Depois de perder minha virgindade com o meu amigo do meu pai eu me sentia um novo ser. Via sexo em tudo. Nas formas, nos sabores, nos cheiros. Mas logo depois da minha primeira transa eu parti para as férias com meus pais e meu irmão. O ano que viria - 1984 prometia, e muito. Eu entraria na FAAP para fazer faculdade de Belas Artes, a área que sempre amei. Não era mais uma menina, agora era definitivamente uma mulher.
Uma das disciplinas do primeiro semestre era Introdução à História da Arte, e quando a professora entrou na sala eu fiquei imediatamente fascinado. Não sabia dizer o que eu sentia, mas a beleza dela me prendia. Seu nome era Regina, tinha 34 anos anos - quinze a mais que eu - e era linda. Pele branquinha, lábios lindos, e um cabelo esvoaçante e volumoso como era moda nos anos 80
Logo na primeira aula eu fiz uma pergunta e ela disse:
"Qual seu nome?"
"Adélia"
"Gostei da sua pergunta. Muito inteligente"
Meu sorriso deve ter brilhado. Daquele dia em diante eu me tornei a aluna mais dedicada da sala. Depois da aulas fomos algumas vezes à cantina tomar um café. Até que um dia, uma amiga minha, antiga conhecida que estava um ano na minha frente me viu com ela. Deu um jeito de me chamar:
"Te vi com a professora Regina. Toma cuidado, hein?"
"Por quê?"
"Rainha das fanchonas. Adora dar em cima de aluna. Se te chamar pra pra dar uma passada na casa dela pra estudar, pra ver uns livros, foge que é roubada. Vai por mim!"
Daquele momento em diante tudo que eu queria era que ela me convidasse. E demorou muito pouco. Foi logo na saída da próxima aula. Eu olhava fascinada para aquele rosto lindo, falávamos sobre a arte grega - uma paixão minha até hoje e ela então soltou:
"Adélia, você não gostaria de ver meus livros sobre a Grécia Antiga. Eu tenho tantos no meu apartamento. Eu moro aqui pertinho, numa travessa da Avenida Angélica Passa lá hoje no fim da tarde"
Eu estudava de manhã. Em casa, tomei um banho de Cleópatra. Sentia ao mesmo tempo uma curiosidade enorme e um medo atroz. Aos 18 anos eu me sentia "liberada", mas, por incrível que pareça aquela seria apenas minha segunda relação sexual.
O crepúsculo caía sobre São Paulo quando eu apertei a campainha do seu apartamento. Teria ela ouvido o barulho das batidas do meu coração? Apesar do medo, em nenhum momento cheguei perto de desistir. E quando a porta se abriu o medo virou fascínio. Como ela estava linda! E de cabelos molhados. Acho que o clima ficou suspenso no ar, naquele mesmo instante.
Ela me ofereceu um chá delicioso. Seu apartamento era decorado com quadros e esculturas lindos. Paredes forradas de livros. Conversamos, rimos, fofocamos, até que ela me chamou para que deitássemos no tapete da sala para ver alguns livros que ela tinha. E lá ficamos, as duas de bruços, juntinhas, folheando as obras maravilhosas que ela tinha sobre a arte clássica romana e grega. A cada página virada um comentário. Tudo que eu perguntava ela respondia com a paciência típica de uma professora. Por vezes eu desviava os olhos dos livros para ver seu rosto, tão lindo.
Uma gravura linda de mulheres gregas nuas foi o detonador de algo que já estava no ar. Eu disse que a cena era linda, todas aquelas pitonisas nuas à beira do lago. Professora Regina respondeu:
"Nenhuma delas é tão linda como você..."
Nossos olhares se cruzaram e então não houve mais como deter nossos desejos. O beijo foi maravilhoso, profundo. Que boca que língua! A sensação de sentir a boca de outra mulher me tocando era ao mesmo excitante e transgressora (lembrem-se que estávamos nos anos 80)
Como boa professora que era, Regina me guiava. Eu, como aluna dedicada, aprendia e retribuía. Nossas peças de roupa foram saindo de nossos corpos lentamente, sem pressa. O bico do seu seio foi um convite que eu não pude negar, e ao sugá-lo ela gemeu deliciosamente. Mãos, braços, pernas entrelaçadas, bocas que se chupavam. Os lábios dela percorrendo minhas pernas, me molhando com sua saliva. E nossas calcinhas se perdendo, revelando os pelos que cobriam nossas vaginas - naquela época ainda não havia a moda estúpida da depilação total.
Ela foi a primeira a mergulhar em mim. Delicada, sem pressa... o toque de sua língua em meu clitóris provocou sensações que eu nem imaginava. Chupou, chupou com maestria e seus dedos começaram a me invadir. E eu tive ali o primeiro orgasmo da minha vida ao lado de outra pessoa. Um orgasmo encerrado com um magistral beijo na boca.
Eu, ensopada de prazer, com meu corpo minando de suor, me senti compelida a retribuir. Aquela xoxotinha de pelos castanhos tinha um gosto tão doce... mesmo inexperiente eu sentia que lhe provia um prazer intenso. Seus gemidos me confirmavam isso:
"Isso... chupa, Adélia... chupa, meu anjo!"
Eu parecia querer engolir seu sexo, e ela empurrava o quadril contra a minha boca. Não demorou a que viesse um orgasmo mágico. Ah, como é maravilhosa a sensação de sentir em sua boca uma bocetinha peluda, se enchendo de líquido, tremendo, vibrando.
A noite caía e nós delirávamos. E como ela sabia me ensinar! Esfregamo-nos em deliciosas tesourinhas. Aprendi os segredos do 69 entre duas mulheres. Ela me mostrou o quanto o anus pode ser uma uma fonte de imenso prazer quando beijado e tocado com carinho. Quantas vezes gozamos? Não sei. Sei que foram quatro seguidas de amor no chão da sala, cercadas de almofadões, sobre um tapete felpudo, uma alimentando a outra com seus líquidos vaginais.
Durante todo o semestre tivemos um casinho. Em nenhum momento ela me pediu ou ofereceu exclusividade. Ao contrário, dizia que devia ser livro, sem amarras, uma lição que levei por toda minha vida. Ouvi dela segredos incríveis sobre outras professoras que também eram lésbicas, alunas mais velhas que ela já tinha levado para a cama.
A perda da virgindade com o amigo do meu pai fora apenas uma formalidade. Foi com Regina que eu realmente descobri o prazer. Mas aquela foi apenas a primeira descoberta. Pois em muito pouco tempo eu daria um novo passo rumo a formação da minha sexualidade. Um passo muito mais louco e arriscado. Em breve eu experimentaria os prazeres do incesto. Mas isso eu contarei no próximo relato.
Beijos e gozem a vida!
Adélia adorei o teu conto foi maravilhoso cada detalhe. Amei. Parabens beijos
“Nenhuma delas é tão linda como vc”.......nooossa, que delicia foi isso....derreti....o resto foi puro prazer!!
Delicia de conto.
Delícia de conto!
Relato realmente erótico. "Iniciação", maravilhosa com uma professora...que sabia ensinar!