4. Eu e Anderson, meu primeiro beijo



Depois da nossa transa espetacular, Anderson limpou-se no banheiro e foi para casa, despedindo-se de mim com um sorriso meio torto. Eu fui tomar um longo banho, mas antes precisei usar o banheiro, e notei que estava destruído lá na região inferior; era de se esperar, mesmo, com um pinto daquele tamanho! Notei que sangrou um pouco, e estava bastante dolorido. Depois do banho, fui até a internet para procurar mais informações; encontrei indicações de uma pomada, e fui até uma farmácia mais longe da minha casa para comprar. Aproveitei que já estava lá, e decidi comprar um lubrificante - só para garantir. Foi uma cena muito embaraçosa, mas a mulher do caixa foi séria e profissional, e me senti mais tranquilo.


No dia seguinte, Anderson compareceu à aula normalmente, cumprimentou-me como sempre, e sentou-se relativamente perto de mim, no único espaço próximo vago. Às vezes, eu cruzava meu olhar com o dele, e via que ele estava me olhando. Queria tanto falar com ele, saber o que estava se passando na cabeça dele, mas o intervalo não chegava nunca. Apesar de ser um dia quente de já quase verão, eu estava sentindo frio, por estar inteiramente sem pêlos (já tinha poucos, e sou magrinho, então já sinto mais frio de qualquer maneira!); eu me chacoalhava e me espreguiçava para tentar me aquecer, mas parecia que havia gelo em contato comigo. Dá para entender a mulherada sempre reclamando de frio...


O intervalo finalmente chegou, e Anderson veio diretamente conversar comigo.
- Beleza...
- Beleza, cara - respondi, no tom mais amigável e normal que consegui.
- E aí, vai rolar aula de violão hoje à tarde?
A pergunta deixou minha cabeça completamente vazia. Demorei uma eternidade para responder.
- Putz, velho, hoje à tarde vem a mulher limpar a casa...
O olhar de desapontamento de Anderson cortou-me o coração.
- Até que horas ela fica, mano?
- Acho que até umas cinco... mas meus pais chegam às seis e pouco...
Vi o rosto dele se iluminar.
- A gente marca então de praticar naquele parquinho ali perto da tua casa, e depois entramos!
- É, pode ser... só tem um problema... com a entrada dos fundos.
Ele pareceu não entender; eu indiquei discretamente a minha bunda, e vi um olhar de preocupação no rosto dele.
- O que que houve?
- Arrombaram a porta - falei, meio rindo -, e agora não dá pra entrar.
- Mas tá tudo bem na tua... casa? - ele perguntou, sério.
- Tá sim... tá tudo... ótimo - um alívio me invadiu ao ver que ele se preocupava comigo.
- Então tá bom... te vejo hoje à tarde... umas quatro tá bom?
- Beleza, mano...
Passei o resto da manhã tentando entender o que ele queria fazer no parque. Ele não parecia bravo ou nervoso, nem sequer estava com a expressão que carregava recentemente, já que estava bebendo depois de descobrir o incidente todo. Eu genuinamente não sabia o que esperar.


A tarde se arrastou em minhas preocupações, e nem navegar fazendo nada na internet conseguia fazer o tempo passar. Dez pras quatro eu saí de casa meio arrumadinho, com meu chapéu sobre um rabinho de cavalo, jeans e uma camisa vermelha de botão, mas antes de fechar a porta perguntei para a mulher que limpava minha casa se ela já estava acabando, e ela falou que cinco horas ela sairia. Do portão da minha casa já se via o parque, e lá estava Anderson, sob o calor do sol, encostado numa árvore, com o violão nas mãos. Fui em sua direção, cada passo explodindo meu coração, minha cabeça quase girando em suposições absurdas, mas quando finalmente cheguei até ele, as nuvens de ilusão se dissiparam no sorriso tímido que ele me deu.
- E aí, velho... achei que tu não chegava nunca...
- Eu moro logo ali, mano, eu não ia sair de casa antes, achei que tu nem tava aqui!
- To aqui já faz um tempo - ele bateu um acorde desajeitado no violão -, praticando.
- Massa - encorajei -, logo tu vai ficar mestre!
Ele riu, meio que achando que eu estava debochando dele, mas pareceu não ligar.
- Yuri, cara, a gente precisa conversar.
Meu estômago desceu aos meus pés, e deixou um buraco gelado em seu lugar. Acho que quase lágrimas me vieram aos olhos e, apesar do calor, minha pele estava inteira fria. Arrumei meu chapéu e pigarreei, dizendo meio sem jeito com a voz entrecortada:
- Que que tá pegando, mano?
Anderson suspirou, largando os ombros. Parecia uma criança que tinha feito travessuras e precisava se confessar para o pai e pedir desculpas.
- Eu to confuso... minha cabeça não tá entendendo direito... isso tudo é muito novo pra mim...
Fiquei em silêncio. Senti que viria mais desabafo.
- Eu não entendo por que isso tudo tá acontecendo comigo. Eu sou um cara normal, não odeio ninguém, e nunca fiz nada de errado... - O tom da voz dele estava choroso, quase dolorido. - E a única pessoa com quem eu posso conversar é tu, justamente tu velho, que foi quem começou essa bizarrice toda... essa confusão toda...


Eu não sabia o que dizer. Na verdade, eu nem conseguia acreditar que iríamos conversar sobre o assunto. E o que é que eu poderia dizer para convencê-lo de qualquer coisa? Perdi uma parte do que Anderson estava dizendo porque meus delírios invadiram minha mente. Para resumir, ele estava preocupado com o que as pessoas iriam dizer, com deus, com o que os pais iam achar, e por isso a história toda era um grande erro.
- Anderson - comecei -, tu não pode viver tua vida com base no que os outros acham, velho. - Eu estava semi-confiante, comecei a falar sem parar. - As pessoas se arrependem das coisas que não fazem... e tentar esconder o que a gente é só piora tudo, mano...
- Tu tá dizendo que... que eu sou viado?
Suspirei; para mim, que sempre me soube homossexual, era uma coisa até relativamente mais fácil de se entender, mas eu não sabia como tinha sido isso tudo para ele.
- Não use essa palavra, cara... parece que é um xingamento, que é um erro que a gente é capaz de não cometer...
- E não é isso, cara? Não é justamente isso?
- Não - falei, firme. - Homossexualidade existe em animais, também. Nada no mundo é a ferro e fogo, as nossas classificações humanas não conseguem entender o universo inteiro.
Ele ficou quieto. Ele queria ser convencido, mas percebi que sua mente lutava contra isso.
- Ninguém pode julgar o que é certo e o que é errado para outra pessoa... se cada um cuidasse da sua vida e não machucasse ninguém, o mundo seria perfeito!
- Mas a bíblia fala que é errado!
- Não - interrompi -, as interpretações que as pessoas fazem é que falam que é errado. É um livro de cinco mil anos que precisa ser visto em contexto histórico.
- Mas e deus, velho?
- Anderson - suspirei -, o que que Jesus ensinou? Que deus é ódio e vingança?
- Não - ele disse, desconfiado -, deus é amor, e perdão.
- Então! Deus te fez assim e deus te ama do jeito que tu é! Por que ele te faria sofrer assim?
- Porque talvez seja o diabo me tentando...
- Se tu não fez nada de errado - concluí -, o diabo não me parece uma pessoa muito interessada em ti. Deus te ama do jeito que tu é, cara, e se ele te julgar ou te punir por isso, é porque ele não merece o teu amor. Ninguém faria conscientemente a escolha de ser homossexual, para sofrer pelos julgamentos dos outros e pela pressão da sociedade. A gente é o que é, nasceu assim, que os outros entendam isso ou não é problema deles!


Um tempo depois, em silêncio, Anderson não pareceu convencido, mas pelo menos não tinha saído em debandada.
- Cara, eu pensei tanto durante esses dias, e desde ontem - ele pareceu muito desconcertado - eu não consigo parar de pensar no que aconteceu.
Eu sorri. Senti o calor do sol na minha pele. Parecia que as nuvens iam partir, de uma vez por todas.
- É bom fazer o que a gente tem vontade - falei, simplesmente.
Anderson riu, dessa vez sem o tom de deboche.
- É...
Resolvi ir ao ataque, sem medo de mais nada.
- Anderson, velho, eu já falei e vou repetir: eu te amo, cara, sempre te amei. - Ele me olhou por um segundo infinito, e depois desviou o olhar. - Tu não pode entender a alegria que aquele retiro me trouxe, como fiquei feliz de tu ter me convidado pro teu quarto sabendo que não me dou bem com o pessoal, e fiquei me sentindo mal pelo que eu fiz. Tu me perdoa pelas fotos?
Ele balançou a cabeça. Continuei.
- Tu não sabe a alegria que é te ver e te ter por perto; só pela tua presença, eu me sinto feliz, e o mundo faz sentido pra mim. Parece que deus existe de verdade, porque ele te fez, e me fez pra eu te olhar. Cara, eu te amo desde o momento em que te vi; meu coração voou pra ti e contigo ficou.
Ele me olhou, com os olhos vermelhos e brilhantes. Prossegui, agora com mais força.
- Eu sinto muito se tomei uma atitude muito brusca contigo, mano, mas veja a minha situação, de que outro jeito eu poderia chegar até ti? Na minha cabeça, era a única oportunidade possível de eu te tocar, e a câmera estava perto, eu precisava ter a tua imagem comigo... eu não fiz isso pra te chantagear nem nada do gênero...
Anderson quebrou seu silêncio.
- Cara, tu não precisa pedir desculpa... - a voz dele estava entrecortada. Ele ficou em silêncio por algum tempo, depois prosseguiu. - Coisas em mim já me diziam o que tava acontecendo comigo, eu só não queria aceitar ou entender... mas tu deixou bem claro.
- Como assim, velho?
Ele suspirou.
- Quando eu vi as fotos no teu computador, minha reação não foi de nojo, foi de excitação. Depois minha cabeça bloqueou tudo e virou uma confusão. Acho que sempre foi assim, eu só queria me convencer do contrário.
Anderson de fato não tinha muitos amigos, como ele mesmo já tinha falado para mim. Talvez essa fosse a razão: fugir do estímulo o fazia não enfrentar a situação. Ele continuou:
- Mas é tudo muito difícil pra mim, ainda... é confuso. Foi bacana da tua parte ficar parecido com uma guria, mano... isso deixa as coisas mais fáceis.
Eu não conseguia acreditar no que estava ouvindo: Anderson estava se assumindo! Ele estava me dizendo não só que ele também era gay, mas que ele se sentia atraído por mim! O mundo deu um giro em minha cabeça, e agora quem estava confuso era eu. Pigarreei e sentei-me direito no chão. Ri, meio nervoso.
- Eu imaginei que fosse ser mais fácil...
Olhei para Anderson. De repente, ele estava muito vermelho.
- Tu nunca transou com ninguém, né velho? - ele me perguntou.
- Não - falei -, por quê?
- Porque a gente fez sem camisinha, e isso é perigoso...
Minha cabeça deu um estalo.
- E tu, mano? Tu já transou sem camisinha?
- Não - ele respondeu, para o meu alívio -, nunca. Na verdade, contigo foi a primeira vez que eu cheguei... nos finalmentes de verdade.
- Mas e a Lílian? E o dia que tu tava bêbado e comeu ela?
Ele fez uma cara de tanto faz.
- Eu tava de camisinha. E, aliás, aqui nem foi uma foda de verdade, foi só uma enfiada, nem contou, e nem foi bom. Não como foi contigo.
Na hora, eu suei de excitação, e meu pau endureceu. Ele, no entanto, permaneceu sério.
- E o que aconteceu contigo, cara? Tu tá bem?
Entendi que ele tava falando do meu cu.
- Tá, cara... é que o teu negócio é muito grande, e a gente fez meio no seco... aí acho que machucou.
Vi que ele ficou muito preocupado, mas logo acrescentei:
- Mas valeu cada segundo.
Ele sorriu, e eu me senti nas nuvens.
- Tá, mas tu tá passando alguma coisa?
- Sim, comprei uma pomada pra passar...
- E dói muito? - ele estava muito preocupado.
- Não, não dói, só incomoda.
Ele pareceu mais aliviado. De repente, ele falou:
- Vamos lá pra tua casa, velho...
Vi a hora; dez pras cinco. A mulher que limpa já deve ter saído.
- Beleza - falei, meio sem entender o que ele queria fazer.
Levantamos e saímos andando. Meu impulso era de segurar na mão dele, mas me limitei a lhe dar uma batidinha nas costas; ele me olhou, eu sorri, ele sorriu: estava tudo bem.


Tiramos os calçados para entrar na casa, e assegurei-me de que estava fazia investigando todos os cômodos para saber se ainda haviam vestígios da mulher da limpeza. Não a encontrando em lugar algum, verifiquei que eram cinco para as cinco, o que me dava mais ou menos uma hora com o Anderson ali em casa. Tirei meu celular do bolso e programei para despertar as quinze pras seis, dando-me então uma margem para qualquer eventualidade. Eu não sabia o que iria acontecer; meu cu estava semi-doendo por causa do dia anterior, então não achei que alguma coisa fosse de fato rolar. Anderson me esperava no quarto, já que tinha lhe dito para me esperar lá, e fui a passos muito lentos, e meio que tremendo por dentro, em direção ao corredor. Minha cabeça estava tentando entender o que estava acontecendo comigo, e também o que estava acontecendo com ele; eu sabia que ele estava confuso, que sua cabeça se entremeava em mil discussões sobre tudo o que ele achava que era correto, e sua comoção me deixava nervoso justamente por me trazer uma instabilidade a respeito do que esperar da parte dele: ele podia me abraçar e dizer que me amava, ou me bater e me chamar de viado ali mesmo no meu quarto - eu simplesmente não tinha a menor ideia o que poderia acontecer. Será que a conversa ia voltar a acontecer e permaneceríamos naquele vai-e-vem infinito de argumentos que não levam a lugar algum? Por que ele queria vir para a minha casa, se já sabia que eu estava "impossibilitado" de ações do nível sexual?


Respirei fundo e entrei no quarto. Anderson estava sentado na cama, meio que fazendo nada, e eu sem saber o que fazer e sem saber o que ele ia fazer. A janela estava aberta com as persianas fechadas, deixando o quarto imerso em uma penumbra um pouco mais iluminada pela luz do sol fervente lá fora. Anderson me ouviu entrar, levantou-se da cama e disse para eu trancar a porta; fui até a porta e percebi que o metal da maçaneta estava mais quente do que a minha mão. Girar a chave no trinco levou um segundo que durou quase um milênio; antes de me virar em direção ao meu amado, minha cabeça ainda viajou em milhões de hipóteses que nem consigo me lembrar, mas finalmente criei coragem e encarei Anderson.


Meu coração deu um pulo quando vi que ele estava a menos de um palmo de mim; ele tinha andado silenciosamente em minha direção e agora estava ali, praticamente colado em mim. Eu não conseguia respirar direito; meus olhos ficavam na altura da gola da camisa dele, de modo que na altura da minha testa estava o seu pomo-de-adão. Eu não sabia se olhava para cima ou para baixo, se recuava ou se o abraçava, mas para minha sorte minha indecisão não demorou mais muito a se resolver: senti os braços de Anderson me agasalhando em um abraço que me amoleceu por inteiro e fez o chapéu de gângster cair da minha cabeça. Ali, naquele momento, eu me sentia seguro e completo: no acolhimento das mãos dele, eu não tinha nada a temer. Retribuí o abraço, que lhe envolvia praticamente na cintura, e soltei um suspiro de alívio quando senti o seu rosto se apoiar em minha cabeça. O cheiro dele me dava uma sensação de excitação e de amor, algo que transcendia qualquer outra coisa; um odor de homem, de jovem, de pele que queria ser tocada. Eu ouvia o coração do meu amado bater no meu ouvido, e o calor que circulava entre nós praticamente me sustentava em pé.


Senti a cabeça de Anderson se descolar da minha, e eu automaticamente afastei-me dele apenas o suficiente para poder virar meu rosto em direção ao seu: encontrei-o lá em cima, sorrindo, lindo, em uma maneira de dizer que me amava sem pronunciá-lo com palavras. Ele se soltou de mim, e eu dele, e não mais que de repente vi que ele se abaixou e senti seus braços me carregando; meio assustado, minha respiração se entrecortou, mas voltei ao normal quando fui gentilmente depositado sobre a minha cama. Eu já estava bastante excitado, principalmente pelo fato de estar completamente fora de controle na situação; Anderson estava fazendo o que bem entendia, e eu não tinha nada do que reclamar.


Confortável em minha cama, de ventre para cima, uma sombra me cobriu quando Anderson ficou sobre mim, com seus braços o apoiando no colchão. Qualquer resquício de dúvida ou temor se dissolveu por completo no momento em que Anderson, abraçando-me rapidamente, aproximou seu rosto do meu e colou aos meus lábios os seus. Apesar de eu já ter transado e estar bem iniciado no quesito sexo, acho que no requisito "amor" a coisa ainda não estava bem estabelecida. Esse era o meu primeiro beijo oficial, e ainda por cima com o meu amor, que quando me tocou com sua boca fez minhas pálpebras se colarem e o calor do meu corpo sumir completamente: eu senti um frio me descer a espinha e me arrepiar a pele do corpo inteiro, e meus braços passaram a agir por conta própria, abraçando as coisas de meu amado agora praticamente deitado sobre mim. Eu não sabia muito bem como beijar, não sabia o que fazer, mas meio que minha boca fazia tudo sozinha: eu sentia o contato dos seus lábios sobre os meus, uma pressão que se alternava com sucção, e quando me dei conta nossas línguas já estavam se cruzando dentro de nossas bocas. O frio imenso que me possuía começou a se substituir por um calor incontrolável, tanto que minha pele parecia estar pegando fogo: minhas roupas pareciam estar se colando em minha pele da mesma maneira que meu rosto se colava ao de Anderson, e o corpo dele sobre o meu estava não estava ajudando.


Na verdade, por ele ser muito maior do que eu, meu corpo estava começando a doer e o ar estava me fugindo. Meus braços afastaram Anderson um pouco de cima do meu peito, e ele me olhou com a boca vermelha e uma expressão de incompreensão; disse-lhe que ele era muito grande e estava me tirando o ar, mas que eu não queria parar - ele riu de mim, apoiou-se com um braço na cama e, com a mão livre, segurou meu queixo e beijou-me com ainda mais vontade, arrancando de vez o ar de dentro de mim. Ele diminuiu a velocidade do beijo, e eu fiquei confuso - já estava desnorteado pela situação, mas quando senti que ele começava a me beijar o pescoço, os arrepios me voltaram; senti meu pau estourando dentro da minha calça, e meu corpo parecia amolecido de tanto calor e de tanto tesão.

Eu sentia vontade de estar em contato com a pele dele, e minhas mãos começaram a lhe tirar a camisa, que comecei a puxar pelas costas. Ele passou as pernas ao meu redor, sentou em cima das minhas coxas magras, e sentado ele tirou a camisa inteira, soltando seu perfume de homem e mostrando a brancura de sua pele; eu me adiantei e comecei a abrir o botão da calça dele enquanto tentei beijá-lo, mas Anderson rapidamente pegou nas minhas mãos e, levando-as para o alto da minha cabeça, deitou-se em cima de mim outra vez, beijando-me ardentemente o pescoço. Eu estava completamente indefeso; as mãos deles eram tão maiores que as minhas que ele segurava meus braços presos com apenas uma mão, enquanto a outra descia pelo meu peito e abria um botão da minha camisa. A boca de Anderson desceu pouco a pouco pelo meu pescoço e atingiu meu peito; minhas pernas começaram a se contorcer sozinhas, e sua mão abriu botões suficientes para expor meus mamilos - ao que Anderson, puxando minha camisa para o lado, levou seus lábios para meu peito e sugou com desejo. Nunca imaginei sentir uma sensação como essa: era um prazer quase elétrico ter sua boca quente lambendo e chupando meu mamilo, parecia que eu não tinha mais restrições, que eu estava completamente entregue.


Ele explorou também meu outro mamilo, e eu comecei a gemer e a pedir que ele não parasse; sua mão continuava a abrir botões na minha camisa, e logo meu tronco todo já estava exposto à mercê de Anderson. Sua mão largou as minhas, que voaram imediatamente para as suas costas suadas de tanta troca de energia rolando entre nós, e enquanto uma de suas mãos explorava minha barriga a outra desabotoou o meu jeans. Sua língua, que explorava meu torax magro e sem pelos, começou a subir pelo meu pescoço e me apertou com força contra sua face quando me beijou nos lábios; eu estava completamente fora de mim e queria também eu beijá-lo e fazer tudo o que ele estava fazendo em mim, mas ele não me deixava sequer mover entre as apertadas e os beijos que me dava.


De repente, ele puxou minhas calças para baixo, e com elas saiu minha cueca. Fiquei um pouco receoso, se por acaso ele ia achar meio nojento por ainda estar se adaptando com a situação de sexo homossexual, mas aparentemente não só não lhe fez a menor diferença como também ele pegou foi com vontade no meu pau, arrancando-me um gemido inesperado logo calado por um beijo tão forte que achei que ele ia entrar pela minha boca. Eu, deitado na cama, calças nos joelhos, segurando a nuca do meu amado enquanto ele me punhetava com uma mão e se apoiava no colchão com outra: eu transpirava de calor, de tesão e de prazer, e já não sabia mais de nada, a não ser que eu não queria que ele parasse.


Ele, no entanto, parou: com as duas mãos ele basicamente me levantou e me pôs sentado contra o encosto da cama, e em um movimento ágil ele tirou as minhas calças completamente. Ele saiu de cima de mim, ficou de joelhos do lado da minha bunda e, segurando meu pau com uma mão, desceu de corpo todo para as minhas pernas, beijando-as enquanto as acariciava. Sua língua na minha coxa me dava arrepios e choques de tanto tesão; como eu estava completamente sem pelos, isso deixava a região toda mais sensível ao toque comum, quem dirá ao toque dos lábios vermelhos do meu amado. A mão dele enorme fazia meu pau parecer pequeno, por contraste com a minha mão pequena quando segurava o caralho gigantesco dele; eu alcancei sua braguilha e vi sua cueca escondendo o volume imenso da pica dele, enquanto ele friccionava meu pau com gosto. Ele me lambia as coxas até quase o joelho, levantou-me a perna, tirou minha meia e jogou longe, deu um beijinho no meu pé e repetiu o processo na outra perna. Era meio estranho eu me olhar sem pentelhos nem nada, mas meu olhar se dirigia mais para o meio das pernas de Anderson ali a minha frente, e ele parecia bem interessado no que estava fazendo.


Não que eu não estivesse curtindo o momento, mas eu queria me levantar e eu também utilizar minha boca pelo corpo todo de Anderson; ele, no entanto, não me deixava sequer me mover direito, mas enfim eu pedi pra ele tirar o pau pra fora e deixar eu brincar um pouco. Anderson parou, levantou-se, tirou calças e cueca de uma só vez, fazendo aquele pau gigantesco sair pra fora já tão duro que se inclinava para cima, foi até onde minhas pernas estavam, abriu-as em forma de V, ajoelhou-se de novo em frente a mim e falou:
- Hoje quem brinca sou eu.
Nisso, só tive tempo de acompanhá-lo descendo em direção às minhas pernas, e logo em seguida um choque de frio e dor imersos em prazer quase explodindo me revirou por inteiro quando ele abocanhou meu pau; ele começou meio desajeitado, mas eu nem conseguia perceber, tamanho torpor tomava conta de mim, e eu só conseguia gemer sem nem poder me controlar. Acho que depois de se acostumar com a sensação, ele meio que entendeu como se fazia, e começou a sugar, e a cada movimento eu me sentia contrair por inteiro, como se meus nervos não respondessem por mim. Ele largou da empreitada e, com um pouco de saliva, começou a tocar uma punheta que me dava uma sensação alucinada de que gozaria naquele exato momento: minha garganta não respondia por mim, e eu me sentia completamente fora de mim mesmo, de tão presente que estava na situação. Voltando a me chupar, agora com um pouco mais de técnica, ele lambia e sugava a cabeça do meu pau enquanto me masturbava, e eu não conseguia me controlar; minhas mãos passavam pelas largas costas dele, e eu gemia insandecidamente. Se eu soubesse como sexo oral era bom, acho que tinha começado mais jovem...


Para minha imensa tristeza, comecei a ouvir na distância um som repetitivo, e Anderson também, já que tinha parado de me chupar: era o meu celular apontando que já eram quinze pras seis, e que em algum momento depois das seis meus pais chegariam. Levantei-me rapidamente, peguei o celular, pus no soneca de cinco minutos, trouxe para o lado da cama e sente no mesmo lugar. Anderson me perguntou, meio confuso:
- O que é isso?
- Meus pais chegam às seis, lembra? São quinze pras seis.
- Putz, velho, que merda... - ele riu. - Só nos resta acabar isso logo...
Ele foi se abaixar pra chupar, mas eu o impedi:
- Deixa eu te chupar, Anderson... eu to amando o teu boquete, mas eu quero que tu aproveite também...
- Eu to aproveitando!
- Mas eu quero que tu goze na minha boca!
Meu argumento foi definitivamente mais forte. Não sei explicar o que me deixava tão louco por chupar a piroca de Anderson e senti-lo gozar em minha boca.
- Tá, beleza, mas fica deitado meio em posição de sereia...
Não entendi o que ele quis dizer, mas ele mesmo me organizou: ele, de joelhos, sentou nos próprios calcanhares, e colocou-me com o torso de lado apoiado sobre um cotovelo mas com a pélvis para cima, de forma que eu tinha pleno acesso ao pau dele com a minha boca e ele ao meu com sua mão. Segurei no caralho dele com gosto, aquele cheiro de homem, aqueles pentelhos castanhos: só de pegar naquilo, o meu próprio pau já pulsava mais forte. Anderson segurou no meu pinto também, e começou a masturbá-lo bem gostoso - eu não tinha ideia que a punheta feita por outra pessoa era tão melhor do que a que a gente mesmo toca! Eu, por minha vez, meti a boca na pica dele, que estava tão dura que eu tinha que forçá-la a se abaixar; quando meus lábios entraram em contato com o pau dele e minha língua tocou aquela cabeçona, meu corpo se arrepiou junto com o gemido que Anderson deu, e eu comecei a mamar como se fosse a última coisa que eu faria na vida, engolindo o pau dele até um terço enquanto ele masturbava o resto. Pelo excesso de estímulos, eu me sentia meio discoordenado, e estava difícil masturbar e chupar Anderson ao mesmo tempo em que ele me masturbava; nisso, a soneca tocou de novo, e eu parei para colocar mais uma soneca, e disse:
- Cara, temos que gozar... te masturba na minha boca!
- Mas e tu, velho?
- Continua a me masturbar... quando tu gozar, eu gozo junto!
Anderson segurou no seu pau com a sua mão - que conseguia envolver a circunferência inteira daquele mastro -, e eu voltei a lhe chupar na cabeça enquanto ele nos masturbava. A sensação era maravilhosa: aquele caralho na minha boca, sua mão me explorando, seus gemidos me enfeitiçando. Ele começou a gemer mais alto e a punhetar com mais vontade, e eu senti meu gozo vindo; meus lábios se apertaram, e eu parei um segundo de chupar para avisar que iria gozar.


Logo que voltei ao seu pau, ele estava mais alucinado ainda, e socava suas mãos em nossos paus. Eu comecei a sentir um calor enorme, e quando respirei senti seu cheiro de macho suado entrar pelas minhas narinas: ele deu uma cuspida na mão e pegou com força na cabeça do meu pau, o que me forçou a chupá-lo ainda com mais velocidade. Senti que meu cu se contraiu e minha espinha se amoleceu: comecei a gozar pela mão de Anderson, e a única coisa que eu conseguia sentir era o pau dele na minha boca, o que me dava ainda mais tesão - porque o resto do mundo se dissolveu em uma sensação de êxtase puro, e eu estava me sentindo completo. Sujo de porra na minha barriga e no meu peito, olhei para cima lá do pau do Anderson, e vi que ele aproximou sua mão com a minha porra de seu nariz e cheirou, o que me deu um tesão descontrolado e, aparentemente, a ele também: ele passou a língua na minha porra, e eu chupei-o com mais velocidade do que nunca. Seus gemidos se engrossaram e eu senti que seu pau pulsou com mais vontade; ele mal começou a avisar que gozaria, e eu já senti o líquido amargo me invadindo a boca enquanto sua voz me invadia os ouvidos. Ele soltou a pica dele, e eu por minha vez segurei nela, tentando extrair toda a porra que conseguia, enquanto engolia o que havia em minha boca; ele, no entanto, me parou rindo, disse que era dolorido, e eu me levantei e fiquei de joelhos: nossas cabeças estavam no mesmo nível, já que ele estava sentado sobre os calcanhares, mas meu pau amolecido tocava o peito dele enquanto sua tora estava nas minhas coxas. Eu peguei sua mão suja da minha porra e lambi onde tinha um pouco do meu líquido: ele fez uma cara de tesão incontrolável e me deu um beijo fenomenal, me segurando a nuca com sua mão limpa, e eu sentia o gosto dos nossos sêmens se misturando à nossa saliva no contato divino entre nossas bocas.


Meu celular tocou pela segunda vez: cinco para as seis. O pau de Anderson, para variar ainda duro, só começou a encolher quando falei que meus pais estavam chegando; disse para irmos rapidamente ao banheiro e, ainda pelados, fomos. Anderson lavou suas mãos, seu pau e sua boca na pia, e eu me limpei com um papel higiênico e passei um perfume só para disfarçar o cheiro de sexo; ele saiu, dizendo que iria se vestir, e eu aproveitei para me lavar as mãos e a boca também. Pus o roupão de banho e fui em direção ao meu quarto, para ali encontrar um Anderson já com calças e colocando a camisa; joguei-me em cima dele e o abracei na cintura, ao que ele riu e retribuiu meu abraço. Colocou a camisa rapidamente e eu o acompanhei até a porta de saída, onde ele pôs o sapato e despediu-se de mim:
- Obrigado, velho...
- Não tem nada que agradecer! - respondi, sincero.
- Mas amanhã à tarde não tem ninguém aqui na tua casa, né? - Eu ri e respondi que não. - Então, amanhã a gente começa mais cedo.
Eu nem soube o que responder, então sorri e lhe dei um beijo, retribuído com muita vontade.
- Até amanhã, lindo - eu disse.
- Até amanhã... lindo.
Senti que minha vida estava perfeita.


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Comentários


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corujagato Comentou em 29/07/2015

CONTINUA POR FAVOR... QUERO SEGUIR LENDO TEUS CONTOS BEM RELATADOS... ABRAÇOS.

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gleek Comentou em 16/12/2014

cara sem palavras ,ja qro mais

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contosdeumpass Comentou em 14/12/2014

Continue

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garotobi Comentou em 13/12/2014

Sua história é perfeita.. Espero a continuação..




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Ficha do conto

Foto Perfil Conto Erotico meu-amor-gay

Nome do conto:
4. Eu e Anderson, meu primeiro beijo

Codigo do conto:
57525

Categoria:
Gays

Data da Publicação:
10/12/2014

Quant.de Votos:
6

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