Neste fim de tarde, eu estava suando na academia, onde eu pagava diária já que não estava na minha cidade, e no meio do treino notei um homem que parecia ser da minha idade, ou um pouco mais velho. Negro, corpo malhado/não bombado (do jeito que eu gosto), bonito, mais alto do que eu. Trocamos alguns olhares. Mesmo assim, não tirei o foco dos meus exercícios. As trocas ficaram mais intensas à medida que os pesos iam aumentando. Mas havia dois problemas. O primeiro era que, embora eu seja assumido para toda a minha família, a cidade era (e ainda é) um ovo. O naufrágio do Bateau Mouche presenciado por um fofoqueiro na parte da manhã vira o desastre do Titanic nos ouvidos dos cidadãos ao anoitecer. O segundo era não ter certeza da intenção daqueles olhares. Curiosidade? Afinal eu era um forasteiro! Homofobia?? Não dava pra saber.
A certeza veio no fim. Fui seguido pelo cara ao entrar no vestiário. Ele entrou num reservado, manteve a porta aberta, parou na frente do vaso e lá ficou. O recado foi dado. Olhei fixamente para ele, que guardou o pau no short azul. Com os olhos fixos em mim e a feição quase séria, com um grau e meio de sorriso. Saímos da academia juntos e mudos. Trocamos a primeira palavra uma quadra depois.
- E aí, tudo certo? - ele perguntou
- Tudo ótimo! Prazer, me chamo Thiago. E você?
- Cézar, o prazer é meu. Cara, tu é uma delícia.
O papo fluiu. Enquanto andávamos pela rua, sem rumo, o sol já caindo, ele me contou um pouco da sua vida, eu contei da minha, disse que era de fora até que ele foi direto.
- Quero você!
Corei e fiquei de cu piscando na hora. Sem conhecer um bom lugar pra gente aliviar o tesão, ele foi me conduzindo até chegarmos em uma rua onde havia uma casa em reforma. Nervoso e com medo de sermos pegos, ele me tranquilizou, como um bom macho-alfa, de que estava tudo bem. Entrou na casa e foi aos fundos, onde havia uma edícula ainda em pé e vários materiais de construção, pilhas de madeira e tijolos e pequenos montes de areia. Me puxou e me deu um beijo de tirar o fôlego, ao mesmo tempo que apertava a minha bunda e meu peito. Gemendo baixo e me olhando nos olhos, me empurrou o ombro com a dosagem perfeita de delicadeza e firmeza. Tirou o pau pra fora e eu comecei a chupar. Mas chupei daquele jeito que a saliva começa a ficar espessa, de tanta vontade e prazer que eu e ele sentíamos. Depois de um tempo, ele me puxa de volta pra cima. Começa a beijar o meu pescoço e eu estou completamente entregue àquele homem. Ele me vira e baixa a minha bermuda de treino até meu joelho. De olhos fechados eu sinto os seus dedos brincarem nas bordas do meu cuzinho, que piscava freneticamente de vontade de sentir a carne dura e grossa daquele macho dentro de mim. Antes de mais nada, eu peço a camisinha. Nenhum de nós tem. Ele implora pra colocar só um pouco. Ninguém resiste a um pedido deste. Eu cedo. Passo a minha saliva espessa pra lubrificar e ele enterra devagar. Entra um pouco e dói. Ele pára. Tira. E volta a colocar. Não tem mais dor. Agora é o ápice do meu prazer e do meu macho. E assim ficamos por um tempo, num entra e sai, ora frenético, ora carinhoso. Às vezes, uma estocada firme. Depois devagar. Quando ele está próximo ao gozo, me avisa e tira o pau de dentro de mim. Obediente, ajoelho e tomo quatro ou cinco jorradas de leite no meu rosto. Ele me levanta, me beija de novo e pede pra eu gozar. Em êxtase eu gozo no chão da casa em construção enquanto meu macho enfia a língua dentro da minha boca, entre os meus dentes, chupando meus lábios. E nossa transa chega ao fim. Nossos sorrisos assinam a obra de arte que foi a sessão mais tesuda de sexo que eu já tive com um desconhecido.
Não chegamos a trocar telefones. Obviamente, o nome dele não é César (e nem o meu é Thiago).
O que restou deste dia é a memória vívida que, seis anos depois, ainda me rende esplendorosas punhetas.
Ah, como é bom fazer sexo bem feito, mesmo com desconhecidos! Mistura perfeita de putaria e carinho. Votado!
Safadenho.
Tesão de conto... Tbm tenho ótimas lembranças e relato tudo aqui... Passe para ler...