BISSEXUALIDADE

Não me lembro com exatidão de quando comecei a consumir pornografia gay. Só sei que desde bem jovem, quando descobri as maravilhas da masturbação, ver homens transando me excitava tal qual que homens com mulheres – sexo hétero.

Considero-me um jovem normal e que teve suas primeiras experiências sexuais aos dezoito anos, diferente da atual e vasta maioria, que tão precocemente, e às vezes inconsequentemente, faz coisas bem além do devido. Ainda estava no ensino médio quando engatei o primeiro namoro. E, como vocês sabem, o primeiro namoro marca muito a vida de uma pessoa.

Ela era dois anos mais nova que eu, no entanto, uns dez anos mais experiente. As mulheres são incríveis, sob este e muitos mais aspectos. Tinha – e disso jamais me esquecerei – o melhor beijo que já experimentei em toda vida. Era fogosa e com maestria conduzia-me para onde queria. Eu era o seu fantoche, seu confidente, amigo e amante. Nada tinha a reclamar; ela me elevava ao etéreo.

Não tenho certeza se durante o tempo desse namoro o meu consumo de pornografia gay diminuiu, ou mesmo cessou. O que me lembro, mesmo, é de estar completamente envolvido, pela primeira vez, com alguém. Há quem diga que as paixões da adolescência são as mais fortes, e deve ser verdade. O que também é verdade é que são – que ironia! – as mais passageiras e fúteis.

Já sei namorar... ?

Uma vez que já sabia o que fazer e desfeita a primeira grande ilusão amorosa, eis que estava eu pronto para mais uma aventura. Quebrei a cara! Mas não vem muito ao caso – embora tenha sido bastante válida a experiência. E assim, com dois namoricos na conta e sem muito jeito para paquera – aqui é importante dizer que não sou do tipo pegador, que flerta a esmo e prova o sabor de várias bocas; muito pelo contrário, ainda que não oficialmente, com todas as pessoas com quem me relacionei um forte vínculo se formou (amizades, inclusive) – dei-me o direito de permanecer a sós comigo mesmo por alguns anos.

É evidente que, nesse período, tornei-me, em definitivo, perito em me dar prazer vendo sexo gay. Algumas vezes via cenas de sexo hétero e até gostava (ainda gosto); mas o que predominava, mesmo, eram as cenas de sexo gay. Sabia até os nomes dos atores mais famosos.

Ficar com um homem já era uma ideia bem mais afável em meu inconsciente, apesar de jamais partir de mim qualquer tentativa de efetivação de tal ideia. Ainda na época do primeiro namoro, vi uma cena, em uma praça pública, que causou certo espanto: dois homens se beijando. Vislumbrar na vida real o que eu só conhecia no virtual pareceu surreal demais para digerir. No entanto, agora, isso já não era um bicho de sete cabeças, definitivamente.

Para meu grande azar, não tenho primos com quem pudesse desenvolver algum tipo de contato de maior intimidade e que culminasse em uma pegação. Nem tampouco amigos com quem tivesse qualquer liberdade para uma brotheragem, por exemplo. As opções eram, simplesmente, inexistentes!

Mas como diabo não perde tempo e jamais deixa um pecador na vontade ao seu pecado, eis que num belo dia de agosto me surge um garoto de olhos negros, cabelos lisos e muito bem penteados, pele lisa, macia e monera (se o pecado tiver cor, certamente é essa), baixo e inteiramente lindo, solicitando amizade em uma rede social. Mais rápido que o aceite foi a mensagem de "Olá", enviada por ele. Não demorou dois minutos e as cartas estavam todas na mesa. O que ele queria era exatamente o que eu estava pré-disposto...

Na ordem cronológica dos fatos, não fora desse lindo rapaz a primeira boca masculina que a minha boca beijou; mas, claro, há com ele também uma história – e há de ser contada em breve.

Do meu círculo atual de amizades, um dos últimos a entrar foi justamente o garoto com quem, ainda hoje, alimento uma belíssima amizade colorida.

Muito naturalmente fomos nos aproximando e descobrindo outros amigos em comum, o que fortaleceu nossa amizade. Não demorou muito e começamos a frequentar a casa um do outro. À medida que íamos fortalecendo os vínculos, a confiança mútua ia se erguendo em nosso meio. Já fazíamos quase todo laser juntos (com outros amigos) e, na virada desse ano, comemoramos juntos.

Alí no início desse novo ano combinamos uma ida ao sítio de sua família e tínhamos a companhia de outros três amigos. Na casa em que nos hospedamos, os três quartos foram ocupados pelos cinco viajantes, sendo que nós ficamos no mesmo quarto e dividimos a mesma cama (que era de casal). A nosso nível de intimidade excedia ao ponto de trocas de carinho não tão comuns para dois amigos serem frequentes publicamente; até então, sem nenhuma intenção oculta.

Não sei quando começou, só sei que sentia necessidade de estar próximo, abraçar, ouvir a voz... e muito naturalmente nosso enlace teve início propriamente dito ainda na ocasião desse passeio no interior. Na noite que se seguiu à nossa chegada ao "interior do mato", ouvindo os sons da natureza e com muita conversa para colocar em dias, fomos nos deitar já bem tarde. E, é claro, não dormimos. Ele ficou numa brincadeira boba de me cutucar a cada cinco segundos, segundo ele, para que eu não dormisse. Ficou nisso por horas...

Motivado por um impulso momentâneo, na intenção de cessar as investidas e poder, finalmente, dormir, lancei minha mão a esmo e agarrei a primeira parte de seu corpo que apareceu. Pela primeira vez eu estava segurando outro pau que não o meu. E estava duro feito um rochedo gélido!
Nem eu soltei e nem ele se assustou com nada. Ao contrário, parecia já esperar o sinal para o próximo passo e tratou logo de retribuir o toque. Foi inevitável e em segundos eu estava tão excitado quanto. Mas ainda ficamos somente nessa de segurar o pau um do outro. A hora se fazia bem avançada e, ao perceber que não demoraria a surgirem os primeiros lampejos da manhã, finalmente aconteceu, meio sem jeito, o primeiro beijo.

Meus lábios se encontraram com aqueles lábios carnudos, suculentos e molhados em um momento quase mágico em que minha cabeça, em turbilhão, me dizia a todo instante: estou beijando um homem, e mais, estou gostando muito disso!

Vocês devem imaginar que em todo esse tempo (já são quase cinco anos) essa amizade colorida nos rendeu muita experiência e muitas histórias. Recentemente, para ter ideia, aconteceu nossa primeira aventura a três.

Espero contar mais, em breve.


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Comentários


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aventura.ctba Comentou em 08/12/2020

Votadissimo, adoramos seu conto amor! iremos adorar sua visita na nossa página, Leia nosso último conto, bjinhos Ângela e Carlos

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casalbisexpa Comentou em 05/12/2020

perfeito demais .... todos deveriam provar seu lado BI

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olavandre53 Comentou em 04/12/2020

Gato, conte logo, pois estou adorando. Bjs




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Ficha do conto

Foto Perfil Conto Erotico desconhecidoleitor

Nome do conto:
BISSEXUALIDADE

Codigo do conto:
168716

Categoria:
Gays

Data da Publicação:
03/12/2020

Quant.de Votos:
7

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0