Giovana estava na trilha da perdição. Na festa, sua sogra pergunta-lhe porque seus cabelos estão soltos e rebeldes. Olha para ele de longe, sorri e responde que os prefere assim. - Nossa, que festa chata! – pensou Giovana. Toda família de Leo, seu marido há anos, esta reunida. Vestida de maneira formal e cabelos presos em uma trança rígida; sua personalidade guardada em casa a sete chaves, pois na frente daquelas pessoas deveria ter a postura perfeita, ser a mãe perfeita, a esposa perfeita. E claro, seu verdadeiro Eu gritando rebeldia para todos os lados, pedindo para ser libertado. Bem… Toda festa de família era a mesma coisa. Já havia se resignado e aceitado que ali o que contava eram as aparências. Pegou um drinque e sentou-se sozinha no jardim, tentando fugir um pouco daquelas conversas vazias. Foi neste momento que escutou um barulho bem conhecido, aquele que habitava seus sonhos e seus desejos mais íntimos estava chegando. Era ele, incrível como sempre: calça jeans, coturnos pretos e um sorriso indecente nos lábios. Desceu de sua moto triunfante exalando sensualidade. Olhou bem dentro de seus olhos, chegou perto de seu rosto para cumprimentá-la. Giovana pensou “É agora! Finalmente um beijo!” Mas como sempre foi no rosto. Desta vez foi demorado além da conta, decepção estampada nos dois. Ele seguiu seu caminho para dentro da casa. Esta fixação de sua vida chamava-se Bernardo, seu cunhado. Nada tinha a ver com seu marido. Tudo aquilo que nele eram defeitos, no outro eram qualidades e vice versa. De aparência eram até parecidos, mas nas atitudes destoavam muito. Como sempre se olhavam a noite toda. Desejos velados em um simples olhar. Nesta noite, porém ela havia bebido um drink a mais, o que lhe deu coragem para conversar mais abertamente. Nesta noite riram juntos, falaram sobre tudo e esqueceram-se do mundo a sua volta. Mais tarde, ela foi até o quarto de sua sogra pegar seu celular, pois estava tocando em sua bolsa. Foi surpreendida pela escuridão repentina. Virou-se para trás e viu um vulto em suas costas. Era sua perdição. _Você me deu um susto, Bernardo! – disse ela. – Acho q a lâmpada queimou. _Não. – Foi tudo que ele respondeu, sorriu e trancou a porta. Ela ficou assustada com a súbita atitude. De repente ele puxa a fivela de seus cabelos que caem em ondas douradas em suas costas. Estado de choque! _Prefiro seu cabelo solto. Segurou firme em seu cabelo, puxando-a para mais perto. Ela não resistiu, pois em seu intimo estava dando gargalhadas. Beijou com ardor, não foi carinhoso ou amoroso. Foi urgente, áspero até e, com certeza, urgente… Anos esperando por esse momento. Ela passou suas mãos ávidas por dentro de sua camisa subindo e descendo. Parou no cinto de sua calça, abriu-o devagar. Ambos sorriram. Abriu a calça deixando a mostra seu membro louco para entrar em ação. Ele tirou a camisa e ela levantou o vestido. Empurrou-o na cama, queria saboreá-lo. Como era gostoso vê-lo contorcer-se de desejo. Ele a puxou com força e de repente estava debaixo dele. Sem demora, penetrou-a com força, cada vez mais urgente, mais rápido e rígido. Tinham pouco tempo. Puxou com força seus cabelos até que ela sentisse dor. Dor e prazer envolvidos…Que delícia! E o perigo de serem surpreendidos nesta hora deixava a situação tensa e excitante ao mesmo tempo. Até que não existiu mais nada além do momento maravilhoso que viveram. Gozaram juntos. Desta vez foram muito além dos olhares de cobiça… O desejo mútuo finalmente tinha se realizado. Com pressa vestiram-se. Ele a beijou suavemente nos lábios e seguiu um caminho diferente do seu, como tinha que ser. Mas daquele dia em diante, sua vida nunca mais seria a mesma. Agora - - - C. CARLYLE LYRA
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