O teu sabor
Eu havia recém me formando em Jornalismo, 21 anos e cheio de sonhos. Sonhava em ser Jornalista de grandes emissoras, era desinibido, intelectual, amante de belas artes. Um garoto extrovertido. Porte médio, corpo normal e nessa época eu não tinha grandes curiosidades sobre o mundo LGBT. O meio gay. Eu tinha amigas lésbicas que namoravam a um bom tempo, aquelas que têm gatos e fazem jantares toda sexta a noite. Sonhava em ter relacionamentos iguais, mas não tinha pretensão de ser gay. Sempre fui aberto a possibilidades, então não descartava a chances de me envolver com outros garotos. Eu era bonito, vivia rodeado de meninas e meninos, mas nada muito popular, normal. Um garoto normal. Assim que sai da universidade resolvi fazer uma pós graduação na cidade vizinha a minha, na qual era uma cidade grande. Foi aí que tudo começou. Nos primeiros dias de aula eu não sabia bem o local das classes, as matérias que iria cursar e sai a procura de pessoas que pudessem me auxiliar. Fui a sala da diretoria e conheci o meu professor; Fernando. Fernando era um cara alto, tinha em torno de 1 metro e noventa, barba branca, magro e com um charme que só homens maduros e grisalhos tem, em torno de 41 anos. Me chamou a atenção, eu naturalmente como todo taurino, me encanto pelo visual, aparência, elegância.
Eu:- boa tarde, professor, eu sou Otávio, seu aluno de fotografia 1. Gostaria de saber onde ficam as salas de fotografia e se possível os horários das demais aulas.
Fernando: - Seja bem vindo, Otávio. Você é aluno novo?
Eu: - sim, começo hoje mesmo, ainda estou um por perdido. Esse lugar é muito maior do que eu imaginava.
Eu vestia uma camiseta branca gola V e uma bermuda azul marinho. Atrás de mim tinha um espelho que eu não tinha percebido, notei que Fernando analisava com um olhar de malícia para a parede, quando me virei, era um espelho. Ele nitidamente estava me fitando sobre ele, observando meu corpo. Seria minha bunda?
Fernando: - desculpa, rapaz, acabei por me distrair. Entre aqui na sala comigo que eu vou te passar os horários das suas aulas, só preciso da ajuda da secretaria pois não sei lidar com o UCL (era o sistema implantado que nos mantinha informado sobre nossas frequências, matrículas e aulas à distância).
Ficamos por uns 5 minutos esperando e logo eu olhei no relógio.
Eu: Fernando, eu acho que estou atrasado para a primeira aula, você teria como me mostrar o local, eu me viro.
Fernando: - eu vou ligar o computador e você me ajuda a entender isso aqui e eu já imprimo os teus horários.
Me pus de costas para o Fernando, mas sem malícia alguma. Notei que ele se aproximou atrás e cheguei a sentir a sua respiração no meu cangote. Observei que ele estava ofegante, e notavelmente uma força me fez querer sentir aquilo tudo. Não sei explicar agora, mas eu resisti (ou não) eu fiquei parado intacto e quando olho para trás ele saiu rapidamente pela porta. Corri até a porta sem entender tudo que havia acontecido ali, mas ele era meu professor. E usava uma aliança no dedo.
Fui para a aula, mas minha cabeça não estava lá. Eu fiquei retrocedendo tudo o que havia acontecido naquele momento em um curto espaço de tempo. Como eu disse eu não me considerava gay, ainda não me considero, mas na época eu posso dizer que sim: senti tesão, mas foi maior que isso. Foi um certo fogo, algo quente que eu podia sentir das pontas dos pés até o peito.
Capítulo dois - Mariana
Já havia se passado uma semana de aula, Fernando não era meu professor e eu já nem lembrava do episódio, aconteceu. Poderia ser algo da minha cabeça, pela forma como eu julguei e sim, sempre achei homens bonitos.
Otávio, gritou Mariana, uma menina de olhos negros bem expressivos, era minha colega de classe. Mariana era uma menina linda, educada, fascinada por moda e sempre usava algo preto para complementar o seu visual, ela dizia que toda mulher merece usar algo preto. Eu não entendia muito bem, estava eu sempre de jeans e camiseta velha, de preferência uma banda de rock, era o meu estilo.
Mariana:- eu preciso estudar história da moda hoje a noite, quero aumentar meus créditos e vincular moda ao jornalismo, talvez estudar moda, fazer mestrado, não sei ...o que você acha?
Eu:- é a sua praia, você com certeza vai se dar bem nessa profissão, você entende mesmo de moda.
Fernando: - meninos, boa tarde. Mariana, eu poderia falar contigo um segundo?
Mariana me olhou com um olhar misterioso, como se estivesse escondendo algo que fosse descoberto e disse que já voltará.
Não dei muita importância, me sentei nos degraus e resolvi escutar umas das músicas dos smiths que era a banda da minha vida.
Mariana voltou chorando, dizendo que precisava ir embora e que a noite me ligava.
Eu:- Mariana, o que houve? Fiquei sem entender.
Mariana: - Tchau, depois eu te ligo.
Olhei para trás e o professor me mirava com olhar de desprezo, me fitando dos pés a cabeça. Eu realmente não estava entendendo nada. Então, resolvi perguntar se algo havia acontecido.
Eu:- professor, está tudo bem?
Fernando:- sim!
E logo ele saiu andando sem muito o que responder. Não entendi nada, então, peguei minhas coisas e entrei no meu carro.
A porta bateu, acelera disse ele com muita raiva.
Eu:- O que está acontecendo? Você quase quebrou a porta do meu carro, Renato.
Renato era namorado de Mariana, e estava cego de raiva. Boatos de que o professor Fernando tinha um caso com a Mariana, que por sinal, era garota de programa, mas ninguém sabia, além de Renato agora. Renato me contou isso chorando e chamando a menina de tudo que era ofensa possível. Eu não sabia o que pensar, mas agora sabia como ela "comprava" tantas coisas caras, sendo que não trabalhava e era de família de classe média.
Renato:- Aquela vagabunda está transando com o velho, o professor. E eu não posso fazer nada, ela tem 23 anos. Ainda se fosse pedófila (...) eu já nem sei o que estou falando.
Eu:- Eu não sei o que dizer, cara. Eu estou muito surpreso, eu não tenho intimidade com ela, estamos nas primeiras semanas de aula, não tinha como saber.
Renato:- Você também sua bicha, viado. Claro que você sabia e me escondiam isso. Aposto que dá o rabo para o Fernando também em troca de bolsa na universidade.
Eu:- Cara o que você está falando? E se eu fosse não teria problema em admitir, mas não te conheço e não vou aceitar as tuas ofensas.
Nesse momento sem quase não conseguir terminar a frase, Renato me deu um soco na boca e saiu correndo do carro.
Tudo começou a girar, meu nariz escorrer sangue e eu estava sem entender o que havia acontecido novamente. Eu havia apanhado de um "estranho" por manter um segredo que nem tinha noção se era verdade ou não.
Eu saí do carro meio tonto, com um soco de um cara que no mínimo fazia luta. Que soco!
Logo em seguida eu senti uma mão na minha cintura.
Otávio, o que aconteceu? O que é esse sangue, você apanhou? Você se meteu em brigas? Venha comigo. Era o professor Fernando. Ele me levou para a enfermagem.
Fernando:- o que aconteceu?
Eu:- Eu apanhei por causa sua, tire suas mãos de mim.
Fernando:- mas Otávio …
Eu:- Otávio nada, eu não tenho nada a ver com essas coisas que vocês fazem, e nem quero. Olha pra mim, Fernando. Olha o meu rosto!
Fernando chegou perto e começou a passar as mãos no meu rosto, eu olhava com um certo desejo, e foi aí que algo aconteceu. Eu puxei aquele homem enorme contra o meu corpo, ele não entendeu muito bem, mas logo se aproveitou de me beijar. Colocou a língua na minha boca e com as mãos, percorria todo o meu corpo. Logo estava me impulsionando contra a parede e descendo suas mãos das costas até a minha bunda. Eu senti seus dedos percorrendo as minhas nádegas e por fim, senti seus dedos circularem no meu cu.
Eu:- o que estávamos fazendo é errado.
Fernando:- mas eu quero. Eu quero sentir o teu gosto. Você quer também, eu sinto.
Fernando falava de uma forma como se fosse um selvagem, e eu gemia como uma cadela no cio. Pedindo mais, me contorcendo mais, queria todo aquele homem dentro de mim.
Fernando:- vem, diz que quer ser o meu putinho. Bunda gostosa, agora você é meu. Vou te fazer sentir todo esse volume das minhas calças dentro do teu cu.
Eu gemia. Eu queria. Eu queria sentir tudo aquilo pela primeira vez, e com ele. Foi nesse momento que soube que instintos sexuais nos fazem profissionais: me virei de costas e empinei a bunda bem rente ao volume que fazia nas calças do Fernando. Ele me batia, puxava o meu cabelo e empurrava o meu rosto contra a parede. Logo arrancou as minha cueca branca com as mãos, rasgando por completo, cuspiu no meu cu e com movimentos rápidos foi enfiando cada centímetro daquele membro cheio de veias no meu reto. Eu me contorcia, mas por impulso jogava o meu corpo cada vez mais para trás e gemia, gemia muito.
Capítulo 3 (47)997374131