A dança do Prazer

Meu contato com a dança sempre foi intenso e extremamente prazeroso, minha alma literalmente sai do corpo quando danço, e sendo assim por alguns anos consecutivos minhas férias eram reservadas para viver uma semana intensa de festival, que rolava em um vilarejo muito pitoresco, o mar, o som, e toda aquela vibe leve onde a única regra era se divertir e conhecer pessoas de todo país que estavam lá para dançar, o relógio simplesmente parava.
Toda noite rolava os shows principais do festival que iam ate o amanhecer, e como se não bastasse passar a noite toda dançando, quando acabavam os shows todos nós íamos para uma padaria próxima e lá continuávamos a nossa festa.

Estávamos no meio da semana já do festival, eu havia dançado com um moço e quando a música acabou eu me sentei encostava em uma arvore que tinha na varanda da padaria, estava com o corpo cansado da noite toda, minha panturrilha doía um pouco, mas a musica não me deixava sentir sono, eu sentia as batidas da zabumba e as notas da sanfona no meu corpo todo, me sentia brisando naquele lugar, olhando ao redor as pessoas ainda dançavam freneticamente e ninguém queria dormir, o sol começou a nasceu e os primeiros raios de sol começaram a tocar o meu rosto, meus olhos claros tem um pouco de dificuldades com o sol pela manhã, mas eu não queria sair dali, tentei fugir um pouco do sol e quando olhei para o outro lado eu fiquei ligeiramente paralisada com a visão que tive.
Ele era o Deus da Beleza negra mais lindo que eu tinha visto em todos aqueles dias de festival, ele dançava lindamente, tecnicamente impecável, ele era alto, magro, estava sem camisa , descalço, tinham um abdômen desenhado a mão, dono de um sorriso angelical que me deixou mais cega que o sol, eu não conseguia tirar os olhos dele, ele dançava sorrindo, rodopiava de um lado para o outro leve como seus dreads longos que o deixavam ainda mais estiloso e sensual, eu fiquei ali sem forças entre sono, cansaço e a beleza do que estava vendo, ele era super disputado para dançar, não ficava uma dança sem par, acabava uma musica e já tinha alguém chamando de novo.
Meus dias no festival seguiram e eu desejava ver de novo aquele Deus negro e ter coragem de chama-lo pra dançar, na noite seguinte cheguei para os shows dei uma olhada pelo salão procurando-o, e meus olhos pararam novamente, lá estava ele, rodopiando com aquele sorriso no rosto pelo salão. Entre uma musica e outra eu tentei ficar próxima dele, e quando trocou a musica eu tomei coragem e estendi minha mão para ele, muito educado ele pegou na minha mão, com aquele sorriso branco mais lindo do mundo me puxou próximo do seu corpo, eu sentia a vibração do corpo dele próximo do meu, ele era o cara mais disputado do salão, eu ne acreditava que estava dançando com ele, meu mundo físico deixou de existir durante aquela música, fechei meus olhos e me entreguei para as batidas da música , sentia o seu corpo encostado no meu, uma das suas mãos segurando a minha e me conduzindo, enquanto eu sentia o calor da outra mão nas minhas costas, nossos rostos se tocavam entre um giro e outro, eu sentia o cheiro amadeirado dele misturado com suor, fomos nos conectando a cada passo daquela música, nossos corpos pediam mais, eu estava com uma saia longa de tecido leve e uma leve abertura na perna, e começamos a diminuir o ritmo dos giros e ficar mais próximos, eu sentia ele excitado através das nossas roupas, nossos rostos já não descolavam mais, a mão dele correu para minha nuca e me arrepiou inteira, eu queria aquele corpo cada vez mais conectado ao meu, na dança existe um código, mão na nuca as coisas estão avançando para algo mais que uma dança, e eu retribui a mão na sua nuca, meus dedos se entrelaçaram em seus dreads e ele me apertou ainda mais, meu corpo arrepiava dos pés a cabeça, eu sentia ele cada vez mais ereto roçando através da minha saia, nossos corpos se consumiam descontroladamente esquecendo que estávamos em salão, dançamos uma sequência de 3 músicas, apenas sentindo a vibração dos nossos corpos, eu sentia ele molhado, meu corpo implorava cada vez mais por ele, sentia a respiração dele no meu ouvido, o cheiro do prazer me querendo também, eu desejava que aquele xote nunca acabasse, nos gozamos ali embalados pelo desejo dos nossos corpos, quando a música parou eu me dei conta do que tinha acontecido e fiquei com a sensação que tinha sido um sonho, mas ele me abraçou agradecendo pela dança e eu percebi que era real.
O festival acabou e voltei para casa incrédula com aquela dança, e sem acreditar que um dia iria encontra-lo novamente, mas quis o destino que nossos caminhos se encontrassem, nos encontramos alguns meses depois, e lá estava ele sendo disputado novamente pelo salão, neste momento eu o coloquei como algo impossível para mim, já que tinha muitas opções disputando por ele, e mudei meu foco. Ao final do show ele se aproximou, e finalmente eu soube o seu nome, de onde era, e algumas informações sobre ele, eu estava indo embora então ele pegou meu telefone, mas eu sinceramente nunca esperei que ele me ligasse.
Para minha surpresa passado meses, um dia ele me ligou e disse que estava a trabalho na cidade e que gostaria de me ver, eu sem acreditar fiquei paralisada, aquele Deus negro de meses atras, estava me chamando pra sair? eu já tinha me convencido que não teria chance com ele, tentei me convencer que aquilo não estava acontecendo, mas ele insistiu e pude perceber que era real, ainda incrédula perguntei onde ele queria ir esperando que ele falasse de alguma programação de forró, mas ele disse que iria para onde eu quisesse, e ai finalmente eu entendi que iriamos terminar algo que começamos naquela dança meses atrás.
Marcamos de encontrar no hotel que ele estava hospedado, eu fui tomada por uma ansiedade absurda e ao mesmo tempo não queria criar expectativas.
Quando cheguei eu pensei em ir embora muitas vezes, queria muito mas estava apreensiva com tudo, mas quando ele abriu a porta com aquele sorriso lindo eu esqueci tudo, ele me abraçou com aqueles braços enormes e fortes, começou a me embalar sem musica que me remeteu para aquela dança instantaneamente, ele me beijou ardentemente, segurando minha nuca, eu senti minha respiração parar por alguns segundos, ele me virou contra seu corpo me beijando na nunca e dançando sem perder o ritmo, ele me beijava e me roçada, eu sentia a respiração quente dele no meu ouvido, sentia o tesão dele, sentia que estava ereto me roçando, eu estava totalmente molhada, ele tirou o meu vestido e continuou me conduzindo ali com seu corpo escultural e seus dreads que voavam pra lá e pra cá, quando me olhava eu sentia um frio na espinha, eu queria ele todo, ele tirou meu sutiã, me levantou no seu colo, ele rodopiava e beijava meu pescoço e descia para meus seios que estavam loucos por ele, eu pedia para que ele me tomasse toda, e ele me colocou na cama, beijou meu corpo dos pés à cabeça , me chupou inteira, eu implorava cada vez mais por ele, quando ele me puxou fortemente me colocou sentada de frente pra ele e entrou em mim como se tivéssemos um único corpo, ele chupava meus mamilos e eu o queria mais e mais, eu sentia ele vibrando dentro de mim, eu segurava nos dreads dele pedindo mais, ele aumentava o ritmo me apertando cada vez mais , nossos corpos se tornaram únicos freneticamente, ele era enorme eu sentia tanto prazer que queria que ficasse ali por uma vida, ele sorria e mostrava que estava com muito prazer, gozamos exatamente ao mesmo tempo, nossos corpos tremiam e não queriam parar, durante a noite toda nós tivemos muitas danças
até nossos corpos chegar a exaustão de prazer.
Eu sabia que aquilo não foi um sonho porque sentia no meu corpo os resultados da noite anterior, meus ossos doíam e as lembranças me faziam rir sozinha do que aquela dança me trouxe.