Depravação: Dia de mudança



Existem algumas situações em nossas vidas, que nos colocam diante de coisas que nunca pensaríamos em fazer. Normalmente elas vem em momentos espontâneos, em outras, elas estavam ali, bem diante de nossos olhos, mas nunca prestamos atenção...

Mais ou menos na metade do ano de 2020, com todo o problema da pandemia no Brasil, alguns parentes meus que possuem uma casa numa roça não muito longe da minha cidade resolveram ir para lá por medo do que estava havendo. Era uma forma de se protegerem, pois pessoas próximas haviam se contaminado, e algumas até morrido. Minha família é grande, mas os outros parentes estão espalhados por todo o Brasil e o pessoal aqui de Minas costuma ser bastante unido por estarmos próximos.

A minha tia queria levar alguns móveis para a casa da roça e pediu para que meu primo o fizesse. Minha mãe sugeriu que eu ajudasse, porque seria mais fácil. Como eu estava desempregado e com tempo de sobra, aceitei numa boa. Enchemos uma caminhonete com mobília (um armário, geladeira, camas, colchões, um monte de coisas menores enroladas em um pano) e seguimos até a roça, que dá mais ou menos uns quarenta minutos de distância da casa deles.

Meu primo e eu somos colegas. Quando criança, costumávamos brincar juntos, mas ele é mais velho que eu (tem 33 e eu 28), e esta diferença de idade, é claro, fez com que não fôssemos muito próximos ao longo da vida.

Meu primo trabalha com pet shop, mas antes trabalhava em uma marcenaria. Ele é branco, tem os cabelos castanhos bem claros e costuma usar a barba por fazer. Tem o corpo forte de quem faz serviços braçais e uma leve barriguinha. Eu, por outro lado, sou um pouco mais magro, minha pele é mais corada e meus cabelos são pretos. Tenho barba no rosto e a mesma altura que ele (1,83).

Durante o caminho a gente conversou sobre a vida. Ele falou sobre o trabalho, comentou sobre a namorada, falou sobre bebida e festa e todo aquele papo de hétero. Eu ficava nos "aham" e "sei..." durante o caminho, porque normalmente falo de coisa nerd com os outros. Eu adoro cinema, video game, a gente não tem muito a ver.

Chegando lá, percebemos que a casa estava quase abandonada. Ele estacionou a caminhonete, e demos uma olhada. A grama estava alta, a casa cheia de poeira e não tinha muita coisa. Varremos o chão para levarmos os móveis para dentro. Nos arredores é claro, só tinha natureza. A casa fica num campo cercado por árvores, a vista não alcança muito longe.

Naquele dia estava muito calor, era ainda verão, e então, tive a primeira boa surpresa:

Imagino que assim como eu, você leitor também gosta muito de ver um homem agir com naturalidade. E ele tirou a camisa. Era meio peludo, estava um pouco suado e tinha um corpo muito bonito. Ele era musculoso, mas não era musculoso de academia, era um corpo naturalmente forte. De homem. E por este motivo, eu resolvi seguir o exemplo. Geralmente eu NEM fico sem camisa na frente das outras pessoas, mas resolvi fazer o mesmo. É engraçado que quando as pessoas não nos conhecem, a gente tira coragem para fazer o que queremos, sem medo de sermos julgados. Arranquei minha camiseta e joguei por cima da dele num canto. Eu costumava ir à academia antes da pandemia, então havia alguns meses que não me exercitava, portanto meu corpo não estava muito definido.

Ele, certamente não reparou em nada. Estava distraído com as tarefas, e eu, logo ali, ajudando, não conseguia parar de olhar. Quando ele se abaixava para pegar as coisas, quando colocava a mão na cintura para pensar, quando levantava os braços para segurar os objetos. Eu ficava cheio de tesão.

Algumas horas após nos ajeitarmos, resolvemos dar uma volta para ver o lugar. Antes é claro, a gente comeu as coisas que tínhamos levado para lá. Eram alguns salgadinhos e comida do almoço. A gente improvisou um fogão com lenha e tijolos para esquentá-la. Seguimos então para o meio do mato. Como não tinha animais, era um lugar bem limpo.

Caminhamos até um altinho, onde havia uma estrada que levava para a casa das outras pessoas, mas de lá, mal dava para ver a vizinhança, pois as casas eram bastante afastadas umas das outras. Estávamos sozinhos mesmo naquele lugar. E nesta hora, eu pude presenciar outra coisa boa:

Meu primo desabotoou a calça, abriu o zíper e começou a mijar, ali, na minha frente, sem vergonha. Por um instante, eu me percebi observando ele fazer aquilo. Ele cultivava uma moita sobre o seu pau. Era um pau de tamanho bom e bastante pesado pelo visto. Mas é claro, desviei o olhar . Continuamos conversando, e ele planejava ficar ali até o dia seguinte. Eu, é claro, não tinha nenhuma objeção.

Ao voltarmos para casa, resolvi ajeitar um espaço para dormirmos. Estendi dois colchões bem próximos no chão, ainda não tinhamos montado as camas. Estendi então um lençol e enquanto isto, ele estava mexendo na eletricidade para instalar um chuveiro.

Na minha cabeça, estava bastante entusiasmado, na dele, provavelmente era só um dia comum. Mas é claro que eu estava querendo que alguma fantasia maluca se realizasse, porém, era só uma fantasia minha e ele tinha uma namorada.

As horas se passaram e resolvemos então tomarmos nossos banhos. Ele foi primeiro e não demorou muito a sair. Eu fiquei deitado, olhando para o teto enquanto ele fazia as coisas, acho que até tirei um leve cochilo, porque não tinha muito o que fazer por ali.

Assim que ele chegou, começou a mexer em suas coisas. Estava com shorts bem leves de futebol e sem camisa. Começou a puxar papo e colocou música no celular. Eu, resolvi ir para o chuveiro.

A experiência do banho na roça é complicada... a caixa d'água estava péssima e a água que saia era muito pouca. Ou ela queimava, ou ela vinha gelada de forma aleatória. Foi bastante desagradável, mas consegui me lavar inteiro.

Ao terminar, segui até o quarto com aquela mesma ideia de tentar parecer despretensioso, porém claramente inclinado a tentar me exibir para o homem deitado no colchão. Em vez de me trocar no banheiro, feito ele, eu resolvi tirar a toalha e ficar pelado no quarto. Mexi no celular segurando minha cueca, mexi na minha mochila e logo eu me troquei. Obviamente, não houve nenhuma reação da parte do meu primo.

Como não tinha nada para fazer e estávamos no meio do nada sem conhecer quase ninguém, a gente ficou batendo papo. Arrumamos nossas coisas, comemos novamente e, por alguma razão, eu resolvi mexer na minha carteira. Organizei meus documentos, o pouco dinheiro que tinha lá, e, deixei cair, um preservativo de laranja. Isto chamou atenção do meu primo.

"De laranja?" Ele riu
"Pois é. Já usou?"
"Não, nunca usei não, é bom?"
"Olha, tem melhores, mas eu gosto do cheiro. Se bem que na hora do sexo muda muito."

Ele achou engraçado, e isso levou a gente para uma outra conversa. Ele começou a conversar sobre algumas preferências e a relembrar do passado, de quando éramos mais novos. A gente costumava ver revista de mulher pelada ou pornográfica que um tio nosso tinha. Mas não tocamos em um ponto muito importante, que é sobre ele ter me ensinado um monte de sacanagens e de termos nos masturbado juntos várias vezes. (editado)

Um moleque de onze anos é muito curioso sobre o mundo do sexo, e um rapaz de dezesseis tem muito a ensinar. Ele já tinha pentelho, o pau já era grande, ele já gozava e sabia das maldades, enquanto eu, só aprendia tudo. Além disso, já tinha me feito passar a mão no seu pau algumas vezes muitos anos atrás. Nada disso foi mencionado na conversa, mas nós dois sabíamos o que havia acontecido. (editado)

Depois de tudo isso, a gente resolveu ir dormir.
Apagamos as luzes. Eu, excitado e curioso como estava, não consegui apagar, e fiquei me revirando no colchão durante muito tempo. Um monte de coisas passou pela minha cabeça. Eu queria apalpá-lo, queria ver de novo aquele caralho, queria elevar o nosso grau de intimidade, mas não conseguia fazer absolutamente nada, por medo. Ele era meu primo, eu seria absolutamente incapaz de tomar qualquer tipo de atitude àquela noite.

Talvez aquela fosse a única oportunidade que eu teria, pois logo logo meus tios estariam naquela casa. Talvez valesse a pena jogar tudo fora, só para sentir aquele homem uma vez. Será que eu deveria tentar?

Aquele dia, eu não tentei.

Espero que tenham gostado deste caso, pessoal. Ainda tem pano pra manga nessa história. Se vocês gostarem, eu compartilho mais por aqui!


Faca o seu login para poder votar neste conto.


Faca o seu login para poder recomendar esse conto para seus amigos.


Faca o seu login para adicionar esse conto como seu favorito.


Twitter Facebook

Comentários


foto perfil usuario spacebedroom

spacebedroom Comentou em 01/06/2022

Oi gente, desculpe os editados entre parênteses, é que eu escrevi através de um outro programa e as partes que eu ia corrigir acabaram saindo no texto.

foto perfil usuario alda

alda Comentou em 31/05/2022

Que isso cara, espero que nenhum continuação, abraços e conta logo kkk.




Atenção! Faca o seu login para poder comentar este conto.


Contos enviados pelo mesmo autor


Ficha do conto

Foto Perfil spacebedroom
spacebedroom

Nome do conto:
Depravação: Dia de mudança

Codigo do conto:
201912

Categoria:
Gays

Data da Publicação:
31/05/2022

Quant.de Votos:
4

Quant.de Fotos:
0