O dono da rua



Estávamos eu, meu irmão mais novo e meu primo na sala da minha casa, que é o primeiro cômodo desde a rua, tentando concertar um defeito dentro do gabinete de um velho computador de mesa.
-- Quando “tava” na minha casa (o computador), funcionava normal! – disse o meu primo. Moleque de 18 anos, minha idade, -- acho que você é que não o soube instalar.
-- Não tem segrego, cara!, é só conectar os cabos e pronto. Nada muito difícil. A imagem, pelo menos, era para aparecer, nem isso acontece... Acho que deve ser algum fio dentro dele que soltou. O pior é que eu não sei mexer dentro dele, tinha de leva-lo a um técnico.
-- O Doug sabe mexer com essas coisas... – replicou meu primo – se quiser, eu o chamo para vir aqui.
-- Você é quem sabe.
Nisso saíram meu irmão e meu primo, atrás deste rapaz, Doug, que também tem nossa idade. Um moleque chato, de que não gosto. Um desses favelados, marrentos, que adoram provocar todo mundo. Um saco. Odeio gente assim, que gosta de chamar atenção a todo momento. Mas, fazer o quê...

20 minutos e voltaram os dois, mais este terceiro menino, já todo metido, arrogante, e como sempre: todo largado!, de chinelos, shorts e sem camisa, com um celular preso à cintura pelo elástico que segura o shorts . Figura totalmente oposta a minha. Não, não sou metido, antes que pensem isso. Não tenho nada a ver com a vida alheia, mas certas coisas são impossíveis de se não reparar. Enfim...
O garoto chegou sentando-se ao chão, sem dizer nada, como se estivesse em sua casa, sem a menor cerimônia, pegando uma chave de fenda para abrir o gabinete do computador. Todos nós em volta, olhando ele trabalhar, quando o moleque diz: -- não olhem para o meus shorts, porque tô sem cueca – e riu maliciosamente. E continuou o trabalho.

Desmontou a porcaria toda e não encontrou o problema, pelo contrário, receio até que tenha piorado, tirou fios, repôs outros, mas nada contundente estava sendo feito, isto eu lhes garanto. Eu já ia ficando impaciente, embora não demonstrasse isso, porque, apesar de não parecer, sou uma pessoa gentil com os outros. Não gosto de arrumar confusão atoa. Desde que fique você aí e eu aqui. Bem, não importa, voltemos à narrativa: alguns minutos depois e o trabalho interminável prosseguia, até que meu primo disse que iria à sua casa, duas depois da minha, jogar vídeo-game e que, quando terminasse, fosse este amigo xereta atrás dele. Ele acenou que sim com a cabeça enquanto manuseava as peças e tudo o mais, com as suas pernas abertas. Então se foi o meu primo, e o meu irmão mais novo, de 10 anos, o acompanhou. Aliás, não há outra coisa na vida que esta criança faça, além de seguir, para cima e para baixo, o meu primo.

Eu não, fiquei lá, para ver até onde iria os despautérios daquele impostor. E, com um ar de deboche, eu o encarava, via-o atrapalhado, a mexer em todas aquelas peças. Ele continuava na mesma posição desde que chegara: sentado, sem camisa, de pernas abertas, com aquela máquina em meio a elas, e de cabeça baixa fuçando nas coisas. Eu o encarava, quando me lembrei do que ele disse logo ao iniciar sua jornada: --não olhem para o meus shorts, porque tô sem cueca. E foi inevitável olhar. Eu, quando dei por mim, estava já encarando o seu shorts curto e largo, de seda, destes os quais usam para jogar futebol. O tecido se acomodando às pernas, na parte superior da coxa, de forma leve, enquanto a parte do meio do shorts estava esticada, pelo fato de ele estar de pernas bem abertas. Isso fazia com que um vão por entre os buracos por onde saem as penas surgisse, separado da coxa. Um vão grande e esticado.
A minha curiosidade foi fatal. Eu procurava neste vão presentear os meus olhos, com a visão das suas partes mais íntimas.
Ele, ali, no seu empreendimento, e eu aqui, em pé, observando como quem não quer nada. Então eu peguei uma cadeira para mim. Sentei-me nela. A intenção no fundo, caro leitor, era a de, numa altura mais baixa, alcançar com a vista o que, até então, estava bem protegido e escondido debaixo do maldito tecido de seda. Na minha cabeça, havia sutileza nesses gestos, e ele, o rapazote, não perceberia nada. Que nada! O seu olhar atento às peças virou-se de escanteio para mim, com pálpebras levemente baixas, me encarava agora de lado, e um sorriso malicioso subiu-lhe a face. Agora era ele quem me julgava com ironia. Eu que quisera deixá-lo desconfortável, por sua ineficiência, é que estava agora constrangido por ser percebido. Odeio ser percebido! Fingi que não vi. E ele continuou com aquela cara de diabo. Maldito idiota! E eu nem tive o prazer de ver o que desejava.
Ele parecia já impaciente, e eu disse: -- deixe isso, esse computador nem é tão bom. Já tenho um notbook mesmo... Valeu pela ajuda!
Então ele respondeu que não, que iria arrumar. E pediu-me um copo d’água. Fui até a cozinha e trouxe-lhe. Ele tremeu a mão, do nada, e a água caiu em seu shorts, e o molhou, claro. Eu peguei uma toalha, entreguei para ele. Ele se secou, mas o seu shorts fino de seda ficou transparente, e por baixo dele agora se via um saco acomodado ao encosto da perna, e a cabeça de seu pau, ainda murcho, pressionar o seu pequeno volume contra o pano molhado. Até a forma do prepúcio era possível ver, ali, encobrindo metade daquela cabeça, flácida, porém bem desenhada. O menino mesmo assim continuou da mesma forma, não se mexeu um centímetro, tal era a sua determinação. Ele aparentemente se esqueceu de que eu o olhava, e parecia concentrado. Eu às vezes desviava o olhar de suas pernas, mas era quase impossível. Aquela forma bela entre elas era o que deus havia feito de mais perfeito no mundo. Forma que agora parecia tão macia. E eu viajava nesses pensamentos, mirando ao longe, e quando voltava à realidade, a via diante de mim, e não só em meu pensamento, aquele ser vivo, cheio de possibilidades, e ousei pensar... e pensar é o meu pecado! Pensei o que eu faria se tivesse o poder de tocá-lo. Fiquei de pau duro, e o volume sobre a minha calça insistiu em aparecer, mesmo eu tentando escondê-lo. E o meu desconforto ressurgiu, e o garoto notou. E parecia gostar de me provocar. Ele coçava, de vez em quando, na troca de uma ferramenta ou outra, com dois dedos longos, o seu saco, que aparecia cheinho , na transparência do shorts, e a sua imagem ia sumindo no decorrer do tempo, à medida que o shorts ia secando. E a sua pele ia desaparecendo, ficando cada vez mais opaca. Que tristeza! E então eu tive a iluminação de retomar o velho plano: sentar-me na cadeira, para poder ver por entre o vão. E, quando eu sentei, ele levou a sua mão esquerda de novo nas suas bolas, que marcavam nítidas a sua silhueta no tecido; ele parou a sua mão lá, por um tempo. A sua mão estava leve, tocava as suas delícias, com a calma de um piquenique num dia de primavera. Ele não tinha o menor pudor. Coisa de menino, eu imaginei. E eu abaixei tanto a cabeça para ver a sua pele, que ele agora já percebera a minha intenção. Então ele disse: -- o que foi, cara?, Achou bonito? Tire uma foto!
Eu já me julgava naquele momento, por ter sido tão burro. Mas como não gosto de que falem comigo de forma arrogante, respondi com arrogância também: -- moleque, se liga, ninguém está afim de ver esta minhoca que você carrega entre as penas. Se toca!
Ele ficou ofendidíssimo! E respondeu – minhoca? – veja a minhoca aqui, viado! – e ele abaixou a parte frontal do shorts, e expôs o seu pinto meia bomba para fora, com os ovos sendo suportados pelo elástico do shorts. Estava já grande, e a cabeça estava vermelha!
Eu olhei sem ligar desta vez, afinal, qualquer coisa, o maluco era ele... Encarei por alguns segundos... ele disse: -- agora você vai me chupar para largar de ser otário! E veio caminhando em minha direção, com aquela rola balançado, e aquele saco meio espremido no elástico da calça. – agora você vai me mamar para aprender a me respeitar.

Eu não fiz teatro. Ajoelhei-me na hora. O moleque vinha decidido, e eu contava os segundos. E o seu cacete parecia vir flutuando ao meu encontro, enorme, todo cheio, com veias saltadas, aqui e ali, pulsando. Assim que ele encostou a ponta no meu nariz, eu aspirei o seu cheiro, que era forte, como é forte o cheiro de um macho. Deixei que a minha saliva se acumulasse na língua, para podem lambuzar o seu falo, para deixa-lo lustroso, escorregadio, palatável. E de fato, ele cresceu tanto, que era impressionante. Não sei de onde sai tanta pele, tanta carne, tanto sangue. Como aquela rola se sustentava sendo tão enorme? Puxei a pelinha sobre a cabeça, e encaixei-a na boça, e ela se acomodou, como um pirulito, entre a língua e o céu da boca. – isso, minha putinha, me mama . Eu, apesar de não gostar do apelido, estava ocupado demais para repreendê-lo. Além do mais, é preciso ter prioridades, não é mesmo?
E a minha prioridade naquele momento era o de aninhar em minha boca os ovos de seu saco. De sentir a sua carne quente salgar a minha língua. De babar no meio das pernas dele. De dá-lo prazer com a minha boca, porque adorava ouvir a sua voz de moleque cheio de si. – Chupa o cacete do seu macho, chupa! E eu chupava. Quando bateram na porta!
-- André, cê tá aí?—ao que respondi, tentando buscar serenidade na fala: sim, tô! O Doug tá aí? – Sim, está no banheiro! – respondi. – Fala pra ele que a sua avó o está chamando. – Tudo bem! E a voz feminina foi-se indo, afastando-se, a conversar com uma outra pessoa que passava na rua.
Doug voltou para perto de mim, caminhando com pressa. O seu pau balançava conforme os seus passos, e deixava pingar do meio da cabeça um líquido transparente, que, ao pingar, deixava um rastro de linha que se ligava ainda a superfície do seu pênis. – Eu já vou gozar! Traz aqui a sua boquinha, traz! – E eu obedeci! – Abre bem, não chupa, não faz nada! – E eu abri. Ele molhava o seu pau na minha boca aberta, pressionava-o contra a minha bochecha, por dentro da boca, masturbava-se vez ou outra, e eu sentia-o me invadir, grande, ocupando todo o espaço que lhe pertencia agora. Quando ia muito profundo, eu engasgava, e ele ficava mais seboso, mais babado, mais molhado. O garoto se tremia todo, e falava numa voz alterada repetidamente: eu vou gozar, enquanto franzia a testa e elevava a sobrancelha... os seus lábios se entreabriam; ele soava frio. O seu pau exalava o seu cheiro de porra no meu nariz. Ele gozou.

Eu limpei o seu pau com a minha língua, e ousei beijar o seu saco, algumas vezes, ternamente. Ele foi-se embora, deixando o trabalho por fazer. E quando estava no limiar da porta disse: -- depois volto para terminarmos o nosso trabalho. Eu fui pro banheiro descascar a banana, como dizem.
Eu desde então o espero. Já faz duas semanas. Será que ele vem?


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Comentários


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belgrano-sbc Comentou em 29/05/2016

Muito bom. Conto muito bem escrito.

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coroaaventura Comentou em 29/05/2016

Belo conto. Amei. Vai atrás dele, meu?




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Ficha do conto

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elfo

Nome do conto:
O dono da rua

Codigo do conto:
83996

Categoria:
Gays

Data da Publicação:
28/05/2016

Quant.de Votos:
11

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