– Oi. – Falo com pressa.
– Você. Não. Me. Disse. Onde. Mora. – Ele fala ofegante.
– Nossa é mesmo, desculpa, eu estava muito aéreo hoje. Mas eu moro bem ali na esquina da outra quadra.
– Então somos vizinhos! Eu moro na lateral da quadra. Podemos ir embora juntos. – Ele diz animado.
– Tá bom. – Repondo e já saio andando.
Vamos caminhando em silencio. Pego meus fones e coloco nos ouvidos, como de costumo. Odeio caminhar sem ouvir música. Agora estou no meu próprio mundo, só eu e a minha Deusa Lana Del Rey. A presença dele ao meu lado ficou insignificante. Sinto um cutucão no meu braço, rapidamente tiro um dos fones e olho para Yuri com uma cara de poucos amigos.
– O que está ouvindo? – Ele pergunta.
– Lana Del Rey, a rainha do alternativo.
– Posso ouvir com você? Eu curto as músicas dela.
Entrego um dos meus Airpods pra ele e continuamos andando. Está tocando “Happiness Is a Butterfly” do álbum “Norman Fucking Rockwell!”, essa música me faz sofrer em silêncio. Não consigo evitar de olhar Yuri, seu rosto tão lindo com a luz do sol batendo nele. Não consigo parar de desejar ele nem por um minuto mesmo as vezes recusando esse sentimento. Estou tão disperso e entregue a esse momento que quase passo da minha casa.
– É aqui. – Digo olhando pra ele. – Não esqueça do trabalho as três horas.
– Tudo bem, não vou esquecer. Aqui seu fone, gosto muito dessa música.
Ele se despede de mim me dando um abraço meio longo, posso sentir o cheiro do seu perfume misturado com suor em seu pescoço. Isso só faz com que eu fique mais confuso em relação a ele. Entro em casa e o almoço já está pronto. Sento, almoço e jogo conversa fora com os meus pais. Assim que termino de comer, vou correndo tomar banho.
Coloco uma música para tocar e entro em baixo do chuveiro. Começo a pensar em Yuri, minha imaginação percorre por seu corpo, imagino ele nú ali comigo, toda essa situação me deixa tão excitado, bato uma pensando nele, gozo gemendo o seu nome. Assim que saio do banheiro, ouço a campainha tocar, merda já é ele, penso em voz alta. Corro e vou abrir a porta, apenas enrolado na toalha.
– Oi Felipe. – Ele fala assim que me vê. – Desculpa te pegar assim só de toalha, podia ter se trocado, eu esperava sem problemas.
– Não, tudo bem, eu que perdi a hora no banho mesmo, vou me trocar bem rápido, entra, pode ficar à vontade.
Levo Yuri até a sala e vou correndo para o meu quarto. Ele está usando uma camiseta regata azul e uma bermuda jeans, mais lindo do que nunca, seu cheiro incrivelmente delicioso. Felipe foco, trocar de roupa e ir fazer o trabalho! Falo para mim mesmo.
Coloco a primeira roupa que vejo na frente, um short tactel cinza e uma camiseta branca simples, passo o meu perfume de sempre e vou escovar os dentes. Assim que saio do meu quarto lá está ele, sentado no sofá da sala, como pode ser tão lindo sem nem fazer esforço?
– Pronto, agora estou mais apresentável. – Falo dando um riso bobo. – Vamos para o meu quarto, lá é melhor.
Yuri se levanta e vem logo atrás de mim. Entramos no meu quarto, ele se senta na cama e eu me sento na cadeira virado de frente pra ele.
– Seu quarto é muito legal. – Yuri comenta.
– Obrigado. Vamos começar a fazer o trabalho?
– Bora. – Ele olha pra mim – Felipe, você me acha bonito?
– Sim. – Respondo sem rodeios. – Por que?
– Nada não. Me pegaria?
– Pra ser sincero sim, eu te pegaria. Porque essas perguntas agora? – Dou uma risada sem graça.
– Nada, é que despertou curiosidade, só isso. É virgem?
– Sou sim e também sou bv. E você?
– Eu também, os dois. – Ele fala e olha pra baixo. – Como você sabe que gosta de meninos se nunca beijou um?
– Ah, sabendo. – Respondo. – Meu pau sempre deu sinal de vida quando eu via um menino pelado, foi aí que eu tive a certeza do que gostava.
– Posso te beijar? – Ele fala olhando bem nos meus olhos.
– Pode. – Digo com a voz meio tremula e sinto meu rosto corar.
Yuri pega na minha mão e me puxa até ele, eu sento ao seu lado e ficamos de mãos dadas olhando um no olho do outro. Estou tão nervoso, meu coração parece que vai sair pela boca. Ele se aproxima de mim e me beija. Um beijo doce, delicado e molhado. É impossível eu comparar com outros porque esse é meu primeiro. Ele me puxa para mais perto do seu corpo, eu logo sento em seu colo completamente entregue ao momento. Meu pau começa a dar os primeiros sinais de vida e sinto o dele quase explodindo dentro da bermuda.
– Yuri. – Digo olhando em seus olhos interrompendo esse nosso momento. – Você tem certeza disso?
– Tenho. Absoluta certeza. – Ele faz um carinho delicado em meu rosto.
(CONTINUA)
PS: Espero que estejam gostando, vou trazer um capítulo por dia. Não esqueçam de votar e comentar. xoxo youngerboy!
Maravilha estou adotando e aguardando a continuação
Estou ansioso, espero eles sentido o calor do corpo, um do outro