MUSAS: EUTERPE (A PRIMEIRA E ÚLTIMA VEZ) INÍCIO

Euterpe sentia algo no ar; ela tinha a impressão de que algo não ia bem em seu casamento com Castor; após dez anos de casados, tinha que reconhecer o fato de a vida sexual de ambos ter caído em uma ardilosa monotonia; se antes faziam sexo todas as noites, agora o máximo eram duas vezes por semana! Isso quando a menstruação ou o stress do trabalho não prejudicassem ainda mais essa agenda, rareando não apenas em quantidade, mas também em qualidade. E se de um lado havia sua preocupação como fêmea, também existia como esposa.

Ela chegou até a supor que Castor pudesse ter uma amante, porém, isso caiu por terra após uma busca sigilosa nas redes sociais do marido e ainda em conversas com esposas de amigos que garantiam ser Castor um marido fiel e dedicado a ela; e nesse clima a onda de “discussões sobre a relação” ganharam uma ênfase assustadora, passando, inclusive, a fazer parte da rotina conjugal.

E por mais que Castor afirmasse que não havia nada de errado, Euterpe, em seu âmago, sabia que alguma coisa estava fora do lugar. Conversando com uma amiga muito íntima, Euterpe foi orientada a perceber se o marido tinha algum tipo de fetiche; ela foi à luta, pesquisando sobre o assunto e depois vasculhando o notebook de Castor a procura de alguma pista que lhe indicasse o caminho a ser seguido.

Nessa investigação conjugal, Euterpe percebeu que havia um assunto que despertava a atenção de seu marido: a de tornar-se corno! De início, ela ficou estupefata, pois jamais imaginara-se traindo seu marido com outro homem; afinal, ele fora seu primeiro e também seu único; durante o namoro, noivado e casamento, Euterpe jamais insinuara-se para outro homem, muito menos com a intenção de plantar chifres na cabeça do marido.

Aprofundando ainda mais a pesquisa, ela descobriu que o interesse de Castor tinha a ver com a possibilidade de ser o chamado “corno manso”, com direito a participar da traição como coadjuvante. Euterpe resistiu em acreditar naquilo como um fato, porém, o histórico do notebook de Castor comprovavam o seu verdadeiro interesse pelo assunto; não apenas lendo, mas vendo e ouvindo, o sujeito flertava com o perigo, surfando em sites voltados para o tema e também trocando mensagens eletrônicas com outros homens que já haviam experimentado tal aventura.

Depois de resistir o quando foi possível, Euterpe decidiu que precisava tocar no assunto com o marido; optou por criar um clima ideal para que Castor, relaxado, aceitasse falar sobre o assunto. Em uma noite de sexta-feira, ela sugeriu que eles fossem jantar fora e sugeriu uma cantina que fica nas redondezas; Castor achou uma boa ideia e assim que saiu do trabalho, avisou-a para que ficasse pronta para a saída.

Euterpe, então, tomou um banho, com direito a creme hidratante, perfume e uma depilação muito especial, escolhendo um vestido vermelho com alças cujo contorno realçava seu corpo, em especial, suas mamas de tamanho médio e ainda muito firmes, como também suas nádegas esculpidas na academia.

Devidamente acomodados em uma mesa na cantina, o casal pediu um vinho chileno de boa safra e uma massa apetitosa; enquanto jantavam, conversaram sobre assuntos diversos, pois ela não queria que Castor desconfiasse de suas reais intenções. Durante a refeição, Euterpe pediu licença para ir ao banheiro e no caminho percebeu um homem desacompanhado em uma mesa; sentindo um tremor em suas vísceras, Euterpe passou por ele, fitando-o para chamar sua atenção.

Assim que o sujeito olhou para ela recebeu um sorriso discreto de volta que certamente o deixou aceso; permaneceu no banheiro tempo suficiente para que seu engôdo surtisse efeito, e ao sair tornou a fitar discretamente o sujeito, que agora mostrou-se ainda mais receptivo.

-Amor …,estou preocupada – disse ela assim que voltou a sentar-se – Tem um sujeito sozinho sentado em uma mesa atrás de nós que me encarou com um olhar meio …, tarado!

-O que? Onde? Me mostra! – respondeu Castor sem esconder uma curiosidade intrigante.

-Na mesa próxima da porta para o toilete – disse ela em um sussurro – Ele tem a cabeça raspada e está vestindo uma camiseta polo azul-marinho …, se for olhar, seja discreto.

Castor fez menção de procurar pelo garçom e virou-se na direção indicada por Euterpe, visualizando o tal sujeito que ao notar seu olhar, ergueu a taça de vinho em uma saudação amigável. Demonstrando uma irritação não muito convincente, Castor anunciou que pretendia tirar satisfação com o sujeito pelo modo abusado, mas Euterpe o dissuadiu da ideia afirmando que não valia a pena.

Um pouco mais tarde, enquanto eles apreciavam a sobremesa, o tal sujeito pagou a conta e se levantou dirigindo-se para a saída; ao passar pela mesa do casal ele não hesitou em jogar um olhar guloso para Euterpe que não lhe correspondeu, mantendo-se distante, mas comentando com o marido o que acontecera.

-Você não deu mole pra ele, não é, amor? – perguntou Castor querendo certificar, mas ainda demonstrando uma curiosidade indisfarçável.

-Claro que não, meu amor! – respondeu ela em tom angelical – Aliás, nem poderia, não é? Já imaginou se ele percebe que estou sem calcinha!

-Como é que é? Você veio pra cá sem calcinha? – questionou o marido com ar estupefato – Porque fez isso?

-Ora, porque? Porque eu queria excitar meu maridinho! – respondeu ela com um sorriso maroto – Será que eu consegui?

Embasbacado, Castor engoliu em seco, chamando o garçom; pediu a conta e assim que chegaram no carro, ele quis conferir a veracidade da afirmação da esposa; Euterpe sorriu e abriu as pernas, sugerindo que o marido fizesse uma inspeção.
Castor meteu a mão embaixo do vestido encontrando uma vulva desnuda, quente e muito molhada; imediatamente ele começou a dedilhar a esposa, que por sua vez baixava as alças do vestido, exibindo orgulhosa seus seios de mamilos durinhos; Castor caiu de boca nos peitos da esposa, lambendo e sugando como se fosse sua primeira vez; Euterpe podia perceber que a excitação do marido naquele momento aflorara como no início do casamento, confirmando suas suspeitas sobre a fixação de Castor.

Aos trancos e barrancos, o casal conseguiu voltar para casa; entretanto, Castor não permitiu que eles fossem para o quarto; com um puxão vigoroso ele deixou Euterpe nua, empurrando-a para o sofá, onde ela caiu abrindo as pernas em um voluptuoso convite ao sexo. O sujeito livrou-se de suas roupas com gestos tresloucados e sem perda de tempo saltou sobre a fêmea como um sátiro alucinado, esfregando seu membro rijo na gruta quente e molhada.

Entre beijos e gemidos, Castor enterrou sua ferramenta nas carnes de sua mulher, copulando com enorme voracidade, golpeando cada vez mais forte e rápido; Euterpe há muito não sentia o marido tão contumaz em seu arroubo sexual, impingindo uma sequência quase massacrante de golpes contra a vulva da esposa e com tal afinco que não demorou para que ela experimentasse uma sequência caudalosa de orgasmos.

A virilidade de Castor, naquele momento, não conhecia limites tal era a intensidade com que afundava e sacava seu membro dentro da vagina que já ganhara uma pequena vermelhidão decorrente do atrito provocado pelos golpes. Mesmo com algum incômodo, Euterpe não se ressentia, pois aquele era o homem que ela sempre desejou para si, com toda aquela energia e sempre esfomeado por ela. Em alguns momentos ela massageou o seu clítoris, provocando ainda mais gozos que ela anunciava com gemidos e gritinhos histéricos.

Por mais de uma hora, Castor não arrefeceu, mesmo diminuindo temporariamente a velocidade de seus golpes, ele não abandonava um ritmo repleto da obsessão por sua esposa; Euterpe estava a apreciar aquele momento, porém um pensamento assombrava sua mente: o fato de toda aquela excitação ter-se originado da fantasia que ela criara com o sujeito na cantina, comprovando que seu marido queria, realmente, ser corno!

Finalmente, um grunhido rouco de Castor anunciou a chegada do gozo que sobreveio de imediato, fazendo com que ele ejaculasse esfaimado, inundando as entranhas de sua esposa com uma carga de esperma quente e glutinoso provocando uma deliciosa onda de pequenos orgasmos varrendo todo o corpo da fêmea que se contorcia, balbuciando palavras de amor ao marido.

Ainda naquela noite, após um banho reconfortante e uma taça de vinho branco, Euterpe tomou coragem para tocar no anúncio; iniciou confessando que inventara a história do sujeito na cantina e prosseguiu confidenciando que espionara o notebook do marido em busca de informações que a ajudassem a compreender a perda de ânimo que o casamento sofria há algum tempo. E quando terminou sua confissão, perguntou-lhe se estava certa em imaginar que ele cobiçava ver sua mulher sendo desfrutada por outro homem.

Incapaz de esconder sua vergonha pela situação, mas ansioso para pôr àquela situação constrangedora, Castor acabou por confessar que sim! Disse com todas as letras que, muitas vezes, sentia-se extremamente excitado ao imaginar Euterpe entregando-se a outro homem ante seus olhos; confessou também que já pensara em conversar com ela a respeito, mas faltou-lhe coragem para fazê-lo. Ao final, ambos permaneceram em silêncio.

-Olhe, meu amor …, se isso representar um bem para nosso casamento, eu faço o que você quiser! – disse Euterpe, rompendo aquela pasmaceira inquietante.

Castor mirou o rosto da esposa cujos olhos estavam marejados e puxou-a para si; abraçaram-se como dois namorados em reconciliação e somente quando o clima tornou-se um pouco mais ameno, ele buscou ter uma conversa mais esclarecedora com a esposa; certificando-se de que ela realmente aceitaria deitar-se com outro nome, ele não perdeu tempo em ponderar alguns nomes.

Infelizmente, a maioria deles foi rechaçado por Euterpe; uns porque eram próximos demais do casal, outros porque faziam parte de um círculo muito restrito de amigos e alguns outros porque Euterpe não teria coragem de deitar-se com eles por conta de alguma restrição quanto ao comportamento ou ainda quanto ao modo como encaravam a vida.

-Creio que …, a melhor coisa seria escolhermos alguém que não nos conhecesse intimamente – afirmou ela, dando-se por vencida na hipótese que rondava a mente do marido.

-Você quer dizer …, um estranho? – insistiu ele em saber, ansioso pela confirmação.

-Acho que …, bem …, sim …, sim, um desconhecido – respondeu ela com voz trêmula e tom hesitante.

Euterpe ficou atônita com o brilho no olhar do marido; era como se uma luz interior se acendesse em Castor, reascendendo uma chama antes tênue e quase mortiça. E nos dias seguintes, Castor dedicou-se a procurar por esse no integrante de sua relação conjugal, valendo-se de todos os meios disponíveis e confiáveis.

Somente após muita procura e pesquisa, certo dia, Castor chegou em casa eufórico, anunciando que encontrara a pessoa certa para eles; antes a expressão macambuzia da esposa, ele descreveu o sujeito como um homem um pouco mais velho (entre cinquenta e cinquenta e cinco anos), bem-apessoado, divorciado e de boa índole; antes que Euterpe pudesse dizer alguma coisa, Castor informou ainda que havia marcado um encontro para o dia seguinte.

-E onde vamos encontrar esse homem? – perguntou ela, tentando conter sua enorme curiosidade.

-Nós? Nós, não! Você vai encontrá-lo! – respondeu Castor com firmeza – Eu já o conheço, meu amor …, vocês é que precisam se conhecer!

(P.S.) Me perdoem se ficou monótono demais e extenso demais, mas valerá a pena prosseguir

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Ficha do conto

Foto Perfil trovão
bemamado

Nome do conto:
MUSAS: EUTERPE (A PRIMEIRA E ÚLTIMA VEZ) INÍCIO

Codigo do conto:
171456

Categoria:
Traição/Corno

Data da Publicação:
18/01/2021

Quant.de Votos:
5

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3