Quando a ideia é provocar

Se tem uma coisa que eu AMO fazer é provocar. Afinal, que mulher não gosta de fazer isso? Tirar um dia, um momento daquela rotina dura e cheia de serviços para provocar alguém, seja um conhecido, um crush, um rapaz que se está de olho ou mesmo um desconhecido. Claro que essa vontade não é geral e não acontece 24 horas por dias. Mas, às vezes, numa situação em que nos sentimos seguras e em um ambiente mais controlado que possamos nos defender ou sair fora caso fuja de nosso controle.

Em muita das vezes, a ideia da provocação no meu caso é algo que passa mais em meu universo mental que na prática. Uma calcinha fio dental por baixo de um vestido discreto. Um decote um pouco mais provocante com um pingente. Uma calça legging que modela minhas pernas e bumbum, bem apertadinha, como uma espécie de segunda pele. Um shortinho pequeno que dou aquela puxadinha um pouquinho mais pra cima. Ou simplesmente as alças da calcinha expostas para fora do shortinho.

Coisas pequenas, que mexem com o imaginário de uma pessoa observadora, que percebe a intenção de provocar a quilômetros. Fica melhor ainda quando num barzinho ou numa festinha, o rapaz esperto te nota, vê sua intenção em provocar e corresponde com aquele olhar malicioso e comportamento de santinho do pau oco. Que chega todo gentil e mesmo sem falar de suas intenções carnais comigo, as noto e passeio por sua mente. Ou que entrega seus desejos no olhar fulminante que faço questão de prender aos meus para dar o sinal de que, as sensações da provocação estão me fazendo ficar bem satisfeita.

Sentir o olhar do rapaz mais experiente, que gosta desse "risco" e brincar dando a entender que estou fácil, mas que instantes depois pareço não ser tão acessível. Receber bebidas do garçom que aponta o "Dom Juan" que tenta me levar ao seu mundo, sorrir, dar um olhar com sinal verde para suas segundas intenções mas brecar sua chegada à mesa ainda a distância. Seguir sozinha, disponível para todos e ver o mesmo "Dom Juan" ter que se esforçar para além de uma bebida para ter a sua chance de conversar comigo. Estar no controle de toda a situação e fazer o moço entender que a maquiagem, a depilação, toda a lingerie e produção feita para provocar não foi feita a custo de um copo de bebida. Ahhh, que delícia.

Às vezes ser tragada por um homem decidido, que não quer ser o "Dom Juan", o galanteador, mas o pegador. Surpreende, faz uma confusão em nossa mente e até consegue fazer pensar em passar da fase da provocação para algo mais. Só que às vezes se esquece do básico acreditando que isso pode surpreender e a velocidade muito grande da exposição de seus desejos não condiz com as suas atitudes e acaba perdendo o jogo antes mesmo de começar. Ver, enquanto o pegador tenta a sorte, o "Dom Juan" querendo mudar suas táticas para voltar a ser minha atenção.

Ou, ainda, ter aquela sensação de fazer uma boa caminhada com um shortinho legging e, com um fone de ouvido ver os rapazes virarem a cabeça para ver o meu bumbum marcado - até mesmo do lado de suas belas pretendentes - ou ainda ver alguns gracejos ou tentativa de buscar minha atenção por meio de um elogio geralmente sem graça ou fora de lógica. Mas que ainda me diverte por saber que sou o centro das atenções por alguns segundos.

Como é gostoso confundir a mente dos homens, como é delicioso provocar!