando há alguns meses. Vou chamá-lo de "C".
Sinceramente, à princípio não dei muita bola pra ele: além dele meio que pertencer a um grupo de amigos de um ex meu, a gente acabou se encontrando pessoalmente apenas uma vez nesse meio tempo. Rolou um beijinho miado de despedida. E eu também estava saindo de um rolo mal sucedido, sendo cautelosa pra me envolver de novo, mesmo que ocasionalmente. O que contava muito a favor dele era nossa conversa. C era altamente inteligente, divertido, tinha uma bagagem de vida bem interessante, além de escrever o português corretamente nos papos por whatsapp. Isso contou muitos pontos, não vou negar. Enfim, voltávamos de uma festa, já bem drogados de bala e o clima entre nós havia crescido exponencialmente em poucas horas. O beijo tinha se encaixado bem e isso foi metade do caminho. Ele já sabia que eu não poderia dormir com ele, eu tinha muitas coisas importantes pra resolver no dia seguinte, além de estar fisicamente indisponível. Isso não o impediu de começar uma brincadeira no trajeto de volta pra minha casa, dentro de um carro do Uber... entre beijos e puxadas discretas na meia-calça 7/8 que eu estava usando, deslizou seus dedos entre minhas pernas até chegar ao clitóris e me masturbou de leve por cima da calcinha, e o mais incrível é que - CARALHO! - C estava acertando o ponto e o ritmo, mas precisei interromper.
Até agora não sei se o motorista percebeu minhas viradas de cabeça. Aquilo foi suficiente pra querer continuar em um outro momento mais propício. Ele me perguntou se estávamos chegando perto (de casa) e eu respondi que estava BEM PERTO, obviamente me referindo ao que havia acontecido.

Se passaram dois dias e resolvemos nos encontrar novamente, dessa vez na casa dele. Num dos momentos da conversa, enquanto nos esfregávamos carinhosamente por baixo dos lençóis, numa espécie de "preliminar das preliminares", cheguei a comentar com C que havia essa "resistência" física minha no que se dizia respeito a receber sexo oral. Ele se sentiu desafiado... com um sorriso bem sem vergonha na cara, prontamente se aprumou pra começar os trabalhos.
Era como se eu estivesse sendo beijada na boca. A barba dele roçava de leve na minha buceta. A língua dele passeava em toda a extensão do meu clitóris, variando a intensidade mas sem perder aquele ritmo maravilhoso que ele havia me dado como amostra grátis dias antes. Eu sentia a boca dele ficando mais quente à medida que eu ia ficando molhada. Senti seus dedos percorrendo ao redor dos meus pequenos lábios até ele enfiar um deles e mexer gostosamente lá dentro... Minha respiração estava mais profunda e eu não conseguia manter os quadris quietos. Aquilo era uma dança e ele me conduzia como um exímio dançarino que era. Eu agarrava seus cabelos ondulados com firmeza enquanto rebolava. Com a mesma mão que ele já me tocava, senti um dos dedos roçar o períneo. O gostoso descobriu um dos meus pontos fracos e dali fui lançada às lembranças físicas daquela adolescente encapetada, só que de maneira ainda mais gostosa. Sem pressa e sem pressão. Ele tava ali de verdade, indo além de mostrar serviço. Eu sentia meu corpo completamente entregue e queria ficar daquele jeito por pelo menos uma eternidade. Não sei quanto tempo levou, mas uma hora ele achou a posição perfeita e, com um pouco de constância nos movimentos da língua e dedos, esqueci do mundo e gozei em sua boca abafando meus gemidos altos com um travesseiro. O mundo podia se acabar. Eu havia tido um dos melhores orgasmos da vida em linha reta, e o melhor: descobri finalmente que o problema nunca fui eu. Meu corpo era poderoso e me proporcionou uma forma de prazer que eu não lembrava mais que era capaz de ter. Caralho C, me beija.
Na manhã seguinte, ele conseguiu me surpreender mais ainda, mas isso é papo pra outro texto...


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Comentários


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pedroam Comentou em 23/04/2018

Gostei! bom inicio de relatos, continue VOTADO

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chermengo Comentou em 21/04/2018

Primeiro, parabéns por se unir ao grupo de escritores do site. Belo relato! Segundo, parabéns por aceitar desafios e se entregar a eles. Terceiro, "chupar uma buceta" (prefiro ao politicamente correto "sexo oral"), não é pra qualquer um. Isso é só pra quem admira um orgasmo feminino e pra quem se delicia em dar prazer a quem se ama ou se apaixona. Sem frescuras e sem nojinhos.




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Ficha do conto

Foto Perfil Conto Erotico ellenconta

Nome do conto:
Redescobrindo o orgasmo

Codigo do conto:
116069

Categoria:
Heterosexual

Data da Publicação:
21/04/2018

Quant.de Votos:
9

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0