Eu passara por todas as provas de preparação para tornar-me um guerreiro do lobo, sempre me sagrando o melhor entre todos, e sempre apoiando meus irmãos de armas a darem o melhor de si. Naquela manhã fria e cinzenta, partimos em formação de coluna rumo ao sopé da montanha encantada onde enfrentaríamos nosso último desafio: o ritual de passagem em que deixamos de ser apenas jovens imberbes para tornarmo-nos guerreiro lobo. Caminhamos por quase toda a manhã e paramos apenas para nos alimentar e seguir viagem.
No sopé da montanha havia um acampamento montado a nossa espera; era um acampamento ancestral, concebido por Vultar, nosso chefe mais celebrado, para servir como instalação para a celebração do ritual. Até o anoitecer, realizamos as tarefas de cuidar do acampamento e também de preparar o ritual; não haviam mulheres, pois era de saber atávico que elas poderiam distrair nossa atenção, prejudicando a realização do cerimonial.
Fizemos a refeição da noite e depois entoamos cânticos e ouvimos as palavras de nosso chefe, Seikon, líder encarregado da preparação e formação de guerreiros; ao final, fomos dispensados para dormir. Me pus de lado, preferindo antes apreciar a lua cheia, cujo brilho prateado sempre me encantou; fiquei algum tempo deitado na relva fria com o olhar hipnotizado e os pensamentos voando longe.
Retomando a consciência, entrei para o alojamento e deitei em meu catre e não demorei para adormecer …, repentinamente, um toque em meu peito fez-me acordar em sobressalto; abri os olhos tentando acostumar-me com a pesada penumbra que tomava conta do ambiente e tentei me levantar; fui impedido pela mesma mão que me tocara; era uma mão macia que transmitia uma afetividade incomum.
Quando, finalmente, consegui aguçar minha visão, descobri que a dona da mão era Almena, a feitceira-mãe de nosso clã; pude ver com nitidez seu olhar sempre doce e afetuoso para comigo; afinal, ela era minha mãe de leite, que me criara depois que Andara, minha mãe natural e também e sua irmã, falecera após um combate onde liderava o grupo de caçadoras com lança contra um oponente tribal. Ela pôs seu indicador cruzado sobre meus lábios, indicando que deveríamos permanecer em silêncio; olhei para o catre ao lado onde dormia Tumbar, filho e Almena e meu melhor amigo.
Quando voltei o olhar, Almena apenas sorriu e aproximou sua boca do meu ouvido sussurrando que eu deveria segui-la. Movendo-se com gestos felinos, ela saiu do alojamento, deixando a porta aberta; hesitei muito em segui-la, pois sabia que afastar-se do acampamento significava pena de indignidade, jamais podendo pleitear o posto de guerreiro novamente, que representa a morte em vida …, aqueles que abusaram dessa regra, hoje são conhecidos como “mortos-vivos”. Entretanto, algo dentro de mim retumbou mais forte e eu me levantei seguindo para fora do alojamento.
Mantendo uma distância sempre honrosa, segui Almena por uma trilha apertada e sinuosa que avançava em direção a um ponto mais próximo do sopé da montanha; quando chegamos, eu fiquei extasiado com o que via; era uma clareira onde repousava um lago de águas tão cristalinas que refletiam com perfeição o luar prateado, como se a lua estivesse aos nossos pés e a relva ao seu redor parecia ter luz própria formando uma espécie de moldura natural que tornava o lugar mais encantado.
Almena circundou o lago e parou do outro lado; para minha surpresa, vindo de dentro da floresta surgiu uma enorme loba branca, cujos olhos pareciam cintilar como estrelas; ela acocorou-se ao lado de Almena olhando fixamente para mim; a feitceira-mãe, então, despiu-se, mostrando para meus olhos estupefatos sua nudez alucinante. Seu corpo esguio e de formas voluptuosas, ostentava uma perfeição capaz de enlouquecer qualquer homem.
Eu sempre cobiçara Almena não como minha mãe de leite, mas sim como mulher, porém o respeito a sua posição na tribo e também meu estreito relacionamento com seu filho impediram que eu tomasse atitudes das quais poderia me arrepender no futuro. Todavia, agora, estávamos lá, eu e ela, sozinhos tendo por testemunha o luar e uma loba branca que insinuava tudo perceber.
Calmamente, Almena entrou no lago, até que apenas seu busto estivesse de fora; ela sorriu para mim e apontou o dedo me chamando para ir até ela; seguindo meus instintos, tirei minha roupa e entrei no lago avançando até estar junto a ela; Almena me fitou como um sorriso e abraçou-me; não foi um abraço fraternal, mas sim um abraço de desejo, apertando-me contra ela.
-Amanhã, meu amor, tu sairás vitorioso entre todos! – sussurrou ela em meu ouvido – Serás o campeão dos campeões …, e em breve se tornará um líder …
-Mas, porque tudo isso, Almena? – perguntei ainda atônito com o que estava acontecendo naquela noite – Porque sou merecedor de tal honraria? E porque sinto um desejo carnal incontrolável por ti?
-É porque, hoje, te darei um regalo …, um regalo da vida! – disse ela em tom lânguido – Serás não apenas meu campeão, mas também serás meu homem! Aquele que com força e sabedoria, nos guiará para um belíssimo futuro!
Ao terminar de proferir essas palavras, Almena me beijou longamente; vendo-me dominado por um desejo primal, agarrei-a em meus braços e retribui o beijo com uma voracidade indomada. Senti quando ela tocou meu membro que de tão rijo chegava a latejar, acariciando-o com vigor de fêmea esfomeada. Em pé, dentro do lago, Almena abriu-se para mim, procurando aninhar meu membro entre suas pernas, trazendo-o para próximo de sua vulva.
Projetei minha pélvis, fazendo com que a glande invadisse a gruta sentindo todo o seu calor e sua umidade copiosa; logo, estávamos copulando com uma perfeita dança de corpos banhados pelo luar prateado e tendo por testemunha, apenas o olhar plácido da loba branca; e enquanto golpeava contra seu ventre, segurei suas mamas suculentas, abocanhando os mamilos, alternadamente, em minha boca, ora sugando, ora lambendo, tudo ao som dos suspiros desvairados da feitceira-mãe.
Propiciei a ela todo o prazer que um homem pode entregar a uma mulher cuja beleza, sensualidade e exuberância o tornavam dela cativo, ouvindo-a gemer longamente cada vez que um novo gozo sacudia seu corpo. Como um macho jovem, imprevisível e sempre cheio de energia, vi Almena saciar-se em mim, comemorando cada gozo com beijos, carícias e sussurros.
Em pouco tempo estávamos sobre a relva macia e desta vez, era Almena que me cavalgava, tentando a todo custo domar o garanhão que ela mesma estimulara a surgir; e mais gozos fluíram em seu corpo, enquanto eu mantinha suas mamas ora em minhas mãos, ora em minha boca. Quanto mais avançávamos ao longo da noite, mais desejo eu sentia, jamais arrefecendo ou vacilando ante uma mulher tão bela e exuberante.
Após muitos gozos, Almena inclinou-se sobre mim, beijou meus lábios e pediu com tom provocante: “Quero sentir-te em meu sexo! Venha me saborear!”; imediatamente, ela deitou-se sobre a relva, abrindo as suas pernas em um pecaminoso convite ao seu sabor de fêmea; aninhei-me entre elas, passando a sugar e lamber aquela gruta ainda muito quente e molhada, sentindo todo o sabor agridoce que vertia de seu interior diretamente para minha boca gulosa e ansiosa por tudo que podia receber.
Não demorou para que Almena agisse, invertendo as posições e passando a sugar com imensa cobiça meu membro; ao sentir sua boca ora agasalhando ora desnudando meu instrumento, experimentei uma sensação inédita que enlevou-me a um estado de puro êxtase, tendo uma mulher deliciando-se com meu corpo e me usando como bem quisesse.
Por fim, ela tornou a deitar-se sobre a relva pedindo que eu a cobrisse mais uma vez, ao que aquiesci sem hesitar; golpeei com muito ímpeto, até que uma forte contração muscular acompanhada de longo espasmo anunciou o princípio do fim; gozei caudalosamente, inundando Almena com minha carga viril, ouvindo-a gemer e se contorcer, manifestando palavras de êxtase e arrebatamento por ver-se preenchida pela onda quente e viscosa de meu sumo.
Retornei ao acampamento e no dia seguinte, como vaticinado pela feitceira-mãe, sagrei-me um verdadeiro campeão. Com o tempo, mostrei meu valor, tendo ao meu lado o sempre fiel Tumbar, meu irmão de armas. Não demorou para que eu fosse aclamado líder de guerreiros, comandando nossas guarnições contra todo e qualquer inimigo que se aventurasse a invadir nossas terras ou ameaçar a integridade de nossas famílias.
Em segredo, continuei a me encontrar com Almena, sempre evitando que fossemos descobertos, pois eu nutria um desejo incontido de tê-la para mim; todas as madrugadas, tínhamos um encontro em nosso lugar secreto: a lagoa no sopé da montanha, onde nos entregávamos ao prazer insaciável de nossos corpos em frenesi. Mas, ambos sabíamos que nada é eterno ou infindável …, e um dia, Almena me deixou …, com o coração em prantos, quis também me entregar ao ceifador, mas a loba branca veio até mim naquela mesma noite; seu olhar dizia mais que palavras.
Hoje posso ter a mulher que desejar, da mais jovem, a mais experiente; minha cama não fica vazia, mas minha alma e meu coração estão no lago, onde sei que Almena me espera para, juntos, atingirmos o maior dos prazeres com a maior das entregas; a feitceira-mãe que foi também minha doce mulher!
sensacional um show este conto maravilhoso
Delicioso. E as fotos maravilhosas !!!