A primeira publicação que fiz foi uma resenha, um desabafo introduzindo a forma como enxergo a lido com a minha bissexualidade, mas de forma muito resumida. Antes de começar a publicar meus contos, sentia que precisava colocar essa questão para fora e respirar antes de realmente começar a escrever.
Antes de compreender a bissexualidade, eu me lembro de ter começado a pensar que seria gay. Era 2012 e eu tinha uma namorada no colégio, que acabou passando por essa fase comigo. Contar para os meus pais da ansiedade que eu tinha não foi a parte mais difícil. Para ser sincero, o meu pai foi bem mais objetivo e consciente comigo, do que a minha mãe, que chorou e achou que eu estava “saindo do armário”, diretamente para a militância LGBT.
Foi uma psiquiatra muito simpática, que eu comecei a frequentar na época, que me acalmou e disse que eu ainda tinha muito o que amadurecer e experimentar na vida, antes de criar uma “definição” sobre mim mesmo. Mas, imagine” Meus amigos e amigas já estavam todos “definidos” e, até há alguns meses atrás, eu também estava, mas com 18 anos, no primeiro semestre da Universidade e namorando uma garota, nada fazia muito sentido. Havia uma desconexão entre como eu me enxergava e como eu me colocava nas relações sociais e familiares.
Segui o conselho da Dra. Psiquiatra e me acalmei. Li alguns livros e, de lá até aqui, confesso que li muitos contos aqui no site e vídeos pela internet, na busca por encontrar estímulos que mais aguçassem o meu “paladar sexual”.
Neste meio tempo, terminei com a antiga namorada, fiquei numa fase exclusivamente gay por uns 6 meses. Mas também não resolvia. Eu não tinha a menor curiosidade ou desejo em ser passivo e em lidar com as questões “assumido-não assumido”, perante a sociedade. Na minha casa, a minha vida sexual passou a ficar em segundo plano e ninguém interferia ou fazia perguntas invasivas. Eu estava tendo um espaço para tentar e, de modo sorrateiro, me envolvi com algumas pessoas concomitantemente. Para mim, nunca foi baixaria, mas uma necessidade de descoberta pelo meu bem estar – sem falso moralismo ou culpa judaico-católica. Somente eu me encontrando.
Percebi que quando eu ficava com uma mulher, o meu comportamento se desenrolava sob uma perspectiva completamente hétero. Quando eu ficava com um homem, tinha plena consciência do que é sexo gay, mesmo me comportando como ativo. Ou eu era hétero naquele momento, ou eu era gay noutro momento. Esses fatores não me incomodavam tanto, mas eu não queria optar. Eu queria encontrar uma forma de exercer a minha sexualidade claramente, e com a certeza de me fazer entender aos demais, de atrair parceiros e parceiras que queiram ficar comigo por quem eu abertamente sou, sem estar camuflado como “hétero”, ou camuflado como “gay”. Afinal, nem todos aceitam ficar com alguém que oferece “dupla concorrência”.
A minha primeira experiência bissexual foi com duas garotas. Érica, uma prima minha já de terceiro ou quarto grau e a Alice, uma amiga de infância, que eu descobri estarem tendo um caso há quase três meses.
Era final de 2012 e minha prima Érica, já com 22 anos, resolveu esquematizar um churrasco de confraternização no sítio da família. Sempre muito animada, tocava violão e animava o churrasco que estava rolando, com muita bebida, piscina e somente para um grupo de 20 pessoas mais próximas, entre alguns familiares, amigos da faculdade, trabalho, etc. A maioria já se conhecia e a festa ia rolando...
Nós já havíamos conversado sobre nossas sexualidades e eu sabia que ela é lésbica, apesar de já ter rolado algumas coisas entre nós durante a adolescência. Essa confiança e as semelhanças sempre nos fizeram próximos... até demais. Eu só não imaginava que naquele dia as coisas chegariam a outro nível.
Dado momento da festa, eu fui à cozinha pegar blue curaçao, tequila, cointreau e a coqueteleira, para fazer umas margheritas e servir para a galera. Havíamos terminado uma partidinha de pelada e todo mundo queria mais era beber, curtir a piscina e zuar. Quando eu terminava de colocar os ingredientes numa cesta, ouço o barulho de algum objeto caindo no chão. Pensei que o vento pudesse ter derrubado algo no e antes que algum bebum tropeçasse e caísse, era melhor eu me responsabilizar por limpar o caminho.
Quando eu chego num dos quartos, veja a safada da Érica com a mão dentro do bikini da Alice, que estava sentada sobre uma cômoda baixa. As duas estavam numa pegação frenética naquele quarto e, pelo visto, o fogo era tanto que nem se ligaram em fechar a porta do quarto.
Eu pensei em voltar no corredor e chamá-las, mas o meu pau começou a ficar inchado dentro da sunga e eu já estava ficando louco vendo aquela cena. Esperei mais um pouco para ver o que ia acontecer e fiquei de um jeitinho que não me veriam, mas vigiando caso alguém aparecesse.
De repente, a Alice tomou as rédeas do amasso, desceu da cômoda e arredou o bikini pro lado, metendo a boca na pepeca lisinha da Érica, que segurava a cabeça da Alice e mandava a guria meter a língua mais fundo.
Fiquei ali quieto e vendo a sacanagem das duas. Eu nem sabia que a safada da Alice curtia garotas. Sempre tão patricinha na faculdade, só andava de salto, malhada e com peitinho de silicone, estilo panicat. Ali na minha frente, metendo a língua bem fundo na bucetinha molhada da minha prima. Eu eu ali, viajando na pegação das duas.
A Alice continuou chupando e enfiando alguns dedinhos na xaninha da Érica, que começou a gemer mais e mais ali naquele quarto, segurando a cabeça da outra e passando a mão pelos seios e no grelinho. Eu já estava com pau pra fora da sunga, pelo lado, tocando uma punheta descarada, quando minha prima fala.
- Vou gozar, vou gozar, continua que eu vou gozar.
Nesse momento ela se deitou no chão mesmo e começou a tremer incontrolavelmente. Nas nossas fodas, sempre gozávamos algumas vezes, mas naquele momento eu entendi que só uma outra mulher para fazer ela se excitar daquele jeito.
A Alice se deitou por cima da Érica e deram um longo beijo. Eu voltei para a cozinha e esperei elas se recomporem. Não cheguei a gozar, pois a sacanagem das duas não durou nem dez minutos. Passado um tempo, eu gritei minha prima:
- Érica, tá aí dentro? Érica!?
Ela apareceu já recomposta e a Alice veio atrás, com a cara mais lavada do mundo, olhando o display do celular e dizendo que fulano havia mandando mensagem.
- Onde fica o açúcar e o adoçante. Perguntei.
- Deixa que eu levo junto com os copos. Disse Érica.
Fui fazer as bebidas pra galera e fiquei de longe observando as duas. No social, acho que Alice ainda queria manter um pouco as aparências e foi para a mesa com uns outros caras jogar buraco.
Depois de uns 40 minutos, vi minha prima sozinha na churrasqueira e resolvi colocar um plano em prática, quando a bebida já aguçava algumas ideias. Fui caminhando até lá e vi Alice distraída jogando e cantando a música que rolava. Me aproximei da minha prima e já fui mandando a real:
- Então a princesinha da Alice agora caiu na sua, prima? Mandou bem, hein!? Nem eu quis ter o trabalho de ficar chegando nela...
Minha prima riu meio sem graça, mas levou na boa. Me deu um chute na canela disfarçadamente e retrucou:
- Nem precisei fazer esforço, ela que me cantou.
- Poxa... pegando essa gata e você nem pra me contar. Quando começou a parada entre vcs? E o namorado dela?
- Ela não quer que ninguém saiba. E o namorado dela não se importa muito com ela. Mais fácil ele se importar com você do que com ela.
Eu fiquei sem entender a relação toda e perguntei:
- Como assim? O Cleitinho é viado? Curte rola? Pagando de playboy, maromba de academia, fazedor de racha em rodovia e não come a Alice?
Minha prima começou a rir e disse:
- Bem... parece que o lance dele é com traveco. Mas a Alice ainda tá se descobrindo, e se o namorado dela não quer apagar o fogo dela, tem quem queira.
- Se tem... Eu respondi.
Minha prima olhou pra mim entendendo a deixa e perguntou:
- Você não tá querendo furar meu olho né?
Eu respondi:
- Pra quê eu vou querer furar teu olho, se você pode desembolar o meio de campo e eu “furo” as duas juntas.
Desta vez, a língua solta da minha prima ficou calada. Olhou para mim meio constrangida e chegou a ficar com as bochechinhas vermelhas. E disse:
- É que eu nunca fiz. Não sei se ela vai topar.
Eu respondi:
- Érica: primeiro que ela namora e você é a amante. Já viu a amante se dar bem em algum conto de fadas? Não. Segundo que ela tá se descobrindo e rapidinho vai querer sair passando o rodo em geral. Se você ficar gostando dela tão cedo assim, quem vai ficar de coração partido é você. Cai fora dessa fantasia de halloween de namorar com a debutante lésbica da vez... vamos zuar e deixa as coisas rolarem.
Minha primou pensou e disse:
- Você não presta! Se não estivesse fazendo medicina, você deveria fazer direito!
Fiquei curtindo a festa e deixei rolar. Lá pelas 20 hrs a galera começou a dispersar, alguns foram embora, outros já estavam dormindo e eu fui tomar um banho. Quando eu estava fechando a porta do banheiro, a Alice empurra a porta e a tranca por dentro e me pergunta:
- Você contou para alguém?
- Claro que não Alice. Parada de vocês aí tá segura comigo. Mas eu quero participar dia desses...
- É só isso? Não vai falar nada? Não vai contar para ninguém?
- E perder essa chance de trepar com vocês duas? Ou estragar minha amizade com a minha prima e com você? Jamais. Se dá pra gente ter o melhor dos mundos, não sou eu quem vai deixar a bola rolar. Além do mais, somos todos adultos...
Nessa hora ela me deu um beijão e já metendo a mão na minha sunga. O bicho começou a crescer e ela me jogou contra a parede e disse:
- Toma aí seu banho, que mais tarde a gente continua com a Érica...
[Continua]
A próxima parte já está escrita. Peço aos leitores que deem aquela moral nos votos e comentários como incentivo ao autor.
Obrigado, galera!