Tomando coragem: a vida e a viagem de ônibus



Tomando coragem: a vida e a viagem de ônibus

Há quase 7 anos conheci este site. Ao longo desses anos, acompanhando as publicações, percebi que não se trata apenas de pornografia ou erotismo. Percebi que estes “contos” também exercem uma função pedagógica e terapêutica, além de serem também uma narrativa para desejos e problemas que não encontram ouvintes disponíveis que se comprometam a ouvir sem julgar.
Aqui, estes universos transpostos em palavras encontram olhos atentos que olham, veem e não julgam. Por isso, tentando encontrar um canal para dar vazão a algumas histórias não contadas, presentes apenas em diários, desde 2009, venho aqui partilhar fatos, lembranças, memórias, desejos, vontades, imaginações, criações e possibilidades. Fica a seu critério discernir até que ponto é ficção até que ponto realidade, pois sentido está por trás das palavras.

Atualmente não moro com meus pais, mas vou visitá-los de tempos em tempos. Sou apenas um jovem comum. Pele parda, porte atlético, peito peludo e uma cara de safado que todo mundo faz questão de lembrar. Moro na região do vale do rio Ivaí e meus pais são de uma cidadezinha na região do vale do rio Piquiri, todos no estado do Paraná. Quem mora em cidade pequena, pequeníssima, sabe as dores sem delícias que é sobreviver, quase, sem prazer.
Em meu dia a dia, normalmente eu não uso cuecas, apenas quando ia treinar musculação ou dar aula. Por isso, para mim é muito tranquilo sair pra balada, pra corrida, pra mercado, ou outro lugar qualquer, sem usar cueca. Às vezes dá vontade exibir o pau marcando no calção e no moletom, aí uso uma pulseira que está sempre em meu pulso, mas que trata-se de um cockring (rsrsrsr). O curioso é que quando pretendo exibir, simplesmente não rola nem um olhar ou um flerte. Nada! Outras vezes, quando nem estou preocupado em exibir, aparecem olhares famintos de desejo em direção ao membro chamativo que levo entre as pernas com orgulho. Esta é uma história sobre isso.
Na véspera da visita a meus pais, fui com uma amiga em um pub a duas ruas de casa. Como só queria aproveitar a boa companhia de uma amiga e o pub era ao lado de casa, nem me preocupei em estar todo arrumadinho. Uma camiseta preta, um pequeno calção de moletom cinza e um par de tênis foi tudo que usei pra ir curtir.
Há tempos que eu não saía, devido às restrições da pandemia do corona vírus, e estava louco pra tomar tequila com tudo que tenho direito. O problema – ou não – é que uma certa dose de álcool sempre deixa a gente mais eufórico, mais corajoso e mais excitado. Imagina o que 7 shots de tequila não fizeram. Deixando-me mais desinibido e com um tesão do diabo.
Entre as conversas, risadas e boa companhia, percebi que na mesa ao lado da nossa havia dois casais héteros muito bonitos. Uma das mulheres usava um vestido de costa nua exibindo um belo decote. Algo bem ousado para uma cidade pequena e conservadora como esta. Ela parecia pouco se preocupar com o namorado ao lago porque entre uma conversa e outra, uma dose aqui outra ali, começamos a flertar. O tesão que a tequila me deixou foi tanto que estava de flerte com aquela mulher. Eu tentava esconder minha excitação cruzando as pernas porque não havia muito o que fazer sem estar usando cueca ou alguma roupa mais larga.
A situação estava perigosa, mas excitante. Como bom gay, fiquei apenas no flerte com ela e de olho em algum possível cara que estivesse afim, o que não encontrei. Apenas avistei de relance um ex contatinho. Consegui controlar a excitação e tomei a saideira de tequila. Ao pagar a conta, percebi alguns olhares para o meio das minhas pernas, mas eu não estava tão indecente – eu acho. Despedi-me de minhas amigas e voltei pra casa, com um fogo do diabo mas sem ninguém pra transar e nem mesmo para mamar e aliviar o tesão. Aproveitei a tontura causada pela tequila e decidi dormir.
No dia seguinte, acordei e como de costume aproveitei a boa iluminação e tirar uma foto para os storys do instagram. Enquadrei, fotografei, passei um filtro e postei. Depois da postagem feita e visualizada é que percebi a barraca armada bem evidente, mas aí já era tarde demais. Também não me preocupei porque desapareceria em 24 horas. Simplesmente tomei meu café e fui pegar o ônibus pra visitar meus pais. Usei a mesma roupa da véspera, porque estava atrasado pra variar. Então, zero planejamento pra fazer putaria naquele dia e aí que somos surpreendidos pelo destino.
Fui caminhando pra rodoviária e no caminho alguns olhares cruzando meus olhos e descendo para o meio das minhas pernas. Não sei dizer se são enrustidos, caras em dúvida quanto a sua sexualidade, ou apenas caras curiosos e impressionados simplesmente por ver um cara andar sem cueca e com o pau meia-bomba num calção de moletom – confesso que me divirto com isso tudo. Mas não rolou nada além de olhares, típico de cidades pequenas.
A distância entre a cidade que moro e a de meus pais é de aproximadamente 250 km e 3 horas de carro é suficiente para percorrer o trajeto com calma. Porém, de ônibus, essas 3 estendem para quase um dia todo. Saí de casa às 9h45m e só chegaria em meu destino às 18 horas da tarde. Seja devido aos embarques e desembarques durante o trajeto, seja durantes as paradas nas cidadezinhas que cruzavam o caminho, seja devido ao atraso de uma hora do ônibus que eu pegaria. Mais uma viagem demorada pra variar.
Após sair de minha cidade atual, fui para outra na qual pegaria um ônibus quase direto pra cidade de meus pais. Não seria diretamente porque no meio do caminho eu e outros passageiros precisávamos fazer baldeação, isto é, trocar de ônibus para continuar a viagem ao destino porque o que nos encontrávamos iria para outro rumo. Foi aí que a surpresa começou.
Cansado de horas engaiolado em ônibus acabei sendo um dos últimos passageiros a descer para fazer baldeação. Logo fiquei no último lugar da fila para entrar no novo ônibus enquanto o motorista se encarregava destacar as passagens e guardar as bagagens dos passageiros. Pra mim, estava tudo normal. Um senhor chegou depois de mim na fila, mas o motorista acabou pegando a passagem e a bagagem dele primeiro e me deixando lá esperando pra embarcar.
Quando finalmente o motorista do ônibus veio destacar minha passagem para eu embargar, eu reparei melhor nele. Ele vestia o uniforme da empresa: calçado e calça social pretos, camisa branca de manga longa e um crachá identificando-o. Tiago era o seu nome. Tinha um porte atlético, aproximadamente 1,75m de altura, cor da pele morena.
Tiago me perguntou pra onde eu ia, disse-lhe que visitaria meus pais. Percebi que ele não me olhava diretamente nos olhos e estava com aos mãos tremendo ao destacar a minha passagem. Algo que demorou mais que o comum. Só aí percebi que ele estava manjando minha rola durante a conversa e foi inevitável me excitar com isso. Se antes era perceptível que eu estava sem cueca, após o olhar de desejo daquele safado meu pau começou a pressionar o moletom exibindo uma ereção que surgiu em instantes.
Fiquei sem jeito, pois não tinha certeza que ele curtia. Mas a confirmação veio logo.
- Tá animado aí hein – disse Tiago, se referindo à ereção.
- Pois é né, tá foda hoje – foi o que consegui dizer tentando esconder o pau, marcado no calção sem cueca, pra entrar no ônibus. Apenas uma troca de olhares e sorrisos é o que ficaria daquele momento inesperado. Afinal, só veria o motorista novamente ao descer em meu destino. Entretanto, o destino não quis assim.
Encaminhei-me para minha poltrona, que era quase ao fim do ônibus, e decidi sentar bem no fundo para não ter que ficar ouvindo conversas e barulho de outros passageiros. Após alguns instantes fui surpreendido por Tiago vindo pelo corredor pra tomar água no bebedor ao final do ônibus.
A cada passo que ele dava, sentia meu coração palpitar e a excitação aumentar. Ao se aproximar do meu banco, diminuiu a velocidade do caminhar e ao olhar pra mim, dei-lhe um piscar de olhos. Seus olhos foram diretos para meu pau duro marcando o calção. Ele pegou um copo d’água e veio tomar no corredor, ao lado do meu banco. Sabíamos que não podíamos falar nada, já que não queríamos chamar atenção. Porém, os olhares de cada um dispensava comentários pois percebi que ele estava tão excitado quanto eu. O desejo de cada um era evidente e alguém precisaria tomar uma iniciativa.
Sabia que eu era o passageiro mais ao fundo do ônibus, ergui a cabeça, olhei para frente e verifiquei que não havia ninguém em pé e nem mesmo olhando pra trás. Lancei aquele olhar para Tiago. Quem gosta de flertar sabe o que significa uma sobrancelha elevada seguida de um sorriso safado - trata-se sempre de um convite. Sem dizer nada, sem mesmo eu desviar o olhar do Tiago, sabia que o que era evidente tornava-se explícito. Numa fração de segundos o moletom que evidenciava uma ereção dava lugar para o próprio pau exibir-se à vontade, brilhando com a cabeça já lubrificada do pré-gozo que deixava sua marca escurecendo o acinzentado do calção.
Eu estava oculto de qualquer outro passageiro naquele ônibus, menos para o motorista parado ao lado de minha poltrona. Sem desviar o olhar de Tiago, percebia seu desejo. Sua vontade aumentava cada vez mais enquanto exibia meu pau trincando de duro diante de seus olhos. Ele não piscava pra não perder nem um detalhe, mas sua boca evidenciava a fome de rola que ele sentia. Não parava de lamber os lábios sem piscar olhando meu pau duro.
Neste instante já nem havia mais água no copo que ele usava pra disfarçar a razão de estar lá atrás. Percebi que o sua excitação marcava seu uniforme, era um daqueles paus grosso que nos surpreendemos quando vemos um carinha magrinho carregar entre as pernas. Era um troféu a ser conquistado. A vontade era ir além do flerte e da pegação. Além de mera putaria com outro cara. Precisávamos saciar aquela pulsão que aumentava rapidamente.
Infelizmente a viagem teve que continuar. Havia valido a pena pelo despertar do desejo. Tiago foi pegar mais um copo d’água e voltar para direção. O ônibus partiria em breve, mas a vontade gozar não. Guardei de novo o pau duro no calção, que já não escondia nada. Quando Tiago passava por mim, rumo à direção do ônibus, entreguei-lhe minha passagem com meu número de telefone anotado. Se ele quisesse algo, agora seria a sua vez de tomar coragem. E ele tomou.


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Comentários


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aventura.ctba Comentou em 14/09/2021

Parabéns, adorei seu conto, voce escreve muito bem, votadissimo. Leia meu último conto, irei adorar sua visita na minha página, bjinhos Ângela

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nicepallas Comentou em 11/09/2021

gostei mto da introdução. Também penso o mesmo desse site. Fiz boas amizades, até




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Ficha do conto

Foto Perfil Conto Erotico rsouza25

Nome do conto:
Tomando coragem: a vida e a viagem de ônibus

Codigo do conto:
185984

Categoria:
Gays

Data da Publicação:
11/09/2021

Quant.de Votos:
5

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