Segredos - Cap. 3

Mesmo Sara tentando me consolar com suas palavras, elas me faziam mais mal ainda, ter sido xingado daquela forma pelo meu melhor amigo me feriu profundamente, eu nunca havia sido constrangido por causa de minha sexualidade antes, e não esperava isso dele jamais ainda mais depois da noite que passamos, então tudo o que eu consegui fazer naquele momento foi me soltar dos braços de minha amiga e correr para casa, tudo o que eu queria era desaparecer.
Cheguei em casa e subi as escadas correndo rumo ao meu quarto estava tão nervoso que não tranquei o portão e nem a porta principal, Dora percebeu o estado em que eu cheguei, e foi até meu quarto ver se eu estava bem?

- Teozinho está bem? Fala comigo, por favor! Abra a porta Téo eu trouxe um suco de maracujá para você...

Ela continuava falando mas eu não tinha cabeça para responder e nem forças para me levantar daquela cama, pois naquele momento eu me sentia realmente Teozinho - O Pequeno, Dora se cançou de bater na porta e então desceu, logo fui me acalmando enquanto pensava.

- Porque ele fez isso, depois de termos dormido juntos? Porque ele me chamou de viadinho? Sendo que ele que começou tudo. Não quero mais olhar para aquele idiota, nunca mais, desejo que ele morra!

E novamente as lagrimas jorraram de meu rosto e finalmente adormeci, acordei às 22h30 quando minha mãe havia acabado de chegar ela já tinha sido avisada por Dora sobre o estado que eu cheguei em casa.

- Téo abre a porta é a mamãe, você está me ouvindo Téo?

Eu abri a porta e dei um abraço bem apertado nela, e ela sem entender aquela reação tão espontânea retribuiu ao meu abraço.

- Quer me contar o que houve?
- Não mãe, esta tudo bem agora, já acabou.
- Qualquer coisa que você quiser me contar basta dizer Téo, não se esqueça disso.
- Eu sei mãe, eu sei...

Depois dessas palavras que me fizeram sentir mais conforto, minha mãe logo foi dormir e notei que ela realmente estava preocupada comigo, de certa forma ela se culpava por me deixar tão sozinha. A minha raiva toda já tinha passado, porém eu não estava com clima para a festa de despedida da turma que teria no dia seguinte, tudo o que eu sentia era alívio por não ter que velo mais.
15 dias se passaram e toda aquela história também, eu estava na sala mudando de canais esperando minha mãe chegar como sempre, mas não tinha nada de bom passando naquela noite, alguns jornais só falavam de um acidente de carro grave com vítima fatal que havia acontecido a algumas horas atrás. Minha mãe finalmente chegou, perguntou como foi o meu dia, contou sobre o seu dia no trabalho, olhou os bilhetes que Dora deixa na geladeira sobre os afazeres domésticos...

- Téo tem algo vibrando por aqui, você está ouvindo um zumbido?
- Sim, mas não sei o que é...

Era o meu celular que estava em cima da mesa, e nele tinha 15 ligações perdidas de Sara, então resolvi retorna-las...

- Nossa Sara isso que é amor, me ligar 15 vezes. - Disse enquanto ria.
- Téo aconteceu algo terrível, você já soube?

Notei que ela estava muito abatida e que sua voz estava tremula, parecia chorar ao telefone.

- Soube do que Sara?
- O Vinícius, Téo... o Vinicius...
- Ai Sara já falei que não quero saber dele, já conversamos sobre isso.
- Ele morreu Téo, ele morreu hoje em um acidente de carro enquanto ia para o aeroporto.

Eu não consegui acreditar naquilo que ela me dizia, eu estava sem reação, não consegui dar uma palavra e me lembrei que mais cedo nos noticiários de TV estavam comentando sobre um acidente onde um rapaz de morreu e o taxista que dirigia o veículo estava gravemente ferido.
Vinícius estava à caminho do aeroporto pois iria visitar seu pai que mora nos Estados Unidos. Também me lembrei que um dia desejei sua morte mesmo que sendo pelo impulso da raiva no momento. Me senti arrependido de ter proferido aquelas palavras que se tornaram realidade. Não aguentei segurar o choro que me aguniava e se prendia em minha garganta, meu arrependimento e a vontade de morrer junto com ele naquele momento eram imensas, pois apesar de tudo ele era meu amigo. Minhas lagrimas escorriam pelo meu rosto, a angústia tomou conta de mim, minha mãe me vendo daquele jeito pegou o celular de minha mão para saber o que estava acontecendo, minha mãe também ficou chocada com a tragédia e correu para me abraçar.

- Oh Téo eu sinto muito, sinto muito mesmo pelo seu amigo, está tudo bem, chore isso vai te fazer bem, não tenha medo eu estou aqui.
- É tudo culpa minha mãe é tudo culpa minha, eu desejei isso e aconteceu. - Eu mal conseguia falar, pois solussava de tanto chorar.
- Não diga bobagens meu filho foi um acidente, uma fatalidade, não é sua culpa está me ouvido não é, não se torture por isso.

Eu e minha mãe continuamos abraçados por um longo tempo e ela continuava a tentar me acalmar e me consolar, ela então ligou para a casa de Téo e falou com um tio dele que estava na casa pois a mãe de Vinícius não tinha condições de falar sobre a perda do filho.

Continua...


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Comentários


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simon Comentou em 25/08/2014

Continua...ansioso pelo próximo capítulo..

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yuregorgeous Comentou em 21/08/2014

aii, nao gostei desse desfecho =/ como assim o outro morre? anao, ele tem que viver e perceber que esta apaixonado por teo tbm, senao ja acaba a graça no começo =(




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Ficha do conto

Foto Perfil Conto Erotico taylorpietro

Nome do conto:
Segredos - Cap. 3

Codigo do conto:
52094

Categoria:
Gays

Data da Publicação:
20/08/2014

Quant.de Votos:
2

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