Já ia alta a manhã quando Sabrina acordou em um luxuoso hotel no centro de Buenos Aires. Plínio saiu cedo para uma longa reunião de negócios, que seria seguida de visitas a clientes durante toda a tarde. Voltar para os braços da mulher ao final do dia, seria o seu prêmio, sussurrou ele no ouvido de Sabrinba antes de sair.
Animada com o sol que brilhava lá fora e com a perspectiva de ter um dia só para si, vestiu-se com calça jeans bem justa, camiseta preta e sapatilhas confortáveis. Cabelos soltos, colares e pulseiras coloridos compunham o visual despojado, deixando Sabrina ainda mais jovial do que aparentava em seus já completos 38 anos de idade. E lá foi ela rumo à famosa Rua Calle Florida. O dia seria intenso...
Programa de mulher. Visitaria lojas de roupas, sapatos, lingerie e maquiagem, desde as populares até as de grifes famosas. Almoçaria em um restaurante italiano onde estivera com Pínio e depois passaria um bom tempo em uma livraria folheando revistas e livros, até encontrar algo interessante para levar. Ao final da tarde apreciaria um delicioso alfajor com café no tradicional Havana. No caminho de volta ao hotel compraria um bomvinho argentino e uma braçada de flores do campo. Flores enfeitando a suíte, vinho e lingerie nova eram seus planos para aguardar o marido voltar.
O saguão do hotel estava vazio e Sabrina notou que em um canto da porta de entrada um rapaz moreno, por volta dos 25 anos, alto, forte, de olhos profundos e negros a observava com insistência. Era um dos seguranças do hotel que quase a despiu com os olhos no dia anterior, enquanto fazia o chek in. Sem fôlego e com as pernas trêmulas Sabrina apressou-se para sair do hotel em direção ao seu destino. Porém, poucos metros depois, sentiu que não estava sozinha. Ao seu lado estava aquele rapaz, que segurando-a pelo braço fitou-a nos olhos dizendo ´´Eres una mujer muy hermosa. Te quiero y tú me quieres´´.
Por mais de 10 minutos caminharam lado a lado, sem trocar palavras. O sol ardia sobre a pele de Sabrina, como o fogo que a queimava por dentro. O coração parecia que soltaria pela boca e a respiração ofegante de ambos se misturavam aos sons das pessoas que transitavam pela Florida... De repente, antigo e estreito prédio... Sabrina o seguiu escada acima e em um minúsculo quarto - sem flores, sem vinho e sem lingerie - se entregou àquele desconhecido da forma mais louca e intensa que já experimentara.
Passava das 20 horas, Plínio entrou com uma braçada de flores e uma garrafa de vinho. E naquela noite eles se amaram como há muito tempo não acontecia...
Adorei, até relembrei uma aventura, que tb fiz em Buenos Aires. Laura