O Coroa de Programa



Recém chegado em São Paulo a trabalho eu passaria 2 meses na maior cidade da América Latina. Muito tempo, pouca grana e eu me hospedei em uma pequena pensão perto do escritório onde eu prestaria serviços. A pensão era simples, de uma senhora chamada Josepha. Cara de brava e atitude de mãe, a oitentona vivia questionando se estava comendo direito, se minhas roupas estavam passadas para ir trabalhar. A casa da pensou parou na década de 50, móveis muito antigos, molduras de fotos preto e branco e muito, mas muito enfeite. Meu quarto consistia em uma cama de viúva, uma cadeira e um armário de 2 portas.
Estava eu a uma semana já em um ritmo frenético naquela monstruosa cidade e ao voltar para casa me deparo com um homem entrando no quarto ao lado. A cena foi rápida, mas a fisionomia ficou bem guardada. Desci para tomar água e dona Josepha envolvida com seu crochê noturno foi interrompida por mim com a pergunta: "Dona Josepha, quem se hospeda ao meu lado?" prontamente a senhora respondeu:
"É Nelson, ele tem esse quarto na pensão há mais de 15 anos, ele é de falar pouco, sai, fica dias fora e do nada volta. Não parece ser para viagem pois nunca o ví com malas. Ele é bem calado, mas paga em dia o aluguel".
O mistério do homem me deixou muito curioso e interessado.
No dia seguinte me levantei mais cedo que o de costume, me vesti e fiquei de guarda. Me sentei na mesa do café e fui enrolando até o homem sair de seu quarto.
Na minha terceira xícara de café escuto as pisadas na escada e avisto Nelson chegando para o café. A velha retida na cozinha em deixou livre para conversar com o rapaz. Retido, o homem me deu um seco bom dia, se sentou e começou a se servir de café. Com a garrafa vazia eu aproveitei para iniciar o papo:
"Dona Zefa vai trazer mais".
O grisalho sorriu para mim e continuou calado. O clima não me favorecia, mas eu queria e nada me impediria de tirar alguma coisa daquele coroa.
"Nelson o seu nome não", eu perguntei. Rapidamente ele disse:
"desde que nasci". Soltei um discreto riso e continuei:
"estás a bastante tempo com dona Zefa, mas eu não o conhecia, prazer, sou Laerte e ficarei por aqui alguns meses". O elegante senhor se virou e balbuciou um simples
"bom hein".
"Com o que você trabalha" foi minha pergunta.
Aparentemente incomodado com meu interrogatório o sessentão se levantou e disse:
"estou com pressa, como na rua mesmo".
Bem, nosso primeiro contato não tinha sido lá um sucesso, mas eu estava enfeitiçado com a beleza e masculinidade daquele senhor misterioso.
Ele sumiu novamente, já se passara 1 semana e nada de dar as caras. Continuei meu afazeres e no atual momento pesquisava eu alguns programas que me interessavam.
Sauna gay. Não era longe de onde morava, descobri passando na porta em uma das minhas andanças. Domingo, dia monótono eu resolvi que por alí ficaria. Me adentrei na portaria e um cara com cara de poucos amigos me atendeu.
No interior da sauna eu avistei o cômodo com vapor e por lá fui. Fiquei um tempo e comecei a me sentir mal. Sai de lá e fui para a sala de banho. Moderadamente movimentada eu comecei a perguntar sobre quais eram os serviços oferecidos por ali. O atendente me disse que ia desde banhos até massagem erótica.
Focado no último serviço, eu, um interiorano na megalópolis peguntei mais sobre o serviço:
"Na erótica não é bem uma massagem, mas sim sexo, quer olhar nosso book?"
Me foi entregue uma apostila bastante mal feita com um cardápio de homens onde ressaltou-se que somente se encontravam os da página 2 e 3. O valor disso era pesado, mas pagável.
A página 2 não era muito interessante, caras novos e sem sal. Na página 3 o meu mundo paralisou; Nelson. O dono do mistério que me corroía nas últimas semanas estava lá ao meu dispor. O nome dele no catálogo era Mendes.
Peguei o Book, mostrei para o atendente o meu homem e o mesmo me encaminhou para um quartinho bem fuleiro. Apaguei as luzes e me deitei do lado oposto a porta. Minutos depois a porta se abre e pelo reflexo do espelho entra Nelson, ou Mendes.
Um "Olá" vindo dele entra em meus ouvidos como seda. Eu repliquei da mesma forma.
Sem muito papo ele se ajoelhou na cama e começou a massagear minhas costas. Nesse momento eu já estava com a ansiedade a mil. A massagem era boa, mãos fortes e relativamente grossa para um senhor que parece tão magro.
Ele foi baixando meu short e massageando minha bunda. O escuro me permitiu virar e encará-lo sem que ele se lembrasse de mim.
"Posso chupá-lo", me ofereci para fazer o serviço nele. Com um balançar de cabeça positivo eu comecei a tirar a camiseta, cinto e bermuda deles. O sessentão estava em perfeita forma, nem barriguinha o pertencia. O instrumento estava no meio do caminho, mole se mostrava maior que o meu duro. Quando endureceu, a surpresa.. O mais bem dotado que já peguei. Um pouco torto o monumento de Nelson passava dos 20 fácil. Fiquei congelado segurando e olhando aquilo.
Com uma simples ordem Nelson ordenou que começasse.
Chupei muito, como nunca tinha chupado na minha vida. Tentava engolir o máximo que dava, mas na metade eu já engasgava. Nelson segurava e apertava a minha cabeça contra seu longo pênis sabendo que isso provocaria mal estar, ele sabia que seu tamanho fazia isso, mas gostava de ter o controle. Já com dor na mandíbula eu parei de chupá-lo e o mesmo instantaneamente indagou: "vira aí".
Atônito eu me recusei dizendo que jamais aguentaria aquilo. Novamente ele deu o comando e disse que iria com cuidado.
Sem coragem eu virei e baixei minha calça. Nelson desenrolou uma camisinha, passou vaselina e começou tentando enfiar a pontinha.
A dor era imensa, eu fiquei completamente paralisado e tenso. Com calma ele foi tentando e tentando, pedindo para eu relaxar a cada minuto.
Não sei se conseguiu enfiar tudo, mas por lá ficou bastante tempo. Eu, senti muita dor, mas ao mesmo tempo o tesão anestesiava uma parte.
Nelson perto de gozar indagou "vira de frente Laerte". Sim, ele se lembrou de mim e não estava nem aí. A chuva de esperma aconteceu, um pouco no rosto e um pouco no peito.
O coroa então disse: "serviço concluído" e saiu.
Ainda bestificado com toda a coincidência eu fiquei lá por mais uns minutos com aquele material genético secando em meu rosto.
Me banhei e ao sair da sauna estava Nelson fumando do lado de fora. Parei do lado sem falar nada.
Espontaneamente ele começou a falar: "Dona Zefa é igual uma mãe pra mim, eu não falo de minha vida pois sei que isso a deixaria decepcionada comigo. Trabalho aqui há mais de 20 anos fazendo programas. Eu gosto de fazer programas, me sinto superior, másculo e forte." Uma longa tragada no cigarro e continuou: "eu sou advogado de formação, fui muito feliz na profissão até que a minha ex esposa me pegou com o meu sócio na cama. Ela me tirou tudo, saí do paraná e vim tentar a vida aqui, longe da minha moral manchada. Não consegui me estabilizar em nenhuma firma pois a cidade é concorrida, foi quando frequentei essa sauna e um homem me confundiu com um michê e me pagou para fazer sexo com ele. Desde esse dia eu trabalho aqui dando e recebendo prazer dos demais que frequentam a casa".
Bem, ele não era pra casar, mas a partir deste dia nos tornamos bons amigos. Sem restrição continuei frequentando a sauna e eventualmente sendo comido pelo grande falo de Nelson.

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Comentários


foto perfil usuario olavandre53

olavandre53 Comentou em 20/07/2017

História triste, bonita e tesuda. Amei. Bjus




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Ficha do conto

Foto Perfil Conto Erotico belisco

Nome do conto:
O Coroa de Programa

Codigo do conto:
96165

Categoria:
Coroas

Data da Publicação:
26/01/2017

Quant.de Votos:
7

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