Eu tava de férias da faculdade, aceitei um emprego temporário no bar da minha tia pra fazer um extra e pra que ela pudesse viajar e descansar também, era um desses barzinhos que tá super em alta, um pub, cerveja artesanal, serviço de petiscos e refeições, um lugar aconchegante e bem decorado.
Eu sabia como funcionava tudo, ficar no caixa, tirar pedidos e eventualmente servir bebidas no balcão quando alguém pedisse.
Era uma quarta-feira, me distrai no whatsapp por um minuto, quando levantei a vista tinha um loiro desgrenhado na minha frente, olhos incrivelmente negros que brilhavam naquela penumbra, entrelaçou as mãos fortes em cima do balcão, pediu uma cerveja bem gelada, tão gelada quanto o frio que me subiu na espinha naquele momento, servi e sorri educadamente, ele vestia uma jaqueta de couro surrada, uma camisa preta com o nome de alguma banda de rock, era razoavelmente musculoso, o jeito que a boca dele tocava a borda daquele copo me excitava. Eu hein, olhei pro meu caixa e sai daquele devaneio.
Que homem bonito do caramba, pensei! Ele ficou sentado no balcão mesmo, conversando com um outro cara, atendi várias pessoas e volta e meia sentia os olhos dele me seguindo. O amigo dele me chamou e disse:
- Você é nova aqui?
- Sou sim, estou substituindo uma moça que saiu de férias.
- E qual o seu nome?
Eu ia precisar de um crachá! O loiro desgrenhado levou o copo de cerveja a boca e me olhou com curiosidade.
- Aline! - respondi educadamente, mas sem sorrisinhos.
- Nome tão bonito quanto a dona. - ele disse com um sorriso brincalhão. Não foi desrespeitoso, só brincalhão mesmo. Agradeci e segui trabalhando.
Fechamos as 22:30 e na saída vi o loiro com uns caras de moto, pelo que eu ouvi no balcão o nome dele era Carlos.
Ele votou ao bar todas as noites, e no sábado tinha um show ao vivo, era meia noite, tinha muita gente, mas eu precisava parar pra comer algo, tava faminta. Nos fundos tinha um cantinho mais tranquilo, eu ia conseguir sentar por cinco minutos, deixei Dayane, cuidando do caixa, sentei lá e comi meu sanduíche, olhei o celular e eu tinha dois minutinhos, encostei a cabeça na parede e fechei os olhos, uma sombra cobriu meu rosto e eu levantei rápido, um susto tremendo, era Carlos, puta que pariu, ele anda como um felino, me olha como um felino, me olha como uma onça olha pra sua presa, ele me pediu desculpas pelo susto, colocou as mãos sobre a minha e em seguida ajeitou meu cabelo levantando meu queixo até que nossos olhares se cruzaram. Tudo que eu pensava era em beija-lo, sério! Era comprometida, mas eu queria meeeesmo beijar ele.
Ele se aproximou, esperando um consentimento pra um beijo, dei um passo a frente e quase fiquei na ponta dos pés, foi um selinho, ooh céus, os lábios dele eram tão macios e rosados, a respiração quente, meu coração começou a bater a mil, me lancei sobre ele ficando na ponta dos pés, segurei em sua camisa e o beijei sem cerimônias, a língua dele invadiu minha boca, era quente, doce, urgente, ele me empurrou contra a parede, me puxou pro seu colo, cruzei as pernas ao redor dele, senti suas mãos fortes me segurarem pela coxa, chegando a tocar a polpa da minha bunda, entrelacei meus dedos em seus cabelos e seguimos naquele beijo quente, ele afastou o rosto, ofegante e eu só desejava continuar, engoli seco, nos beijamos novamente e quando a mão dele pousou em meu pescoço, os dedos se arrastando até minha nuca, agarrando meu cabelo, fiquei sem fôlego, sua boca passeou pelo meu pescoço e sem querer gemi baixinho, o desejo aumentou, o que era aqui? Como poderia acontecer isso, um desejo desenfreado por um desconhecido, voltamos pro beijo, senti sua mão entrando debaixo do meu uniforme, um frio percorreu minha pele, e ao mesmo tempo o calor subiu.
"É isso mesmo Aline?", pensei analisando por um instante, você vai transar com esse cara encostada na parede desse bar, e os riscos, CA-RAAAM-BA, MEU NAMORADO! Afastei ele e disse:
- Namorado! Eu te-nho namorado!
Ele me soltou, passou as mãos pelo cabelo e pediu desculpas.
Respirei fundo e respondi:
- Não precisa pedir desculpas, eu queria isso também. Mas eu não posso, não é certo.
Me despedi, corri pro banheiro dos funcionários, me encarei no espelho, caramba, que merda eh tava fazendo, lavei meu rosto, meu pescoço, respirei fundo debruçada sobre a pia, eu tava pegando fogo, meu corpo estava quente, eu podia sentir minha buceta úmida, úmida não, molhada, o bico dos seios gritavam embaixo do bojo do sutiã, que desejo absurdo era esse? Quando foi que eu me tornei fraca assim?
Alguém entrou no banheiro. E eu me levantei, me recompondo pra ninguém ver aquela cena, pelas contas no rosário, era Carlos, ele me virou, me sentou sobre a pia e me beijou de novo. Derreti, não consigo explicar, eu só queria me entregar. O beijo era tão gostoso que me fazia desejar mais e mais, as mãos bobas surgiram, toquei o corpo dele sobre a camisa, os braços fortes e em um surto de safadeza tirei a camisa dele, ele tinha algumas tatuagens, toquei seu corpo com a ponta dos dedos, ele começava a suar, e honestamente, acho que tenho um fetiche por homens suados e sem camisa, beijei seu pescoço, senti seu cheiro e sabor. As mãos dele pousaram em cima das minhas coxas, olhei pra baixo e eram grandes, ele me apertou com força, subiu as mãos na intenção de tirar minha blusa, mas antes de fazer isso, ele perguntou:
- Você quer isso? Não quero e nem vou forçar você a fazer nada.
Balancei a cabeça que sim. Ele riu, pegou no meu queixo e disse, "não é assim que funciona, eu preciso te ouvir falar que sim".
- Eu quero! - falei ofegante.
Ele tirou minha blusa, levantou meu queixo e me deu um selinho, voltando a atenção aos meus seios, acariciou por cima do meu sutiã tomara que caia, desceu e beijou meu colo, trilhou o vale entre meus seios com a língua, abriu e deixou cair, e como um bebê felino, me encarou, segurou meus seios com as duas mãos e sugou devagar cada um, segurei a borda da pia e senti o tesão aumentar. Ele levantou, se posicionou entre minhas pernas, abri sua calça e segurei seu pênis, acariciei, ele tava babando também, era quente! Por um segundo desejei chupar até que ele enchesse minha boca de porra.
Ele me tirou da pia, abaixou minha calça jeans apertada até metade da coxa, ouvi o látex se predendo a pele dele, encarei ele através do espelho, e ele me penetrou por trás, devagar, deslizando suavemente cada centímetro pra dentro de mim, me preencheu por completo, mordi os lábios e apoei meu queixo em minha mão sobre a pia, senti a mão dele enrolar em meu cabelo, ele debruçou sobre mim, a boca quente e molhada beijando minha nuca, e um sussurro me fez gemer baixinho, "não deita, quero ver teu rosto", abri os olhos e vi quando ele mordeu o lóbulo da minha orelha, seguido de beijos molhados, as estocadas ficaram mais fortes, pausadas, mas fortes, meu cabelo tava enrolado na mão dele, senti ele segurar meu ombro e meu quadril, agora além de fortes eram rápidas, ininterruptas, e ele me fodeu sem parar até eu gozei a primeira vez, mordi meus próprios lábios, fiquei na ponta dos pés, segurei forte na borda da pia, a mão que estava em meu quadril desceu até meu clitóris e no intervalo entre uma estocada e outra eu gozei de novo, senti a mão dele sair do meu cabelo, ele colocou o polegar em meus lábios e sussurrou, "pode morder", balancei a cabeça que não, eu ia machucar ele pra valer, mas as estocadas ficaram ainda mais violentas, ele me masturbava com maestria, segurei a mão dele sobre a minha boca, abafando os gemidos, gozei repetidas vezes. Ele parou! Minhas unhas estavam cravadas em sua mão, senti ele saindo de dentro de mim, fechei os olhos e tentei me recompor, levantei devagar, virei e subi minha calça tentado recuperar minha dignidade, rebaixada de namorada fiel a uma garotinha promíscua que deu pra um desconhecido no banheiro de um bar.
Me encostei na pia, vi ele amarrar e descartar o preservativo cheio na lixeira, sorri com malícia quando vi tudo aquilo que estava dentro de mim a alguns minutos atrás, era bem grosso e grande, veias saltadas que agora estavam diminuindo, e antes que eu terminasse a análise ele fechou a calça sorrindo. Me beijou, lavou as mãos, prendeu o cabelo novamente. Me olhou com uma cara de "o que faço agora?".
- Você pode ir na frente, preciso de uns minutinhos.
Ele se foi. Naquele banheiro tinha um armário dos funcionários, eu deixei uma troca de roupa lá, tirei a minha, me joguei uma água rapidinho, troquei e em menos de cinco minutos eu tava de volta.
Dayane tava desesperada, falei que eu tinha passado mal, mas que agora tava tudo bem. Pedi desculpas e segui trabalhando até às 4 da manhã. Ele tava no balcão, ouviu eu me explicar e sorriu.
Ele e o amigo ficaram até o bar fechar, nessa noite meu namorado Marcelo iria me buscar, eu tava sem ideia de como iria encarar ele, quando Marcelo chega ele sempre manda uma mensagem e fica no carro me esperando, fechei o bar, passei bem longe de Carlos e entrei no carro.
Não contei nada, fomos pra casa! Ele dormiu e não consegui pregar os olhos, sentia culpa e ao mesmo tempo as lembranças me faziam molhar a calcinha novamente.
Semanas se passaram e eu acabei decidindo contar pra ele o que tinha acontecido.