Um dia na vida de Marília

Um dia na vida de Marília

        Quando Marília acordou naquela manhã, não poderia imaginar que seu dia seria aquele.
        Marília era uma moça de dezesseis anos. Sua vida era aquela das moças de dezesseis anos, nada mais. Talvez menos, pois não tinha namorado, tinha poucas amigas e seus pais eram separados há tempos. Na escola ia bem, em casa ajudava a mãe como podia, principalmente por conta da irmã de doze anos que tinha. Ela nada tinha de especial, além do fato de ser bonita. Na verdade, se ela fosse apenas bonita, isso não seria especial, e essa história não existiria. O fato é que ela era mais do que apenas bonita, era linda, maravilhosamente bela, tão bela quanto uma moça assim pode ser.
        E, de tão bela, chamava a atenção de todos. Ninguém era indiferente a ela; ver Marília significava ter alguma reação imediata: admiração, desejo, inveja. Às vezes, todas essas ao mesmo tempo. Foi o que aconteceu à sua professora.
        De imediato, Valquíria, a professora de literatura, sentiu admiração, depois muita inveja. O desejo pela aluna veio, então, naturalmente. Para ser mais preciso, poderia dizer que a admiração e a inveja ocuparam os sentimentos dela por alguns minutos apenas, depois que viu a aluna pela primeira vez. Depois destes minutos, tudo o que pôde sentir foi desejo, nada mais. Um profundo desejo, que nunca sentira por outra mulher antes, apesar de já ter estado com algumas. Vendo a jovem, essa mulher de apenas trinta anos ia da paz de espírito a uma excitação intensa apenas em um minuto. E depois de alguns dias passando por isso, não pôde mais suportar. No quinto dia de aula, resolveu tentar o que jamais deveria ter tentado.
        Simulando um encontro casual com a aluna nos corredores, quando esta já ia indo embora após as aulas, tomou coragem e disse:
- Oi... Você é aluna do segundo ano, não é?
- Sou sim...
- Então, estou precisando de algum aluno dessa turma pra me ajudar. Você tem alguns minutos?
- Demora?
- Não, preciso que você veja minha lista de assuntos e me diga quais vocês já viram com o professor no ano passado. Uns... dez minutos?
- Ok, está bem.
        E foram para sua sala, que dividia com outras duas professoras, mas que não estavam ainda na escola, pois eram de outro período. Depois que entraram, discretamente trancou a porta, largou suas coisas desajeitadamente sobre a escrivaninha e, já tomada de muito desejo, não perdeu tempo:
- Escute, Marília, eu... bem, tenho que lhe dizer algo... – mas não teve tempo de terminar o que dizia, pois a jovem falou de repente:
- Eu sei o que você quer de mim, professora... Por que não começamos logo?
        Valquíria não soube o que dizer. Estava tão pasma, que só o que ocorreu em seguida poderia te-la deixado ainda mais sem palavras: Marília deu um passo à frente e beijou docemente sua professora, passando os braços pela sua cintura, e apertando-a contra ela. Depois do beijo, demorado, disse:
- Eu percebi como a senhora olha pra mim, desde segunda-feira. Eu percebi...
        A professora ainda não tinha encontrado o que dizer, mas não precisou: a aluna começou a desabotoar sua blusa rapidamente, e em um instante tirava seu seio direito do soutien e o sugava com vontade, enquanto sua mão tratava de livrar o outro seio da mestra. Esta, já não pensava mais no que poderia dizer; apenas deixou-se entregar ao prazer daquele instante, ainda mais prazeroso pela surpresa. Sentia a suave língua da moça passar de um mamilo a outro, sentia seus seios sendo fortemente apertados, apesar das mãos delicadas que os envolviam. Passou seus dedos por meio dos cabelos longos da aluna e apertou de leve sua cabeça contra seu peito. Mas apenas por um instante, pois a outra ajoelhou-se à sua frente, levantou rapidamente sua saia e, puxando a calcinha com dois dedos, enterrou seu rosto por entre as pernas da professora, e a sugava tão fortemente que a mulher pensou que iria desmaiar de prazer. Enquanto assim fazia, a jovem tratou de ir desabotoando a saia da outra e rapidamente a puxou para baixo, juntamente com a calcinha. A mulher, em pé e completamente desnorteada de prazer e ainda de susto, sentiu-se sendo empurrada para trás, o que a fez cair sentada no pequeno sofá atrás dela. A posição apenas melhorou o que já parecia perfeito: sentada, sem os empecilhos das roupas, abriu o quanto pôde as pernas, e, uma vez mais, forçou a cabeça da moça ajoelhada à sua frente contra seu sexo, e gemeu de prazer, quase alto demais. Tudo aquilo era tão vertiginosamente excitante, que não pôde agüentar muito mais de um par de minutos, e gozou furiosamente, tampando a boca com as mãos na tentativa de abafar seus gemidos. Sentiu a aluna erguer-se, afastar suas próprias mãos de sua boca e dar-lhe outro beijo, agora muito mais intenso, e sentiu seu próprio gosto na delicada boca da bela menina. Aquele beijo incrível, quase mágico, foi abruptamente cortado. Ela, ainda com os olhos fechados, deixou sua boca inerte, à espera de que a moça a beijasse novamente. Mas seus lábios não se encontraram novamente. Apenas pôde abrir os olhos e fechar a boca quando seus ouvidos foram feridos por um horrível grito que a jovem acabara de dar. No segundo seguinte, ela, ainda gritando, destrancou a porta da sala e saiu bradando “Socorro! Alguém me ajude! Ela me obrigou! Socorro!!!!”, ao que foi imediatamente atendida. A pobre professora mal teve tempo de pensar numa explicação para aquilo. Apenas procurou desesperada por suas roupas pela sala, mas não as encontrou. Nem mesmo teve tempo de fechar a porta. O diretor da escola apareceu, seguido de pelo menos mais cinco funcionários. Todos a observavam atônitos, e ela, tomando consciência de sua desesperadora situação, sufocada por um redemoinho de pensamentos e sensações, e pela falta de ar, apenas viu, por trás dos funcionários, o magnífico rosto de Marília a observando, sua boca ainda molhada lhe lançando um sorriso cruel. A mão da moça segurando suas próprias roupas foi a última coisa que viu antes de desmaiar.
        Naquela mesma noite, depois de uma longa conversa com os pais, e depois de derramar muitas lágrimas para eles, a jovem Marília recolheu-se ao seu quarto, enxugou as lágrimas, e olhou-se no espelho. Olhou sua própria boca sorrindo-lhe, passou um dedo pelos lábios lembrando-se de como eles estiveram encharcados naqueles minutos que tivera com a professora. Despiu-se, e, admirando seu belo corpo, pensou que a professora teria adorado vê-la assim. Coitada, pobre mulher..., sua vida seria bem difícil agora. Olhou novamente para seu próprio sorriso. Então vestiu sua camisola preferida e deitou-se. Ficou um bom tempo pensando naquele dia, nos minutos que passou trancada com a mulher naquela sala, em como tinha sido bom... Enfim, depois de vários minutos, quando o sono já a tomava, teve tempo ainda de pensar que seria ótimo não ter mais que agüentar as aulas chatas daquela professora de literatura. E, então, adormeceu.

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Ficha do conto

Foto Perfil Conto Erotico j. bianck

Nome do conto:
Um dia na vida de Marília

Codigo do conto:
2118

Categoria:
Lésbicas

Data da Publicação:
26/06/2004

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