O sabor da traição

Mal cheguei e a noite já começou. A vontade era tão grande, que mal demos boa noite um para o outro.
A roupa ficou jogada no meio da casa. Elas quase ficarão no caminho pro apartamento.
Ele tirou minha blusa, enquanto eu tirava seu short. Na hora que eu senti seu pau duro feito uma pedra, não aguentei. Ajoelhei e chupei. Minha língua passeava por aquele pau, minha boca sugava, e ele conseguiu o impossível, ficar ainda mais duro.
Nenhum dos dois suportava mais a vontade. Ele me levantou, me colocou em cima da mesa e entrou. Assim, de uma vez.
E puta que pariu, como foi bom. Ser preenchida por aquele pau era bom pra caralho.
Nós mal começamos e eu já estava molhada. Que saudade de sentir esse tipo de tesão por alguém. Aquele tesão que faz você ficar irracional enquanto geme, enquanto seu suor é misturado com o dele, enquanto o seu gozo é misturado com o dele. Porque não tem nada melhor do que o gosto de vocês dois juntos.
Sabe aquele desejo que faz com que você faça qualquer coisa que ele pedir enquanto te chupa? Inclusive atender a chamada do seu marido e fingir que ele parou quando o telefone começou a tocar.
Eu tento sufocar o gemido, mas aquela língua faz milagres.
Peço pro meu marido repetir a pergunta e digo que estava dormindo, por isso estou tão desligada. Ele olha pra mim e sorri quando digo isso. Meu marido não precisa saber que ele se vingou pelo dia que eu cheguei com o gosto do meu marido na casa dele.
São jogos de poder. E o sexo não é isso? O poder que a outra pessoa tem de causar o desejo em você.
Me despeço ao telefone porque estou prestes a gozar, e isso não daria pra disfarçar.
Agora é a minha vez, deito ele na cama e sento em cima daquele cara que me faz perder a cabeça e arriscar tudo. Não, não daquele cara. Daquele pau que me faz arriscar tudo. Porque não se pode abrir mão de quem te faz gozar assim.
Sento com vontade, com toda a vontade de sentir ele pulsando, me preenchendo.
Eu vou gozar de novo. Eu vou gozar de novo.
Mas ele não deixa. Ele me deita de costas na cama e entra em mim. O poder, ele quer provar o poder que tem sobre mim.
Ele sussurra no meu ouvido "você nunca mais vai gozar na posição favorita dele sem lembrar de mim".
Nessa hora eu gozo pela quarta vez. Exausta. E ele tem razão. Eu nunca mais vou gozar naquela posição de novo sem lembrar dele.