A mulher da janela




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A mulher da janela

São 20:00, as luzes do apartamento se acendem, as cortinas estão abertas como sempre, consigo ver claramente todo o espaço, cuidadosamente mobiliado e meticulosamente organizado, eu a vejo entrar e ir retirando a roupa peça por peça enquanto caminha até seu quarto, eu sempre amei observa-la, ver como ela consegue ser tão sexy nas atividades mais simples, a forma como ela age quando acredita não estar sendo vista, é natural simplesmente espontâneo, ela adora caminhar nua e de saltos, é a única coisa que ela nunca retira quando chega, isso me intriga, é como se ela estivesse desfilando de forma magnifica pelo apartamento, como que querendo chamar atenção de alguém invisível, ela desfila para ninguém, ou melhor eu estou aqui, mas sabemos a verdade, ela está fora de alcance.
Morena, alta, copo atraente, curvas a perder de vista, sempre tão sozinha, porque ela é assim? É como se lutasse contra todas as estatísticas, é como se houvesse escolhido a solidão como uma fora de viver, talvez ame a própria companhia, mas e a necessidade de um corpo para esquentar a noite, um sexo sem compromisso, uma noite com filme e pipoca, eu nunca vi nada, tudo o que observo é tão somente ela, em seu show sem plateia, “teoricamente”. Porque afinal estou aqui.
Costumo me perguntar a respeito dos padrões dela, seriam tão elevados que ninguém é merecedor de deitar em sua cama? Seria ela lésbica? Assexuada? Eu realmente me esforçava em tentar compreender seu comportamento, observa-la se tornou o meu maior passa tempo.
Pensar que por ser uma bela mulher e provavelmente ter um alto padrão faz com que eu me coloque no final de uma imensa lista, que deve ser composta por homens influentes e cheios da grana, vamos acrescentar também o fato de que ela se quer sabe de minha existência e que isso provavelmente não vai mudar, eu sou o tipo de homem por quem ela passa ao lado na rua e se quer enxerga, completamente irrelevante.
Eu imagino que intelectualmente eu teria todas as chances de fazer com que ela demonstre interesse por mim, se me conhecesse, soubesse como penso, como me sinto, como interpreto o mundo, como sou dedicado a proporcionar as melhores experiencias que me forem permitidas, ela iria gostar, mas a questão é, como se faz uma aproximação como essa? Sem parecer que seja uma investida? Como fazer com que ela se interesse em ouvir o que eu tenho a dizer sobre tudo, que ela se interesse de fato e queira enxergar o melhor que existe em mim? Ninguém hoje está interessado nisso, ela não é diferente.
Até porque devem ter muitos caras muito menos cuidadosos, que querem trepar e não sabem preparar o terreno, esses ferram com a imagem dos caras como eu, é óbvio que eu quero come-la, fato, mas eu faria diferente.
Todas as noites eu me vejo fazendo isso, eu dedico certo tempo a observa-la, eu a contemplo em cada mínimo detalhe e ela simplesmente vive sua vida, conclui suas atividades sem se quer saber que estou aqui, no apartamento da frente, acompanhando seus passos, apreciando seu corpo, vendo como ela é capaz de sorrir pra si e de si mesma, me sinto como um observador de pássaros, sempre a uma distancia segura, escondido, e como uma belo pássaro ela parece se exibir, parece sentir que é observada.
Eu me pego desejando alguém que nunca será minha, eu nunca tocarei sua pele, nunca sentirei o seu cheiro, eu nunca vou transar com ela, é algo tão inalcançável que muitas das vezes eu me permito apenas olhar sem criar fantasias, só observar, como alguém que olha uma tela, eu só quero relaxar, como se este fosse o meu momento seguro, observando algo maravilhosamente agradável.
Eu não sei como ela se chama, eu não sei com o que trabalha, como é a sua personalidade, seus gostos, tudo que sei, é que ela ama tomar uma bebida quente a noite, sorri enquanto mexe em suas plantas, é desajeitada e aproximadamente três vezes na semana quebra alguma louça, ela faz careta como se alguém fosse se materializar ali do nada e chamar sua atenção, ela ama filmes, passa muito tempo se dedicando a isso, gosta de deixar a TV ligada mesmo quando não está vendo, talvez goste da sensação de ouvir vozes, uma tentativa inconsciente de sentir que tem companhia, quem sabe ...
Até então eu não considerava meu ato de observa-la ruim, ou prejudicial, eu simplesmente gostava, sou homem se algo bonito entra no meu campo de visão eu olho, e fico olhando, imaginando, enfim sou só um cara, tão comum quanto qualquer outro, eu não que considero um perseguidor, ou obcecado por ela, sou apenas um observador passivo, inofensivo, porém eu passei por uma experiência que me fez mudar completamente de ideia.
Eu a vi chegar em casa, e como de costume ela retirou as roupas, manteve o salto, mas tinha uma postura diferente, muito ereta, decidida, eu a vejo caminhar até a sala e retirar uma rosa vermelha de um vaso, ela encarou aquela rosa por algum tempo, parecia séria um semblante perdido, ela caminhou lentamente até a saída para a varanda, onde havia uma cadeia em que ela conseguia ficar praticamente deitada, ela tocou a rosa entre os seios, fechou os olhos, parecia tão relaxada, fazia movimentos com a rosa ao redor seios, subia para o pescoço, face, lábios e descia pelo abdômen, ela brincava com a sensação suave daquele toque, até que descia até a região intima, toques suaves, ela queria a sensação, ela morde os lábios e volta a levar a rosa aos seios, repousando-a, depois volta com a sua mão para a região intima e se masturba, eu vejo aquela cena, a forma como o corpo dela se movia, a excitação aparente, e sem pensar e quase que involuntariamente eu me masturbei a observando, eu imaginava ela me chupando, aqueles lábios carnudos e delineados, me pedindo pra fode-la, caralho como eu queria estar nos pensamentos dela, como eu queria que aquele fosse um showzinho pra mim, eu estava tão excitado com aquela situação, eu estava ali tão perto, só não estava com ela, eu sei que nunca estarei com ela.
E como quem usa uma droga eu encontrei o êxtase, a sensação foi incrível, porém depois, me senti mal, me senti pequeno, porque eu estava me sujeitando aquilo? Sou um homem bem resolvido, como me tornei a porra de um punheteiro obsessivo? Como eu deixei chegar nesse ponto, não é difícil pra mim arrumar mulheres, minha vida sexual é agitada, cara porque me presto a perder tanto tempo com uma mulher que não me conhece e que não vai me dar.
Apesar de não saber absolutamente nada substancial sobre aquela mulher, ela tomava os meus pensamentos de assalto, isso me deixava louco, irritado, eu não estava afim de querer ela, de desejar ela, mas era algo instantâneo me imaginava com ela, conversando, conhecendo, decifrando, eu imaginava como seria ter aqueles olhos fixos nos meus, o seu sorriso sendo direcionado exclusivamente pra mim, me perdia ao cogitar como ela me seduziria, como seria o sexo.
Mas a realidade me chamava de volta, eu olhava para mim mesmo e apenas observava um homem patético por observa-la dessa forma por tanto tempo, ver a posição em que eu estou me deprime, eu nunca fui assim, nunca fiz isso antes, como posso perder tanto tempo desejando alguém que nem sabe de minha existência, beira a obsessão, eu não quero ser assim.
Então neste eu decidi encerrar de vez com este habito, não era saudável, se eu for ver mulheres nuas será na minha cama, ou se eu for me masturbar que seja com um filme e muito bem acomodado, o meu mundo não pode girar ao redor dessa mulher da janela, eu não posso permitir que isso continue, encerro aqui esses três meses de observação continua e tóxica.
                                                                                 ***
Um apartamento novo, uma vida nova, novas escolhas e novas permissões, não quero estar presa ao politicamente correto, morar aqui, sozinha faz com que eu sinta que finalmente estou escrevendo as minhas próprias regras.
Tudo vai muito bem, emprego, família, o meu convívio comigo mesma, porém é tudo tão silencioso aqui, quando a agitação do exterior cessa, quando eu me vejo aqui, sinto que estou em outra dimensão, algo distante de tudo o que conheço, de toda a zona de conforto limitante, aqui sou eu, aqui sou livre.
Ao menos era o que eu sentia, quando distraidamente o enxerguei, no escuro do sua sala de estar, me observando curiosamente, inicialmente aquilo me parecia incomum, porém sei que pessoas que moram em prédios se observam, os dias foram passando, e pude notar que ele sempre estava ali, era uma presença constante, e por mais que isso pudesse ser considerado algo estranho ou desagradável eu passei a me sentir estranhamente confortável, aquela presença distante de alguma forma me fazia companhia, quebrava aquela rotina, me tirava dos pensamentos comuns e me levava a questionar muitas coisas.
Com o passar do tempo fui ficando cada vez mais à vontade, eu não esquecia que era observada, porém passei a sentir certo prazer em ser vista, então eu me vi não querendo apenas ser vista, eu queria ser admirada... descobri uma forma de prazer que ainda não conhecia, sentir-se desejada, isso me fez ter muitas ideias e fetiches.
Com todo o cuidado e muita cautela, consegui rastrear aquele apartamento, descobri o nome de seu proprietário e depois sem ser vista, escolhi uma ocasião para observa-lo a luz do dia, era alto, branco, cabelos curtos e olhos profundamente negros, demonstrava inteligência e carisma, em suma tratava-se de um homem atraente e isso só me deixou ainda mais curiosa quem sabe interessada, seria aquele um fetiche? Algo pessoal, ou ele faz isso com outras mulheres?
Porque ele dedicava tanto tempo a me observar, algo que demonstrava quase uma devoção, porque não se apresentava, porque não me convidada para sair, porque me observar? Será que é isso que o agrada, observar algo adi eterno, sem interesse algum.
Com tudo isso em mente, passei a agir de forma mais descontraída e provocativa, andava nua, como quem diz estou aqui, eu sentia aquele olhar sobre mim, que agia quase como um toque, imaginar como ele poderia estar me desejando naquele momento me excitava de um jeito que eu mal sabia descrever, tudo o que eu me perguntava no final era quando seriamos devidamente apresentados, quando ele tomaria algum tipo de atitude, eu de fato precisava me manter inerte, seria muito bizarro chegar e dizer ( Olá me chamo Sarah, sou a mulher nua que você ama observar).
A situação foi ficando tão intrigante que eu não parava de pensar no que poderia estar acontecendo de fato, porque demorava tanto, outros homens ou flertes não me interessavam muito porque eu estava curiosa demais com aquele homem da janela, eu queria saber o que ele iria querer fazer comigo quando finalmente cansasse de me observar...
Um dia especifico eu estava me sentindo tão carente e isso fez com que eu me sentisse desanimada, sentia que naquele momento estava sozinha no mundo, o dia havia sido horrível e o silêncio em especial naquela noite parecia ensurdecedor, eu estava distraída comigo mesma, pensei até em chorar, quando passei pela varanda, e observei aquela silhueta familiar, distante de mim, mas tão presente, como eu queria tê-lo ali comigo naquele momento, sem palavras , sem explicações, sem complicações, eu só o queria ali, queria transar com ele de um jeito que ele nunca mais pensasse que observar era melhor, do que estar completamente presente.
Vê-lo fez com que meu corpo se arrepiasse e uma sensação quente subisse até a nuca, havia um arranjo de rosas a minha frente, foi quando veio aquela ideia irresistível, porque não? Sou adulta, independente... Peguei aquela rosa e brinquei com ela, imaginando que aquele toque suave e aveludado fossem dele, deslizei pelo meu corpo, apenas me concentrando no que sentia, imaginado as mãos dele me tocando, eu me masturbei, enquanto sentia o olhar dele sobre mim, senti um tipo de excitação nunca antes experimentado, e gozei enquanto tentava focar sua imagem em minha mente.
Por um momento imaginei que não havia convite maior do que aquele, mas ainda assim, nada aconteceu, imagino que fui além dos limites, tive a sensação de tê-lo espantado, comecei a me questionar muito, eu não o vejo mais, será que me observar era tudo o que ele desejava? Porque ele sumiu? O interesse se foi? tratava-se apenas te um fetiche bizarro onde ele tinha horror ao contato físico com outra pessoa?
                                                                                 ***
Verifico que sou um homem persistente, decidido, tomo decisões e as sigo, percebi que eu estava agindo como um viciado, desesperado pela próxima vez, onde eu me agarrava a momentos de irrealidade e depois me tocava do quão ridícula minha atitude era.
Passei a correr exatamente as 19:50 tudo para não ceder a vontade de observa-la, eu estava de fato dedicado a encerrar com esse habito, me prenderia ao que era real, palpável e que estava ao meu alcance, sonhar com aquela mulher não estava mais nos meus planos.
Faz uma semana, minhas cortinas se mantem fechadas, eu se quer vou a varanda quando sei que ela está em casa, eu desisto de ser pequeno, eu me recuso a ser escravo de uma ilusão, cansei de fazer o papel do cachorro sentado à frente da máquina de frango assado, eu cansei de ver, eu quero comer, porra.
A grande realidade é que eu estou puto, eu estou muito puto, é irritante querer abrir a porra da cortina a cada dois segundos, é quase insuportável imaginar que ela está lá, linda, gostosa e desfilando completamente nua e em cima de um salto, talvez se tocando e que estou perdendo isso.
Realmente me questiono se não sou nenhum tipo de assediador, mas era uma vontade incrível de ligar o foda-se, colocar a cara e olhar bem na cara dela, mas a que isso nos levaria? A uma delegacia? Me renderia uma ordem de restrição, talvez no mínimo cortinas fechadas, sem showzinho, eu seria conhecido no condomínio inteiro como um tarado.
Sei que é idiota, mas aquilo estava me deixando muito estressado, muito tenso, estava na porra da abstinência dela.
                                                                         ***
Nada, absolutamente nada.
Parei de andar nua pela casa, parei de sentir que não estava mais completamente sozinha, de fato o estranho do prédio vizinho não queria nada comigo, que merda não?
Tão jovem e tai incrivelmente solitária, eu não havia me sentido assim, até então, eu me iludi ao pesar que era desejada, ao pensar que algo tão incomum e excitante pudesse acontecer comigo, eu queria tanto ter vivido algo memorável, talvez um sexo muito louco, algo que eu lembrasse, mas por incrível que pareça ele simplesmente sumiu, claramente viu que eu não era o que queria, na realidade nem sei se ele queria algo de mim.
Eu sento na varanda e observo, o apartamento da frente, com todas as cortinas fechadas, com a luz acesa, vejo a silhueta na parte interna, ele está lá, e não faz a menor ideia de que eu estou aqui, eu estou bem aqui.
A dinâmica de todos esses fatos acabou me afetando, abalando minha autoestima, eu tinha que tomar uma atitude, liguei pra umas amigas, marcamos de sair, seria uma noitada, se ele não queria com certeza eu iria encontrar alguém que ia me ver como um prato cheio, uma oportunidade incrível.
Saímos arrumadíssimas maquiagem impecável, roupas cuidadosamente escolhidas para mostrar o que eu tenho de melhor, eu buscava distrair a mente, curtir a noite e encontrar uma boa foda que me fizesse me sentir mulher, desejada pra caralho, eu queria ser vista e mais ainda eu queria ser tocada, penetrada, eu queria sentir a realidade, eu era de verdade e queria a porra de alguém de verdade também.
Nos divertimos bebemos como loucas, dançamos como se o mundo fosse acabar, perdemos completamente a linha, a situação foi tão longe que ficamos completamente bêbadas, o que impossibilitou que eu concretizasse tudo o que tinha em mente.
Cheguei em casa as três da madrugada, bêbada e frustrada, apesar de ter me divertido muito, não descarreguei toda a vontade, todo o desejo que sentia, era como se estivesse sufocando, ansiosa, incomodada, irritada abri a porta e caminhei lentamente até a varanda, fiquei ali observando a noite, observando o apartamento da frente, eu estava bem ali, eu estava ali porra.
                                                                               ***
Rotina de merda, vida de merda, apartamento de merda, pornôs de merda, punheta de merda.
Irritado, puto da vida, frustrado, e diante de uma recaída.
É madrugada, mas tudo que eu quero é só sentir aquele momento de relaxamento, eu não vou vê-la, só vou remeter a lembrança de quando eu a via, apenas isso, não vou dar uma de macho escroto, e outra a varanda é minha uso quando quiser.
Sai irritado como que desafiando a mim mesmo, minha grosseria, minha insistência, minha fraqueza e minhas justificativas, mas porra quem iria imaginar, ela estava na varanda, olhando pra mim, quando a encarei, percebi uma mistura muito louca de sensações, eu vi raiva, ela me olhava com raiva.
Ainda tive o reflexo de olhar para os lados, me certificando que ela olhava pra mim de fato, observei a raiva nos olhos dela se dissiparem devagar, nada é dito, absolutamente nada, ela só sustenta aquele olhar e eu assustado, pego no flagra me mantenho a observar sem saber o que fazer, eu realmente não sabia o que fazer comigo mesmo, senti vergonha, senti ansiedade, senti medo, senti nervoso, cacete, eu estava muito tenso.
                                                                            ***
Frustração e raiva muita raiva.
O que havia de errado comigo, porque ele não me queria?
Bêbada e irada, combinações perigosas.
Eu estava ali e repentinamente ele também estava.
Me encarou como quem é pego praticando o pior crime do mundo, é você foi pego, eu estou te vendo, e ele esta vendo que eu o estou observando.
Eu queria gritar tantos palavrões, eu queria falar tanta merda, quem ele pensava que era pra me rejeitar dessa forma, covarde, punheteiro de merda.
Mas repentinamente um estalo, uma ideia veio a minha mente, algo sórdido, ofensivo e até cruel, mas foda-se.
Eu sorri de lado de forma sacana, o olhei com descaso, com um desprezo que me fazia sentir um tesão indescritível, ele quer ver, ele vai ver, mas eu estou no controle, ele não está mais protegido pelo escuro da sala, e era isso que eu queria jogar na cara dele, você tem coragem de saber que eu te vejo? eu me ofereço para ser vista, porque eu desejo me satisfazer ao observa-lo.
Sem palavras, e sem desviar os olhos.
Comecei a desabotoar a blusa de seda devagar, eu desviei os olhos para os meus seios eram lindos, como ele não desejava toca-los? Depois olhei pra ele devagar, seu olhar era atônito, quase em pânico, deixei que a blusa caísse, seguida da saia, estando apenas de lingerie, eu me permiti sorrir de um jeito debochado, me debrucei no parapeito da varanda e mordi os lábios, me inclinei pra frente deixando bem amostra os meus seios, ainda estava diante de mim um homem pálido, sem ação, de olhos arregalados e desesperados.
Eu estou te vendo! Você está me vendo, e agora? Vai fugir? Se esconder? Vai chorar? Eu estou aqui, eu estou aqui porra!
Eu me virei de costas, caminhei até a cadeira de descanso que ficava de frente para a varanda, e ali eu o convidei a e me observar novamente, eu o convidei a fazer exatamente o que a tara dele ansiava, se quer ver, me veja... eu me deitei e passei a me tocar, meu corpo em geral, alisando minha pele devagar, provocando ele.

                                                                                  ***
Puta que pariu... Silêncio... Medo... Paralisia...
Paralisado, chocado, me sentindo como um virgem que vê uma mulher se insinuar pela primeira vez.
Ela me olhava e me provocava, porra era eu, era pra mim que ela estava fazendo aquilo, não tinha mais ninguém ali, só eu.
Nada na minha cabeça fazia sentido, absolutamente nada.
Aquilo não podia estar acontecendo, isso não acontece com pessoas normais, na vida real.
Segurei no parapeito e tive a sensação de que o amassaria se apertasse mais, quando a vi se deitar, e se tocar eu fiquei louco, simplesmente louco, ser racional num momento como esse era impossível, inviável, talvez aquilo nunca mais se repetisse na minha vida, eu me arrependeria até a morte se deixasse algo assim passar, algo incrível pedia atitudes inacreditáveis.
Ela se tocava sem pressa, ficava de olhos fechados mais por um momento os abriu e me olhou enquanto mordia os lábios, e fazia o contorno dos seios com os dedos, ela voltou a fechar os olhos e se concentrar em se dar prazer, mas eu queria ser a pessoa que iria ouvir ela gemer, se contorcer de prazer, um prazer que eu fazia questão de dar a ela, eu queria provocar o melhor orgasmo de todos.
Em um segundo me vi fazendo a coisa mais bizarra de todas, sai da varanda correndo, literalmente, estava descalço, usando apenas uma bermuda, sai do apartamento feito um louco, eu não pensava em nada, apesar corria, apenas seguia algo que eu deveria ter dado crédito dês do início, meu instinto, e naquele momento esse instinto mandava eu ir lá e pagar o que eu queria, e eu me ouvia repetir (Você quer, então vai pegar).
Tudo pareceu levar um segundo, como os prédios faziam parte do mesmo condomínio, o cartão de liberação era o mesmo, eu passei pela recepção e subi como um desesperado, era a coisa mais louca e mais emocionante que eu fazia na vida, cheguei a porta que presumi ser dela, bati com força sem saber o que fazer quando ela abrisse, fui insistente, e para minha surpresa fui atendido por uma idosa acompanhada de seu companheiro, que começaram a elevar a voz comigo, acredito que se assustaram com um cara ofegante, batendo no meio da madrugada, semi nú e descalço, isso claro se não tivessem reparado a ereção, cara que constrangimento...

                                                                            ***
Cheia de tesão com aquela situação inusitada, estava me sentindo ousada, quase uma fora da lei, e o principal incrivelmente livre, abro os olhos e para minha surpresa a varanda estava vazia, ele havia me abandonado ali, da pior forma que poderia ter acontecido, eu sento na cadeira sem acreditar.
Até que ouço o som de uma discussão no corredor, eu me levanto devagar e chego até a porta, para tentar ouvir o que acontecia vendo que estava se intensificando eu abro a porta colocando apenas a cabeça pra fora, é quando todos me olham, ele estava bem ali, foi como se os idosos se tornassem invisíveis, ele apenas veio na minha direção, extremamente sério, com pressa, entrou no meu apartamento com habilidade enquanto me agarrava com força com o braço esquerdo empurrava a porta com o direto.
Ele me trouxe junto a si de um jeito muito forte, decidido, num gesto quase desesperado fechou os dois braços ao redor do meu corpo completamente nu, ninguém nunca tinha me segurado dessa forma, foi algo tão intenso que se ele não estivesse me segurando eu teria caído, minhas pernas estavam tremulas, minha respiração ofegante, assim como a dele, nenhuma palavra, não havia motivos para falar, o corpo tem uma linguagem própria, automática, ele estava ali, eu estava ali, foi tudo muito rápido, um segundo para ter certeza de que aquilo era real, ele me beijou de uma forma agressiva, e eu retribui, nosso toque era bruto, gerou-se uma necessidade muito grande de querer estar cada vez mais perto, era como se o próprio toque não fosse o suficiente e todo aquele sentimento de rejeição que eu experimentei, se foi porque aquele homem me desejava mais do que qualquer coisa no mundo e independente dos motivos que o levaram a se afastar, ele estava bem ali e contra todas as possibilidades estávamos presentes, completamente presentes.
                                                                         ***
Quando eu a vi, só havia ela e tudo o que eu queria fazer.
Ver aquela mulher antes tão inacessível em meus braços, completamente nua, retribuindo beijos e caricias me pareceu surreal, simplesmente inacreditável, eu havia imaginado aquilo tantas e tantas vezes, que a realidade é que parecia uma fantasia.
Eu a tocava com força como que querendo me certificar de que estava mesmo acontecendo, eu a suspendi e ela entrelaçou as pernas ao redor de minha cintura, não parava de me beijar de forma intensa enquanto se agarrava a minha nuca e enterrava as mãos em meu cabelo, eu a levei até o balcão da cozinha, a superfície plana mais próxima, eu queria vê-la, eu queria toca-la, caramba eu queria tanta coisa, e eu sabia que teria tudo o que quisesse, aquela noite ela realmente era toda minha.
Sem palavras, sem necessidade de palavras...
Eu a coloquei sobre o balcão, a beijei longamente, havia um certo receio de machuca-la, mas de acordo com a intensidade dos movimentos dela, do beijo dela, eu percebi que poderia me soltar, poderia realmente extravasar toda aquela energia contida, toda a vontade de dias e dias que eu desejei come-la.
Honestamente ser correspondido era foda, estava me sentindo incrível, me afastei do beijo, a observei diante de mim , excitada, tão minha, acariciei seus seios com a língua enquanto tocava sua intimidade, ela estava tão molhada, aquilo só me deixou ainda mais louco, me abaixei e passei a chupa-la, com vontade, eu a sentia erguer o corpo, passar a mão na minha cabeça, eu a ouvia gemer, como ela gemia gostoso... e eu não parei até que senti aquele primeiro orgasmo, apenas o primeiro...
Eu me levantei, distribuindo beijos pelo caminho até estar frente a frente com ela, ela apoiou a cabeça no meu ombro por um segundo e depois desceu do balcão, sem dizer absolutamente nada, ela me beijou, e com a mãos me fez entender que desejava que eu tirasse a bermuda, e eu fiz com agilidade, ela teria tudo o quisesse, ela interrompeu o beijo e em um movimento rápido fez com que eu me encostasse no balcão, deixei os cotovelos apoiados ela se abaixou, e colocou todo o meu pau na boca, sem titubear, ela o engolia completamente e eu sentia as contrações feitas no fundo de sua garganta, ela me chupava de um jeito que fazia minhas pernas tremerem, precisei segurar muito a onda pra não gozar ali na boca dela, estragando grande parte da diversão, eu queria aproveitar tudo, o primeiro orgasmo é o melhor de todos...
Chegou um momento em que eu precisei afasta-la, eu não ia segurar a onda, estava ofegante, ela me olhou de baixo, rindo, passou a língua ao redor da cabeça do meu pau e viu como aquilo me deixou, a filha da puta sabia provocar.
A essa altura o meu pau estava tão duro, que apesar do tesão absurdo ele lateava de um jeito dolorido, tudo o que meu corpo queria era gozar naquela mulher inteira, mas minha mente queria mais, muito mais.
Ela voltou a se aproximar, cortando meu ar com mais um beijo, sem parar de me beijar, foi me direcionando até o sofá da sala, devo admitir que aquela mulher sabia o que queria e como queria, eu como um bom observador acompanhava o ritmo dela, ela me empurrou, cai sentado no sofá, a vi soltar uma leve risada e não pude evitar de devolver o sorriso, ela estava diante de mim, linda, nua, me olhando, o sorriso sumiu dando lugar a uma aparência focada, concentrada, ela se aproximou colocando uma perna de cada lado do meu corpo, parou um instante, e depois sentou em mim de uma única vez, eu literalmente me agarrei a ela, impedindo que se movesse, estava desesperado, ofegante eu não podia gozar agora, não mesmo.
Ela sorriu, entendeu o que estava acontecendo, porém mesmo parada ela distribuía beijos no meu pescoço, chupava minha orelha, que caralho de assa, precisei de poucos segundos, olhei pra ela, apenas isso, nada de palavras, ela começou a se mover devagar, bem debagar, enquanto arqueava o corpo e me deixava observa-la e o melhor de tudo toca-la.
Eu enterrei meu rosto em seus seios e ela me puxou pelos cabelos, ela queria intensidade, eu queria força, com um dos braços a segurei e fiz com que seu corpo fosse parar abaixo de mim, e com ela bem ali, de quatro eu meti, eu meti com força, com vontade, quase com raiva, eu meti e aquilo gerou em mim uma sensação muito bizarra, eu passei tanto tempo pensando nisso, imaginando ela, imaginando que nunca, saberia como seria trepar com ela, e eu estava ali, a fodendo e a observando, me olhar nos olhos uma vez ou outra enquanto rebolava no meu pau, eu a ouvia gemer, sim aquilo estava acontecendo comigo, e na minha mente eu repetia (Puta que pariu, puta que pariu) a própria frase dita em minha mente tinha um Q de incredulidade com o que acontecia.
Depois de meter até cansar, e de ter mudado de posição para que ela pudesse me envolver com seus braços, me beijar longamente e gemer no meu ouvido enquanto arranhava minha costas, eu já ia pensando que poderia em fim gozar, mas não ela me surpreendeu, ela se levantou segurando minha mão, eu a segui, sem dizer uma palavra, entramos no quarto, ela acendeu a luz de um abajur dando ao lugar uma aparência de hotel, me deitou na cama e veio por cima de mim, me beijou algumas vezes enquanto tocava uma breve punheta, ela queria ele duro, bem duro e todo pra ela, até que se afastou, então a vejo se posicionar entre as minhas penas de costas, era uma visão magnifica, uma bunda gigante, linda, e realmente pra minha surpresa, ela sentou em mim com o cuzinho, puta que pariu, eu achei que ia dar merda ali, eu não estava esperado por isso, ela sentava em mim, devagar, como entendendo que eu precisava muito me adaptar e me controlar, mas depois, noto que ela começa a se masturbar, e quanto mais ela fazia, mais aumentava o ritmo, eu estava a ponto de explodir, mas sabia que só poderia gozar depois dela, eu agarro com muita força seus quadris indicando que estava foda segurar, ela diminui a intensidade novamente, subia e descia de modo que eu sentisse meu pau entrar e sair quase que completamente, ela pega uma de minhas mãos e a usa para acariciar seu corpo, eu me inclino a fim de alcançar seus seios, brinco com eles, a provoco, até que ela pega minha mão e faz com que eu coloque dois dedos em sua boca, ela chupava meus dedos enquanto sentava no meu pau, quando a ouvi começar a gemer, e senti o corpo dela ficando cada vez mais tenso, me deixei levar de fato, quando ela gozou senti ela se contrair inteira, e gozei em seguida, ela estava suada assim como eu, me permiti passar as mãos ao redor de sua cintura e distribui alguns beijos em suas costas, meu coração acelerada podia ser facilmente sentido, assim como o dela.
Me deitei completamente, enquanto o coração parecia sair pela boca, eu a olhei a meia luz, os cabelos, a cabeça levemente inclinada para trás, sua bunda bem empinada, corpo se relaxando aos poucos, eu a via ali sobre mim, como um Deusa, forte, decidia, sexy e agora completamente satisfeita.
Ela se deixa cair ao meu lado, esta ofegante, porém completamente relaxada, ela se vira pra mim e pela primeira vez eu escuto sua voz ( Oi, eu me chamo Sarah, sou a mulher que você gosta de olhar pela janela) é inevitável que um sorriso escape por meus lábios e eu me ouço dizer (Oi, Meu nome é Caio , sou o homem que sempre esteve presente e disposto apreciar essa bela mulher da janela)


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Comentários


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paupeladobh Comentou em 15/05/2021

"mas sabia que só poderia gozar depois dela..." Bem assim msm!! Votado de pau duro!!

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paudeliciabsb Comentou em 15/05/2021

Exelente conto. Espero que poste mais do tipo.




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178841 - O Grupo do Livre - Categoria: Fetiches - Votos: 2

Ficha do conto

Foto Perfil Conto Erotico chloegreen

Nome do conto:
A mulher da janela

Codigo do conto:
178563

Categoria:
Fetiches

Data da Publicação:
15/05/2021

Quant.de Votos:
1

Quant.de Fotos:
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