A ORIGEM DE DELIASE



A mulher que seduziu monges, escandalizando a sociedade; a mulher que vivia cercada por eunucos e lindas serviçais; que protagonizava orgias e que atraia estrangeiros como Magnus, tinha uma história pregressa de dor e humilhação.

Nascida em lar pobre e com pais rígidos, cresceu sufocando um gênio altivo e orgulhoso. Não era ambiciosa, mas inconformada com as injustiças sociais. Desde cedo revelou uma inteligência e capacidade para liderança que a faziam temida pelos meninos e admirada pelas meninas. Dessa forma, Deliase foi formando uma personalidade forte, porém contida, num mundo dominado por homens.

Conheceu a primeira grande humilhação quando foi seduzida e enganada pelo patrão de seu pai: Zípidus, um homem casado e que tinha quase a mesma idade que Poliponius.

Deliase costumava acompanhar seu pai nas jornadas de trabalho, auxiliando-o no carregamento dos fardos de trigo, uma tarefa penosa para uma adolescente.

Ao colocar os olhos pela primeira vez naquela jovem, Zípidus repreendeu Poliponius, o pai de Deliase, e disse que se era para ela trabalhar que fosse num serviço mais leve, auxiliando no serviço doméstico ou cuidando do pomar. Arranjara uma desculpa para ter a jovem mais próxima às suas investidas, ao mesmo tempo em que lhe explorava o trabalho.

Deliase passou a ir diariamente na residência luxuosa do casal Zípidus e Massela, uma mulher de generosas medidas corporais, onde a obesidade já se adiantava. Porém, uma mulher gentil ao extremo, meiga, carinhosa e totalmente submissa às vontades do marido.

Deliase tinha quinze anos e seu corpo já apresentava a perfeição de um corpo de mulher, com a firmeza e o frescor que a juventude proporciona.

Zípidus passou a cortejar Deliase com palavras elogiosas e de atenção, mas em seus olhos ela percebia nitidamente a lascívia com que ele lhe desnudava as roupas.

- Vou pedir a Massela que lhe dê novas roupas, minha querida, pois estas já não lhe cobrem adequadamente.

Zípidus disse isso, tocando os ombros de Deliase, deslizando os dedos de seus ombros até o colo, entre os seios. Ela estremeceu, recuou um passo, mas algo dentro dela lhe fazia desejar aquele toque, aquela aproximação, aquele homem. Seria sua natureza devassa que já despontava? Seria uma ambição? Ou apenas seria o desejo natural que já lhe tomava o ser? Deliase desejou Zípidus, mas sabia que era uma relação fadada ao insucesso.

Ele, por sua vez, não tinha pressa. Agradava-lhe observá-la de perto ou de longe, mas te-la próxima, à espera do momento certo para tirar-lhe a virgindade e a inocência. E esse dia chegou. Ele já havia feito inúmeras carícias delicadas em Deliase, mas nunca a beijara. Aqueles lábios carnudos deviam ser doces e deliciosos, pensava constantemente. Ele a provocava porque a queria se dando por vontade própria, não forçadamente.


Um dia, ele amanheceu cheio de desejos, desejos que as fartas carnes de Massela não atendiam mais. Rumou para o pomar, onde sabia que Deliase já estaria colhendo romãs. Ao chegar no pomar não teve dificuldade em localizar a moça que lhe excitava os ímpetos viris. Cumprimentou-a, e, diferentemente do que costumava fazer, enlaçou-a e a beijou.

Relutante nos primeiros instantes, Deliase deixou-se ser beijada por aquele homem barbudo. Era seu primeiro beijo. Ele tinha experiência e sagacidade suficiente para faze-la se sentir importante e desejada. As romãs que Deliase tinha no cesto caíram todas ao chão, junto com suas parcas resistências juvenis. Depois do beijo, Zípidus abraçou Deliase fortemente, sentindo em seu próprio peito o coração da menina que ansiava em se fazer mulher. Ao perceber que o universo conspirava a seu favor, Zípidus desceu o decote franzido da blusa de Deliase até expor seus seios firmes e redondos e os tomou nas mãos. Imediatamente, seu sexo endureceu, buscando os caminhos ainda não descobertos do sexo de Deliase. Uma saia comprida, pouco abaixo do joelho, foi levantada pelas grandes mãos do homem que só sabia dizer naquele momento "delícia!". As mãos invadiram a saia da menina-moça, tocando as coxas torneadas e encontraram um calção, que foi abaixado com certa relutância dela. Zípidus se abaixou, acompanhando o calção que caía ao chão e, erguendo a saia, pode ver que o caminho do seu prazer estava coberto por uma espessa e abundante mata de pelos negros.

O homem decidido e excitado tocou no meio das pernas da menina inebriada que sentia pela primeira vez na vida o toque de uma mão masculina, com dedos ágeis e suaves, lhe provocando um prazer novo. Deliase tocou os cabelos de Zípidus e ele ergueu o rosto.

- Beije-me... - ele pediu como um garoto apaixonado.
Ela abaixou-se e ali, sob os primeiros raios da manhã, sobre o tapete de folhas orvalhadas, Deliase entregou-se pela primeira vez ao homem que lhe abriria as portas do prazer físico e da dor emocional. Não sabia ainda que os homens são maravilhosos até que se sintam saciados.

O defloramento

Indo procurar por Deliase, Poliponius se fez testemunha do defloramento da própria filha. Ao longe, viu que um homem se punha sobre uma mulher em movimentos nitidamente de cópula. A calça dele estava arriada até a altura mínima necessária para favorecer a penetração e a saia da mulher estava erguida o suficiente para que a penetração se consumasse. De longe, Poliponius não tinha certeza quem seriam aqueles dois, mas o flagrante paralizara-o e o mantinha como observador do desenrolar dos acontecimentos. Tocou o próprio membro, que já se excitava, não sabendo que aquela deitada na relva era sua filha Deliase.

Cautelosamente, para não ser percebido, aproximou-se do casal, mantendo-se atrás de um arbusto, na distância suficiente para ouvir os gemidos da mulher. Eram gemidos de prazer e dor. O homem, por sua vez, gemia cada vez mais alto à proporção que aumentava a intensidade do movimento invasivo. Poliponius por certo testemunhava um defloramento, supunha. O ato se prolongava e ele começou, instintivamente, a se masturbar até chegar ao gozo, no mesmo instante que o homem alguns metros à sua frente soltava um urro denunciando que chegara ao ápice.

Temendo ser visto, Poliponius retornou, desistindo de procurar Deliase, guardando na memória o que acabara de ver.

Zípidus, após ejacular dentro da vagina de Deliase, levantou-se e estendeu a mão para que ela se erguesse. Recomendou que guardasse silêncio sobre o que acabara de ocorrer, prometeu que a teria novamente e que lhe cobriria de presentes. Mentia. Deliberamente a iludia com promessas de recompensas que jamais existiriam.

Deliase, num misto de vergonha e auto-satisfação, olhou diretamente nos olhos de Zípidus e viu frieza. Naquele momento, vislumbrava a decepção que se confirmaria com o passar do tempo.

A descoberta

Deliase terminou sua jornada e esperou pelo pai que logo viria lhe buscar para o retorno ao pobre lar. Poliponius se aproximou da filha e então notou que a saia marrom que ela vestia era da mesma cor que a da mulher deitada no mato. A mesma saia marrom com listas alaranjadas. Olhou para a filha e viu um olhar diferente. Sua filha já era mulher.


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Comentários


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Comentou em 08/03/2013

putz... que massa... e que nomes... ain, adorei e votei!

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Comentou em 08/03/2013

Muito bom e excitante, parabéns.tens meu voto tb.




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Ficha do conto

Foto Perfil deliase
deliase

Nome do conto:
A ORIGEM DE DELIASE

Codigo do conto:
26849

Categoria:
Virgens

Data da Publicação:
06/03/2013

Quant.de Votos:
9

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0