Tesão é maior que a mágoa

Naquele breve momento depois do dia exaustivo, eu me esqueço de todo o contexto, de todos os pensamentos que um dia já tive. De todas as mágoas que um dia guardei.
Eu só consigo olhar pro seu rosto. Pros seus olhos que me encaram. Pros seus lábios. Eu aproximo meu rosto do seu, em instinto. É como se tudo o que tem adormecido por meses voltasse à vida de uma só vez. Meu coração está palpitando, minha pele está eriçada, minha respiração está quente.
Meu nariz se aproxima do seu, eles ficam lado a lado. Nossas bocas estão separadas por poucos centímetros. Você não reluta. Te sinto respirar. Te sinto me convidando a continuar.
O encontro dos nossos lábios é gentil, mas acende uma euforia em mim. Eu continuo te beijando, os movimentos são rápidos, são urgentes, são úmidos. As respirações são árduas. Minhas mãos percorrem suas costas, sua nuca, seus cabelos. Eu agarro, arranho, toco, sinto... Meus dedos percorrem todo o trajeto da sua coluna enquanto nossos beijos se intensificam. A respiração é audível. Os estalos dos lábios também. Minhas mãos estão na pele das suas costas, por baixo da camisa, sentindo o calor do seu corpo. Você retribui, esfregando suas mãos nas minhas costas e chegando até minha pele. Você me tocando me deixa louco. Eu sinto seus dedos e meus pelos se arrepiam. Meu corpo se acende e tudo o que eu penso e em você. Na sua boca na minha, nas minhas mãos nas suas costas. No quanto eu te quero naquele momento.
Você puxa minha camisa, tentando tirá-la. Eu me afasto de você para conseguir tirar a camisa e você faz o mesmo. Jogamos as roupas no chão e continuamos a nos beijar. Nossas mãos agora viajam por todo o corpo, agarrando as costas, os ombros, o cabelo, a nuca. Eu puxo levemente seus cabelos e arfo enquanto te beijo. Eu sinto seu cheiro, eu sinto seu calor. Eu sinto o tesão exalando dos nossos corpos. E naquele instante nada mais importa. O mundo está lá fora, mas nossos corpos estão ali e é tudo o que precisamos.
Eu te afasto de mim, te jogo no sofá. Você me encara, arfando. Eu admiro seu corpo. Cada detalhe. Cada defeito. Cada marquinha. Cada imperfeição que te torna perfeito.
E eu me lanço sob ele, posicionando meus joelhos ao seu lado, de forma que suas pernas fiquem entre as minhas. E eu te beijo. Eu toco sua barriga, seus braços, seu cabelo. Beijo seu pescoço, arfo na sua pele. Sinto seu cheiro. Sinto seu suor, sinto seu tesão. Eu beijo seus mamilos, volto pra sua boca, mordo seus lábios, brinco com as nossas línguas. Levo minhas mãos até as suas e entrelaço nossos dedos, enquanto faço com a minha boca todo o trajeto do seu pescoço até sua pélvis. Eu tiro seu cinto. Jogo-o no chão. Puxo suas calças. Jogo-as de lado. Encaro seu corpo mais uma vez. Você está louco de tesão e praticamente implora com os olhos. Eu também estou no ápice e quero te ver satisfeito. Tiro sua cueca. Seu pau salta, ereto, duro, pulsando. Eu o agarro com minha mão enquanto te beijo mais um pouco, dessa vez um pouco mais lento. Começo a te punhetar de leve com a mão. Desço com a boca até seu peito, chupo com força a região próxima ao seu mamilo. Fica uma marquinha. Eu sorrio.
"Fode a minha boca", eu digo.
E então eu abocanho seu pau. Tudo de uma só vez, levando-o até a garganta. Você se contorce e geme. Eu volto, tiro ele da boca. E então eu brinco com minha língua na cabeça do seu pau, deixando-a toda molhada. Eu desço, lambo seu saco. E abocanho seu pau de novo. E subo e desço, subo e desço... Na última vez, eu quase engasgo, o que faz minha garganta apertar seu pau dentro de mim e você enlouquece, geme alto e agarra meus cabelos, fazendo movimentos de sobe e desce. Eu deixo você foder minha boca por um tempo e depois te tiro de dentro de mim. Beijo sua boca, pra você sentir o sabor do seu pau. E então chego perto do seu ouvido e sussurro:
"Goza pra mim"
E volto a te chupar. Com força. Com velocidade. Até o fundo. Seu pau entra todo na minha boca e você geme. Geme alto. Agarra minha cabeça. Se contorce no sofá.
"Eu vou gozar", você anuncia.
Eu tiro seu pau da boca. Chupo ele uma última vez. Abocanho ele... você urra de tesão e eu sinto os jatos. Um vai ainda dentro da minha boca. Os outros três no meu rosto.
Eu me limpo e sento ao seu lado. Você está ali. Nu. Arfando. Com um pouco de porra na sua barriga. Eu espero você se acalmar. Sorrio.
"Foi bom?"
Você faz que sim. Mal consegue falar.
Então eu te beijo. Gentilmente. Dessa vez, com carinho, devagar, demonstrando o quanto eu apreciei esse momento.
Quando eu me afasto, você me empurra no sofá. Fica encima de mim. Sorri também.
"Acho que eu preciso te retribuir", você diz.
E você começa pela meu pescoço...