(Os nomes das pessoas usadas não serão o da realidade para não causar problemas)
Tudo aconteceu a um bom tempo, não sei dizer minha idade em especifico, mas foi a um bom tempo... Ainda estava me descobrindo, criando minha personalidade e sabendo do que eu gostava ou deixava de gostar. Sempre fui um garoto muito curioso, porém bem fechado e obediente, eu não gostava muito disso, sempre fui muito respeitoso e submisso a qualquer autoridade que eu considerava maior que eu, então todo tempo sozinho de certo modo era sagrado.
Eu amava ficar sobre a natureza, amava insetos e a florestas, explorava tudo cuidadosamente aproveitando os dias e como eu não era de fazer amizade acabava por geralmente fazer isso sozinho, me recordo bem dos dias chuvosos onde eu brincava com sapos ou em dias de sol onde as capivaras saiam dos rios para tomar um sol.
Em uma dessas exploradas eu pulei no rio para nadar e como meu pai odiava que eu ficasse nadando no rio (Por medo de que eu acabasse sendo mordido por uma cobra ou acabasse sendo levado pela correnteza), não vou mentir, muitas vezes quase morri naquele rio, porém com o tempo fui aprendendo que as cobras só atacavam se eu avançar, assim foi com os outros animais, o instinto desses animais menores que nós sempre é se defender e não arrumar combate aleatório, pois isso é prejudicial.
Eu tirei minhas roupas, para que meu pai não desconfiasse de nada, e nadei pelado, acaba me perdendo em horas naquele rio, nadando contra a correnteza e vendo alguns bichos legais, pequenos peixes e insetos que me despertava a curiosidade. Foi em um desses dias que me deparei com um rapaz, ele deveria ter cerca de 30 anos na época, tinha uma barba por fazer, meio largado e até que bem vestido, era forte, grande, parrudo e peludo, isso me despertou algo que eu nunca senti antes.
Me resguardei envergonhado debaixo da água, acabou que me desconcentrei e a correnteza ia me levando e quanto mais me levava, mais fundo ficava. Entrei em desespero nesse momento e o rapaz viu, largou tudo que estava fazendo e me salvou. No momento em já nem me importava com minha nudez, eu estava nos braços fortes daquele homem...
Sinceramente não lembro como ocorreu direito, só lembro que fiquei totalmente envergonhado e ele tentou conversar comigo, me dando lições de moral, falando que eu não deveria nadar por ali já que eu era tão pequeno, ainda mais pelado. Eu fiquei assustado e envergonhado demais, ele até me olhou com dó pensando que eu estava ficando doente e me ajudou a me vestir.
Fui para casa pensando nisso, meu pai acabou descobrindo que eu nadei, pois aquele rapaz me levou para casa e contou tudo a meu pai. Obviamente fiquei de castigo, mas depois desse dia, foi incrível como o destino quis brincar com meus sentimentos.
Depois de alguns dias, meu pai convidará o rapaz para ir em casa comer, como forma de agradecimento e ele se apresentou como Alex, com o tempo foi se apegando a família e acabou se tornando um grande amigo, claro que depois disso tivemos um grande elo, ele era super legal, um homem espetacular e começou a me levar em seu trabalho, já que o mesmo trabalhava cuidando de cavalos e meu pai deixou sabendo que eu era apaixonado pelos animais.
Eu era jovem, não entendia os sentimentos que crescia em mim e dava carinha aos cavalos. Quando Alex pergunta:
- Rapaz nunca vejo você com os outros garotos, se quiser posso te ajudar a entrar no grupinho deles.
- Eu... Desculpe, mas terei que recusar - Falava de forma meio constrangida.
- Não entendo, não gosta dos meninos? Eles fizeram algo para você? - Perguntou querendo saber mais, não lembro o que se passou em minha cabeça naquele momento, mas hoje em dia me vem as memórias de os garotos de chamando de "lagarta" por eu ficar caçando inseto, me chamavam de esquisito e claro como todo homossexual na época, me chamaram de bichinha. Eu realmente ficava magoado com as palavras, machucava de verdade.
- Não, eu prefiro ficar com minha companhia - Disse meio cabisbaixo não falando a verdade, mas não adiantou, Alex pareceu sacar as coisas e eu estava apoiado em uma cerca vendo os cavalos, quando ele se aproximou atrás de mim e de lançou um abraço apertado.
- Não se preocupe... No futuro você terá grandes amigos - Disse ele apoiando sua cabeça em meu ombro, como eu estava em cima de um dos "degraus" da cerca, ficava bem alto.
Foi nesse momento que senti algo diferente, seu abraço quente, seus braços fortes, a respiração dele em minha nuca e suas palavras doces me encantaram, não era a primeira vez que tinha uma ereção, mas foi a primeira vez que entendi mais ou menos o por que de eu estar tendo.
Eu suspirei por um momento, ele acreditou que eu chorava, mas na verdade eu estava simplesmente tendo um enorme prazer com o corpo dele grudado ao meu, quando ele me soltou eu fiquei envergonhado, ele me olhou com um sorriso grande enquanto coçava a barba e então percebeu minha pequena ereção. Ele arregalou os olhos por um momento e acabou caindo em riso, eu envergonhado não disse nada.
- Não fica vermelho não rapaz, é normal garotos da sua idade acabarem ficando assim do nada - Disse ele achando natural.
Isso me causou muita confusão, era a minha idade? Ou era sentimentos por esse homem? Afinal eu não queria ser gay, ouvi minha vida toda que isso era algo ruim e tudo que eu podia pensar para fugir disso, era algo satisfatório de certo modo.
Incrivelmente isso pareceu fortalecer ainda mais nosso relacionamento, porém comecei a me masturbar e em minha mente, Alex era o centro de qualquer pico de imaginação que eu poderia ter. Ele começava a falar sobre sexo comigo, como deveria ser feito, como funcionava, eu ficava constrangido e ele sempre quebrava o gelo contando histórias ou piadas.
- Mas então, o sexo serve para ter filho, um homem e uma mulher - Ele dizia para mim enquanto lanchávamos em seu trabalho.
- Mas é só para reprodução? - Eu perguntava, tinha lido um livro com a palavra reprodução, gostei da palavra por algum motivo e quis usa-la.
- Algumas vezes não é só para reprudução - Ele falava errado e eu ria comendo, ele também gargalhava fazendo piada e descontraindo.
- Alex... - Disse meio sério e cabisbaixo.
- Fala rapaz - Disse ele curioso.
- É normal um homem gostar de outro homem? - Ele ficou constrangido a ponto de se engasgar, ele me olhou sério e disse.
- É errado rapaz, não pensa muito sobre isso tá bom? - Disse ele passando a mão em meus cabelos e se levantando para continuar o trabalho. Foi nesse dia que eu vi pela primeira vez Alex avermelhado de vergonha, ele sempre foi muito aberto e então coloquei um objetivo em minha cabeça, eu deveria falar para Alex que gostava dele... Porém nessa idade eu por mais quieto que fosse, gostava das coisas do meu jeito e não ia suportar um não, então com tudo que ele me ensinou, sobre sedução, falando de sexo e como fazer uma garota gostar de mim, eu pensava em usar contra ele.
No outro dia me levantei determinado e Alex estava de folga, estava quente e iria usar uma das técnicas que ele me disse "Uma das melhores maneiras de conquistar um garota, depois que você tiver afinidade com ela, você pode tentar seduzi-la, fazendo pequenas brincadeiras e mostrando interesse". Ele tinha me ensinado (PS: Onde eu morava era um lugar muito machista, por conta disso ele me ensinou modos... Um tanto desrespeitoso, como encochar a menina fingindo uma brincadeira e até mesmo algumas vezes ser meio bruto)
Se quiserem eu continuo essa saga que chamo de vida, obviamente to contando relatos secretos de minha vida, coisas que poucas pessoas sabem já que aqui, será totalmente anonimo. Mas ainda é realidade, espero que não esperem qualquer relato fictício onde todo conto tenha sexo ou eu saia pegando todo mundo, pois isso não aconteceu e eu não modificar meu passado, para o agrado das pessoas.
Desculpe qualquer erro e espero que vocês tenham tido uma boa lida.
Gostei do teu relato e quero ler mais sobre essa história.
Votado - Espero, que continue escrevendo contando suas aventuras, até aqui, não está mau !