- Porra! – exclamou o barão, com o membro duro, esporrando a esmo. A seguir, chamou um lacaio e ordenou furioso: -coma o cu dessa filha da puta!
- Piedade! –suplicou a infeliz, ao ver o enorme caralho com que seria enrabada.
- Foda-se! –rosnou o fidalgo. –Não se chupa pau pela metade! Quem chupa tem de engolir! Você tirou a boca da reta!
Aplicado o castigo anal, mandou ainda que o fâmulo desse uma surra na mulher e retirou-se para o banheiro. Continuava indignado com a camponesa que o deixara sem pai nem mãe na hora da ejaculação. Decidiu por fim bani-la, porque em suas terras não tolerava subversão nem molecagem.
A água morna da banheira, todavia, atuou como um bálsamo na pela e no espírito do nobre que se refez ao notar que o pênis voltara a endurecer. Ocorreu-lhe, então, ir aos aposentos da esposa, com quem não fodia há várias semanas. Educada, porém, em colégio de freiras, a baronesa era douta em sacanagem e exigia do marido um esforço sobre-humano.
A situação, portanto, era latrinária. De um lado, servas incompetentes, e do outro uma fêmea insaciável que, com seu furor uterino, o levaria ao cemitério. Apesar disso, ousou entrar na alcova onde viu a baronesa sendo chupada por uma lésbica que, simultaneamente, lhe massageava o ânus com um falo de marfim.
Revoltado, agarrou a lésbica pelos cabelos e expulsou-a com um ponta-pé na bunda. Depois, tentou dialogar com a baronesa que lhe disse não admitir censura de quem era incapaz de dar cinco fodas de pau dentro. Vendo que não adiantava discutir, o barão saiu raivoso, fechando com violência a porta do quarto, CAPÍTULO II
Entrando na carruagem, o barão ordenou ao cocheiro que o conduzisse ao castelo do sogro, austero marquês, a quem iria comunicar sua intenção de repudiar a esposa, cuja depravação aviltava duas linhagens, desonrando, com suas inomináveis putarias, os títulos de glória da nobreza, duramente conquistados com muito sangue e atos de heroísmo.
Tendo livre acesso ao castelo, dirigiu-se à sala onde o marquês costumava permanecer. Ali chegando, ouviu gemidos rouquenhos que procediam de uma saleta ao lado. Abriu o reposteiro e quase desmaiou ao ver o sogro de quatro-pés, sendo macheado por um pagem que o mordia na nuca, enquanto puxava para sai as nádegas murchas do gentil-homem.
À beira do infarto, o barão estertorou: É infâmia demais! É o fim da picada!
Profundamente humilhado, cabisbaixo, de pernas bambas, com lágrimas nos olhos e carpindo sua desdita, saiu do castelo. Na viagem de volta, concebeu a hipótese de matar a baronesa e guerrear o marquês, incendiando-lhe o castelo e passando a fio de espada quem ali se dedicasse à pederastia. Não era possível, achava, que os ancestrais de seu sogro, heróis nos campos de batalha, continuassem representados por um xibungo e uma degenerada.
Mas, embora viável aquela expedição punitiva, o barão concluiu que o rei não o perdoaria por fazer justiça pelas próprias mãos. Certamente mandaria encerrá-lo numa masmorra onde seria submetido a tratos de polé e finalmente executado. Só lhe restava, pois, pelo código de honra da nobreza, apelar para o suicídio ou recolher-se a um mosteiro a fim de buscar, com a ajuda de Deus e muita penitência, algum consolo para sua alma torturada.
E foi num convento, onde logo ingressou, que ele conheceu o amor verdadeiro, passando a fruir, com uma jovem inocente, um idílio cuja pureza justifica o título desta novela. É uma história sentimental, poética, em cuja sublimidade o barão extravasou seus anseios românticos. CAPÍTULO III
Vestindo o hábito de monge e com uma bíblia na mão, o nobre saiu do claustro, encaminhando-se para o oratório a fim de rezar horas seguidas, cumprindo a penitência que o bispo lhe impusera. Já estava no convento há mais de um ano e pensava seriamente em doar suas propriedades à Igreja, como retribuição pelo conforto espiritual que, após tantas decepções, a religião lhe concedera.
Ao ajoelhar-se, porém, ante a imagem da Virgem Maria, viu no rosto de uma noviça que ao lado rezava, a mesma candura irradiada pelo semblante divinal da mãe do crucificado. A partir daquele momento, entregou-se totalmente à adoração da noviça, mantendo com ela, à distância e em doce relevo, um idílio tão recatado que ninguém pôde perceber.
Reanimado por esse evento que o reconciliava com a vida normal, o barão decidiu, após meses de meditação, deixar o convento e raptar a noviça, instalando-a em seu castelo, a fim de gozar a felicidade que o passado lhe negara. Para tanto –usando como mensageira uma devota - ordenou ao seu mordomo que, em noite próxima, lhe trouxesse dois cavalos.
Mas, na noite da fuga, quando soube que teria de cavalgar, a noviça alegou que não podia fazer tamanho esforço, porque estava debilitada, suspeitando que o capeta a emprenhara. Enraivecido com tal cinismo o barão derrubou a noviça com tremenda bofetada, despiu o hábito de monge, pulou o muro do convento, montou a cavalo e, totalmente nu, desapareceu nas trevas.
EPÍLOGO
Dias depois, amargando em seus domínios uma vida insípida e deprimente, o barão veio a saber que fora o bispo que embarrigara a noviça, e que a criança havia sido estrangulada e a seguir plantada no jardim dos abortos e natimortos que as freiras cultivavam atrás do convento. Compreendeu, então, entre soluços, que a vida era uma merda.
Pensou em participar de alguma guerra, a fim de morrer num campo de batalha, em protesto contra a indignidade humana. Mas como não havia guerra e não queria ver pessoa alguma, encerrou-se na adega do castelo, disposto a devorar tudo que lá houvesse e enxugar todas as garrafas, antes de decidir sobre o rumo final de sua vida.
Estava recluso há vários dias quando a porta da adega foi arrobada por um preboste que, no comando de gendarmes, o prendeu e conduziu ao convento. Ali ouviu a leitura de uma sentença, fundamentada em confissão da noviça, que o condenava pelo sacrilégio de engravidar, em recinto sagrado, uma filha de Deus. Morreu na fogueira, com uma estava enfiada no cu, porém constrito e resignado, porque pagava com a vida os seus anseios românticos. (Agamisso Malaka)
F I M.
2ª PARTE
O TRIUNFO DA MORAL
Vinte anos após a morte do marido, a baronesa começou a perceber que os nobres já não se interessavam em cortejá-la. O último que condescendera em foder com ela acabou brochando e não se dignou sequer de tocar-lhe uma siririca. Sentindo-se repudiada, a baronesa mandou chamar o lacaio Fodêncio e, certa de que seria obedecida, o recebeu nua, de pernas abertas. Com ar de deboche, porém, disse-lhe o lacaio: - Quando eu queria, a senhora sempre me repeliu. Agora já não é possível. A senhor está pelancuda, muxibenta e com os peitos desabados. Está com a validade vencida. Nem a bunda se aproveita. Procure um padejem, um garoto capaz de comer carne sucateada. Tenho coisa melhor, entre as servas do palácio. Profundamente humilhada, a baronesa expulsou o lacaio e estirou-se na cama, pondo-se a chorar. Quando se acalmou, chamou Clitorista, sua fiel camareira, e mandou que ela lhe desse uma chupada. Depois, pensou numa vingança contra o lacaio. De início, cogitou a hipótese de mandar cortar-lhe o pênis. Mas, finalmente, decidiu que ele deveria ser apenas enrabado. Como executor de sua vingança, a baronesa elegeu o soldado Cuófilo, que, embora amasiado com Bundista, mulher completa, também não dispensava uma bunda masculina. Para não alarmar a criadagem, o castigo deveria ser aplicado sem violência e com a máxima discrição. Para tanto, o soldado mandou que a mulher convidasse o lacaio aos seus aposentos e ali o embriagasse, porque cu de bêbado não tem dono. Empolgado com a idéia de cornear o soldado, Fodêncio compareceu ao encontro, na hora aprazada. SEm se preocupar com o tempo, porque Bundista lhe dissera que o amásio estaria na torre, vigiando o palácio, o lacaio não tratou de fodê-la imediatamente. Bancando o cavalheiro, preferiu ir bebendo o que ela lhe oferecia. Quando já estava embriagado, Bundista o deitou nu e de bruços na cama, onde Cuófilo, chegando subitamente, o enrabou. Embora pareça incrível, esse castigo foi, para Fodêncio, o portal da felicidade, e para a mulher do soldado a causa de seu infortúnio, porque o amásio passou a desprezá-la. O lacaio apaixonou-se pelo soldado que, por seu turno não escondia que, tão logo se livrasse da mulher, iria com ele acasalar-se. Enquanto isso, a vigilância do palácio foi relaxada, porque, à noite, os dois eram vistos na torre, em colóquios amorosos. Quando soube o que ocorria, a baronesa concluiu que o mundo estava mudado. E ela também, porque já não achava quem quisessem fodê-la. Até mesmo os pagina, garotos de quinze anos, só de olhos fechados, mentalizando outras fêmeas, conseguiam ficar de pau duro e ejacular, quando ela os chupava. Somente a camareira condescendia ainda em acariciar e lamber-lhe a vagina. Sua vida de depravação e luxúria parecia encerrada. Só lhe restava, pois, tornar-se moralista. Baniu todos os pecadores do palácio, conservando apenas a camareira, cuja assistência não podia ainda dispensar. Baixou um decreto proibindo toda e qualquer relação sexual, exceto entre os legalmente casados e, assim mesmo, como manda o Vaticano, quando fosse executada para o fim exclusivo de procriação. Qualquer deslize de conduta passaria a ser severamente punido. A baronesa estava determinada a expurgar do palácio o pecado da luxúria. Mandou Clitorista examinar todas as servas solteiras do palácio, a fim de só ficar com a s virgens. Como todas já estavam descabaçadas, ordenou que elas e os pederastas assumidos fossem banidos para o campo, a fim de servirem na lavoura. Em pouco tempo, essa atividade salutar chegou aos ouvidos do rei que agraciou a baronesa com uma comenda intitulada: “O Triunfo da Moral”.
Epílogo
Houve, porém, várias recaídas sigilosas, até que a baronesa descambou na bestialidade, passando a copular com cães e macacos. Essa devassidão chegou finalmente ao conhecimento do Papa que, após receber vultoso pagamento pela indulgência, debitou ao diabo os desatinos da baronesa e, com lógica impecável a perdoou, porque nada ocorre na Terra sem que Deus permita. A baronesa, porém, ao surpreender seu macaco favorito copulando com Clitorista, sucumbiu aos ciúmes e pensou em suicidar-se. Mas, não tendo coragem, decidiu dedicar aos pobres o resto de sua vida. Investiu sua fortuna em obras de caridade e passou a viver de esmolas, na porta da igreja. Dormindo ao relento, em noite de inverno, acabou morrendo faminta e congelada.
Agamisso Malaka
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