Trote do colégio



Depois do último conto, me perguntaram se eu era bi e tals. Acho que está bem evidente, mas já que o tema desperta a curiosidade de vocês, vou falar um pouco mais de como descobri esse meu lado.


Nem sempre aceitei bem meus desejos por mulheres. Quando ainda morava em Palmas, tinha uma vizinha com fama de “sapatão” (era assim que a gente chamava) e eu nem cumprimentava ela. Embora sempre tenha sido simpática comigo e fosse uma garota bem bonita, me provocava repulsa e sentia raiva quando ela me dirigia a palavra. Ao mesmo tempo, embora não admitisse sentir atração por alguém do mesmo sexo, sentia uma curiosidade mórbida, que me fazia ficar espiando pela janela quando havia alguma mulher na sua casa... vai entender...

Bom, vou voltar a falar dela no futuro, mas a história de hoje é outra.

Quando meus pais se separaram, mamãe ainda estava fazendo curso técnico em enfermagem e eu fiquei um tempo morando com minha avó paterna, em Formoso do Araguaia, onde há um colégio interno bem conhecido, no qual fui estudar. Fica na zona rural e os alunos passam a semana toda lá, saindo de 15 em 15 dias. O colégio é super-rígido, mas havia uma semana, no início de cada ano, em que rolava o “trote”, uma espécie de ritual de iniciação de novos alunos. Nessa semana, a direção fazia vistas grossas para o que os veteranos aprontavam...

Eu nem imaginava que fosse acontecer alguma coisa. Houve uma recepção formal, que durou um dia inteiro e, à noite, quando já estava dormindo no alojamento feminino, acordei com uma sirene, que julguei ser o alarme de incêndio. Garotas com uniformes de monitores abriram as portas e gritaram para todas saírem depressa. Eu e minhas companheiras de alojamento, todas calouras, saímos correndo para o corredor como estávamos: eu, de calcinha e camiseta, algumas de camisola, outras com os seios de fora... enfim, na hora do desespero ninguém pensa muito. As “monitoras” só nos mandavam se apressar e fomos andando no escuro, na direção da única porta aberta.

Depois que todas entramos, a porta foi fechada e a luz acesa. Estávamos no vestiário e reconhecemos as veteranas nos uniformes de monitores. Com aquela truculência toda, tradicional dos trotes, foram nos empurrando aos gritos para um canto. Éramos umas 50 ou 60 meninas, seminuas, espremidas, enquanto rolavam os discursos ameaçadores e as brincadeiras/humilhações típicas. As veteranas nos entrevistaram, uma por uma, perguntando se éramos virgens, se tínhamos dado o cu, se tínhamos chupado, etc. Se respondíamos negando, elas pegavam um pau de silicone e nos obrigavam a pôr na boca, simulando um boquete. Algumas até faziam as calouras ficarem de joelhos e chupar o consolo como se fosse o pau da veterana.

Seguiam-se outras brincadeiras do mesmo tipo e o nervosismo que eu sentia foi dando lugar a outro tipo de sensação. Estava no meio de um monte de adolescentes seminuas, juntas naquela peça quente, suadas... eu sempre tive uma relação muito forte com cheiros... minha memória olfativa sempre esteve ligada às sensações sexuais... e ali pairava um cheiro forte de mulher, corpos, bucetas... sem conseguir me controlar, comecei a ficar excitada...

A camiseta suada deixava bem à mostra os mamilos duros e pontudos e logo as veteranas perceberam.

– Olha, aqui, tem uma safadinha de farol aceso – disse uma delas, apontando para mim.

Virei o centro das atenções. As outras me cercaram. Uma delas, que era mais agressiva que as outras, veio com o consolo na mão e começou a esfregá-lo no meu rosto e nos meus seios, perguntando se era isso que estava me excitando. Mesmo com raiva e humilhada, não conseguia deixar de sentir tesão, que só aumentava com aquele circo todo.

– Vai, faz um showzinho pra gente, já que tá gostando tanto! – mandou a veterana, me empurrando para a frente, mandando dançar para as demais. Ameaçaram, pressionaram, eu cedi. Meio sem jeito, comecei a mexer o corpo lentamente, rebolando e levantando a camiseta. Enquanto isso, as veteranas foram examinando as outras calouras:

– Olha, aqui tem outra animadinha! – a veterana puxou pelo braço outra novata, que vestia apenas um shortinho de dormir, com os seios de fora. A chefe das veteranas, começou a interrogá-la:

– O show da nossa amiguinha aqui tá te deixando excitada, sapatinha? Você gostou dela? Vai lá dançar com ela... – empurrou a menina na minha direção e ficamos dançando uma perto da outra. Ela era bonita, com seios grandes, bem firmes... senti o seu cheiro e fiquei ainda mais excitada.

A veterana do consolo veio até nós e começou a esfregar o pau de silicone no corpo da menina, passando pelos seios, descendo pela barriga e esfregando no meio das pernas dela, fazendo vai-e-vem na buceta, por cima do short. Então levou o consolo ao meu rosto, esfregou nos meus lábios e mandou eu chupar. Numa situação normal, teria mandado todas as veteranas à merda e saído dali, mas estava tão excitada que abri a boca e deixei ela enfiar... abocanhei e lambi o pau de silicone, sentindo o gosto da outra novata. Acho que fiquei meio em transe, pois momentos depois “despertei”, ouvindo o riso das meninas. Diziam “olha só, ela gostou”, “boqueteira”, “sapata” e coisas do gênero. Até minha companheira de dança olhava sorrindo para mim.

Fiquei abalada e ofendida com tudo aquilo e corri para o alojamento. Não me importava com as consequências de fugir do trote, pois havia decidido não ficar naquele colégio. Na época, justifiquei dizendo que não conseguiria conviver com aquelas meninas que haviam imposto a humilhação, mas, intimamente, sabia que meu medo não era o bullying das veteranas, e sim o que eu vira nos olhos daquela menina que havia dançado comigo. Seu riso não era de zombaria, era mais de satisfação... havia uma promessa ali.

De fato, não continuei no colégio. Minha mãe conseguiu emprego num hospital em Palmas, fez um acordo com meu pai e eu fui morar com ela na nossa antiga casa. Uma das primeiras pessoas que encontrei, ao retornar, foi Daiana, a vizinha lésbica. Agora, no entanto, a vi com outros olhos...


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Comentários


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skarlate Comentou em 04/07/2018

colossal

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marcoza Comentou em 04/07/2018

Inusitado mas muito excitante seu relato;estou adorando ler essas maravilhas que vc escreve aqui.Tomara que vc se sinta atraída por sua vizinha e aconteça algo entre vcs;já aguardo ansioso os próximos relatos.

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carreteiro 1498 Comentou em 04/07/2018

Pode ser que vc seja bi, já pensou nessa hipótese? se deixe levar pelo calor do momento, se não experimentar não vai saber, bjs

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Comentou em 03/07/2018

Excelente...

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muitoputo Comentou em 02/07/2018

Muito bom seu conto, e ser bi ou lésbica nao tem nada a ver, claro que se vc for bi fem vai curtir mais ainda né! Com machos e fêmeas. ..mas sexo é delicioso em qualquer circunstância. ..boa sorte sua safadinha gostosa! Beijos

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reginha.larga Comentou em 01/07/2018

Trote gostoso... Votado.

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feyamada89 Comentou em 01/07/2018

Adorei amiga Votado

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profmari Comentou em 01/07/2018

Que conto gostoso! Adoro essas histórias de colégio...

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lilithsuc Comentou em 01/07/2018

Estou começando a achar que meu voto estará garantido em todos os seus contos! Todos que até agora são sensacionais, parabéns!

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dudubi90 Comentou em 01/07/2018

Mais um conto excitante!!!! pena que vc não ficou no colégio...vocês duas teriam se divertido bastante :)




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Ficha do conto

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linecan

Nome do conto:
Trote do colégio

Codigo do conto:
120222

Categoria:
Lésbicas

Data da Publicação:
01/07/2018

Quant.de Votos:
24

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