Helena e Jean - Volume I



Capítulo I - Parte 1

Helena estudava o olhar do homem à sua frente. Não haviam falsos pudores, tampouco desejo em seus olhos. Era como se ela estivesse encarando um monumento. A conversa amigável lhe acalma, e entre as perguntas casuais o seu perfil vai sendo traçado. Suas expectativas, seus limites. Seu rosto corado, tão expressivo, respondia às perguntas de Jean antes mesmo de sua boca se abrir. Quase como um passarinho explorando uma árvore, ela tentava procurar algo nele. Havia uma ânsia, quase nervosa, quando ouvia sobre as ferramentas, os brinquedos, as posições. Helena não era virgem, porém aquele mundo sempre foi algo distante para ela. Algo que ela não conseguia ver, ouvir ou tocar. Mas ali estava Jean. E ela podia vê-lo, podia ouví-lo, e queria tocá-lo.

Fotos cuidadosamente tiradas se espalharam na mesa do restaurante. Os olhos pulando de foto em foto, um misto de espanto e fascínio. Uma ânsia cresce em seu peito, empurrando o receio para fora de seu corpo em um suspiro exasperado.

            

               
            

Entre os açoites, as máscaras, as cordas, é uma coleira que lhe prende o olhar.

Como se usa isso? - a voz tímida se faz ouvir
Quando fazemos alguns jogos de submissão, serve para controlar melhor sua atenção.
Machuca? - suas mãos se levantam ao pescoço, quase como um desejo
Apenas se você quiser.

Passando pelas vendas, ganchos, um prendedor para os mamilos, ela faz suas escolhas. Em algumas horas, Helena estará sentindo suas escolhas.

Capítulo I - Parte 2

A sensação de alguém invisível tocando você pode ser muito intensa, e a antecipação é mais poderosa que a surpresa quando se quer dar prazer a alguém. Vendando seus olhos e prendendo seu cabelo, estamos estabelecendo a primeira relação de controle. Jean pode tocá-la, pode sentir o calor da sua pele e a umidade dos seus lábios na ponta dos meus dedos. A respiração antes lenta e deliberada de tornou aleatória e rápida com a primeira corda passando pela cintura, dando voltas medidas e precisas ao redor de seu corpo rígido de tensão. Mãos ágeis deslizam por cada pedaço do seu corpo, dos braços às coxas, sentindo a resistência da pele e o tremor da ansiedade.

Tire o sutiã.
O-o quê? - uma resposta tímida surge da boca trêmula.

Muito fácil. As mãos cobrem rapidamente a boca desobediente, e além de um gritinho abafado, só se pode ouvir a voz baixa e solene de Jean.

Eu não mandei falar.

Foi como uma presa se rendendo ao caçador. O tremor suavizando. Os braços dela passando pelas cordas, sentindo a tensão do cânhamo e a aspereza dos nós. O sutiã abria na frente, que conveniente.

Me dê.

Ela estende a mão, segurando o sutiã como se fosse algo frágil. Jean o toma em suas mãos, lentamente puxando da mão trêmula à frente. A corda se move pelo corpo rígido, as mãos dando voltas suaves até alcançar os seios, deslizando as costas das mãos nos mamilos como se fosse apenas um acidente, sentindo a maciez da carne. Levando a corda ao redor dos quadris, Jean se aproxima até seu peito estar colado às costas de Helena. Ele ajusta os nós dos seios até estarem firmes, cuidadoso para não deixar nenhum nó frouxo.

Agora, se ajoelhe.

Ela pausa. É dúvida? Será que ele deveria ser um pouco mais carinhoso? Talvez. Com uma mão na corda que agora está no meio das costas, como uma coleira, Jean a puxa para baixo, forçando os joelhos a se dobrarem, e ela não diz nada.

Boa menina. Boa menina.

Um carinho no cabelo, os dedos no seu rosto, descendo ao pescoço, um espasmo escapa do seu corpo. Jean sorri para si mesmo enquanto admira a confiança que Helena deposita nele.

Ajoelhando-se lentamente, Jean pressiona a corda e puxa os cabelos longos até que o rosto corado de Helena fique completamente virado pra cima, e um suspiro exasperado o recebe quando sua mão se fecha no pescoço exposto. Os rostos colados, a respiração quente dos dois se encontrando como o vento frio da madrugada encontrava suas costas nuas de Helena toda vez que ela não conseguia dormir. Uma mão desliza do pescoço para o meio dos seios, por cima dos nós na barriga e para.

Abra a boca.

Ela obedece. Jean solta a corda, mantendo a tensão com o joelho e lentamente deixa que a boca dela se feche de novo com seus dedos entre os seus dentes. Um tapa seguro vindo da esquerda faz o corpo de Helena tremer, seus dentes afundam nos dedos de seu mestre e ela começa a salivar. As mãos dela buscam o braço de Jean à sua frente, e mais um tapa a faz pôr as mãos ao lado do corpo, relutante. Com os dedos molhados ele busca um seio, o mamilo rígido, quase pulsando com a respiração ofegante. Um suspiro profundo atravessa o quarto, e Jean percebe as pernas que se abrem lentamente. Enquanto segura o seio com firmeza, a outra mão rapidamente agarra o topo de uma coxa, e dedos ásperos correm do joelho ao quadril, deixando um rastro na pele macia. Dois dedos deslizam dentro da lingerie, num movimento fluido desfazem o laço e vão novamente de encontro ao quadril, acompanhando o cair da peça de baixo. Helena busca o toque suave do rosto de Jean no seu, enquanto absorve o toque em seu corpo. Outro tapa, um gritinho, e ela volta para a posição de antes.

Levante.

Ela começa a se mover, mas as pernas estão quase dormentes da posição.

Quer ajuda?
Por favor…

Às vezes Jean imagina coisas que poderiam ser intensas, coisas que dão prazer. Ainda de joelhos, Jean toma os braços de Helena e a levanta consigo. Um movimento brusco, bruto. Ela perde o equilíbrio por um momento, está envergonhada? Se assustou? Enquanto se recompõe ele estuda sua postura como um cão avaliando um gato. As pernas trêmulas, como se não estivessem suportando mais o peso. Jean busca com as mãos pelo corpo de Helena até encontrar o laço que desfez, e, com um puxão súbito a última peça de lingerie é arrancada, deixando marcas rosadas onde o tecido roçou contra a pele macia de Helena. Andando com passos pesados, lentos, circulando, Jean se afasta e pega um dos seus brinquedos. Um paddle pesado de madeira.

Vamos, fique direita. - diz enquanto acerta gentilmente as suas coxas, um lado após o outro.
Antes que eu faça pra você. - Colocando a peça embaixo do seu queixo, deslizando pelas bochechas.

Ela se esforça e retoma a postura. As marcas começam a aparecer na sua pele clara, tons de vermelho se misturando ao rosa. Os cabelos longos bagunçados, cobrindo parte do rosto o incomodam. Jean Começa a arrumar o cabelo de Helena, terminando com um rabo de cavalo. Ele pára um pouco para admirá-la. Os ombros largos, seios fartos, os quadris curvos e as coxas roliças. Fica excitado imaginando o sabor da pele, o calor da carne. Lentamente ele se aproxima, ela ainda está vendada mas consegue sentir a aproximação. Prende a respiração. Estão na frente da cama.

Ande comigo. Dois passos pra frente. - ela obedece, e encoste os joelhos no colchão.
Deite de bruços.

Às vezes Jean imagina coisas que não deveria.

Joelhos na cama. Bunda pra cima, e relaxe os braços.

Passando uma mão pelas suas costas, segura o nó que fez na barriga e o destaca calmamente. As marcas vermelhas e a impressão profunda que o cânhamo deixou se enchendo de cor, a sensibilidade da pele pedindo por uma carícia.

Jean remove a venda, e com as mãos no seu rosto procura seu olhar. A mesma ânsia de antes. Sem medo, sem nervosismo. Apenas a serenidade de estar completamente à mercê de alguém.

Coloco um chicote na sua frente, e os seus lábios se separam deixando um suspiro sair, antecipando a sensação.

E então um tapa no meio das coxas. Súbito. Firme.

Capítulo II

Enquanto desliza as mãos pelas suas costas, Jean vai desfazendo os nós. Um por um, os músculos contraídos relaxam, expandem, e a respiração começa a se tornar mais silenciosa. A pele marcada se tornou tão sensível que ela se contorce a cada toque, e quando o último nó se desfaz, é como se o seu corpo acordasse após um sono profundo. Será que sonhou?

         

Um momento para se recompor. Respire… Olhe ao redor… Ande…

Levante as costas - Jean diz enquanto põe uma mão em seu ombro e a coloca de joelhos na cama
Olhe pra frente. O que você vê?

Há um espelho na parede. Não muito grande, mas pequeno o bastante para que Jean possa se esconder do olhar de Helena, seu rosto além da moldura.

A-apenas eu - a voz sai devagar, e Helena corre as mãos pelo seu peito.
Minha barriga…

Os olhos pulam entre as marcas dos nós, correm pelos sulcos vermelhos e roxos deixados pela corda grossa e áspera. Há uma satisfação em seu olhar… Um sorriso?
Jean encosta seu peito nas costas nuas, e sente o pulsar da respiração suave de Helena. O calor do seu corpo. Com as mãos nos seus quadris, a deixa descansar um pouco. Há muito pela frente ainda. Após um momento, uma corda encontra as mãos de Helena e as traz para sua nuca, algumas voltas depois as cordas se fecham novamente nos seios com um aperto firme e suave. Jean ergue seus braços até que seus seios estejam esticados e busca um mamilo, deslizando pela pele tão devagar quanto um artesão examinando uma peça única. Com mais algumas voltas da corda, alguns toques gentis, sua posição está perfeita. Não usará mais a venda, Jean quer que ela aprecie a beleza do seu corpo e absorva suas próprias reações tanto quanto ele irá.

      


Podemos começar? - digo enquanto saio da cama
Por favor… - os olhos fixos no espelho, sem sair da imagem travada no centro da moldura

Com dois passos largos Jean alcança a bolsa, o som do zíper é o único que percorre o quarto.
Metal batendo em metal.
Couro raspando em madeira.
Cordas raspando contra o tecido da bolsa.
Segurando dois belos prendedores de aço, ele vai em direção à geladeira em silêncio.
Voltando devagar até a bolsa, um copo de água gelada numa mão, os prendedores dentro. Jean olha de relance para a cama e percebe a figura imóvel na cama. Helena analisa a obra de arte que se tornou, estuda cada pedaço da sua complexão. Das pernas marcadas à bochecha rosada do tapa. Um suspiro tão leve que poderia ter sido apenas um pensamento.

Jean retoma seus pensamentos e segue sua preparação, ele não quer desperdiçar nenhum momento. A ânsia de Helena se tornou tão sua quanto seu corpo.


               

Ele se ajoelha ao lado da cama, mas os olhos de Helena não o encontram. Estão fixados na imagem à sua frente. Um golpe fraco em um dos mamilos a faz acordar de seu transe.

Agora, olhe pra mim.

Os olhos não mentem. Ela quer mais. Jean lhe mostra o copo numa mão, e faz balançar os grampos dentro. O tilintar do metal no vidro ressoa pelo quarto. Colocando o paddle gentilmente na sua coxa, apalpa a carne macia e sente o calor de Helena. Tirando os prendedores de dentro da água gelada, Jean desliza as mãos geladas pelos quadris, subindo o peito até os seios, encontra um mamilo rígido, e o prende com o metal frio. Um suspiro, uma contorção, e então a calma. Com a outra mão prende o outro mamilo, e com seu corpo se inclinando, como se os prendedores a estivessem puxando em direção à cama, Helena começa a gemer com a antecipação.

Um puxão nas cordas que atam suas mãos atrás da cabeça garante que a sua atenção volte ao que acontece no espelho. Um leve tapa em cada mamilo rende um gritinho doce, e seu corpo se contorce em espasmos. O paddle caiu entre suas coxas, que conveniente. Jean solta um dos seios e desliza a mão pela sua barriga, ainda marcada pelas cordas. Mais baixo, mais baixo, até sentir o calor entre suas pernas e ouvir um suspiro profundo e vagaroso. Alcançando o paddle e apertando o seio que não largou, Jean encontra o olhar no espelho. Impassível. Mas tenro.

Um golpe na coxa a faz saltar, outro na barriga a faz se curvar levemente, os músculos contraindo instintivamente. Jean leva uma mão até a sua boca, os lábios úmidos, trêmulos, avançando mais um pouco até sentir a língua macia e quente. Outro golpe na coxa a faz morder os dedos, e a dor que compartilham é o prazer que têm. Mais um golpe. Outro. Ela puxa os dedos, sua boca se abre o bastante com outro golpe, e Jean troca sua boca pelo pescoço.

Agora está valente, é? - diz com um sorriso
Vamos, me responda

E com outro golpe ela solta uma palavra

SIM!!

Mais um golpe. Forte.

Sim, o quê? - ele desliza o cabo de couro áspero do paddle entre suas pernas, o som da sua respiração aumenta
SIM!!! EU EST-

A fala engasgada pela mão em sua garganta fica pela metade, e Jean segue lhe golpeando nas coxas, na barriga, nos seios, até que as pernas de Helena estejam bambas e seus braços tombem. Ele larga o paddle, e agarra o queixo caído. A mão desce para o meio das pernas abertas e trêmulas, o calor de antes agora está queimando.

Estão parados ali. O corpo trêmulo e respiração ofegante contidos pelas mãos que a enforcam e a estimulam. Com movimentos lentos e fortes, agarrando a carne das coxas ao redor enquanto sente a maciez do seu íntimo. Os gemidos viraram urros. Os espasmos viraram uma convulsão. A boca aberta buscando o ar, e os braços se debatendo contra as amarras. Seus olhos fechados não a distraem do seu prazer. Eu largo seu pescoço e foco minhas mãos apenas na carne quente e úmida exposta entre suas coxas marcadas. Uma dentro, uma fora, as duas em sincronia acompanhando a dança do seu corpo buscando o êxtase.


Capítulo III - Parte 1


O dia começa com o incômodo. O colchão duro e fundo revela o hábito, e Helena afasta os pensamentos como moscas sobrevoando sua cabeça. O banho quente, a roupa fria, o café amargo e o pão seco. Hoje deve ser Sábado, pois o apartamento de cima está barulhento demais para um dia de escola.

O computador lento lhe dá tempo demais para refletir sobre coisas que não lhe interessam mais. O navegador rápido a tira do caminho do próximo pensamento, e começa o dia. Seu chefe precisa de um relatório sobre as vendas da semana, a mãe quer um relatório sobre a sua vida nesta semana. Sempre uma papelada diferente para preencher. Um bipe. Uma nova mensagem. Na tela, lê-se

vc não pode fazer isso comigo. pelo menos atenda!

O café frio se mistura com a bílis no fundo da garganta, como ele é capaz de falar com ela? Helena o expulsou de sua vida há tanto tempo, mas nunca se viu realmente livre dele. É como se a cada nova rede social, a cada novo endereço de e-mail, a cada nova amizade, a infecção que ele havia se tornado apenas se espalhasse. E o que antes era mais uma mosca voando ao redor da sua cabeça se tornou um abutre astuto, esperando o momento certo de atacar.

eu sinto tanto a sua falta… por favor, eu só quero conversar …

Como ele conseguiu este número?

eu sei que vc está lendo minhas mensagens, eu conheço vc!

Como eu vou me livrar dele outra vez?

eu juro… nunca quis magoar vc

O celular arremessado na parede vibra mais algumas vezes no chão, e a tela escurece de vez. Nunca quis… mas o fez. Helena respira fundo, deliberadamente, afasta os pensamentos que a atormentam e volta a conferir seus e-mails. Uma resposta não é da empresa, o que será? Mais uma tentativa de seu fracassado ex de a convencer de que a culpa não foi dele?

Não, o nome é diferente. Será que…

Olá, Helena.

Recebi seu e-mail, devo dizer que não estou incomodado de forma alguma. Agradeço a admiração, eu prezo muito pela qualidade do meu trabalho e o seu reconhecimento é um grande incentivo para mim. Seu caso me interessa, entendo sua necessidade. Como posso ajudá-la?

Respeitosamente,

Mestre Valjean.

O aperto no peito se foi, como um passe de mágica.

Capítulo III - Parte 2

Jean sempre começa seus dias com uma música. Mesmo que não possa ouvir a maior parte dela, há algo no ritmo que o ajuda a acordar bem. Entre suas muitas manias, esta é uma das mais particulares. A lentidão com que levanta da cama, o lento passo que o leva ao banho, hoje não é um dia de pressa. Hoje é um dia de preparação.

Do celular, passa pela lista de tarefas cuidadosamente planejadas até chegar na estrela do dia. Uma fã. Talvez fã seja exagero, mas para um artista qualquer apreciação da sua arte é valorizada ferozmente. Talvez esta seja valorizada com uma ferocidade diferente.

Há uma leveza diferente no ar, algo que lhe traz memórias agradáveis de peles macias e cordas ásperas. Lençóis suaves e o toque gelado do metal. Ele separa fotos, fotografa suas ferramentas e se prepara para marcar o encontro. Sua fã, Helena, quer um momento de paz. Quer esquecer que existe um mundo além do seu próprio. Agora ele precisa descobrir como.

Capítulo III - Parte 3


Por alguns segundos, Helena esteve perdida nos seus pensamentos como um náufrago no meio do oceano. O seu corpo se contorcendo contra o corpo de Jean, ansiando pelo seu calor, suas mãos se fechando no ar, buscando seu toque. As pernas se fechando e abrindo como se numa dança, os olhos fechados e os ouvidos abertos, absorvendo o quarto. Jean ainda a segurava em seus braços.

Jean estava ofegante, os braços doloridos do esforço, apertando o corpo de Helena enquanto diminuía o ritmo. Por alguns segundos ele fechou os olhos, e sentiu o perfume dos cabelos de Helena se espalhando no suor em seu peito, sua camisa encharcada. Agora sua preocupação eram as cordas, desatar cada nó o mais rápido possível para não comprometer tanto a circulação de Helena.

O choque foi imediato, um pouco mais de sangue retornando às suas mãos, seu rosto, seu corpo todo. Ela se sentia viva.

Capítulo IV

Os lençóis molhados e os corpos suados se misturam na cama do hotel. Helena abre os olhos e se lembra que está viva, que os sonhos são apenas passageiros no trem do pensamento. Seus olhos buscam Jean ao seu redor, e o encontram ajoelhado ao pé da cama, procurando algo em sua bolsa. Seus olhos pulando entre coisas que Helena não vê. Pulam pra ela, e um sorriso mútuo aparece refletido nos olhos dos dois.

Como se sente, meu bem? - Jean pergunta enquanto alcança o rosto suado de Helena
Me sinto… Bem.

Jean se levanta, e lhe traz um copo de água da mesa de cabeceira

Beba, ainda não terminamos.

Helena senta na cama, a pele sensível envolta pelos lençóis molhados se arrepia a cada movimento. A água gelada lhe acorda de seu torpor, e ela fecha os olhos para absorver suas memórias. Um vazio, um borrão, ela consegue apenas se lembrar do choque da madeira contra sua pele, do toque elétrico de Jean.

E as mãos gentis que deslizam por suas pernas lhe acordam de seu devaneio, o rosto de Jean em frente ao seu. Ele toma o copo de Helena e monta em cima dela com um salto, a empurra para o meio da cama e lhe agarra as mãos, expondo os seios e o olhar faminto da mulher. Com a mão livre lhe toca das coxas ao rosto, lhe aperta os lábios e o pescoço. Ele não está satisfeito, e Helena quer mais.

Com um par de algemas, Jean a toma prisioneira, e com uma corrente lhe puxa pelo quarto até a poltrona. O rastejar silencioso de Helena a leva aos pés de Jean, onde ela pode ver seu rosto impassível estudando suas marcas. Ela se ajoelha de cabeça baixa, em antecipação.

Venha aqui - ele diz com um puxão da corrente, e Helena cai em seu colo.
Tire meus sapatos, e minhas meias.

Helena está com o rosto em suas pernas, as mãos algemadas são soltas da corrente e repousam na virilha de Jean.

Se eu tiver que pedir duas vezes, vou me esquecer de ser bonzinho.

Helena rapidamente leva as mãos aos sapatos, mesmo algemada ela consegue desfazer os laços e os tirar. As meias em seguida, colocadas perfeitamente em cima dos sapatos.

O meu cinto também.

Um suspiro, os olhos dela encontram os de Jean. O olhar não mente, ela quer isso.
As mãos algemadas vão até a fivela, um puxão suave e o cinto está solto. Jean se inclina pra frente, seu rosto pairando acima da cabeça de Helena, e ela pausa.

Agora pode puxar.

Um puxão tímido, e o cinto começa a deslizar para fora da calça. Sem que ela percebesse, Jean pega uma coleira que estava ao lado da poltrona e a coloca no pescoço de Helena. Ela se surpreende com o fechar da fivela e olha para o rosto de Jean, ansiosa.

Levante o rosto.

Ela obedece, sem hesitar. Um gancho se fecha na coleira, e ela sente a pressão na sua nuca. Jean a puxa para frente enquanto se reclina novamente na poltrona, Helena seguindo o movimento aí ser puxada pela coleira.

Os dois estão face a face, o rosto de Helena entre as pernas abertas de Jean, que começa a acariciar seu cabelo com uma mão enquanto mantém a corrente esticada.

Você quer ficar com as mãos para frente, ou para trás? - Jean dispara
Ah... Pra quê? - Helena devolve

A antecipação de um tapa pela resposta atrevida lhe faz fechar os olhos, e Jean a surpreende com um puxão nos cabelos, sua boca e seus olhos se abrem e ela vê a mão vindo.

Dois dedos em sua boca, apertando sua língua, e a voz de Jean

Me responda, ou da próxima vez não serão os dedos pra calar sua boca.

Helena tosse, os olhos fixos em Jean.

P-para trás.

Os dedos deixam sua boca molhados, e a respiração ofegante a faz babar nas calças de Jean.

Ah, olhe o que você fez. - Um puxão da coleira eleva seu rosto
Agora vou ter que me trocar. - mais um puxão lhe toma o ar
Desabotoe minha calça.

Helena lentamente levanta suas mãos, e alcança o botão. Um toque tímido, e está desabotoado.

Puxe o zíper.

O coração de Helena dispara. Ela toca o zíper, mas antes que possa fazer algo, Jean lhe agarra as mãos e a puxa mais para perto.

Você disse que queria as mãos para trás, não foi?

Jean abre as algemas, coloca as mãos de Helena nas costas e fecha as algemas novamente. Os olhos arregalados de Helena miram no zíper. O pino deitado contra o tecido. Fechado.

E Jean lentamente o coloca para cima.

E então? Abra o zíper.

Helena abre sua boca e respira fundo. Ela chegou até aqui. Ela quer mais. E lentamente aproxima seu rosto do pino do zíper, o morde com firmeza e desliza para baixo, até ele não se mover mais.

Boa menina.

Jean puxa a coleira até que o rosto de Helena esteja colado no seu, ela se contorce enquanto procura apoio para evitar o enforcamento. Seus olhos se fecham, a boca clama pelo ar, e ela está molhada novamente. Jean lhe alcança, com a mão aberta agarra sua virilha e aperta até que sinta o suco escorrendo entre seus dedos. Helena geme e se contorce, o pescoço ficando vermelho e o rosto corado, os olhos revirando fechados. E então Jean a deita em seu colo, soltando a coleira.

Uma menina obediente como você merece um prêmio. - a voz entusiasmada soa pelo quarto
Mmhh-hmmmm - Helena respira fundo entre gemidos.

Jean tira de seu bolso um pequeno vibrador. Liga em sua mão, o ritmo crescendo devagar, e o aperta contra o clitóris pingando de Helena. As mãos em suas costas se enterram na pele, os gemidos aumentam até que não se ouça mais a vibração do aparelho contra a carne quente de Helena.

Você gosta disso? - Jean pergunta enquanto aperta o vibrador entre os dedos
Sim, sim, sim
Você gosta disso, o quê?
Sim, mestre Valjean
Então DIGA - Um dedo desliza entre o clitóris e vagina, a vibração aumentando
EU GOSTO DISSO, MESTRE VALJEAN - Helena urra, o corpo se contorcendo enquanto Jean a segura pelas algemas.

Jean toma a coleira e aperta contra o pescoço de Helena, aperta o vibrador mais e mais, deslizando para cima e para baixo, acompanhando as convulsões e gemidos dela. Ele puxa a coleira até que Helena esteja curvada com o rosto para cima, e então solta a corrente para pôr a mão em seu pescoço.

Você quer gozar agora?
Sim, sim
Sim, O QUÊ? - Jean diz enquanto move o vibrador para mais perto do clitóris
SIM, POR FAVOR, EU QUERO GOZAR, POR FAVOR - Helena diz entre gemidos
NÃO, AINDA NÃO.

Jean solta o pescoço de Helena e lhe dá um tapa forte na bunda exposta. Ela se contrai, e ele lhe dá outro tapa. Os gemidos intensos acompanhando os tapas, um após o outro, até que os dedos de Jean encontram o caminho para dentro de Helena. Entrando e saindo, o vibrador descendo até a vagina, fazendo a mão de Jean vibrar dentro.

E agora, você quer gozar? - Jean diz enquanto coloca um terceiro dedo em Helena
Por favor, mestre Valjean, por favor, me deixe gozaaaaaaaaaar - A súplica chega enquanto Jean aumenta a potência do vibrador.

Esse é o momento que ele espera. Tirando os dedos molhados agarrando a boca de Helena, Jean desliza o vibrador para dentro e rapidamente a levanta em seu colo, deixando que ela prove a si mesma nos dedos de Jean. A sua língua se move como uma cobra, sua boca chupa cada gota e seu corpo explode em um orgasmo enquanto o vibrador entra e sai, no ritmo das mãos de Jean.

Capítulo V - Final

Helena se contorce, os gemidos dela aumentando até se tornarem gritos abafados. O aperto da coleira, o vibrador, a mão em sua boca, o calor de Jean a tocando, ela não consegue manter o controle sobre seu corpo. Esse controle pertence agora a Jean. Ele empurra seus dedos mais fundo na boca de Helena ao mesmo tempo que o vibrador entra e sai cada vez mais rápido e mais fundo, até que a contorção se torne uma convulsão e os gritos não possam mais ser abafados pela mão de Jean.

Ele observa Helena caída no tapete, ofegante, com pequenos espasmos em suas pernas se espalhando por todo o corpo. Jean percebe que está coberto de suor, e suas roupas estão molhadas. Ele se levanta, e passando ao lado de Helena, entra no banheiro, pensando em dar um tempo para que ela descanse. Mas não, não é isso o que ele quer fazer. Jean volta, e se ajoelha ao lado de Helena, que de olhos fechados ainda está perdida no seu prazer. Ele começa a tirar a coleira, as algemas, e encontra o olhar de Helena com o seu.

Vamos, você precisa de um banho. Um bom banho quente, vai ajudar você. - Jean diz, com uma voz suave.
Eu… Não consigo… Me levantar… - diz Helena, entre espasmos e suspiros.
Eu ajudo você. Me dê sua mão.

Helena estende uma mão, e encontra os braços de Jean. Ele a levanta devagar, e a leva a uma banheira já cheia, a água morna e cheirosa convida os dois. Com Helena sentada de costas à sua frente, Jean esfrega suas costas, levemente massageando as marcas das cordas de antes, perto do pescoço, ao redor dos braços, embaixo dos seios e na barriga. Ela sente o toque gentil e quente, e seu corpo começa a relaxar. Jean resiste à tentação de lhe provocar, esse momento vai chegar. Ele sai de trás de Helena e vai para a frente, repousando a cabeça dela com uma toalha num canto da banheira. Suas pernas ainda tremem levemente a cada toque, mas ele passa a esponja macia devagar até que elas estejam todas limpas. Uma leve massagem nos pés termina de relaxar Helena.

Quando termina, ela se sente revigorada. Os dois tiram o sabão do corpo no chuveiro, e entre sorrisos e suspiros colocam roupões e voltam para o quarto.

Deite-se um pouco, vou resolver algumas coisas.
Você vai sair?
Apenas por alguns minutos. Não se preocupe, eu volto logo.

Jean calça suas pantufas e sai pela porta, enquanto Helena se deita na cama. Os lençóis foram trocados, Jean aproveitou o banho para chamar o serviço de quarto e preparar o seu último ato.

Quando Helena começa a pegar no sono, ouve a porta se abrir.

Como se sente? - Jean pergunta enquanto caminha em direção à cama.
Me sinto como se tivesse acabado de acordar de um sono longo, que horas são?
Duas e treze, o que acha de dar um passeio?

Em uma mão ele tem a mesma coleira de antes, e na outra uma lingerie vermelha. Ele coloca a lingerie na cama, ao lado de Helena.

Vista isso.

Os olhos de Helena estão fixos na coleira, quase ignorando a peça de roupa. Mil coisas correm em sua mente.

Onde vamos? - Ela pergunta, hesitante.
Vamos ao terraço.

Ela examina a peça, parecida com um maiô de renda. Há uma abertura na virilha, e as costas são apenas um par de fios para segurar a parte da frente. A antecipação cresce em seu corpo, e ela se levanta para se trocar. Jean se senta na cama, as mãos dentro dos bolsos do roupão. Helena desfaz o laço do seu, e lentamente o deixa cair. Ela pode sentir o olhar de Jean correndo seu corpo, mesmo de costas. Ela veste a lingerie, que cabe em seu corpo sem resistência.

Jean se levanta, põe uma mão em sua cintura e outra em seu queixo.

Podemos ir?
Vamos.

Ele a deixa ir na frente, segurando a coleira em uma mão e a porta na outra. Quando ela se fecha, é o único som que se ouve no corredor longo e deserto. Ele caminha atrás dela, a um palmo de distância e sentindo o perfume que seus cabelos deixam no caminho. Quando chegam na curva do corredor que leva ao elevador, Jean lhe empurra contra a parede e toma suas mãos.

Agora, ajoelhe-se.

Helena obedece, de costas para a parede. Jean coloca a coleira em seu pescoço, a corrente logo em seguida.

Agora fique de quatro, e me acompanhe.

Um puxão da corrente a faz ir ao chão, e ela começa a engatinhar. Jean segue puxando a coleira, até o elevador. Aperta o botão de subir, e Helena para aos seus pés. Ele põe uma mão em sua cabeça, e lhe faz um carinho de leve, como se ela fosse seu animal de estimação indo para um passeio. Quando as portas se abrem, o coração de Helena pula uma batida. E se houver alguém lá dentro? O que aconteceria?

Um puxão da corrente a acorda de seu devaneio, e ela acompanha Jean para dentro do elevador vazio. Quando olha para a entrada, pode ver o rastro que deixou onde parou. Uma pequena poça.

O elevador começa a subir, e o coração dela dispara. E agora? O que ele vai fazer? Ela sente o elevador subir, até que ele pára com um tranco. Ela vê a mão de Jean no painel, em cima de um botão vermelho. Nele ela consegue ler "Parada de emergência", antes de sentir a corrente a forçando a olhar para Jean. Ele a puxa para cima, e ela se levanta com um cambalear. Ele a surpreende com um puxão para trás, e amarra a corrente numa das barras de apoio do elevador. Empurra seu quadril contra o de Helena, e com as mãos livres começa a tocá-la da bunda às bochechas. Seus rostos estão tão próximos que seus lábios se tocam, mas ele não recua. Cada toque mais forte, cada aperto mais rápido. A respiração dos dois começa a acelerar, e então ela o beija.

Ele responde com um tapa forte em seu rosto, e com uma perna aperta a virilha de Helena. Ela está pingando, quente, e ele está com sede. Jean se ajoelha, e sem dizer uma única palavra começa a chupar Helena enquanto aperta suas coxas, a língua subindo e descendo, apertando contra o clitóris e fazendo desenhos por toda a sua boceta encharcada. Com dois dedos ele a penetra, e quando ela se curva sente o enforcar da coleira. A mão livre de Jean busca a corrente, e a puxa para baixo, fazendo Helena se curvar para trás enquanto ele enfia mais um dedo, e morde os lábios ao redor do clitóris devagar. Entrando e saindo com os dedos, roçando a barba nas coxas trêmulas de Helena.

E ele aperta o botão de parada do elevador novamente, voltando a subir. Os olhos de Helena se arregalam, os dedos de Jean deixam sua boceta para dar lugar à língua que faz voltas, entra um pouco e volta ao clitóris, até que ela não aguenta mais, e goza no rosto de Jean.

Ah, não. Isso não se faz. - Ele diz enquanto se levanta.
Eu não aguentei, me

Um tapa lhe faz perder as palavras, e outro lhe tira o equilíbrio. Jean a empurra contra a parede, e com um puxão da corrente a faz cair de joelhos. Atordoada, ela sente o tranco do elevador parando novamente, e vê o roupão de Jean se abrindo.

Abra a boca.

Os olhos de Helena se fixam no pau de Jean. A sua boca se abre como se fosse um instinto, e ela sente o aperto contra seus lábios. Jean solta a corrente, e toma o cabelo de Helena, puxando para cima e fazendo com que sua boca esteja alinhada para receber seu pau.

As mãos de Helena vão para as pernas de Jean, agarrando seu roupão até achar a pele por baixo. Ela beija, lambe e chupa o pau de Jean enquanto ele a empurra contra a parede, indo cada vez mais fundo, a fazendo engasgar e cuspir sua saliva enquanto crava as unhas nas coxas de Jean. Seus olhos se enchem de lágrimas e ela olha para cima. Helena pode ver o olhar de Jean, satisfeito. Ela não desvia o seu, e suga com fôlego que lhe resta.

Ela solta por um momento, tossindo, e Jean lhe dá um puxão no cabelo.

Quem disse pra parar?

Ele desce uma mão e lhe dá um tapa, e enfia seu pau na boca de Helena até o fundo, sentindo o aperto da sua garganta e as mãos dela batendo contra sua coxa.

Aguente, aguente!

Ela sente o calor em sua boca e começa a sufocar. A pressão contra sua língua se mistura com o movimento de Jean, indo mais para dentro e saindo, indo mais fundo aos poucos. Ela cospe seu pau para fora, entre uma tosse e um gemido.

Jean coloca as duas mãos em sua cabeça, e a puxa para si.

Helena perde o ar, e seus olhos reviram até que ela não consiga mais ver o rosto de Jean, sentindo sua boceta ficar cada vez mais molhada, e sua boca dolorida.

Jean aperta o botão de parada novamente, e o elevador volta a subir.

Ele se abaixa o suficiente para ficar frente a frente com Helena, e a levanta pela coleira.

Chegamos.

Helena tosse, geme e cambaleia para fora do elevador, absorvendo a vista. Estão numa sala pequena, toda de vidro, e além deles estar o céu escuro da madrugada e o terraço de concreto do hotel.

Vamos, vá na frente.

Com uma mão em seu quadril e outra na corrente, Jean empurra Helena pela porta, e ela sente o vento gelado atingir seu corpo. Um calafrio sobe pelas pernas, a tempo dela sentir o abraço de Jean aquecendo suas costas. Seu pau pressionando sua bunda, suas mãos apertando seus seios.

Vamos até a borda - Jean diz enquanto dá um tapa na coxa de Helena.
Vamos apreciar a vista do alto - ele diz enquanto conduz seus passos por trás.

Ela se debruça no parapeito, e Jean lhe dá um tapa forte na bunda. As pernas de Helena se dobram, e ela solta um grito, com um suspiro no final. Outro tapa, e ela apenas geme. O terceiro tapa faz Jean sentir o quanto ela estar molhada, e ele coloca seu pau entre as pernas trêmulas de Helena.

O que você quer que eu faça? - Ele diz enquanto move o quadril para frente e para trás
Quer que eu foda você aqui e agora? - suas mãos deslizam pelas costas de Helena, puxando o laço que prende a parte da frente da lingerie
Sim, me fode, me fode por favor

Jean desfaz o laço, e agarra um seio de Helena enquanto morde seu pescoço. Ela se curva até que o pau de Jean esteja tocando a borda da sua boceta molhada. Ela sente o pulsar, e se empurra contra Jean.

Ele entra devagar. Até o final. Beija as costas de Helena e solta o seio. Agarra o cabelo solto e a puxa contra si. Ele sai de dentro de Helena, e entra de novo. O movimento acelerando, os gemidos de Helena respondendo a cada estocada. Ele lhe dá um tapa na bunda, e ela o aperta mais. Ele puxa seu cabelo, e ela o aperta mais. As pernas de Helena se curvando fazem Jean agarrar seu quadril e a puxar para cima, e com as duas mãos faz Helena rebolar em seu pau. Ela está agarrando o parapeito, os olhos fechados e a boca aberta, puxando o ar. Jean levanta uma das pernas de Helena e a coloca no seu ombro, virando ela de lado, e observa a expressão de prazer em seu rosto. Helena larga o parapeito e Jean a põe de frente para ele, segurando suas coxas enquanto Helena agarra seu pescoço. Ela se agarra nele, e ele a empurra contra o parapeito, indo mais fundo na sua boceta e cravando as unhas em suas coxas suadas. Ele a beija, o rosto indo de um lado para o outro, a língua encontrando a de Helena.

Ela põe as mãos nos braços de Jean, procurando apoio, suas pernas se enrolam no quadril de Jean e ele solta suas coxas para segurar sua bunda. Ele começa a acelerar o quadril, indo com força até que Helena começa a gritar. Suas pernas apertam Jean, e ela se contorce em um orgasmo. Jean não para, e ela grita mais alto. Ele a cala com um beijo, e, sentindo que ia gozar, a joga de joelhos no chão.

Abra a boca, agora - Jean diz ofegante

Helena vai de encontro ao pau quente e começa a chupar, com as mãos apertando seu clitóris e entrando em sua boceta pulsante. Jean agarra sua cabeça e enfia tudo, até o fundo da garganta, e goza. Helena engasga, mas ele não a solta. Ela olha nos olhos dele, controla sua respiração, e engole até a última gota.

Epílogo

O chão do quarto esfriou, e os pés descalços tremem a cada passo.

Os dois estão caminhando juntos, lentamente, aproveitando o abraço um do outro. Ela não tem mais vergonhas, e ele não tem mais barreiras. Os passos de Jean a levam para a cama, e as mãos a deitam com uma certa ternura.

Vou preparar um banho, descanse um pouco. Mas não durma! - Jean diz enquanto abre a porta do banheiro
Pode colocar o roupão se quiser.

Helena suspira quando a porta se fecha, e o silêncio do quarto dura até ela perceber a água caindo na banheira. Que horas são? Ela está cansada, mas precisa do banho. Jean certamente está cansado também.

A luz do quarto a deixa ver melhor suas marcas. Agora tão rasas, mas ainda rubras e sensíveis. Ela se levanta e se examina no espelho. Um sorriso fino se espalha em seu rosto, e ela cora. O espelho revela as lágrimas que ela não percebeu. O que é isso? Ela se sente tão feliz, tão satisfeita, tão repleta de alguma coisa. Ela se vê, mas não se reconhece. Esta é sua nova "eu".

Vamos, entre. A água está morna.

A voz de Jean a acorda, e ela o segue. O vapor da água inunda sua pele e quando os dedos tocam a banheira, ela sente que vai desmaiar. Tudo está tão leve, tão calmo. Sereno como o rosto de Jean. Ela percebe que estava nua o tempo todo. Seu corpo se solta por inteiro na água, derretendo nos braços do seu mestre.

Ele se ajoelha, e começa a lavar Helena. A esponja macia se mistura com as unhas, e a sensação é como um raio em sua carne. O aroma doce do sabão lembra uma flor, e ela se perde nos pensamentos que vão e vêm com as mãos de Jean.

Nunca tinha sentido isso antes. Como um bebê, completamente entregue aos cuidados de alguém. "Que sensação boa" ela pensa. "Quero me sentir assim para sempre"

Como está se sentindo? - Jean pergunta enquanto desliza a esponja nas pernas dela
Estou muito bem… Obrigada.
Precisa de alguma coisa?
Só de uma boa noite de sono.
Então eu vou te decepcionar, já vai amanhecer…

E quando ela olha pela janela, consegue ver a luz do sol vindo por cima das nuvens. O azul escuro sendo tomado pelo vermelho, laranja e amarelo. Mas não há problema. Ela fecha os olhos e se deita na banheira. Só quer saber do que está acontecendo agora, naquele espaço. O trabalho pode esperar, um dia não fará falta.

Estou orgulhoso de você, se saiu muito bem. Espero que tenha aproveitado. Foi tudo como você esperava? - Jean pergunta, sentando no chão
Foi tudo… Muito bom… Não sabia que era possível… - Helena diz, ainda de olhos fechados
Fico feliz. Eu também gostei muito, você é talentosa.
Talentosa? Mas eu não fiz nada.
Fez sim, Helena. Você participou tanto quanto eu. A conexão que compartilhamos não veio só de mim.
Não entendo…
As pessoas se relacionam de várias formas. Quase todas envolvendo mentiras e enganação. Mas dessa forma, somos sinceros.
Sinceros. - Helena repete em voz baixa
Sim, sinceros. Você não me escondeu nada, e eu não pude enganar você. Aproveitamos isso juntos. - Jean diz, trazendo a mão para lavar o pescoço suado de Helena

Os dois continuaram ali até a água esfriar, e o sono depois foi o mais doce que ela teve em anos. Jean segurou suas mãos o tempo todo, como uma árvore que se agarra às folhas antes que caiam no inverno.

Esta história agora tem um título.
No futuro, haverão mais histórias.
Se o tempo me permitir, quero continuar escrevendo aquilo que tenho para escrever.
Agradeço à todos que leram até aqui,
Em especial à pessoa que me inspira.

Até a próxima!


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Comentários


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aventura.ctba Comentou em 04/03/2021

Nossa amei seu conto, me fez sentir muito tesão, votado com louvor. Acabei de postar um conto novo e gostaria da sua opinião, bjinhos Ângela

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robtsp Comentou em 03/03/2021

Adorei! Pela primeira vez li um texto sadomasoquista. Me coloquei na posição da Helena. Adorei. Meus mamilos ficaram doloridos. Gostaria de experimentar

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casalbisexpa Comentou em 03/03/2021

puro tesão




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Ficha do conto

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srplanzo

Nome do conto:
Helena e Jean - Volume I

Codigo do conto:
174003

Categoria:
Sadomasoquismo

Data da Publicação:
03/03/2021

Quant.de Votos:
2

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0