01 - Douglas Júnior

        Esse é meu primeiro conto na casa, então comentem à vontade, todo feedback vai ser muito construtivo.
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        Meu nome é Douglas Júnior, tenho 19 anos, sou gay e ninguém sabe disso. Na verdade uma pessoa sabe sim, a minha prima Vanessa. Ela já me pegou no flagra vendo uns vídeos na aba privada. Tentei mentir que aquele site tinha aberto sozinho mas não colou, ela percebeu que eu estava “mais ansioso que o normal”, se é que me entendem. Pelo menos ela foi leal à mim e nunca contou à ninguém.
        Não sou afeminado e pra falar a verdade, não acho que isso seja necessário. E por isso, Vanessa vive me zoando, dizendo que tenho que sair do armário e que já posso “soltar à franga” pois já tenho meu emprego e meu apê. A realidade é que eu ainda não me sinto confortável e toda vez que vejo alguém falando sobre um gay, sinto meu estômago revirar e acabo querendo esconder mais ainda quem eu sou.
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        Eu sou moreno, magro, queria fazer academia, mas arranjar tempo estava muito difícil. Geralmente estou vestido de branco devido ao curso que estou fazendo. Tenho olhos esverdeados, não muito claros. Sou mediano e modéstia à parte, atraio olhares pra minha bunda por todos os lugares que eu vou. Mesmo assim não me considero muito atraente, pois raramente alguém se interessa por mim em festas ou barezinhos.
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        Enfim, vamos à parte que interessa:
        Um dia, estava caminhando até o ponto de ônibus após minha jornada de trabalho, quando um carro desacelera e para ao meu lado. Me assustei quando ouvi alguém chamando meu nome. Era a Vanessa, no banco de carona de um carro preto que nunca tinha visto. Eu não conhecia o gato que estava dirigindo, e fiquei com um pouco de vergonha, pois ele olhava diretamente pros meus olhos.
        - Entra aí Dodô, a gente te leva pra aula. Disse Vanessa, já abrindo a porta do carro.
        Morrendo de vergonha, fiquei congelado até que ela continuou:
        - À propósito, esse é meu amigo Carlos, ele faz curso com a gente, está no último semestre. Ela me puxou pra dentro do carro e ele estendeu a mão pra me cumprimentar. Dei à mão ainda encarando seus lindos olhos castanhos.
        - Prazer Carlos. Pode ser, vamos chegar mais cedo e posso passar na biblioteca. Obrigado. Falei sem jeito, notando alguma coisa diferente no seu olhar. Era quente e confortante ao mesmo tempo. Será que ele era gay? Não importa, não tenho chance com um gato desses.
        ?????
        Carlos era branco, com um corpo bem atlético. Estava muito bem vestido e cheiroso. Tinha um relógio preto no seu pulso esquerdo e não tinha aliança em nenhumas das mãos. Naquele dia ele estava de camiseta preta, sua calça e seu tênis eram brancos. Seus olhos castanhos era muito chamativos, e ele carregava um sorriso sutil, mas que transmitia sexualidade e desejo. Sua boca era bem vermelha e seus dentes eram muito bem cuidados também.
        ?????
        Pra mim não tinha escapatória, já estava apaixonado antes mesmo de conhece-lo melhor.
        Durante o trajeto até o curso, minha prima não parava de falar com ele sobre o namorado dela. Às vezes ele olhava pra mim pelo retrovisor, no início eu tentava disfarçar, mas depois de um tempo fui ganhando confiança e eu o olhava de volta.
        - E você Douglas, tem namorada? Ele me perguntou fazendo aquela confiança que eu tinha adquirido nos últimos minutos desaparecerem completamente.
        - Ah, eu... Eu não namoro. Ando muito ocupado com o trabalho e com o curso. Disse, já me arrependendo pela segunda parte. Ele poderia pensar que eu não quero nada com ninguém por ser tão ocupado.
        - Mas quando aparecer a pessoa certa? Ele disse, olhando rapidamente pra mim e depois pra frente, fazendo a curva e entrando pelo portão da escola. Imediatamente fiquei feliz, será que tinha chance com ele?
        - Eu estou na pista, é que arrumar tempo pra sair está cada vez mais difícil. Falei, querendo que ele pensasse em mim como uma pessoa disponível.
        Saímos do carro e Vanessa já veio me dar um abraço, pois eles seguiriam em direção ao outro lado do prédio, em direção às turmas mais avançadas, enquanto eu iria pro lado do prédio onde só ficava a turma do primeiro módulo. Ela me deu um rápido abraço e Carlos me estendeu a mão outra vez:
        - Prazer em te conhecer, Dodô. Até qualquer hora. Disse Carlos com seu sorriso maravilhoso e logo já foi entrando pelos corredores. Ele tinha me chamado de Dodô, fiquei sorrindo de bobo. Vi minha prima entrando na sala do segundo módulo e segui meu rumo.
        Passei rapidamente na bilioteca e já fui pra minha sala. Confesso que não consegui prestar muita atenção na aula. Na hora do intervalo, queria encontrar ele à todo custo. Fui na cantina, depois na quadra, passei por todos os corredores, mas ele não estava em nenhum lugar. Quando voltei pra cantina o intervalo só tinha mais dois minutos.
        Senti alguém tocando meus ombros e quando virei não pude acreditar. Ele estava ali, lindo ao meu lado, agora de camiseta branca, perfeito. Ele:
        - Você ainda tem aula hoje? Eu já vou embora, se quiser uma carona.
        É claro que eu ainda tinha aula, mas resolvi que não iria pra sala de aula. Sorte que já estava com minha mochila.
        - Eu... Não, tenho não. E uma carona seria ótimo. É... Vamos chamar a Vanessa?
        - Não precisa, ela já foi. O Paulo veio buscar ela. Paulo era o namorado da minha prima, não o via muito, mas ele era insuportável.
        - Ah sim... Beleza então.
        Fomos pro estacionamento e já chegando no carro ele abriu a porta pra eu entrar. Pra mim foi uma sensação incrível. Aquele parecia ser o cara mais lindo e educado que eu já tinha visto na minha vida.
        Saímos da escola e ele foi por um caminho diferente. Ele não perguntou onde eu morava e parecia que não ia perguntar. Não conversamos até que ele parou na frente de um barzinho.
        - Você quer entrar e tomar uma cerveja? Ainda é cedo. Se não estiver afim tudo bem, posso te levar pra sua casa.
        Fiquei incrédulo, mas concordei sem pensar duas vezes. Fomos direto pro bar e pegamos duas cervejas. Ficamos conversando por alguns minutos.
        Ele me contou que tinha mudado pra nossa cidade quando começou a fazer estágio e que logo já terminaria o curso. Também contei que queria muito fazer o curso e estágio, mas que não tinha muita confiança ainda. Ele sorria o tempo todo, e sempre olhava nos meus olhos.
        - Tem uma área reservada no fundo do bar, o pessoal vai lá pra fumar. Vamos pra lá? Assim a gente pode conversar melhor.
        Acho que não consegui disfarçar minha felicidade. Chegando lá ele nem me deu tempo pra respirar. Já foi me beijando e me encostou na parede.
        Que boca macia! Ele era tudo de bom. Eu apertava seu braço e já estava com muito tesão. Ele começou a beijar meu pescoço e suas mãos foram deslisando até minha bunda. Era delirante. Ele pegou meus braços e botou em sua cintura, me fazendo abraça-lo em meio aos seus beijos. Estava ofegante e sentia sua tensão sexual também. Incrível.
        Escutamos um barulho na porta e me afastei rapidamente. Era Vanessa e Paulo. Não sabia onde enfiar minha cara. Paulo não gostava muito de mim e foi fumar um cigarro no canto, Vanessa veio conversar com a gente, e nosso clima já tinha ido por água à baixo.
        - Não acredito que vocês vieram beber e nem chamaram a gente! Você não tinha a grade cheia hoje Dodô? Minha cara ficou vermelha na hora. Vanessa sabia ser indesejável, mas eu amava minha prima.
        - Minhas aulas foram canceladas de última hora. Falei rapidamente tentando disfarçar.
        - Vamos pegar uma mesa lá dentro? Disse Paulo se aproximando, já sem muita paciência.
        Nos juntamos à eles e ficamos conversando sobre todo tipo de assunto, até que todos já estavam quase bêbados. Paulo quase sempre era grosso comido, mas não era evidente o motivo.
        Não aconteceu mais nada de interessante. Somente um beijo quando Carlos me levou pra minha casa. Pelo menos pegamos o número do celular um do outro pra poder marcar alguma coisa outro dia.
        Naquela noite eu sonhei com ele. Foi um sonho bem quente e pelo menos no sonho, ninguém nos interrompeu. Ainda não marcamos de sair outra vez, mas não vejo a hora de ter outra oportunidade de ficar com Carlos.
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        Comentem à vontade, até a próxima!

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Comentários


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theweekend Comentou em 07/05/2018

Você escreve MUITO bem!




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Ficha do conto

Foto Perfil Conto Erotico emuri

Nome do conto:
01 - Douglas Júnior

Codigo do conto:
115692

Categoria:
Gays

Data da Publicação:
13/04/2018

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