Foi uma noite incrível, só não transarmos no quintal, porque no restaurante da casa não ficou faltando lugar, quando nos esgotamos já estava começando clarear o dia, sorte do Leandro que o curso era na parte da tarde, então deu para ele descansar bem, levantei deixando ele dormir e fui adiantar o almoço para quando ele acordasse era tomar banho e almoçar.
_ Bom dia queridão.
_ Bom dia não, boa tarde.
_ Nossa dormi muito.
_ Também fomos dormir cinco horas da manhã,vai tomar banho depois vem almoçar antes de ir para o curso.
_ Hoje não vai ter, hoje é treinamento dos vigilantes armados, me empolguei tanto que acabei esquecendo de te falar.
_ Mesmo assim, vc vai almoçar, tenho certeza que está com fome.
_ E muita, vc sugou minhas energias, acabou comigo.
_ Deixa de ser cara de pau, vc que não apagava o fogo essa noite, eu sim tô todo quebrado dolorido por aguentar vc encima de mim, sem falar das marcas pelo corpo.
_ Culpa sua que ficou me provocando, não deixando eu sossegado.
_ Não vou nem responder Leandro.
Ele foi rindo tomar banho, em seguida voltou para almoçarmos.
_ Vai fazer o que hoje?
_ Não tenho nada planejado, ia mexer na casa, mas falta comprar umas coisas.
_ Passa o dia comigo então.
_ Não precisa falar duas vezes.
_ Legal, então depois que almoçar vou tomar banho e vamos passear um pouco.
Depois do banho e de arrumar a cozinha, entramos no carro e fomos dar umas voltas, paramos no parque do Ibirapuera onde sentamos na grama e ficamos conversando e chupando sorvete.
_ Fazia anos que não vinha aqui.
_ Eu também, a Sandra adora aqui, agora com tudo se ajeitando vou vir com ela e o bebê passear aqui.
_ Vem sim, vai ser bom para vcs.
_ Posso fazer uma pergunta?
_ Faça.
_ Responde se quiser tá?
_ Tudo bem.
_ Vc falou que o Cássio praticamente salvou sua vida, o que aconteceu com você queridão?
_ É o seguinte, quando minha família descobriu que era gay, mudaram totalmente a maneira de me tratarem, só falavam comigo o necessário e muitas vezes nem falavam, isso acabou comigo, sempre fomos unidos, conversávamos muito, brincávamos bastante um com o outro, mas depois que descobriram passaram me ignorar, desprezar, então minha válvula de escape foi os amigos, amigos entre aspas, sem eu perceber, ou melhor percebendo mais não me preocupando, fui indo para as drogas, eu não usava, mas eles era o dia todo fumando maconha ou cheirando cocaína.
_ Porra Marcelo, que foda em.
_ Sim, bota foda nisso, até que teve um dia que estávamos num barzinho e um deles insistiu para que eu desce um cheiro, eu não quis, e ele muito louco continuava a insistir, Cássio e Paulo mais outros caras viam o que estava acontecendo, até que esse amigo vendo que eu não ia cheirar nada sem eu menos esperar acertou um murro na minha cara fazendo eu cair e bater a cabeça e desmaiar, ele e os outros foram embora me deixando lá no chão, foi um desmaio rápido, acordei com Cássio e Paulo me pegando nos braços.
_ Caralho que raça de filhos da puta, deixaram vc lá, nenhum deles te socorreu?
_ Nenhum Leandro, foram todos embora, quando me recuperei, Cássio quis chamar ambulância e ligar para minha casa, eu sempre levava na carteira um cartão com o telefone da minha casa, e Cássio estava com o cartão na mão pronto para ligar, então implorei que não fizesse aquilo, ai Paulo me deu um copo d'água para me acalmar e os dois começaram conversar comigo, me dar conselhos, e desse dia em diante passamos ficar amigos e o restante vc ja sabe, é por isso que tenho muito carinho por eles.
_ E seus pais, agora aceita como vc é, sua família também?
_ Meus pais morreram, mas antes de morrerem acabaram se conformando essa é a palavra certa, única pessoa da família que nunca mudou comigo foi minha irmã, até hoje meus irmãos homens, não falam direito comigo, mas também não ligo.
_ Nossa que chato isso em.
_ Tem muitos que passam e passaram por isso com a família, alguns são expulsos de casa Leandro.
_, É, tem um na comunidade que foi expulso de casa só com a roupa do corpo, sorte que um amigo dele acolheu, se não estaria morando na rua.
_ Meu querido, tem cada coisa que aconteceu comigo que nem gosto de falar, minha primeira vez com homem, eu fui violentado, fiquei três dias indo no banheiro e só saia sangue, comprava absorvente escondido para por no cu para minha mãe não ver minha cueca suja de sangue, fiquei dois dias internado sem minha família saber, inventei que tinha viajado com amigos para a praia.
_ E quantos anos vc tinha?
_ Ja era adolescente, tinha 17anos, problema é que o cara deveria ter uns 40anos e tinha o dobro do meu tamanho e força, nessa época eu além de baixinho, era muito franzino, concordo que tenho parcela de culpa, eu não tirava os olhos toda vez que via ele, mas também não era para ter me violentado me estuprado, foi da pior maneira que vc possa imaginar.
_ Nem quero saber como foi, só de vc falar que ele fez com você, ja me deu raiva.
_ Lindo, é bom irmos, assim a Sandra chega e vc vai estar lá.
_ É verdade, apesar que não queria ir para casa, queria ficar com você queridão.
_ Vc vai ter que administra o tempo comigo e com sua família para não ter briga entre vcs.
Voltamos, deixei ele próximo da sua casa e fui para minha, liguei para o Paulo para combinar a faxina na casa nova, depois falei com o Cássio, e ficou combinado que no próximo final de semana iríamos fazer a faxina e um churrasco para comemorar, dois dias depois que Leandro esteve em casa, ele apareceu todo feliz e sorridente.
_ Que alegria é essa, é por me ver?
_ Também queridão, tenho um surpresa, uma ótima notícia e vc tem que ser o primeiro a saber.
_ Fala logo.
_ Tô empregado queridão, empregado, o instrutor arrumou um emprego para mim num prédio comercial.
_ Que notícia maravilhosa Leandro.
_ Começo depois de amanhã, vai ter uma pessoa para ensinar o serviço.
_ Tô muito feliz por vc de verdade.
_ Agora minha vida vai pra frente queridão, graças a vc.
_ Graças a sua força de vontade Leandro.
_ Poxa, se desse ficaria com você para comemorar.
_ Não, vai pra sua casa, conta para Sandra e outro dia a gente comemora gostoso, semana que vem vou fazer faxina na casa nova e vou fazer um churrasco, vai ser no domingo.
_ Porra, bateu certinho, de domingo não trabalha lá no prédio.
_ Ja vou avisar, Cássio e Paulo vão vir.
_ Sem problemas queridão fica tranquilo, tchau deixa eu ir para contar a novidade para Sandra.
Nos beijamos e ele foi embora todo radiante, no dia que ele iria começar trabalhar, era bem cedo quando acordo com a campainha tocando, até me assustei, era ele todo apavorado.
_ Que foi, o que aconteceu?
_ Desculpa, não é nada sério queridão, é que não sei dar nó em gravata e so lembrei agora que acordei, só me veio vc na cabeça.
_ Ta bom, vem cá para eu dar o nó nessa gravata, depois não precisa desfazer é só afrouxar e tirar sem desfazer o nó, nossa vc ta lindo de termo e calça social.
_ Me sentindo estranho, primeira vez que me visto assim.
_ Estranho nada, ta um gato, senta ai que vou preparar um café, depois te levo até o serviço.
Tomamos café, preparei uns lanches para ele levar e dei dinheiro para almoçar, chegamos no prédio onde ele ia trabalhar.
_ Apesar de ser um pouco cedo, é bom vc ir para o rapaz te explicar com mais calma, boa sorte meu lindo.
_ Obrigado Marcelo, se amanhã for folga, eu vou na sua casa.
_ Tudo bem, não fique nervoso, vai dar tudo certo.
Fiquei esperando ele entrar no prédio depois fui embora, o instrutor pediu para ele trabalha sem folgar para aprender melhor o serviço, entãonaquelasemana não nos vimos, só na semana seguinte, ele levou a bebê para creche e na volta foi para minha casa.
_, Que saudade de vc queridão.
_ Eu também estou morrendo de saudade e vontade de vc meu querido.
Sentamos para tomar café, e enquanto comíamos ele falava sobre o trabalho, era uma alegria que não cabia dentro dele, falava do trabalho e dos planos futuros com ele e a esposa trabalhando, até que fomos para o quarto matar a saudade e vontade um do outro, transarmos muito já que ele estava sozinho, então aproveitamos para tirar o atraso, como de costume Leandro só sossegou depois da terceira gozada.
_ Nossa, estava precisando muito de ficar com você, ja não aguentava mais.
_ É eu percebi e senti, aliás ainda tô sentindo.
_ O queridão, machuquei vc?
_ Não, fica tranquilo, não machucou não, como sempre foi maravilhoso.
_ E o churrasco tá de pé?
_ Sim, ta confirmado para domingo agora.
_ Ja falei para Sandra que vou ajudar vc, ela até quis vir, mas falei que vai ter bastante gente e para ela ficar em casa com a bebê.
_ Quando tiver tudo montado vc leva ela para conhecer a casa
_ Se tiver esse calor, vou ficar a vontade lá viu.
_ A vontade como, vai se mostrar para meus amigos é?
_ Um, tá com ciúmes tá?
_ Claro, que é meu, sou eu posso ver, pode tratar de levar um shorts e nada de shorts curtinho, eu te dei uns um pouco cumprido vai com um deles.
_ Vou ficar de sunga, ou talvez cueca.
_ Vai ficar de sunga ou cueca na casa do caralho Leandro, vc para de graça em.
_ Que lindinho ele com ciúmes de mim, chega ficar vermelho.
_ Começa não em, eu cancelo o churrasco e faço sozinho a faxina.
_ Tô brincando queridão, nem conheço o pessoal e já vou ficando todo a vontade na frente deles, só falei para ver sua reação mas uma coisa pode ter certeza, depois que eles forem embora, a gente vai estrear a casa nova, só nóis dois fazendo o que a gente mais gosta, transar gostoso.
_ Dessa parte gostei.
_ Seu safado, transar a gente pode né?
_ Sou seu safado sim e vc gosta.
_ Adoro.
Nos beijamos e ficamos mais um tempo na cama, namorando até a fome bater.
Enfim chegou o dia do churrasco, Cássio e Paulo chegaram primeiro que Leandro, pouco depois ele chegou.
_ Cássio vc já conhece, esse é o Paulo.
_ Opa, prazer Leandro.
_ Se não fosse do Marcelo diria que o prazer é todo meu literalmente.
_ Paulo sossega, vou falar para o Mário.
_ Não falei nada de mais, e o Mário ta longe, foi visitar meus sogros, na vai encher a cabeça do meu loirinho.
_ Não liga Leandro, esse aqui bateu a cabeça quando nasceu, é gente boa mas é doidinho.
Todos riam das besteiras do Paulo, como a casa estava sem nenhum móvel, a faxina foi rápida, então fomos beber e comer churrasco, tudo perfeito, conversa boa, boas risadas, mais que gostei muito foi ver Leandro tratando Cássio muito bem sentados um do lado do outro, conversavam como se fossem velhos amigos
_ Marcelo vem cá, deixa eu ver sua mão.
Estendi as mãos para o Paulo.
_ O que, como assim?
_ Que foi Paulo?
_ Leandro, como vc deixa ele andar sem uma aliança no dedo?
Leandro ficou todo sem graça, então passei meu braço por seu pescoço e ele me abraçou na cintura.
_ Paulo ta deixando o rapaz encabulado.
_ Encabulado nada, trate de mandar ele usar uma aliança, o que mais tem é gavião cercando para roubar a comida do outro, ainda mais esse baixinho que não parece mais chama a atenção,
_ Pode deixar, vou comprar um anel para ele usar.
_ Não vai comprar nada, usa seu primeiro salário na sua casa.
_ Tá vendo Leandro, não quer mostrar que ê comprometido, se fosse vc ia ali no bar para comprar aqueles doces que vem com anel de plástico e socava no dedo dele.
Era risadas e mais risadas, Paulo estava inspirado, chegou início da noite e eles resolveram ir embora.
_ Prazer conhecer vcLeandro, desculpa a brincadeira.
_ Imagina, fica tranquilo, também gostei muito de conhecer vc.
_ Leandro foi bom ver vc outra vez e poder conversar com você, só te faço um pedido.
_ Prazer todo meu Cássio, te pesso desculpa por aquele dia, pode fazer o pedido.
_ Cara cuida bem desse pequeno, vc não faz ideia da pessoa que vc arrumou.
_ Sei sim, fica tranquilo que vou cuidar bem dele.
_ E não esquece da aliança em.
_ Chega, vamos embora Paulo, nossa aguentar ele até minha casa, vai ser triste, hoje ele ta a mil, tchau, até a próxima reunião.
Foram embora, nós fechamos o portão e entramos.
_ Amei o jeito que vc ficou com eles, principalmente com o Cássio.
_ No começo fiquei meio sem graça, mas depois o papo foi rolando, e realmente são pessoas muito legais, agora vem tô louco para inaugurar a casa nova.
_ Tô sentindo que ta mesmo.
_ Então vem que vou fazer vc sentir ele dentro de vc meu queridão.
Tiramos nossas roupas e transarmos muito gostoso no chão molhado da cozinha, foi só uma gozada, mas foi com a mesma sensação de ter sido várias, colocamos nossas roupas e fomos embora
Continua.