Delírio



A brincadeira começou: Bruno e João agarraram Roberto por trás, enquento que Sueldo tirou-lhe a bermuda, deixando-o apenas de sunga. Roberto debatia-se, atônito com o gesto inesperado dos três, porém, ainda que fosse forte, Bruno e João também o eram, de modo que, combinando suas forças, conseguiram dominá-lo e arrastá-lo em direção a uma velha cadeira de ferro e amarrar a ela seus braços e canelas, dexiando-o totalmente imobilizado. Muito embora ele já estivesse acostumado com as diversas brincadeiras toscas e de gosto duvidoso, típicas dos seus amigos, algo o assustava, fazendo-o perguntá-los, com a voz refletindo o medo, o que diabos os eles pretendiam; os brutamontes nada responderam, limitando-se apenas a despir-se e acariciar seus órgãos sexuais, que davam sinais de ereção sob as sungas. Aquilo deixou claras para Roberto as intensões dos rapazes, fazendo com que uma descarga de adrenalina tomasse conta de seu corpo e levasse o rapaz a tentar, em vão, se libertar das grossas cordas que o prendiam.

E em meio ao desespero, ocorreu-lhe que tudo aquilo fora arquitetado desde o começo: as conversas secretas entre os três, as indiretas sexuais que, para ele a princípio, parecia apenas zoações, a saída estranhamente rápida da festa... tudo aquilo agora estava explicado. Roberto teve ainda raiva de si mesmo por ser tão ingênuo e tolo a ponto de não perceber nada; o ódio que tomava conta de si, entretanto, não o ajudaria a escapar da armadilha, mas aparentemente deixava o Bruno, João e Sueldo ainda mais excitados, já que os insultos e os palavrões a eles direcionados, bem como o ato de ver seu prisioneiro forçando o peito e as canelas contra as cordas a ordenar que o desamarrasse, fazia com que a masculinidade dele fosse exalada a um nível enlouquecedor para qualquer um que tivesse um apetite fetichista como o dos três rapagões, em cujos olhares não se via nenhuma gota de arrependimento em relação ao que estavam fazendo, mas apenas uma avidez equiparável a de leões no cio, loucos para saciar seu apetite guiado pelo instinto de sobreviência.

Avançaram, então, sobre o pobre garoto indefeso. Sueldo sentou-se em seu colo e arrancou-lhe diversos beijos; Bruno e João alisavam, arranhavam e lambiam seu corpo, bastante suado devido a pouca ventilação do interior do casebre abandonado onde estavam. Roberto cuspia no chão cada vez que trocava saliva com o Sueldo, ao mesmo tempo em que agonizava diante da intensidade com que as unhas dos seus outros dois algozes espetavam-lhe a pele. Tamanha era a dor que, devido a incapacidade de executar alguma qualquer ação institiva para apasiguá-la, o pobre rapaz gemia e gritava, enlouquecendo ainda mais os marmanjos. Sueldo, para fazê-lo gritar ainda mais alto, pressionava os seus peitos e batia em seus músculos peitorais com as palmas das mãos. A reação era inevítável: Roberto soltava urros e os mais diversos palavrões, os quais faziam os enormes cacetes que o rodeavam saltarem cada vez mais para fora dos tecidos que os cobriam. Após alguns minutos, Bruno e João resolveram despir-se completamente. Sueldo, por sua vez, saiu de cima de Roberto e fez a mesma coisa.

A vítima ofegava devido a mistura de raiva daqueles três, cansaço em virtude da peleja, e medo pelo que poderia vir em seguida. Era provável que ele tivesse que chupar aqueles enormes cacetes um por um, até aqueles miseráveis gozassem na sua boca. Era uma situação indescritivelmente horrível para ele. Não apenas por estar participando de algo sem o seu consentimento, mas também pelo fato de que estava servido de brinquedinho sexual de três caras. Ele era um heterossexual tradicional, orgulhoso da testosterona que corria em suas veias, assim como da sua paixão por bucetas. Era inconsebível ter que o seu orgulho fosse ferido, ainda mais daquela forma. Ao pensar isso, trincou os dentes ao ver os sorrisos sacanas escancarando as bocas daqueles malucos, que acariciar os seus enormes instrumentos. Jurou-os que, quando o soltassem, quebraria a cara dos três. Os rapazes provavelmente em seu íntimo, temiam aquelas ameaças, pois, a julgar pelo físico avantajado do Roberto, além de suas habilidades com a luta, poderiam ser concretizadas. Porém, movidos apenas pelo desejo descontrolado de possuí-lo, ignoravam-nas.

Sueldo, então, com seu pé direito, empurrou Roberto, fazendo a cadeira virar, com o rapaz ainda amarrado à cadeira. Uma almofada velha e rasgada que estava logo atrás amorteceu a queda, impedindo que a cabeça dele fosse violentamente de encontro a superfície. Em seguida, Sueldo sentou-se sobre o seu tórax e esfregou a cabeça do pênis em sua face. Forçou, então, a entrada do enorme cacete na boca de Roberto, que resitiu o quanto pôde, mas, sob a pressão de poçantes tapas e socos, acabou cedendo. Lágrimas desciam dos seus olhos enquanto o marmanjo enfiava a sua piroca até a garganta dele, provocando ânsias de vômito, o que era perigoso considerando a posição em que ele estava, pois o engasgo, caso a ânsia se consumasse, seria quase que inevitável. Talvez, por uma ponta piedade, Sueldo não gozou em sua boca, mas sim no pescoço. A quantidade de sêmen que jorrava daquela mangueira de carne era assustadora. Depois do orgasmo, Sueldo deu a vez aos amigos, que igualmente abusaram do rapaz.

Logo após a cena do Roberto coberto de esperma, Sueldo despertou de seu sono, sujo com o próprio leite. Aquele sonho erótico sempre preenchia seu subconsiente quando via o amigo que, e sempre lhe provocava ereções e grandes gozos. Desde o dia em que o conhecera, ele passou a protagonizar suas fantasias sexuais, as quais esperava, um dia, torná-las realidade. E dividir aquele filé com os amigos também não seria um problema, caso eles quisessem, até porque, como o sonho daquela noite mostrou, até que poderia ser divertido. Tão apetitosas eram as imagens daquele delírio, que despertaram em Sueldo, quase que instintivamente, a pensar em como aquilo poderia ser realizado. Levantou-se, mirou o calendário de papel preso à parede a frente da cama. Era dia do churrasco de comemoração do aniversário do Marcelo. Uma euforia o fez pegar o celular, que estava sobre a pequena cômoda, e telefonar para Bruno e João, e dizer que, mesmo depois que da festa acabasse, ou se por algum motivo esta não os agradasse, eles mesmos poderiam fazer a diversão.


Faca o seu login para poder votar neste conto.


Faca o seu login para poder recomendar esse conto para seus amigos.


Faca o seu login para adicionar esse conto como seu favorito.


Twitter Facebook



Atenção! Faca o seu login para poder comentar este conto.


Contos enviados pelo mesmo autor


Ficha do conto

Foto Perfil Conto Erotico registaradao

Nome do conto:
Delírio

Codigo do conto:
55153

Categoria:
Gays

Data da Publicação:
19/10/2014

Quant.de Votos:
0

Quant.de Fotos:
0