Faltou água a semana toda.
Ontem o abastecimento de água ainda não tinha sido normalizado.
Minhas caixas d'água estava secas.
Com a baixa pressão da água da rua, eu só tinha água nas torneiras do quintal de casa.
Não tinha pressão suficiente para subir para as caixas da casa no terceiro andar.
Como só uma parte mínima do quintal pode ser visto da rua, pelo portão de garagem, resolvemos tomar banho de mangueira mesmo na parte mais escondida do quintal ontem a noite.
Apagamos todas as luzes, pra chamar menos atenção ainda de qualquer eventual transeunte na rua.
Fomos nós então.
Demos banho um no outro.
Silêncio total.
Apenas olhares, toques, sorrisos...
Devagar.
Shampoo, condicionador, sabão.
Cuidando um do outro.
Detalhes.
Quando já estávamos banhados e limpos, ainda nus, ela disse com o olhar que queria chupar meu pau.
Só com o olhar eu disse que sim.
Pessoas passavam pela rua sem imaginar o que acontecia ali.
Sob a luz do luar, com a pele molhada, ela pagava o boquete olhando nos meus olhos.
Em determinados momentos ela era domada pelo cabelo.
Em outros se colocava como a dona da situação.
Fez garganta profunda.
Um pequeno engasgo...
Um sorriso...
Voltou aos trabalhos!
De repente quebrei o silêncio.
Sussurrei: quer leite?
Ela balançou a cabeça dizendo que sim.
Novamente quebrei o silêncio: não pode sobrar nenhuma gota!
Mais alguns instantes e jorrei o leite enquanto ela mamava.
Não desperdiçou nada.
No final ela disse:
Tomei tudo. Estava quentinho.
Pegamos as toalhas para nos secarmos.
Enrolados na toalha, como quem acabara de sair do banho, caminhamos pela parte do quintal visível da rua despreocupados com curiosos.
Seguimos nossa rotina...
Muito bom, bem escrito, me deixou super excitado