CHIFRADA PRAIANA



Ninguém sabe o dia, a razão, como ele passou a imaginar, mas é fato que Bruno tinha um enorme desejo: ser corno. E o que antes era uma fantasia proibida (ou pelo menos, reprimida) foi crescendo, crescendo, até ele não resistir e compartilhar com a namorada. Mal sabia ele que era um caminho sem volta...
2012 tinha sido mesmo um ano intenso. Renata e ele então resolveram aproveitar as férias e o verão. O destino? Itaipu, Niterói. Seriam dias em que poderiam curtir as praias, a comida, os ares e um ao outro, não fosse aquela manhã ensolarada...
Naquele dia Bruno roncava - uma prova inegável da cansativa viagem que fizeram - e Renata tomava um demorado banho. Ao contrário do sonolento namorado, aquela loira de coxas grossas, um bumbum de respeito e pelos clareados estava inquieta. Queria que aqueles dias fossem inesquecíveis. Pensava nos pedidos e apelos constantes de Bruno enquanto transavam. Aquilo mexia com ela. Na praia, a alguns metros de onde eles estavam, o sol era o responsável por aqueles 38°. E na pousada, dentro do banheiro, Renata sentia um calor diferente, no meio das pernas.
Decidida, ela saiu dali já com um biquíni preto e, enquanto pegava sua canga, despertou Bruno:

- Ué, tá se arrumando essa hora pra quê? Já vamos pra praia?
- Vamos, não. Eu vou.
- O que?
- É isso mesmo, Bruno. Eu pensei bastante nos seus pedidos pra ser corno e agora quero, estou decidida. Você vivia falando que me liberaria, né?
- Calma aí, precisamos con...
- São 11h, vou sozinha pra praia. Só me apareça lá depois de 13h. Vai que eu arranjo uma paquera...

Foi dessa forma imperativa que Renata se despediu de Bruno e bateu a porta do quarto. Bruno, por sua vez, estava confuso. Sabia, pela breve conversa, que Renata colocaria todas aquelas fantasias em prática. Sentiu ciúme, sabia que era irreversível. Era só questão de tempo Renata achar alguém interessante e logo estar nos braços dessa pessoa. Ou no colo. Aquela semana na praia estava só começando, assim como os chifres...

13h. A ansiedade, a curiosidade, o medo, tudo contagia aquele rapaz. Saiu da pousada apressado, a passos largos, mas à medida que se aproximou da areia e avistou sua namorada, diminuiu o ritmo. Não pelo cansaço, mas pelo que viu: algumas pessoas tomando sol, sua namorada deitada na canga e... Um moreno claro, musculoso, que aparentava ter 1.80m e algo similar a uma barra de ferro por baixo da sunga, massageando e passando protetor solar no corpo de Renata. O pau era realmente proporcional ao tamanho do cara, uma senhora pica. O chifre estava anunciado.

Percebendo a chegada do namorado, Renata disse:

- Chegou cedo.
- Cheguei na hora.
- Tá, senta aí. Esse aqui é o David.

O candidato a Ricardão ignorou a presença de Bruno, apenas riu em tom de deboche. E continuou falando com Renata:

- Prontinho... Já passei o protetor, agora a gente pode dar um mergulho junto, né?
- Pode sim. Vamos...

Ao se levantar, Renata deu um longo beijo naquele cavalo. O cara era tão forte que suspendeu a garota, tirando os pés dela da areia... Sem qualquer pudor, ela se dirigiu a Bruno:

- Amor, pega um pacote de camisinha pra mim, tá na minha bolsa.
- ...
- Vai, pega logo!

Bruno passou por aquela humilhação e entregou aquela embalagem de Olla para a namorada, na frente de David. Renata ainda debochou:

- Reza pra não estourar, eu só tenho essa e não vou sair do mar tão cedo... (continua)


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Comentários


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nely delicia Comentou em 13/01/2013

Vc pediu e ela atendeu...Teve meu voto




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24570 - UM CAMINHO SEM VOLTA - Categoria: Traição/Corno - Votos: 3

Ficha do conto

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Nome do conto:
CHIFRADA PRAIANA

Codigo do conto:
24486

Categoria:
Traição/Corno

Data da Publicação:
12/01/2013

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4

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