Levando Pepê para o mau caminho (Parte 1)

“Você namora?”: sempre essa pergunta me causava um risinho de canto de boca. Tanta coisa envolvida num relacionamento que não sei aonde vai. E logo após eu respondia “sim… há três anos.”. E surpreendia com o fato de ter um namorado, não uma namorada. Sempre isso.

Bom, e esses três anos? Longos três anos. Desde que soube que era homossexual, lá quando era criancinha, nunca escondi ou tratei de modo delicado. Claro que nem todas as pessoas agem assim, mas nunca agi de modo diferente. Inclusive não vi motivo para mudar meu modo de ser. Gosto de dar o cu e chupar rola, mas não influencia no resto.

Esse meu jeito bem resolvido causa estranheza em uns, mas também interesse e identificação em outros. Já houve casos de supostos héteros que disseram que minha maneira de lidar com a questão os fizeram aceitar sua sexualidade. É aqui que entra Pepê.

Pedro Paulo, quando nos conhecemos no longínquo primeiro ano do ensino médio. Filho de embaixador, falava cinco línguas. Tinha até carro. Mas não pegava ninguém. E era lindo. É lindo. Loirinho, até os pelos claros, magrinho, faz academia. Nem as pessoas mais informadas da escola tinham conhecimento de sequer um beijo que ele tenha dado em meninos ou meninas. Ele não era visto nas festas, em contraste a todas as atividades acadêmicas, em que ele sempre estava.

Eu já o conhecia de vista, mas quando ele caiu na minha sala e tive mais proximidade com ele, Pepê começou a ocupar mais espaço em meus pensamentos. Nos aproximamos, começamos a fazer trabalhos e também nos conhecer. Muito se falava sobre ele na escola, mas mesmo assim ninguém parecia de fato conhecê-lo, saber o que ele pensa, quer e com quem transa.

E assim o negócio foi começando. Uma vez, ainda me lembro, eu perguntei se ele namorava. Ele olhou um pouco para baixo, com aquele olhar fofo e levemente safado, e falou:

— Nem penso nessas coisas. Me dedico só aos estudos.
— Nunca pensou? Vai dizer que você namora livros? Nem desejo, nadinha? - disse eu, já cavando aquela persona.
— Ah… sei lá. Acho que tenho vontade de pegar umas meninas. Mas nunca fiz nada não. Só beijei uma prima.
— Uma prima? - comecei a rir
— Ah, eu tinha 10 anos
— Então você tá há cinco anos no celibato?
— Pode-se dizer que sim. Mas e você? Deve pegar todas as meninas com esse papinho.

Aí que me dei conta: ele não sabia que eu era gay. De fato, a gente estava ainda se aproximando e eu não era a pessoa mais falada entre os colegas para essa informação ter sido passada assim. Mas vi como uma oportunidade de ver o que ele acha disso.

— Olha, meninas não são minha praia não. Mas, no caso, meninos… também não. A situação tá difícil. - dei uma risada, acompanhada por ele.

— Ah, desculpa. Você é… é… como é que diz sem ser errado?

— Gay, Pedro. Sou gay. Pode dizer. Homossexual, veado… veado não. Veado só eu posso dizer. - em tom jocoso

— Certo. É que sei lá, a gente nunca sabe né… mas quer dizer que você gosta de homem? Só de homem?

— Só de homem. Adoro. Hahaha

— E como você soube?

— Ah… eu… soube hehe. Com o tempo, vi que meninas não me despertavam nada, mas homens sim. O pornô também ajudou.

— Você também vê?

— Vejo, Pedro. Até compartilharia tipos com você, mas acho que não vai adiantar muito. - novamente rindo para suavizar.

Aqui eu já comecei a fazer a conversa tomar um rumo mais sexual. E, pelo visto, ele não se esquivou. Senti o meu prepúcio começando a ficar úmido. Estava babando, de pau duro. Quando eu começo a babar assim, não paro mais. Espero não parar na baba.

— Ah… eu confesso que sempre tive curiosidade de ver pornô gay, mas nunca realmente vi.

Curiosidade? Que interessante. Aí tem.

— Quer que eu abra um aqui? Nem preciso dizer que conheço vários.

— Mas fica entre a gente, né?

— Claro. Pode ficar tranquilo.

Claro. “Ficar entre a gente”: código de todo sigiloso. Mas eu estava curtindo, meu pau não me deixaria negar, então… vamos lá. Abri uma compilação de cenas de filmes com sexo gay explícito. Já gozei muito vendo esse vídeo. E foi aí que minha baba desandou haha.

— Esse vídeo é muito gostoso, já tava babado, agora é que eu tô mesmo. - disse eu já chutando o pau da barraca.

— Já tava babado? Tava babado por quê? Me achou bonito, foi?

— Pedro, isso para mim não é uma provocação, é um convite, hein? Não sou seus amigos héteros. - ri.

— Ah, hahaha. É… você se sentiu convidado?

— Você é hétero, né?

— Eu sei que tô pau duro agora.

Fui colocar a mão e ele tirou. Passou a mão na mala e colocou próximo do meu nariz. Aquele cheiro rançoso de pica… puta que pariu. Comecei a ficar enebriado de tesão.

— Vai me deixar só com vontade?

— Ai, cara… não sei o que tô fazendo. Tô de pau duro. Já bati uma pra uns meninos, mas nunca fiz nada assim.

— Aí é complicado, Pedro. Você quer ou não quer? Eu tô doido pra ver você sem essa roupa.

Ele vestia ainda o uniforme do colégio, verde e branco. Com uma cueca Calvin Klein que já tinha visto uma parte saindo da calça. Ele chegou perto de mim e começou a cheirar meu pau por cima da calça.

— Não vai querer tirar a calça? - disse eu, já totalmente atirado.

Ele começou a puxar minha calça. Quando ele colocou a mão na cueca…

— Ei, o que é isso?

Uma voz masculina entra no quarto. Nem notamos que a porta estava aberta.

Continua.