O tempo passou e eventualmente transávamos daquela forma, mudando posições, outros detalhes, mas sempre chamando pelo Jorge. Eu acreditava que aquele teatrinho era o suficiente pra mim, até pq eu sempre soube que na hora eu iria adorar tudo, mas depois que eu gozasse e o tesão baixasse, eu não sabia como lidaria com o acontecido. Por isso, aceitei bem o que havia conquistado.
Alguns meses depois daquela primeira vez, fomos a um barzinho só nós 2 (vale comentar que essas histórias são anteriores a pandemia que vivemos hoje em 2021), como já fizemos tantas outras vezes. Estávamos bebendo nossa cervejinha, quando Carla avisa que vai banheiro, fico tranquilo, mexendo no celular, quando percebo ela cumprimentando um cara na porta do banheiro antes de entrar. Trocam beijinhos, ela até aponta na minha direção e logo depois se despedem. Quando ela volta pergunto quem era e ela me responde: “o Jorge...”. Olhei para ela meio surpreso e confirmei: “peraí, O Jorge?”, e ela respondeu que sim, tentando não dar importância ao fato. Em seguida perguntei:
- Por que você apontou para mim?
- Ele perguntou se eu tava acompanhada, parece que ele veio encontrar alguém mas tomou bolo... não entendi direito.
Ela falou isso e eu olhei pra onde ele foi, e realmente, ele tava sozinho numa mesa. Depois voltei a olhar para ela, que já interpretou e falou:
- Não, pra quê? Deixa ele lá Roberto.
- Mas amor, a ideia não é chamar pra rolar algo, to bem como estamos, to pensando no jogo mesmo... a ideia de passarmos um tempo com ele essa noite, aqui na nossa mesa.. vc fala que me disse que eram só amigos, vamos todos rir e falar amenidades, e mais tarde seremos só nós 2... o que acha?
Ela me olhou, pensou um pouco... e falou:
- Tudo bem, vamos terminar essa garrafa e eu vou lá chamar ele.
Ela não tava com cara de muitos amigos, mas pelo menos topou.
Pouco depois que ela foi buscá-lo, eles voltam e fomos oficialmente apresentados. O mais interessante é que, talvez por efeito do álcool, o papo fluiu. Ao longo da noite percebi que temos um porte físico parecido, sendo ele um pouco mais baixo, mas ainda mais alto que a Carla. A noite seguiu, estávamos há algum tempo ali, os 3 alterados, praticamente amigos íntimos devido a bebida, quando o diabinho no meu ombro me da uma ideia e resolvo perguntar:
- Como vcs se conheceram?
Carla olha pra mim com uma cara de “Sério?”, mas com um sorrisinho no canto da boca, e percebi que o Jorge estava procurando as palavras pra me responder:
- Bom, é... foi numa balada, né Carla?
Ela confirma e eu continuo:
- Olha... numa balada?
E aí senti uma excitação subindo, queria tirar mais dali... não sabia no que ia dar aquilo tudo, mas precisava instigar mais.
- Tá, entendi, vcs tiveram um rolo né? Tudo bem, sou tranquilo sobre esses assuntos.
Nisso vejo a Carla me olhando com cara de “o que que vc ta fazendo??”, e o Jorge responde, meio olhando pra ela:
- Ah, bom, é... mas tem tempo isso.
Percebo que um climão estava começando a se formar, quando a banda da noite finalmente começou a tocar. Começaram uma música que eu sei que a Carla gosta e a chamei pra dançar. Na pista falei no ouvido dela:
- Tá tudo bem amor? Exagerei?
- Não é isso, é que fico meio sem graça né...
- Vai dizer que só eu fiquei com vontade de levar isso um pouco mais a frente? Só eu to excitado com essa situação?
Falo isso colando meu corpo no dela, pra que ela sentisse meu pau já meia bomba. Ela olha pra mim e fala:
- Tem certeza disso? Uma coisa é a gente sozinho, eu falando o nome dele com o vibrador, outra bem diferente é ele né rs
- Vamos fazer o seguinte: Vamos voltar pra mesa, falo que to com o joelho doendo, e na próxima música peço pra ele te levar pra dançar. Com certeza ele vai topar, e com vcs dançando, a gente segue o que rolar.
Nessa altura o tesão + álcool já tomaram conta da minha cabeça e as palavras saíam sem eu pensar direito. Mas depois de olhar um pouco pra mim ela respondeu:
- Tá, vamos ver...
- Certeza?
- Não muita, vamos logo antes que eu mude de ideia rs
Voltamos para a mesa, e quando começou a próxima música aproveitei:
- Jorge, me faz o favor de levar a Carla pra dançar a próxima? Sei que ela tá com vergonha de falar, mas tenho certeza que tá doida pra dançar essa, e eu já to com o meu joelho doendo, quebra essa?
Ele para o copo que tava bebendo na metade, olha pra mim, depois pra Carla, depois pra mim de novo e topa. Ele se levanta e leva ela pra pista, e enquanto já pego no celular, fingindo olhar algo super interessante.
A música que estava tocando era mais lenta que a anterior, e eu evitava olhar muito para eles, queria que achassem que eu não estava prestando atenção, mas nas vezes que olhei, percebi os 2 bem colados. Percebi também que ele estava falando algo no ouvido dela, e ela dando risadinhas que conheço bem. É muito conflitante o ciúme e o tesão lado a lado dessa forma, mesmo que o tesão ainda estivesse ganhando nesse conflito. Em um determinado momento, perdi os 2 de vista. Olho em volto e nada, então resolvi ir atrás deles, sendo o único lugar possível o banheiro (o banheiro ficava do lado do palquinho do show, então quando as pessoas começaram a dançar, perdemos a vista direta para lá). Chego meio me escondendo entre as pessoas e vejo ela encostada na parede e ele conversando bem próximo. A cena me deixa com as pernas bambas, não imaginei que iria sentir tanto tesão com a situação. Numa das aproximações ele começou dar beijinhos no pescoço dela... vejo ela se fazendo de difícil, mas ele não se importa e continua. O pescoço é um ponto fraco dela, e claramente ele sabia disso. Quando vejo eles começam a se beijar.
O choque do misto de tesão e ciúme foi tão grande que eu respirava mais pesado, senti fraqueza nas pernas, fiquei até sóbrio. Eu sei que aquilo tudo só estava acontecendo devido as minhas ações, mas parte de mim talvez achasse que não fosse dar em nada. No entanto, estava lá a minha namorada, o amor da minha vida, dando um beijão no último cara que ela transou antes de mim. E não era só isso, a mão dele já estava apertando aquela bunda que eu adoro, por cima do tecido leve do vestido, seus corpos estavam colados, e ele com certeza já estava roçando o pau nela. Observar isso tudo estava me dando muito tesão, mas eu queria mais.
Em determinado momento eles pararam de se beijar, falaram alguma coisa e notei que voltariam pra mesa. Voltei correndo e fiquei esperando, quando o Jorge chegou sozinho, avisando que a Carla tinha dado um pulo no banheiro. Ele estava na minha frente, com a cara mais cínica do mundo, então perguntei:
- Vai como pra casa Jorge? Tá tarde já, to meio cansado, vou pegar um Uber pra mim e pra Carla, ela vai lá pra casa hj. Se for caminho pra vc a gente divide.
Antes que ele respondesse sinto um beijo no meu pescoço, olho pra trás, e vejo a Carla. Em seguida falo:
- Amor, tava aqui falando com o Jorge de irmos embora, to meio cansado, to oferecendo dividirmos o uber.
- Já? Tá bom aqui, ta cedo ainda...
- To cansado amor, e esse joelho que não para de doer.
Ela sabia que a história do joelho era mentira e ficou meio confusa, mas aceitou ir embora, então virei pro Jorge e perguntei:
- Vai com a gente então?
- Vou sim, a sua casa é caminho pra minha, vale a pena.
Já no uber, o Jorge na frente, eu e Carla atrás, eu percebo que ela tá meio calada e falo:
- Vamos fazer o seguinte amor, tem algumas cervejas lá em casa ainda, quando a gente chegar bebemos, o que acha?
- Pode ser.
Quando chegamos, percebemos que “esqueci” de colocar o endereço do Jorge pro Uber seguir caminho, e o motorista já tinha aceitado outra corrida, então todos saltamos. Quando o Jorge ia pedir outro para ele falei:
- Faz o seguinte, sobe com a gente, pede lá de casa, e aproveita pra beber mais uma, o que acha? Fica como uma saideira.
Percebo com o canto do olho a Carla me olhando com carinha de “não acredito”. Já o Jorge não pensou duas vezes e aceitou.
Pessoal, esse acabou ficando mais longo do que eu imaginei. Vou parar por aqui e continuar na parte 2.
Meu amor, que conto mais delicioso, votadissimo! Leia meu último conto, irei adorar sua visita na minha página, bjinhos Ângela