Sou filho de caminhoneiro e homossexual, meu pai nem imagina minha orientação. Gosto muito de viajar com ele e adoro a estrada, mas acabei indo para a Academia, estudando na área de Humanas que também é uma grande paixão. Sempre tive uma atração forte por homens que trabalham no meio do transporte, não sei se explicar o motivo. Talvez seja pelo excesso de masculinidade exalada no meio. Durante muitos anos que viajei nas férias com meu pai nunca deixei transparecer o meu fetiche, mas sempre que tinha chance, ficava observando nos banheiros aqueles homens másculos, rústicos e nem preciso escrever que ficava muito excitado com a ideia de um dia poder ficar com um homem assim. Somente aos meus 23 anos que tive a oportunidade de ficar perto de um, foi em um posto de Irani/SC, quando meu pai foi carregar uma carga onde acompanhante não poderia entrar, fiquei aproximadamente oito horas sozinho ali. Neste meio termo apareceu um homem simpático, grisalho, sorriso bonito, barba a fazer, pele queimada do sol e olhos claros. Eu estava sentando em um banco público na sombra fumando um cigarro quando ele parou e perguntou se eu tinha um cigarro para ele, respondi que sim e lhe ofereci. Ele sentou próximo a mim no banco e começamos a conversar. Não sei dizer ao certo quanto tempo durou a nossa conversa, afinal quando eu fico nervoso e tenso é como se o tempo não passasse, eu ousei, olhei o corpo dele e deixei parecer no meu semblante este olhar provocativo. A conversa estava normal, até então pensei que seria somente mais um dos muitos companheiros da estrada que estava trocando ideias. Ele perguntou o que fazia respondi que era estudante. Ele me contou que era divorciado e tinha dois filhos, contou uma boa parte de sua vida. Talvez, viu em mim um terapeuta ou um padre, um estranho que poderia desabafar qualquer coisa, afinal na estrada as pessoas vem e vão e dificilmente se reencontram principalmente um jovem que nem era caminhoneiro. Nossa conversa estava agradável, quando ele fez um gesto normal e implicante ao mesmo tempo, com o calor daquela tarde tirou a camiseta, deixou transparecer um peito peludo e sensual. Comecei a suar frio, tentei me manter calmo. Foi quando comecei a perguntar sobre como funcionava o PX, contei que meu pai não gostava desses “implementos” no caminhão e ele foi me explicando pausadamente como que funcionava. Ao terminar de me explicar houve um silêncio, segundos que pareciam congelantes, é como se o tempo tivesse parado e ele soltou com sua voz simpática: - Quer ir ver como funciona lá no meu caminhão? Aquela pergunta provocativa me deixou praticamente sem expressão, hesitei um momento, mas pensei: “não tem nada errado ir ver o bendito rádio, até seria deselegante dizer um não”. Acenei positivamente com a cabeça. Enquanto andávamos pelo pátio do posto. Acendi mais um cigarro e ofertei a ele, porém não quis, ele levando sua camiseta nas costas e conversando quando percebi que a carreta dele estava bem afastada. O pátio estava, naquele dia, sem muito movimento e nenhum veículo estava estacionado próximo ao caminhão dele. Chegando ao cavalinho, ele abriu a porta e me fitou de uma forma até então desconhecida. Novamente senti minhas pernas tremerem, ele entrou pela porta do motorista e jogou o corpo para abrir a outra porta, passei pela frente no caminhão e entrei. Ao entrar na boleia do caminhão, vi uma cabina bem equipada e confortável, tudo organizado e limpo. Começou a me explicar como funcionava o rádio amador, o que era QRQ e se comunicou com uns colegas por uns momentos, demos algumas risadas com as piadas dos colegas e assim se passou vários minutos, quando disse que então iria voltar para o banco, ele me olhou novamente e não falou nada. Quando fiz o movimento para descer, aliviado e frustrado ao mesmo tempo, ele segurou firme o meu braço e fez um gesto que jamais imaginaria que vivenciaria ali, puxou pelo meu pescoço e deu um beijo na boca, senti sua língua na minha, sua barba roçando minha face. Como ele me beijava bem! Mas que loucura, as portas abertas, ele percebeu minha preocupação com isso e disse gentilmente: - Feche a sua porta. Ao mesmo tempo em que falava essas palavras já havia fechado a dele, não pensei duas vezes, peguei e fechei a porta... (Continua em outro momento)
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Bom conto. Se você também curte uma boa sacanagem entre machos de verdade, não perca tempo. Não deixe de comentar. Clique no meu nome e leia meus contos. Até mais.