Eita Pedro, mas parece uma pedra....



Olá pessoal, desculpe a demora tive uns problemas pessoais no trabalho e isso me desgastou um pouco. Agradeço as mensagens e por ser novo aqui vou tentar melhorar cada vez mais os contos para que não pareçam forçados ou muito engessados.

*****
Após descobrir os prazeres com Gustavo, acabei dormindo e sonhando com tudo que aconteceu. Desde minha chegada a escola, o clube secreto, rico versus falido, já tinha visto 6 rolas em tão pouco tempo, que tudo parecia surreal.
No sábado, os pais do Heitor tiveram que ir a cidade comprar carne, bebida e outras coisas, pois fariam o churrasco no almoço e so terminariam no domingo.
Acordei era umas 10h da manhã, ouvindo a algazarra que meus novos amigos faziam do lado de fora. Olhei para o lado para ver se o gustavo estava na cama, mas já tinha levantado.
Me levantei da cama, olhei no espelho com a cara de moça que perdeu a virgindade e com um sorriso no rosto. "cara que loucura'', ficava pensando no dia anterior.
Tomei uma ducha, coloquei uma sunga, um short de futebol e uma camiseta regata. Desci para cozinha, estava varado de fome. Encontrei um mesa repleta de frutas, bolo, leite, o cheiro do café feito na hora, alguns tipo de geléia, pães e outras coisas. Além do Heitor sentado e tomando o café.
- O belo adormecido acordou?
- Putz cara! dormi feito pedra. Valeu por me chamar para vir aqui.
- Olha cara, serei sincero. Não gosto de você. Te chamei porque tinha o trabalho da escola, e como já tinha combinado com o Guga, Pedro e o Digo e como você caiu no nosso grupo veio a calhar.
Fiquei envergonhado com as palavras, triste por não saber onde estava errando. Toda alegria que senti a pouco sumiu.
- Desculpe Heitor! Não queria forçar a barra, se quiser vou embora. Já fizemos o trabalho mesmo, não quero te incomodar. Vou subir, arrumar minhas coisas e vou para estrada achar uma carona.
- Olha cara, por mim tu ia mesmo, mas como vou explicar para os meus pais que você foi embora? - Fica ai, quem sabe não te conheço melhor e tento entender, porque você é amigo daqueles idiotas. Ou tento imaginar como você vai sumir, igual o Gustavo Henrique, que era tão amigo deles e do nada saiu do colégio.
Quando eu ia responder, pedro entrou todo molhado na cozinha.
- A não cara! tu ta molhando tudo o chão, olha o tapete da minha mãe.
- Aff Heitor!, parece aquelas velha. Eu tenho culpa se o Diego e o Gustavo me empurraram na piscina. E para piorar, molhei meu celular. Vou ter que deixar no sol para secar.
- Por que está com essa cara Apolo? - Parece que comeu e não gostou.
- Eu...
- Falei para ele que não gostava dele e que esse final de semana queria entender a amizade dele com os patetas.
- Vixee! que climão, para com isso Tor, em vez de puxar o menino para o nosso lado tu ta afastando.
- Quer saber, Apolo tu anda a cavalo?
- Nunca andei andei Heitor, nem sei como é montar em um.
Está decidido então, vamos andar a cavalo nós três. Pois, pelo visto o Gustavo e Diego foram para o pomar né? - Está um silêncio e toda vez que faz silêncio os dois estão no pomar enchendo a pança.
Pedro olha pra mim, dá um sorriso safado e concorda, enchendo a pança né? - Sei.
Fomos para o celeiro, o heitor já tinha prática, selou os cavalos para nós, subi na estrela. A égua que a mãe dele ganhou do pai a 4 aniversários atrás. Disse que era mansinha.
Começamos os 3 a cavalgar, passamos perto da cachoeira, adentramos um pouco na mata, depois saímos em um pequeno monte onde dava para ver o vale. Resolvemos ficar um pouco por ali.
Descemos do cavalo, amarramos e sentamos em baixo de uma árvore próxima.
Quebrando o silêncio:
- Você pretende se formar conosco Apolo?
- Cuidado com as perguntas Heitor.
- Como assim? - Claro que pretendo Heitor. Mas porque pergunta?
- Acho que chegou a hora de você conhecer a história do Gustavo Henrique.
- Sou todo ouvidos.
- Nosso grupo da escola era formado por Pedro, Diego, eu, Gustavo Soares e o Gustavo Henrique. Sempre fomos amigos desde a segunda série. Até que na sexta série entraram Marcelo, Ricardo, Luis e Bruno, transferidos de outra escola particular.
No começo estava tudo tranquilo, eles no canto deles e nós no nosso. No intervalo ríamos, zuávamos uns aos outros.
- E ai veio as férias de julho. - Disse pedro cabisbaixo mexendo com um graveto o chão.
- Sim, vieram as férias de julho, fui viajar para São paulo, o Pedro e o Diego iriam para o Rio de Janeiro, o Gustavo Soares foi para a Argentina com a madrinha e ficou somente o Gustavo Henrique.
- O tempo todo, nos falávamos por telefone, mandávamos foto por e-mail, a noite ligávamos a web cam, era uma zueira. Até que com o passar do tempo o Gustavo, começo a ficar ausente, e depois sumiu.
- Se ele tivesse falado que estava precisando de nós, eu tinha dado um jeito e voltado, faláva que meu amigo, meu confidente, parceiro, meu na.... - Disse pedro, quebrando o gravete e com os olhos cheio de lágrimas.
- Não é culpa sua Pedro, você tem que parar com isso. De se culpar.
Pedro se levantou e afastou um pouco, com raiva e triste ao mesmo tempo, ia me levantar, dar um abraço, dar apoio...
- Ele precisa de um tempo Apolo, é melhor. Deixa ele estravazar.
Voltei a sentar, fiquei admirado a serenidade de Heitor, agora conseguia reparar melhor nele. Com os seus 1,70 de altura, meio parrudo, cabelos loiros e olhos verdes.
- Voltando a Gustavo, ele sumiu Apolo, as aulas começaram em agosto, voltei ansioso e quando entrei na sala de aula, vi ao fundo Gustavo, agora com o cabelo desleixado, junto a Marcelo e os outros. Cumprimentei ele, nem se quer respondeu. Olhei para o lado e vi Pedro aos prantos, Diego estava ao seu lado e Gustavo Soares ao fundo com uma cara de que porra foi essa?
As aulas seguiram conforme o semestre, Gustavo se distanciou de nós, não falava com nós. Nos ignorava, Pedro entrou em depressão, ficou 3 semanas sem ir a escola, seus pais não entendiam, pagaram psicólogo e até que um dia, ele voltou, careca, raspou a cabeça, voltou seco, não dava risada, Diego também mudou, não falava muito, eu e o Gustavo , fazíamos a ponte, o laço, juntar nosso grupo.
Até que um dia, teve um campeonato de futebol na escola, nosso time iria jogar contra outra escola, todos jógavamos. Nesse dia estávamos ganhando de 3 a 0, até que o Gustavo Henrique deu um carrinho no jogador de outro time e foi expulso.
Da quadra, vi ele saindo puto e indo para o vestiário, logo em seguida vi o Pedro ir atrás. Não dei muita importância. O jogo seguiu até que 20 minutos depois ouvimos uma gritaria, vindo do vestiário, vi Gustavo sair correndo para um lado, Bruno e Luís, saindo pelo outro e até que apareceu Pedro, com o rosto todo machucado, sangue na roupa. Foi o tempo dele me ver e caiu desmaiado no chão.
Fui a seu encontro, Gustavo henrique e Diego também, o técnico chamou a ambulância e o jogo foi cancelado. Todos que estavam presentes ficaram chocados com o ocorrido.
1 semana depois Pedro acordou, com algumas cicatrizes externas e interna. Gustavo Soares sumiu da escola, Bruno e Luís foram quase expulsos, mas colocaram toda a culpa em Gustavo.
Desde então tenho repulsa a aqueles garotos. Quando te vi Apolo, achei que você fosse diferente, o Pedro abriu um sorriso quando te viu, mas quando você começou a conversar com eles e depois aquele incidente do vestuário, percebi que meu amigo perdeu o sorriso no rosto, e desde então decidi não ter você por perto, para não machucar meu amigo.
Sei que ele é gay, apesar de ele nunca ter assumido, assim como sei que o Gustavo e o Diego estão se pegando no pomar. (nessa hora olhei assustado).
E também sei que você transou com o Gustavo, eu sou Hétero Apolo, não gosto de homem, já fui mamado e nunca subiu. Mas eu amo meus amigos, eles são tudo para mim, e por isso te falei tudo isso, pois quero saber se você quer ser meu amigo também ou vai ser igual o Gustavo, ficar amigo e do nada destruir nosso laço de amizade?
- Heitor, eu jamais faria isso, mas não posso prometer nada, tudo está acontecendo muito rápido. A escola, os meninos, vocês. Eu to confuso, tem muito sofrimento e angústia.
Levanto, tento racíocinar.
Quando vejo Pedro próximo a mim já gritando:
- Você é igual a eles, não serve para nossa amizade, você tem tudo na vida, é bonito e nunca sofreu por nada. Você é um bosta.
Aquelas palavras foram como navalha, cortando meu coração, lembrei do abuso sofrido quando criança pelo meu padastro, o medo de minha mãe sofrer com tudo isso, as vezes que encontrava minha mãe machucada pois meu padastro batia nela.
Corri, subi na égua, sentindo meu estado ela saiu desimbestada, sem controle só agarrei e ouvia ao longe
- Apolo, não faz isso, vamos Pedro. Ele vai se machucar.
Quanto mais agarrava mais ela corria, até acabei caindo, batendo a cabeça e apaguei.

********

Não sei por quanto tempo fiquei desacordado, só lembro de aos poucos fui recuperando a consciência, abri os olhos e me deparo com um quarto de hospital, uma mesa cheia de flores, durmindo na cadeira estava Heitor.
Tento me levantar, mas algo está errado. Começo a entrar em desespero. Não sinto minhas pernas. Ambas engessadas até o quadril. Começo a chorar. Heitor acorda assustado e me da um abraço.
- Vai ficar tudo bem. Me perdoa.
Apenas choro. Não sei quanto tempo passou chorando nos braços de Heitor, até que surge Pedro no quarto.
- Ei! Não fica assim, eu fui um idiota me perdoa. Não deveria ter gritado com você.- Ele me abraça junto com o heitor.
Mesmo sentindo o calor do dois, meu mundo estava desabando aos poucos. Sem andar, como eu faria para me adaptar. Onde estava minha mãe?
Que hospital era esse? - Quem estava pagando por isso?
Acordo de meus pensamentos e vejo Pedro chorando, feito criança. Agora sim, conseguia enxergar com outros olhos, ver ele todo branquelo, ficando vermelho, cabelos pretos e olhos azuis, misturado com o vermelho de choro. Estaria eu enfeitiçado, por alguém que me destratou e me colocou nessa situação?

- Meu filho, eu tive tanto medo de te perder.. - minha mãe entrou correndo no quarto, e me abraçou, enquanto Heitor consolava Pedro.
- Mãe e agora?- chorando
- Calma meu filho, o médico disse que esse gesso na sua perna te deixa imóvel, mas não corre o risco de ficar paraplégico é só uma precaução. Vai ficar tudo bem. - E me enchia de beijos.

Me senti aliviado, por um momento achei que nao fosse andar mais. Respirei aliviado, e vi através do ombro da minha mãe Pedro mover os lábios: "Me perdoa!"

Após esse misto de tristeza e alegria, fiquei sabendo que estava a 3 dias desacordado, que seu Vitório pai de Heitor me encontrou desacordado, próximo ao rio. Correu comigo e me trouxe no hospital particular e arcou com tudo. Jamais pagaria o que ele fez por mim.
*******
Fiquei quase 3 meses com as pernas engessadas. Todo dia os meninos se revezavam e iam em casa me levar tarefa escolar, os professores ia também me ver. Perguntar o que eu precisava. As vezes ficavam para jantar outras vezes so deixavam cestas de frutas e café da manã. Mesmo em tão pouco tempo na escola, me sentia acolhido.
Mas quem sempre dormia lá era Pedro, ele me ajudava a tomar banho, fazia palhaçada. Falava que eu era um bebe. Cozinhava quando minha mãe saia para trabalhar, até limpar a casa e lavar as roupas ele fazia. Sempre me colocando pra cima, e aos poucos fui me encantando com seu sorriso.
Sabia que algo estava crescendo entre nós, por mais que eu tivesse medo, me deixei levar.

*****
Um dia antes de tirar o gesso, os meninos foram para casa, comemos pizza, ríamos e minha mãe me olhava com um ar de alegria. Ela era uma guerreira, aguentou muita coisa por mim.
Chamei eles para dormir em casa, somente gustavo não ficou, Diego, se ajeitou no colchão ao lado da minha cama, Pedro ficou comigo na cama e Heitor também, acabamos adormecendo.
No meio da madrugada sinto meus lábios sendo beijados. Retribuo, como os lábios de Pedro eram macios, viajo em seu beijo de olhos fechados, quando levo minha mão ao seu rosto, sinto algo diferente, abros olhos e me deparo com Heitor sorrindo........


Bom galera, tive que contar essa parte da história para que vocês pudessem entender o turbilhão que minha vida irá passar com esse beijo e após esses 3 meses engessado.
Se gostarem, curtam, comentem, deêm seus votos e continuo aceitando críticas. Se acaso começarem a gostar eu vou postando mais história que será um misto de paixão, amor, safadeza e traição.


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Comentários


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henrybiel14 Comentou em 03/11/2021

Cadê o restante do conto? Já se passou um mês praticamente

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heitorlamenha13 Comentou em 10/10/2021

Amigo!!! Tô doido pra saber desse rolê com Heitor! Não deixa a gente órfãoooooo

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morsolix Comentou em 08/10/2021

Então,vc escreve bem,texto gramaticalmente livre de erros. Talvez não esteja bem desenvolvido o perfil de Pedro.Heitor promete revelações.Votadissimo




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Ficha do conto

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Nome do conto:
Eita Pedro, mas parece uma pedra....

Codigo do conto:
187458

Categoria:
Gays

Data da Publicação:
06/10/2021

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