Só uma noite que ele ao ler sobre suas habilidades orais havia permitido que ela conduzisse a conversa para outro caminho, muito mais interessante, que só aumentara a vontade de concretizar um desejo envolto em uma poética que só dois artistas, como eram, poderiam compreender e se envolver.
Mas ela não estava disposta a deixar que vida lhe levasse embora a oportunidade de concretizar o seu desejo. Senhora de seus desejos e mestra de seu prazer foi encontrá-lo de surpresa, enquanto ele trabalhava em sua arte, na hora e local que ela sabia que ele estaria. E não o surpreendeu. Era exatamente aquilo que ele esperava e queria dela, que fosse intensa, que fosse ousada, que explicitasse seus desejos. De lá para um e outro bar. No segundo bar onde começaram os beijos que rapidamente quiseram ir muito, muito além. Sentados em uma importante esquina de São Paulo, copos cheios de cerveja as mãos dele percorriam seus enormes seios, tentando liberá-los da armadura do sutiã. E chupando tudo quanto conseguisse alcançar deles bem ali, no meio de todos. Mas a excitação de ambos era enorme. Finda a cerveja saíram por uma caminhada, adentrando o bairro.
Buscavam, entre os beijos sedentos, qualquer canto escuro onde pudessem ocultar-se dos olhos dos carros e pessoas que seguiam com sua vida naquele início de noite. Atrás das árvores em uma praça, sendo espantados pelo primeiro de muitos vigias que lhes impediriam o gozo naquela noite.
Não havia como escapar o desejo, ele tocava sua boceta completamente molhada tentando lhe masturbar enquanto caminhavam pela rua, sob o leve vestido tão fluído quanto o vento do começo de primavera. O poste rapidamente lhes pareceu o esconderijo ideal. Jogando-o contra o poste ela poderia finalmente pegar naquele pau que tanto desejara desde o dia em que se conheceram. Em um pedido certeiro que era quase um gemido ele quis aquele boquete com o qual havia sonhado desde aquela conversa marcante, distante. Vestida como uma boneca era assim uma das maiores vadias. Não exitou um segundo sequer em se ajoelhar no chão da rua e tomar em suas mãos este pau. E das mãos direto para a sua boca sedenta que chupava com a sede de quem gosta, de quem simplesmente gosta de verdade de chupar um pau. Sentir o sabor e o cheiro, respirava fundo. Ainda que o ar lhe faltasse ela sorria e chupava com paixão, por incontáveis minutos, até que ele se sentiu inseguro com a localização, recolheram as coisas jogadas pelo chão e continuaram sua caminhada.
Eram beijos e pegadas daquelas que de quem está além de tremer de desejo, sua calcinha tão molhada, toda enfiada na sua boceta, o que tornava cada passo ainda mais excitante. Andavam abraçados, como se quisessem se fundir um ao outro, era o que queriam fundir suas carnes. Em qualquer lugar, no meio da rua, no meio da praça. Chamando o mundo no megafone para assistir ao seu prazer. A loucura era tanta que não havia mais preocupação ou culpa com o que fazia. Que olhem, que invejem, que desejem, só ele poderia ter aquela mulher. Ao menos naquela noite.
Sentados nos degraus da rua, ela com as pernas abertas para o mundo enquanto se agarravam, os seios para fora sendo chupados com um desejo tão grande que era possível que fossem arrancados de seu corpo. Ele a masturbava com a força de quem quer tornar seus dedos um pau, quer sentir aquilo que sentiria se lhes fosse dada a oportunidade de, enfim, trepar.
Mas não seria naquela noite que aquele pau e aquela boceta promoveriam seu encontro e matariam um ao outro em sua sede de gozo.